quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

OBAMA LÁDetalhes escondidos da cerimônia de posse
Por Muniz Sodré em 27/1/2009
A imprensa brasileira chamou a atenção para o registro quase nulo, por parte da mídia norte-americana, da numerosa presença da família queniana (tios, primos etc.) de Barack Obama nas festividades da posse, em contraste com a enorme atenção dedicada à família nuclear norte-americana (esposa e filhas). Isto pode ser apenas um detalhe de um magno acontecimento, mas é certamente índice cultural da permanência de uma forma velha e arraigada de percepção social, incompatível com as circunstâncias da eleição e posse do novo primeiro mandatário dos Estados Unidos. É mesmo uma forma anacrônica frente ao novo éon de que o fenômeno Obama dá sinais.
Éon (ou aion), termo de circulação acadêmica, é uma das palavras que expressam "tempo" em grego antigo. Mas é uma temporalidade especial, relativa ao acontecimento. Os pensadores neoplatônicos valiam-se desse conceito para indicar o tempo cíclico do retorno na História, que assinala o acontecimento e a mudança. Cristo, neste sentido, seria um éon, ou seja, um evento de transformação que já se anunciara antes na História e se repetiria mais tarde sob a forma dos avatares.
Mesmo dentro do espírito laico, essa idéia pode ser evocada para se assinalar o advento de um tempo já prenunciado e esperado quando corresponde às esperanças de parcelas ponderáveis de determinados grupos humanos. Por exemplo, depois de um longo período de guerra e destruição, a expectativa de paz e restauração pode instaurar o éon, a marcação temporal de um acontecimento harmonizador.
"Organizar para a mudança"
A eleição e a posse Obama ajustam-se a esse quadro de referência. Entenda-se bem: não se trata de mitificar ingenuamente a figura do novo presidente norte-americano. Afinal, é o primeiro mandatário da maior potência (mesmo se financeiramente combalida e em crise de liderança internacional) num cenário mundial unipolar, que em instantes cruciais agirá como tal, em favor dos interesses do que mais de um autor tem chamado de Império. Em cima da mesa do presidente dos EUA está fixada a inscrição here stops the buck (literalmente, "aqui o coelho pára de correr"), em referência à centralidade do poder. Não se devem ter grandes ilusões, porém, quanto às eventuais conseqüências do peso que o Salão Oval e todo o seu background industrial-militar exercem sobre a cabeça de quem ali toma decisões finais.
É impossível, porém, passar por cima das circunstâncias pessoais e sociais que levaram ao poder o primeiro presidente negro na História dos EUA. A noção de éon justifica-se pelo largo espectro realizado e anunciado de mudanças: a vitória eleitoral do pós-racialismo, o retorno da normalidade democrática às ações de Estado, a expectativa quanto a um estilo menos brutal de governo.
A idéia de mudança, aliás, atravessa desde sempre a vida pessoal de Obama, a se acreditar na autobiografia A Origem dos meus Sonhos (Editora Gente, 2008), best-seller do New York Times que merece ser lido. Em 1983, estudante de Direito, mas decidido a realizar um trabalho social, ele resolveu tornar-se líder comunitário. Narra:
"Quando colegas da faculdade perguntavam-me o que um líder comunitário fazia, não conseguia responder-lhes ao certo. Mas tentava falar sobre a necessidade de mudanças. Mudança na Casa Branca, onde o presidente Reagan e seus protegidos conduziam seus atos sujos. Mudança no Congresso, complacente e corrupto. Mudança no espírito do país, maníaco e egocêntrico. A mudança não virá do topo, eu dizia. A mudança virá das raízes, das bases mobilizadas. Isso é o que farei, vou organizar o povo negro. Nas bases. Para a mudança."
"O chão não é o mesmo"
Uma coisa é o homem; outra, a História, certo. O poder, quando não corrompe, distorce as melhores intenções individuais e destila as suas ironias. Assim, apesar das ácidas críticas a Reagan, Obama já dele retoma o projeto de evitar o declínio do Império que, no entanto, contrabalança com a idéia (à maneira de Roosevelt) de restauração da fé no país e nos valores morais da democracia. As suas primeiras medidas executivas (proibição da tortura, anúncio do fechamento da prisão de Guantánamo, sinalização para a retirada de tropas do Iraque) ainda não impedem concretamente o massacre militar de civis no mundo, mas são "estilisticamente" alentadoras, no fundo estratégias de transformação da percepção social interna e externa.
Resta aguardar o que acontecerá com o desenrolar da crise financeira nos EUA e no mundo e com a evolução do indivíduo Barack Obama no Salão Oval. Resta ver o que sobreviverá de seu empenho existencial, além da política pura e simples, pois foi sobre esse élan que se acenderam os holofotes da mídia e se debruçaram as expectativas dos eleitores.
Resta esperar também que mudem os padrões cognitivos da mídia americana de modo a que não mais a embarace a família africana de seu primeiro mandatário. É aconselhável guardar nas mentes um pequeno trecho do discurso de posse de Obama: "O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo."

Fórum Social Mundial

Reportagens
Belém, 20/01/2009Site mapeará ODM de todos os municípiosPortal de monitoramento dos Objetivos do Milênio das 5.654 cidades do país será lançado durante Fórum Social Mundial realizado em Belém-->
DAYANNE SOUSAda PrimaPagina
O lançamento de um portal de acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) marcará a participação do PNUD e do UNICEF no Fórum Social Mundial, evento anual de movimentos e organizações da sociedade civil que nasceu como contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Os ODM são uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015. Durante o Fórum, serão discutidas formas de as metas serem incorporadas não só em nível federal, mas também pela administração dos municípios brasileiros.
No terceiro dia do evento, que ocorre em Belém de 27 janeiro a 1 de fevereiro, o Portal ODM será apresentado ao público. O site, que por enquanto conta com apenas algumas informações sobre as metas, reunirá índices sobre todos os 5.564 municípios do Brasil, o que permitirá saber o quanto falta para cada localidade atingir os ODM. Além disso, vídeos, artigos e notícias relacionadas aos Objetivos do Milênio poderão ser acessados pelo endereço. “O Fórum é o lugar ideal para a gente iniciar uma estratégia para incentivar ações locais em prol dos ODM”, afirma Luciana Brenner, uma das coordenadoras do projeto que deu origem ao portal.
O endereço será o primeiro a reunir dados de todo o país com foco nos ODM. Uma iniciativa do PNUD, o projeto é de responsabilidade do ORBIS (Observatório de Indicadores de Sustentabilidade), programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), apoiado pelo Fiep e Sesi Paraná. Participa também o Nós Podemos Paraná. As entidades já fazem um trabalho semelhante ao do novo portal, mas apenas com cidades do Estado do Paraná. O UNICEF participa auxiliando na utilização do sistema de dados DevInfo, criado pela ONU para monitoramento dos ODM no mundo todo e agora adaptado para o Brasil.
Depois do Fórum, diz Luciana, que também é coordenadora executiva do Orbis, a rede de parceiros quer fazer visitas a várias regiões do país divulgando o portal para agentes sociais e membros do governo. Além de ensinar como acessar os dados, ela afirma que a equipe quer discutir as formas de adaptação das metas aos municípios e orientar a ação das comunidades por meio de treinamentos e material educativo.
O Fórum Social existe há oito anos para promover iniciativas em desenvolvimento humano e se contrapor a políticas que defendam exclusivamente o crescimento econômico. Este ano, o evento volta ao Brasil depois de ter saído de Porto Alegre para ser sediado na Índia e em países africanos. Desde 2001, o Fórum só deixou de ocorrer em 2008, quando se optou pela celebração de um Dia de Ação de Mobilização Global.
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O que é o Fórum Social Mundial?

