quarta-feira, 22 de julho de 2009

COMBATE AO DESMATAMENTO

Reportagens
Nairóbi, 26/03/2009Combate ao desmatamento terá US$ 18 mi Verba da ONU será destinada a ações de países tropicais que visem diminuir a emissão de gases poluentes pela queima de florestas -->
da PrimaPagina
Um programa da ONU, cujo objetivo é reduzir a emissão de gases do efeito estufa resultantes do desmatamento de florestas, destinará US$ 18 milhões para projetos em países da África, Ásia e América Latina, que buscam incentivar ações sustentáveis em comunidades de países tropicais.
A iniciativa é denominada UN-REDD (Programa da ONU para a Redução de Emissões do Desmatamento de Florestas, na sigla em inglês). É uma parceria entre PNUD, FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), e PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e busca subsidiar um futuro acordo climático, que pode ser firmado na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro, em Copenhague (capital da Dinamarca).
Os US$ 18 milhões serão usados na implementação de programas de manejo sustentável em áreas de floresta, que buscam trazer benefícios não apenas ambientais, mas econômicos para a população. As atividades desenvolvidas pelos países contemplados deverão incluir ainda programas de fiscalização do desmatamento e ações de fortalecimento de instituições nacionais ligadas ao meio ambiente. Tudo será desenvolvido por meio de consultas públicas a comunidades indígenas e a moradores das regiões beneficiadas.
Nove países já expressaram interesse formal em receber parte da verba do programa: Bolívia, República Democrática do Congo, Indonésia, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai, Tanzânia, Vietnã e Zâmbia. Cinco desses países – Rep. Do Congo, Indonésia, Papua Nova Guiné, Tanzânia e Vietnã – já apresentaram suas estratégias nacionais para a implementação do programa durante a reunião inaugural da diretoria do projeto, no Panamá. “Este é um primeiro passo bastante significativo para o UN-REDD”, afirmou, durante o evento, Angela Cropper, secretária-geral assistente da ONU e diretora-executiva do PNUMA. “Estou emocionada em ver um grupo tão dedicado de países, grupos indígenas, membros da sociedade civil, doadores e membros da ONU se unirem para chegar a um consenso sobre a importância desse programa”.
O UN-REED foi lançado em setembro do ano passado e é uma resposta a um acordo firmado em 2007, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Bali. Na ocasião, os países-membros se comprometeram a negociar instrumentos de continuidade da redução de emissão de gases do efeito estufa para depois de 2012 – quando vencem as metas de redução do Protocolo de Quioto. A iniciativa engloba, inclusive, incentivo financeiro para mitigar a mudança climática gerada pela devastação de florestas em países em desenvolvimento.
Entre 1990 e 2005, as taxas de desmatamento no mundo chegaram a 13 milhões de hectares – grande parte dessa devastação florestal está na região dos trópicos. A emissão de gases de efeito estufa por meio da derrubada e queima de árvores para agricultura e outras atividades econômicas correspondeu a 17% do total de emissões do mundo – a segunda maior fonte depois do setor de energia. Até 2100, clareiras em florestas tropicais poderão liberar de 87 a 130 gigatoneladas de carbono na atmosfera.
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