segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pesquisa inédita da FGV e Instituto Trata Brasil aponta os impactos sociais da falta de esgoto nas cidades sede da Copa de 2014

Pesquisa inédita da FGV e Instituto Trata Brasil aponta os impactos sociais da falta de esgoto nas cidades sede da Copa de 2014
• Pesquisa compara índices de rede de esgoto nas cidades que sediarão jogos da Copa e mostra que ainda é necessário investir bastante em saneamento • Investimento de R$7 bilhões nas cidades sede é o ideal para oferecer saneamento básico adequado • No Brasil, apenas 39% das escolas contam com rede e coleta de esgoto • A pesquisa completa pode ser acessada pelo endereço www.tratabrasil.org.brSão Paulo, Julho de 2009 – A Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou nesta quinta-feira (2) os resultados da mais nova pesquisa contratada pelo Instituto Trata Brasil sobre os impactos sociais relacionados a falta de saneamento nas 12 cidades brasileiras que serão sede dos jogos da Copa do Mundo, em 2014. A classificação das cidades, conforme o acesso à rede de esgoto, é: Belo Horizonte (97,05%), São Paulo (88,52%), Salvador (87,77%), Rio de Janeiro (83,73%), Brasília (80,17%), Curitiba (79,37%), Fortaleza (54,62%), Porto Alegre (49,29%), Recife (47,12%), Cuiabá (41,21%), Manaus (34,98%) e Natal (21,26%).Segundo Raul Pinho, presidente do Instituto Trata Brasil, o investimento para universalizar a rede de esgoto nas doze cidades sede da Copa de 2014 é de R$ 6,7 bilhões.Segundo os resultados apresentados, que tem como base os dados da PNAD 2007/IBGE, o impacto na saúde devido a falta de saneamento mostra que, no item morbidade hospitalar (por mil habitantes), as capitais sede que mais apresentaram doenças infecciosas e parasitárias em crianças de 1 a 4 anos, em 2008, foram Fortaleza (18,95%), Recife (16,07%) e Manaus (16,03%). As cidades que tiveram menor índice foram Rio de Janeiro (3,79%) e São Paulo (3,93%). Para Marcelo Neri, pesquisador da FGV, o baixo investimento em saneamento reflete em menor qualidade de vida, maior índice de mortalidade e menor desenvolvimento físico e intelectual, como por exemplo, menor estatura e menor peso corpóreo.Ainda segundo Marcelo Neri, o grande destaque entre as cidades brasileiras é Salvador. “A capital baiana mostrou, nos últimos anos, que com a conscientização da população e boa gestão política, é possível melhorar os índices de qualidade de vida por meio do investimento em saneamento básico”. A evolução da cidade, em particular entre 1998 e 2002, foi a mais significativa no acesso ao saneamento. Neri aproveitou para ressaltar que ainda há tempo para todas as cidades melhorarem seus índices de serviço de rede de esgoto. Já a cidade do Rio de Janeiro foi uma das que menos evoluiu nos últimos anos. Para o Professor, a estagnação da capital fluminense permitiu que outras cidades se destacassem mais. “O Programa Baía Azul, em Salvador, dobrou o acesso a saneamento básico desde a Copa de 1998, enquanto o Rio de Janeiro, com o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) ficou estagnado até 2006, em torno dos 70,7%. No último ano, a cidade recuperou parte do atraso criado nos últimos anos, chegando a 84,2%, mostrando que o desafio para a Copa de 2014 é viável.Com relação à população que deixou de realizar quaisquer de suas atividades habituais por motivo de saúde, incluindo trabalho e estudo, lideram o ranking Porto Alegre (8,59%), Natal (8,47%) e Cuiabá (8,19%). A pesquisa abordou também o segmento de educação e foi observado que o saneamento básico nas escolas é ainda pior do que nas moradias. No Brasil, apenas 39% das instituições de ensino contam com rede de saneamento e coleta de esgoto. Belo Horizonte e São Paulo são, respectivamente, as duas cidades com melhor cobertura de rede de esgoto nas escolas, com 97% e 88,5%, reproduzindo a liderança na cobertura de rede de esgoto nas residências.Sobre o Instituto Trata BrasilO Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), iniciativa de responsabilidade socioambiental que visa a mobilização dos diversos segmentos da sociedade para garantir a universalização do saneamento no País. Tem como proposta informar e sensibilizar a população sobre a importância e o direito de acesso à coleta e ao tratamento de esgoto e mobilizá-la a participar das decisões de planejamento em seu bairro e sua cidade; cobrar do poder público recursos para a universalização do saneamento; apoiar ações de melhoria da gestão em saneamento nos âmbitos municipal, estadual e federal; estimular a elaboração de projetos de saneamento e oferecer aos municípios consultoria para o desenvolvimento desses projetos, e incentivar o acompanhamento da liberação e da aplicação de recursos para obras. Hoje, o Instituto conta com o apoio das empresas e entidades Amanco, Braskem, Solvay Indupa, Tigre, CAB Ambiental, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pastoral da Criança, Agência Nacional de Águas (ANA), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Associação Brasileira de Municípios (ABM), Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Medley e Instituto Coca-Cola. Visite o site www.tratabrasil.org.br.Fonte: Instituto Trata Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

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