O que é o Fórum Social Mundial?
O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço aberto de encontro – plural, diversificado, não-governamental e não-partidário –, que estimula de forma descentralizada o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mais solidário, democrático e justo.
As três primeiras edições do FSM, bem como a quinta edição, aconteceram em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, o evento mundial foi realizado pela primeira vez fora do Brasil, na Índia. Em 2006, sempre em expansão, o FSM aconteceu de maneira descentralizada em países de três continentes: Mali (África), Paquistão (Ásia) e Venezuela (Américas). Em 2007, voltou a acontecer de maneira central no Quênia (África).
O FSM tornou evidente a capacidade de mobilização que a sociedade civil pode adquirir quando se organiza a partir de novas formas de ação política, caracterizadas pela valorização da diversidade e da co-responsabilidade. O sucesso da primeira edição resultou na criação do Conselho Internacional que, em sua reunião de fundação, aprovou em 2001 uma Carta de Princípios, a fim de garantir a manutenção do FSM como espaço e processo permanentes para a busca e a construção de alternativas ao neoliberalismo. Hoje, são realizados fóruns sociais locais, regionais, nacionais e temáticos em todo o mundo, com base na Carta de Princípios. Em 2008, para marcar esse processo, foi realizado mundialmente no dia 26 de janeiro o Dia Global de Mobilização e Ação.
Saiba mais sobre o FSM acessando a Memória no site do Processo FSM.

PROJETO MICRO VELHO

Projeto Micro Velho
Publicado por Moderador do Banco do Planeta em January 29, 2009 às 2:00pm
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Jean Marcel, participante do Banco do Planeta, divulga o lançamento do Projeto Micro Velho na cidade de Lorena.Por ele, micros velhos são recebidos e doados a famílias de baixa renda. Estagiários voluntários da área de informática consertam e preparam os micros para seus novos donos. Os organizadores desta iniciativa, entre eles o próprio Jean Marcel, também querem equipar uma sala para que os participantes possam acessar a Internet com aparelhos doados pelos colaboradores.A iniciativa já ganhou hospedagem e domínio na net: www.projetomicrovelho.com.br e seu site está em construção.Quem quiser mais detalhes pode escrever ao Jean Marcel em sua página.
Tags: inclusão digital, lixo eletrônico, micro, reciclagem

sábado, 24 de janeiro de 2009

PROTEÇÃO AMBIENTAL"Ibama" de Obama sob nova direção

PROTEÇÃO AMBIENTAL"Ibama" de Obama sob nova direção
Por Maurício Tuffani em 20/1/2009
Reproduzido do blog Laudas Críticas, 18/01/2009; título original "`Ibama´ de Obama será mais científico, promete nova chefe"
A imprensa brasileira não deu importância à notícia da confirmação pelo Senado dos EUA da engenheira química Lisa Jackson para chefiar a EPA (Agência de Proteção Ambiental). A escolha dela pelo presidente dos EUA, Barack Obama, já havia sido anunciada em meados de dezembro. Porém, mais importante que a aprovação de seu nome para o cargo que assume na terça-feira (20/1) foi a declaração dela sobre sua primeira tarefa – "resgatar a integridade científica e legal" do órgão, segundo a reportagem "EPA pick vows to put science first" (The New York Times, 14/1).
"A ciência precisa ser o esqueleto do que a EPA faz", afirmou Lisa no início de sua explanação ao comitê de meio ambiente do Senado. O sentido da afirmação da nova administradora é que a agência teve muitas ingerências políticas durante as gestões de Christine Todd Whitman (2001-2003), Michael O. Leavitt (2003-2005) e Stephen L. Johnson (2005-2009), todas da administração de George W. Bush.
Criada em julho de 1970, a EPA é diretamente subordinada à Casa Branca. Tem cerca de 17 mil funcionários em todo o país, trabalha com um orçamento anual de aproximadamente US$ 7 bilhões e possui também uma grande estrutura de laboratórios de pesquisa científica.
"Música para os ouvidos"
De ascendência afro-americana, a nova administradora da EPA chefiou o Departamento de Proteção Ambiental do Estado de New Jersey durante quase dois anos, até assumir em 1º de dezembro a chefia do gabinete do governador do estado. Ela, que completa 47 anos em 8 de fevereiro, é funcionária do departamento há 15 anos.
Lisa Jackson teve a aprovação de seu nome pelo Senado comemorada por ambientalistas como Josh Dorner, secretário-adjunto de imprensa da ONG Sierra Club. Ele disse que fazia também suas as palavras "música para meus ouvidos" da senadora californiana Barbara Boxer (Partido Democrata), referindo-se às respostas de Lisa durante sua sabatina pelo comitê.
É interessante notar que ao se referir aos aspectos científico e legal da EPA, ela não usou o bordão "resgatar a credibilidade", tão comum no Brasil, mas resgatar a integridade. Não fosse pelo enfoque muito mais científico do que ambientalista de seus posicionamentos, essas circunstâncias da definição da nova administradora da EPA poderiam ser comparadas com a da indicação de Marina Silva (PT-AC) para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 2003, no início da gestão de Lula.
Lisa Jackson não foi mencionada nem mesmo por Marina Silva, no texto de segunda-feira (19/1) "A hora de Obama", em sua coluna semanal na Folha de S.Paulo (pág. A2). Muito menos sua promessa para a EPA.
Mesmo assim, ainda é uma boa oportunidade para a imprensa brasileira lembrar que tivemos aqui no Brasil um filme com início mais ou menos parecido. O bom é torcer para que daqui a algum tempo Lisa Jackson não seja também obrigada a dizer "perco o pescoço, mas não perco o juízo".
***
PS – Só para lembrar: enquanto isso, no Brasil, continua "em obras" o site do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas (Cecav), conforme o Laudas Críticas havia informado em postagem de 14/11/2008.

Ramo têxtil quer ampliar vendas aos árabes

Ramo têxtil quer ampliar vendas aos árabes
A indústria têxtil e de confecções do Brasil pretende ampliar sua presença no mundo árabe ainda este ano. O país já exporta itens do setor para a região, inclusive peças de estilistas renomados, mas a participação desse mercado nas vendas externas do ramo ainda é pequena em termos percentuais.
“Mercados como Dubai e Catar são bastante estratégicos para nós, pois eles valorizam produtos com valor agregado, criatividade e, além disso, a renda e o consumo per capita têm crescido por lá”, disse à ANBA o diretor-executivo do programa Texbrasil, Rafael Cervone Netto. O Texbrasil é um projeto de promoção comercial desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
O convênio entre as duas entidades será renovado em fevereiro por mais dois anos e passará a incluir um trabalho mais forte na área de moda. “A chave será a inovação e a criatividade”, declarou Netto. O programa prevê uma parceria com o Instituto Politécnico de Milão, na Itália, para assessorar as empresas no processo criativo.
O esforço em direção ao mundo árabe não inclui apenas os países do Golfo, mas também outros mercados, como o Norte da África, especialmente Tunísia, Marrocos e Egito. “A África tem uma sinergia forte com o Brasil”, afirmou Netto. No caso do Egito, por exemplo, que é um tradicional fornecedor de material têxtil ao Brasil, especialmente algodão, o executivo acredita que há potencial para aumentar as exportações brasileiras.
O diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, vai participar da missão ao Norte da África organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Neste sábado, uma delegação empresarial chefiada pelo ministro Miguel Jorge segue para Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos.
A idéia não é só vender aos mercados árabes, mas também promover parcerias que viabilizem as exportações para outros países, utilizando-os como plataforma de exportação. A Europa é um destino que pode ser atingido pelo Norte da África, já que a maior parte dos países da região tem acordos de associação com a União Européia. De acordo com Netto, a tendência de internacionalização das empresas tem crescido no setor.
Segundo o executivo, a Tunísia tem tradição de produzir roupas sob licença para grandes marcas, e o Marrocos é um bom mercado para insumos e também para confecções.
O projeto Texbrasil prepara um estudo sobre os países árabes para definir as melhores ações para a região. A princípio, de acordo com Netto, serão prospectados os mercados do Catar e de Dubai e podem ocorrer rodadas de negócios com empresas da Tunísia, Marrocos e Tunísia.
Balança
As exportações de têxteis e confecções para os países árabes somaram quase US$ 32 milhões no ano passado, com uma pequena redução de 2,7% em comparação com o ano anterior. Em 2007, porém, a receita com os embarques havia crescido 42,2% em relação a 2006. Os principais destinos em 2008 foram os Emirados Árabes Unidos, Egito, Argélia, Marrocos e Tunísia.
Na mão inversa, as importações brasileiras de têxteis do mundo árabe somaram US$ 48 milhões no passado, um crescimento de 11,5% sobre 2007. Os maiores fornecedores foram Emirados, Egito, Tunísia e Marrocos.
Para Netto, apesar da crise internacional, há espaço para ampliar o comércio, especialmente de confecções, pois o Brasil esporta principalmente matérias-primas e semimanufaturados para os árabes. “Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, esses países estão buscando novos parceiros de longo prazo, querem uma relação comercial em que os dois lados ganhem”, disse. Nesse sentido, segundo ele, a indústria brasileira tem muito a oferecer, já que o país tem mais de 200 anos de tradição na área e domina todos os elos da cadeia têxtil.
Antes da crise, de acordo com o executivo, havia uma estimativa de que o comércio mundial de têxteis e confecções cresceria dos atuais US$ 550 bilhões por ano para US$ 800 bilhões em seis ou sete anos. Mesmo que a ampliação não seja tão significativa, Netto acredita que a expansão do mercado internacional vai ocorrer a taxas ainda bastante razoáveis. “As perspectivas são boas”, destacou.
No total, o Brasil exportou o equivalente a US$ 2,42 bilhões em produtos têxteis e confecções no ano passado, um aumento de 2,57% sobre 2007. As importações somaram US$ 3,83 bilhões, um crescimento de 27,3%. A China e outros países da Ásia foram os maiores fornecedores.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - 23/01/09

NUTEC seleciona estagiários para o projeto da Apex

NUTEC seleciona estagiários para o projeto da Apex
O Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará – NUTEC – está selecionando quatro estagiários para o Projeto de Extensão Industrial Exportadora – PEIX – destinado a estudantes de Nível Superior nas seguintes áreas: Administração, Economia, Engenharia, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Comércio Exterior, Publicidade e Propaganda e Marketing.
Os interessados devem procurar a sede da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará – NUTEC, na rua Professor Rômulo Proença s/n - Campus do Pici – UFC, Fortaleza – CE. No período de 15 (quinze) dias, a partir da publicação do Edital no Diário Oficial do Estado do Ceará, das 8:00h às 12:00h e das 13:00h às 16:30h, junto à Unidade PROGEX do NUTEC.
Documentos Necessários:
Cópia autenticada do CPF; Cópia autenticada da Carteira de Identidade; Comprovantes de matrícula no 1º semestre de 2009. Caso a matrícula não tenha sido efetivada, o candidato deverá apresentar uma declaração da coordenação do curso, afirmando que o candidato está apto a realizar a matrícula. Histórico Escolar do curso superior requerido, atualizado do 2º semestre de 2008; Curriculum Vitae comprovado.
Informações: 85 3101.7620
Fonte: NUTEC - 23/01/09

Flores exportadas pelo Ceará saem por SP

Flores exportadas pelo Ceará saem por SP
Os produtores cearenses de flores estão exportando suas mercadorias por outros estados como São Paulo. O problema, segundo empresários do setor, seria a quantidade ainda pequena de vôos regulares da Capital cearense com destino a outros países, sobretudo, os da Europa. ´Estamos tendo uma dificuldade muito grande com a logística. Não estamos conseguindo espaço nos aviões. Esse ano, partindo de Fortaleza, só existe um vôo direto para Amsterdã [Holanda]´, ressalta o presidente da Reijers Produção de Flores, Roberto Reijers. Segundo ele, embarcando as flores via São Paulo, gasta-se até 40% mais, uma vez que inclui o frete terrestre do Ceará até lá.
´O exportador paulista está levando vantagem. Não só ele, mas o pessoal da África, Colômbia e Equador que são países que investem muito na logística´, salienta.
O empresário, com atividade no município de São Benedito (distante 315 quilômetros de Fortaleza), diz que está com boa parte de sua produção sem ter como escoar. ´Com sacrifício estamos embarcando entre cinco e sete toneladas por semana. Só que temos 20 toneladas sobrando e o mercado local não absorve´, frisa.
Pista curta
A pista do Aeroporto Pinto Martins, com 2.545 metros de extensão não está preparada para receber aviões cargueiros. Sendo assim, hoje, o que é feito no terminal é a utilização de aeronaves mistas, ou seja, que transportam passageiros e cargas para embarcarem com as flores. ´Os produtores cearenses investiram alto e ficam sem ter como escoar as suas produções. Quando a pista do aeroporto for ampliada é que esse problema deve melhorar´, afirma o presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel.
Exportações em queda
Em 2008, segundo dados da Balança Comercial do Estado, as exportações de flores via Ceará somaram US$ 4,88 milhões, contra US$ 4,99 milhões alcançados em 2007 (queda de 2,2%).
Fonte: Diário do Nordeste - 23/01/09

Instituto Akatu

O Instituto Akatu lança um alerta: 1/3 do que você compra vai direto para o lixo!Pesquisas feitas pelo Instituto em parceria com um grande fabricante de alimentos e pelo IBGE concluíram que 20% a 40% dos alimentos perecíveis são jogados fora nas casas brasileiras. Isto significa 39 mil toneladas de comida jogadas fora todos os dias. O estudo também mostrou que temos no Brasil, 14 milhões de pessoas que passam fome, contra 70 milhões acima do peso. Equilibrar este consumo e utilizar os alimentos com mais cuidado pode resolver o problema da fome e ainda reduzir os impactos ambientais da agricultura extensiva praticada no país, além de significar economia no bolso de todos.É possível evitar desperdícios? E viver com menos, por opção?Para conhecer os dados levantados e participar da campanha contra o desperdício acesse:

Esforço pioneiro

Esforço pioneiro
Relatório internacional reconhece trabalho da agência Inova Unicamp na promoção de parcerias com empresas, governo e sociedade
Fabrício Marques
Edição Impressa 155 - Janeiro 2009




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Pesquisa FAPESP -
© Marcos Garuti
Um recente relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 dos países mais industrializados do mundo, rendeu um reconhecimento insuspeito ao esforço da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de levar à sociedade os avanços do conhecimento obtidos por seus pesquisadores. O relatório OECD Science, Technology and Industry Outlook 2008 analisou a situação da pesquisa, desenvolvimento e inovação em diversos países e, no capítulo sobre o Brasil, deu destaque ao trabalho da Agência de Inovação Inova Unicamp, por patentear um número crescente de invenções feitas na instituição e aumentar em 60% os contratos de licenciamentos de tecnologia para empresas, entre os anos de 2004 e 2005. Dados mais recentes mostram que houve uma média de oito licenciamentos para empresas ao ano entre 2004 e 2007. A agência é citada como exemplo do crescimento do número de patentes acadêmicas no país. “A menção nos dá um grande orgulho, porque evidencia o sucesso da inserção internacional de nossas atividades”, diz Roberto de Alencar Lotufo, diretor executivo da agência e professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp. A Inova Unicamp foi criada em 2003 com a ambição de se tornar o núcleo de inovação tecnológica da universidade. Seu objetivo é promover e apoiar parcerias da Unicamp com empresas, governos e entidades da sociedade. Sua principal vocação vincula-se à gestão da propriedade intelectual. Ela atua com os pesquisadores da Unicamp, ajudando-os a identificar se produtos provenientes de suas descobertas científicas têm potencial comercial, além de orientá-los nos processos de patenteamento e licenciamento de inovações. A agência também mantém uma rede de relacionamentos com empresas e órgãos governamentais, por meio da qual mostra o potencial das patentes para exploração comercial. Esse é o aspecto da atuação da Inova Unicamp elogiado pela OCDE. Esse esforço, não por acaso, colocou a Unicamp no topo do ranking de patentes pedidas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) entre os anos de 1999 e 2003 – atualmente acumula mais de 500 patentes vigentes depositadas. O dado, embora altamente positivo, revela uma inversão de papéis no Brasil – nos países desenvolvidos, o topo do ranking de patentes é ocupado por empresas, não por instituições acadêmicas (ver Pesquisa FAPESP nº 123). Nos últimos quatro anos, a Inova Unicamp celebrou 40 contratos de licenciamento para empresas, ante apenas 6 nos 15 anos que antecederam a criação da agência. Entre os casos de sucesso destaca-se, por exemplo, um teste para detectar em recém-nascidos a causa de surdez de origem genética. A tecnologia, desenvolvida no Laboratório de Genética Humana do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética, foi licenciada em 2004 para a empresa de diagnósticos DLE e se consolidou no mercado no ano seguinte, atingindo a marca de 30 testes realizados ao mês.

Mais de 25 mil teses digitais

Notícias
Mais de 25 mil teses digitais
23/1/2009
Agência FAPESP – Do total de teses defendidas na Universidade Estadual de Campinas, cerca de 85% (ou 25.220) já foram digitalizadas e integradas no Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU). A previsão é que a digitalização de todo o conteúdo seja concluída neste primeiro semestre.
Segundo o diretor da Biblioteca Central Cesar Lattes, Luiz Atílio Vicentini, faltam cerca de 5 mil teses para serem inseridas, anteriores a 2005, quando passaram a ser recebidas em arquivo eletrônico pela internet. No período de férias, 600 teses foram digitalizadas, tarefa cumprida por sete bolsistas e coordenado pelas bibliotecárias Regina Vicentini e Daniele Thiago Ferreira.
O projeto de digitalização iniciou em 2001, tornando em pouco tempo a Unicamp a instituição com o maior conteúdo de acesso público na América Latina. O Instituto de Física Gleb Wataghin foi a primeira unidade a ter 100% de suas teses digitalizadas. Outras unidades que chegaram à totalidade foram o Instituto de Química, o Instituto de Biologia, a Faculdade de Educação, a Faculdade de Engenharia Agrícola e o Instituto de Geociências.
De acordo com Vicentini, depois que as teses estiverem totalmente digitalizadas, dois desafios deverão ser perseguidos. Primeiro, será promover uma revisão do software em uso. Segundo, trabalhar com a possibilidade de incluir outros documentos.
A maioria das universidades brasileiras tem algum tipo de projeto para teses digitalizadas, porém o que permitiu à Unicamp se destacar foi a dinâmica que procurou imprimiu a essa atividade, além do compromisso de ver o trabalho sendo executado.
“Uma iniciativa do SBU agora será divulgar quem são as pessoas que realizam os downloads, os seus endereços eletrônicos e de onde são. Em uma próxima etapa serão mostrados gráficos sobre a utilização desse serviço e o número de downloads de todas as teses, bem como dos países que as acessaram”, explicou Vicentini.
As teses digitais da Unicamp tiveram 6,5 milhões de visitas em 2008, com aumento de 85% em relação ao ano anterior. Desde 2004, foram 14,4 milhões de visitas, com 3,4 milhões de downloads.
Biblioteca Digital da Unicamp: http://libdigi.unicamp.br

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

CIRRA

Face à grande motivação humana direcionada para a conservação e uso racional dos recursos naturais, medidas preservacionistas e de controle, têm sido implementadas, com a finalidade de reduzir o consumo de água e de energia, e minimizar a geração de efluentes. Com o objetivo de promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular essas práticas conservacionistas, foi criado o Centro Internacional de Referência em Reúso de Água - CIRRA, que tem como funções básicas desenvolver pesquisas e tecnologias adequadas, proporcionar treinamento e divulgar informações visando a promoção, a institucionalização e a regulamentação da prática de reúso no Brasil. E-MAIL :cirra@usp.br

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ceará bate recorde na exportação de frutas

Ceará bate recorde na exportação de frutas
Parece incrível, mas as exportações de frutas do Ceará não param de crescer. E de crescer geometricamente.
A Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) informou ontem que as exportações de 2008 fecharam o exercício na marca recorde de US$ 131 milhões, ou seja, 71% a mais do que as do ano de 2007, que já haviam crescido mais de 60% em relação ao ano anterior de 2006.
Da lista de frutas exportadas, o melão respondeu por mais de 70%. Tudo está a indicar que, na fruticultura, não há nem haverá limites para o crescimento da economia cearense. Vale lembrar que, há apenas cinco anos — em 2003, o Ceará exportou em frutas o equivalente a apenas US$ 3 milhões. De lá para cá, esses números multiplicaram-se numa velocidade alucinante.
A fruticultura é hoje o setor da economia do Ceará que mais cresce. Certamente, no final deste ano, ela estará liderando a pauta das exportações do Estado, pois a área cultivada segue sendo ampliada.
O setor do agronegócio — cujos líderes são empresários jovens e modernos, em cujas reuniões os assuntos são sempre ligados à inovação tecnológica, aos ganhos de produtividade e à conquista de novos mercados, e nunca às reivindicações pessoais ou corporativas — é uma das três prioridades da gestão do governador Cid Gomes, que, desde sua posse, investe para garantir a infra-estrutura e a logística de transporte de que os empresários precisam.
Fonte: Diário do Nordeste - 14/01/09

COBERTURA DA VIOLÊNCIA-Observatório da Imprensa

COBERTURA DA VIOLÊNCIAA Faixa de Gaza é aqui
Por Robson Sávio Reis Souza em 13/1/2009
No final de 2008 e nos primórdios deste ano o mundo inteiro assiste, passiva e comovidamente, ao massacre israelense na Faixa de Gaza. Independentemente das motivações político-eleitoreiras do conflito, o massacre de crianças, visivelmente indefesas, mostra o despreparo e a ineficiência bélica para resolver qualquer tipo de conflito.
Por falar em eficiência bélica, uma das indústrias mais exitosas das últimas décadas – e que não foi sequer afetada pela tão propalada crise econômica mundial – é a indústria das armas. Nunca se fabricou tantos equipamentos letais, desde armas individuais e caseiras, até grandes equipamentos de artilharia terrestre, aérea e naval.
Impulsionados em boa medida pelo "senhor da guerra", o presidente George W. Bush, que não poupou esforços nos anos de seu (des)governo para promover e motivar guerras em várias partes do globo, essa indústria, como polvo de vários tentáculos, vem se especializando cada vez mais e oferece todo tipo de armamento para todo tipo de demandante e quaisquer situações.
Líder num ranking indesejável
No Brasil, país que não está em guerra (sob o ponto de vista semântico) essa indústria cresce assustadoramente. E no seu calcanhar aumenta, não menos perigosamente, a indústria da segurança privada. Estima-se que cerca de 10% do PIB brasileiro é empenhado em segurança. E quanto mais ineficiente é a segurança pública, mais sofisticada e cara (e para muitos, indispensável) é a segurança privada.
Os horrores das guerras em outros países parecem ofuscar a carnificina humana que dizima milhões de vidas no Brasil a cada ano. Parece algo proposital como a barbaridade alheia, noticiada em doses cavalares pela mídia, serve para anestesiar o pouco que resta da nossa sensibilidade em relação às mortes em nosso país.
Somente numa cidade brasileira, Salvador, nos cinco primeiros dias deste ano 50 pessoas foram assassinadas, o que dá uma média de dez mortes violentas por dia, o dobro do registrado no mesmo período de 2008. Esta informação freqüentou alguns sites de notícia, mas não foi, sequer, objeto de debate sobre as causas da mortandade em nossas cidades.
Em um dos rankings mais indesejáveis, o Brasil está muito, mas muito à frente da Itália, por exemplo, e é um dos líderes mundiais. Enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil chega a 25,2, na Itália o índice é ínfimo, de 1,1. No Brasil, com os dados do último ano disponível (2005), foram registradas 47.578 mortes; na Itália, os dados de 2003 indicavam apenas 648 mortes (73 vezes menos). O Brasil ocupa o sexto posto entre 83 países analisados.
Não seria uma excelente pauta?
Quando se trata apenas de homicídios entre jovens, o Brasil avança no ranking e ocupa a quinta posição, com uma taxa de 51,6 por 100 mil habitantes. No ano em que os dados foram computados – 2005 – ocorreram 17.994 homicídios juvenis contra 29.775 de não-jovens. Na Itália, no ano avaliado (2003), ocorreram 73 homicídios entre jovens e 570 entre não-jovens. Na Europa, como um todo, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes fica em 1,2 jovens por grupo de 100 mil pessoas.
Em uma situação melhor do que a Itália encontram-se países como Cingapura (taxa total de homicídios em 100 mil habitantes de 0,3), República das Maldivas (0,3), Reino Unido (0,4), Japão (0,5), Malta (0,5), Noruega (0,6) e República tcheca (0,9). Junto com a Itália está a Suécia, também com uma taxa 1,1.
Já à frente do Brasil, portanto em pior situação, estão El Salvador, com uma taxa de homicídios total em 100 mil habitantes de 48,8, Colômbia (43,8), Venezuela (29,5) Guatemala (28,5) e Ilhas Virgens (28,4).
Estes dados fazem parte de um relatório divulgado em novembro do ano passado pelo Instituto Sangari, em parceria com a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) e Ministério da Justiça. Salvo a notícia, amplamente divulgada, a informação não suscitou qualquer debate ou mobilização nacional.
A probabilidade de um jovem da América Latina morrer vítima de homicídio é trinta vezes maior que a de um jovem da Europa e acima de setenta vezes maior que a de jovens de países como a Grécia ou a Hungria, ou a Inglaterra, ou a Áustria, ou o Japão, ou a Irlanda. Isso não seria uma excelente pauta? Não seria motivo para a produção de cadernos especiais, documentários e outros produtos midiáticos voltados para a discussão e compreensão do fenômeno da violência urbana?
O carro, segunda arma mortífera
Os dados disponíveis permitem caracterizar a América Latina como região muito violenta também em termos de mortalidade por acidentes de transporte. Efetivamente, agregando os dados dos 83 países disponíveis por região ou continente, percebe-se que a América Latina, com sua taxa de 16,2 óbitos por acidentes de transporte para cada 100 mil habitantes, ultrapassa levemente a América do Norte – 16,1 – e de forma bem mais ampla a Europa (10,5) e a Ásia (11,8). Mas, semelhante à África, seus índices de vitimização juvenil são relativamente baixos: 1,19, o que implica que morrem proporcionalmente 19% mais jovens que não-jovens, enquanto na Europa essa proporção é de 77% e na Oceania de 124% maior. Por isso, a grande responsável pelas elevadas taxas regionais é a mortalidade não-jovem, que também supera, e em alguns casos amplamente, os índices das outras regiões.
Não obstante, a cada dia que passa e com o aumento do número de automóveis circulando (num país que incentiva o transporte privada em detrimento do transporte público), além de inúmeros homicídios, o carro virou a segunda arma mortífera nas mãos dos brasileiros. O número de mortes nas estradas federais durante o feriado de fim de ano cresceu 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado. De 20 de dezembro de 2008 até o dia 04 de janeiro, 435 pessoas morreram ao longo dos 61 mil quilômetros de rodovias federais em todo o país. Nas festas de final de ano de 2007 para 2008, foram 384 mortos.
No mesmo período, o conflito no Oriente Médio tinha matado 500 palestinos. Se somarmos os homicídios mais os acidentes de trânsito, no período entre o final de 2008 e a primeira semana de 2009, teremos algo semelhante a três vezes o número de vítimas fatais em relação a Gaza.
Quando a mídia aprofundará o tema?
Em boa medida e salvo raras exceções, a grande mídia trata a violência urbana de duas maneiras: ou superexpondo o drama das nossas cidades em folhetins policiais que, na sua maioria, prestam para aumentar o sentimento de impotência da população e, no outro extremo, insuflando a idéia de se fazer justiça com as próprias mãos; ou glamourizando a criminalidade violenta, principalmente o tráfico de drogas, transformando tão sórdida e letal atividade em inesgotável fonte de renda. Vide o sucesso do filme Tropa de Elite – o qual, segundo notícias, virará seriado na maior emissora de TV brasileira e outros tantos produtos midiáticos derivados da deificação, pela mídia, da guerra urbana.
A TV Record está investido pesadamente numa minissérie, em dezesseis capítulos, sobre o tráfico de drogas no Rio. A emissora anuncia aos quatros ventos o requinte de sua mais ousada produção. A câmera utilizada para as filmagens custou 500 mil dólares. A TV do bispo Macedo não esconde de ninguém que vê nos dilemas urbanos da violência, na contemporaneidade, substrato para travar uma guerra de audiência com sua principal concorrente. Várias de suas novelas têm enfocado, e com sucesso, a questão da criminalidade urbana. Para uma emissora controlada por instituição religiosa caberia, no mínimo, uma pergunta: a (igreja) Universal estaria apostando na glamourização da violência, com a qual ganharia mais espaço e mais poder?
Na avaliação da ONU, apenas 10% dos homicídios em São Paulo e no Rio são levados ao tribunal. Em Pernambuco, essa taxa é de apenas 3%. Dos casos levados a julgamento em São Paulo, apenas metade acabam em condenação.
No estado do Rio de Janeiro, a polícia matou mais de 1,3 mil pessoas no ano de 2007, número que representa 18% de todos os assassinatos ocorridos no estado. Todos estes óbitos são descritos pelos dados da segurança pública como "resistência seguida de morte". No estado de Pernambuco, cerca de 70% dos homicídios registrados foram praticados por grupos de extermínio, muitos dos quais contam com participação de policiais.
Os números de homicídios e mortes no trânsito, somado ao aumento constante no número dos suicídios, são responsáveis, anualmente, pela dizimação de cerca de 100 mil vidas de brasileiros.
A mídia, que em nosso país tem influência inquestionável sobre a opinião pública, não pode ficar alheia. Quando a mídia aprofundará essa temática? A pergunta que, ano após ano, continuamos fazendo...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MANCHETES DO DIA-RADIOBRÁS

13 de janeiro de 2009
O Globo
Manchete: Prefeituras perdem verba de moradia por falta de projetosO Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê R$ 8 bilhões para urbanização de favelas, construção de moradias e saneamento, mas as prefeituras têm dificuldades para elaborar e executar os projetos dentro das normas exigidas pelo governo federal. Num país em que metade dos domicílios não têm rede de esgoto e onde há um déficit de 7,2 milhões de moradias, além do crescente avanços das favelas, entraves burocráticos e o desconhecimento do programa dificultam o acesso aos recursos. O governo fará um mutirão com os prefeitos para tentar gastar R$ 8 bilhões nos dois últimos anos do mandato do presidente Lula. (págs. 1 e 3)
A face eleitoral de DilmaNum evento em que o presidente Lula alertou para o risco de convulsão social devido à crise e simulou, brincando, jogar um sapato em jornalistas, a ministra Dilma Rousseff apareceu pela primeira vez em público exibindo seu novo visual, após corrigir na área dos olhos e o pescoço. Preparando-se para disputar a sucessão de Lula, Dilma exibiu ainda um cabelo mais ruivo, com franjinha, e abandonou os óculos. Com a operação, é mais uma a seguir o exemplo de Marta Suplicy, pioneira em remodelação facial no PT. (págs. 1, 5 e 19)
Trabuco assume Bradesco e mira ItaúUm executivo que tem 40 anos de casa e começou tomo escriturário, Luiz Carlos Trabuco Cappi, 57 anos, foi escolhido o novo presidente do Bradesco, em substituição a Márcio Cypriano. Desde 2003, Trabuco comandava a seguradora e desdobrava-se na ponte Rio-São Paulo. Agora, enfrenta o desafio de devolver ao Bradesco o posto perdido para o Itaú Unibanco - de maior banco privado do país. (págs. 1 e 17)
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Folha de S. Paulo
Manchete: GM começa demissões nas grandes montadorasA General Motors demitiu 744 funcionários temporários de sua fábrica de São José dos Campos (SP), que tinha 9.300 empregados. É a primeira demissão em massa entre as montadoras de carros instaladas no Brasil depois do agravamento da crise financeira internacional, em setembro de 2008. Segundo a GM, o corte deve-se à redução da atividade industrial em geral e no setor, reflexo da crise. A empresa diz que dará prioridade à recontratação dos demitidos “caso haja retomada dos volumes de vendas”. A decisão acontece após seguidos anúncios de férias coletivas nas montadoras. O vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto não descarta novas dispensas: “Não dá para garantir [empregos]. Quem define é o mercado”. Para sindicalistas, o setor, cuja produção foi recorde em 2008, não tem razões para demitir. Sem dar detalhes, o presidente Lula disse que fará “tudo o que for possível” para gerar empregos. Para ele, além de impedir que o PAC pare, o governo deve “inventar novas obras”. (págs. 1 e B1)
Custo de bilhete aéreo no Brasil é até 66% maior que no exteriorLevantamento feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostra que passagens para o exterior são até 66% mais caras no Brasil do que fora do país. A agência fez estudos sobre liberdade tarifária, que tinha início previsto para 1º /1 e foi suspensa por ação das empresas na Justiça. Para as companhias, a diferença de preços reflete os custos mais altos do país. (págs. 1 e B9)
EditoriaisLeia "Voto esclarecido", sobre candidatura de políticos processados; e "Professor faz falta", acerca de absenteísmo. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Lula prevê trimestre difícil e promete 'inventar' obrasO presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o primeiro trimestre é “preocupante" em relação aos efeitos da crise internacional no Brasil. Segundo ele, o governo pretende "tomar a iniciativa de fazer as coisas acontecerem", sobretudo em relação a "empregos, salário e renda". Lula afirmou que "não faltará dinheiro para investimentos" e que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) "tem a responsabilidade de não permitir que pare uma obra do PAC", além de "inventar novas obras importantes". Sem dar detalhes, Lula afirmou que o Planalto está trabalhando com governadores e prefeitos das capitais e vai anunciar novas ações ainda neste mês, principalmente em relação a investimentos. Na sua avaliação, o mundo está sob ameaça de “convulsão social" por causa da crise. (págs. 1. B1 e B3)
Rumo a 2010 - O novo visual de DilmaA ministra Dilma Rousseff fez ontem a primeira aparição após cirurgia plástica. Na foto menor, o visual da pré-candidata antes da mudança. (págs. 1 e A6)
Irregularidades fazem MST receber menos verbas federaisO MST recebe hoje menos dinheiro do governo por causa de irregularidades praticadas por entidades que formam a fachada legal do movimento. O TCU vem apontando desvios na aplicação de recursos obtidos pelas entidades por meio de convênios federais. Com isso, o repasse de verbas é automaticamente bloqueado. Em quatro anos, o total de recursos obtidos pelo MST caiu de R$ 13 milhões para R$ l,4 milhão.Número: R$ 35,4 milhões foram repassados em quatro anos a entidades ligadas ao MST. (págs. 1 e A4)
Tucanos fazem aposta arriscadaInteressado no fim da reeleição, PSDB teme efeitos colaterais. (págs. 1 e A6)
GM demite 744 trabalhadores com contrato provisórioA General Motors demitiu 744 trabalhadores com contrato temporário da fábrica de São José dos Campos. A montadora alegou que, apesar da redução do IPI, as vendas do Corsa e da S-10 não se recuperaram. (págs. 1 e B4)
Notas e Informações: A ameaça das demissõesA situação brasileira continua menos grave que a da maioria dos países. Algumas medidas anticrise foram tomada, mas com efeito muito limitado. É hora de pensar em iniciativas mais eficientes. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Vem aí novo pacote anticriseO governo prepara novas medidas para conter os efeitos da crise. O pacote, que sai até dia 23, vai ao encontro do que sugerem analistas, para quem o Planalto deve ampliar investimentos a fim de que o país recupere a confiança. O presidente Lula disse que o primeiro trimestre será "preocupante". A GM vai demitir 744 trabalhadores e o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) ameaça com greve. (pág. 1, Tema do dia, págs. A2 e A3 e Economia, pág. A16)
Bom humorAo lado do governador de São Paulo, José Serra, na abertura da feira Couromoda, o presidente Lula ameaçou atirar um sapato nos jornalistas que o acompanhavam, menção ao recente episódio que envolveu George Bush no Iraque. (pág. 1 e Tema do dia, pág. A3)
União gasta alto com viagensAs despesas do governo federal com diárias, passagens e locomoção no ano passado foram os maiores desde 2003. A União gastou R$ 1,4 bilhão, fora as despesas de mesma natureza com as estatais. O Executivo é o campeão dos gastos, com R$ 1,2 bilhão. (pág. 1 e País, pág. A4)
Demarcação indígenaIves Gandra Martins vê riscos na fronteira com Venezuela e Colômbia. (págs. 1 e A9)
DengueRoberto Medronho lembra que doença ainda é ameaça no Rio. (págs. 1 e A7)
Conflito em GazaSamuel Feldberg e Raphael Singer debatem a mediação brasileira. (págs. 1 e A18)
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Correio Braziliense
Manchete: Lembra da bolsa-chefia? Eles querem mais...Na semana passada, a Câmara criou gratificação a ser paga aos servidores com pós-graduação, mas inexplicavelmente também concedida àqueles que ocupam cargo de chefia, mesmo que jamais tenham voltado aos estudos depois da faculdade. Agora, vem a novidade: os funcionários ameaçam entrar na Justiça a fim de receber o privilégio retroativamente a 2007. O custo extra ultrapassa R$ 96 milhões para os cofres públicos. (págs. 1 e 2)
A cara da sucessãoPré-candidata ungida por Lula para guerrear contra a oposição na eleição de 2010, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, surgiu ontem ao lado do chefe totalmente repaginada. A dama-de-ferro agora tem cabelos pintados de ruivo e milimetricamente repicados nas pontas, pálpebras rejuvenescidas por cirurgia plástica, rugas de expressão sumidas, pele com sinal evidente de lifting no rosto, ausência de óculos, maquiagem leve, porém perceptível. É o visual com que será apresentada ao povo na preparação para a grande batalha eleitoral de sua vida. (págs. 1 e 4)
Com 132 candidatos por vaga, medicina lidera disputa na UnB (págs. 1 e 22)
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Valor Econômico
Manchete: Linhas externas voltam com prazo curto e custo altoNeste início de ano, grandes bancos internacionais voltaram a abrir linhas de curto prazo à exportação, após o desaparecimento do crédito externo no fim do ano passado - com exceção do oferecido pelo Banco Central. Mas empresas e bancos brasileiros estão assustados com os prêmios de risco cobrados, que mais do que dobraram na comparação com os níveis anteriores a 15 de setembro, quando a Lehman Brothers quebrou.“Os bancos começaram o ano novo com orçamento novo e disponibilidade de linhas", diz Paulo César Souza, diretor comercial do Société Générale. No entanto, segundo fontes do mercado, os prêmios cobrados sobre a Libor (taxa interbancária de Londres) de uma empresa de primeira linha pelo crédito de seis meses a um ano passou de 1,5% a 2% ao ano para cerca de 4%.A oferta é maior nos prazos mais curtos. O Itaú BBA, que no fim do ano passado conseguia rolar no mercado 50% do vencimento de suas linhas à exportação de 90 a 180 dias, agora conseguiria rolar 80% se aceitasse os prêmios pedidos, diz seu direitor José Augusto Durand. Para esse prazo, segundo ele, a oferta já está "razoável". Para prazos mais longos, de um ano, a disponibilidade é menor. ''A atuação do BC é importante não apenas para suprir a demanda por linhas, mas também para balizar preços", defende Nilo Panazzolo, diretor do Banco do Brasil, que espera novos leilões para breve. O último foi realizado em 3 de dezembro.Até o fim de novembro, para empresas maiores, as linhas de um ano do BC chegaram a ter custo inferior aos juros do Depósito Interfinanceiro (DI), após ser feita a troca do indexador da dívida de dólar para real. Hoje, a linha sairia em torno de 104% a 105% do DI, abaixo do custo da dívida para a mesma empresa no mercado interno. Como comparação, a Bradespar lançou neste mês R$ 610 milhões em debêntures com prazo de 36 meses e vai pagar 125% do DI. (págs. 1, Cl e C2)
Ano começa com deflaçãoO Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, registrou uma deflação de 0,31% na primeira prévia de janeiro. Os preços no atacado recuaram 0,56% e no varejo subiram 0,24%, abaixo do 0,36% na apuração anterior.(págs. 1 e A2)
Empresas aceleram reestruturação societária para abater no IR o ágio em aquisições, diz Souza (págs. 1 e D3)
Demissões aumentamA direção da General Motors anunciou ontem a demissão de 744 funcionários na fábrica de São José dos Campos (SP). Segundo a Anfavea, no mês passado as montadoras de automóveis demitiram 1,9 mil trabalhadores. (págs. 1 e A3)
CDBs captaram R$ 231,7 biOs Certificados de Dépósitos Bancários (CDBs) lideraram a captação das aplicações no ano passado. Foram R$ 231,7 bilhões, comparados a apenas R$ 28 bilhões em 2007. Taxas continuam atrativas, mesmo para investidores de varejo. (págs. 1 e D1)
IdéiasDelfim Netto: a julgar pelo grau de acerto, previsões do mercado no Boletim Focus não são nada brilhantes. (págs. 1 e A2)
IdéiasRaymundo Costa: Ciro Nogueira, a nova face do 'baixo clero'. (págs. 1 e A8)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Exposição a derivativos cai, mas risco persisteO rápido processo de negociação entre as empresas que registraram perdas com contratos de derivativos cambiais e os bancos acabou desinflando a bolha formada pela aposta equivocada de que o real manteria o processo de valorização em relação ao dólar.Pelos dados mais recentes da Cetip, que concentra os negócios com os chamados derivativos de balcão - realizados diretamente entre as empresas e as instituições financeiras -, a exposição líquida em contratos cambiais, que chegou a US$ 30 bilhões no pior momento da crise, no final de setembro, diminuiu para US$ 19 bilhões. Se tivessem de ser liquidadas hoje, as operações levariam a uma perda total de US$ 2 bilhões, valor bem inferior aos US$ 40 bilhões estimados pelo mercado, que chegou a rotular o problema de “subprime brasileiro”.De acordo com o diretor de relações com participantes da Cetip, Jorge Sant’Anna, houve também uma redução das operações alavancadas, como os derivativos exóticos realizados por empresas como Aracruz, Sadia e Votorantim, que juntas registraram um prejuízo de quase US$ 4 bilhões. Isso significa que uma nova desvalorização do real hoje teria efeitos menos devastadores do que há três meses. Uma perda muito grande de valor da moeda brasileira e uma queda significativa das exportações, no entanto, ainda representam um risco para as empresas que possuem derivativos, alerta o executivo. No atual nível de exposição, Sant’Anna acredita que novos problemas podem voltar a ocorrer apenas se a moeda norte-americana superar R$ 2,50 e se mantiver acima dessa cotação. (págs. 1 e B4)
Comércio exteriorBalança tem déficit de US$ 12 milhões (págs. 1 e A7)
Mercado projeta expansão de 2% do PIB e Selic a 11,75% em 2009Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram de 2,4% para 2% suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009. A piora nas estimativas apuradas pelo BC reforça a perspectiva de que ocorra um corte na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para a próxima semana.A Selic, atualmente em 13,75%, deverá chegar ao final do ano em 11,75%, segundo o boletim Focus. Os analistas consultados pelo BC reduziram ainda a projeção de crescimento do PIB de 2010 para 3,8%. Há uma semana, a expectativa era de avanço de 3,9% no próximo ano. (págs. 1 e A5)
BB entra na área de corretagemCom a aquisição de participação acionária no Banco Votorantim, o Banco do Brasil passará a contar com a plataforma da corretora de valores mobiliários do banco, uma vez que não atuava nesse segmento.(págs. 1 e B3)
EnergiaRoyalties de Itaipu chegam a US$ 437 milhões (págs. 1 e C7)
GM não renova contratos de 744 temporáriosA General Motors do Brasil não renovou os contratos de trabalho de 744 funcionários temporários da unidade de São José dos Campos (SP). Segundo o vice-presidente da montadora no País, José Carlos Pinheiro Neto, a dispensaocorreu em função do alto estoque dos modelos produzidos na fábrica.O executivo afirmou que a situação dos demais trabalhadores temporários da GMno Brasil dependerá do comportamento dos negócios. “Vamos deixar por conta domercado. Se houver recuperação, que é o que esperamos, medidas como essa não serão tomadas em outras unidades.”O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse que vinha esperando essa medida desde que a crise econômica eclodiu e também colocou em dúvida o anúncio da direção da montadora em investir US$ 500 milhões na unidade. Quanto aos investimentos, o executivo da GM garantiu que todos os recursos estão mantidos no País. A montadora tem programado para os próximos dois anos aportes de US$ 1 bilhão. (págs. 1 e C2)
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Estado de Minas
Manchete: E vem aí mais uma sapatadaEstudo sobre a situação de 35 países ricos e emergentes aponta o Brasil como o único que não deverá sofrer forte desaceleração econômica nos próximos seis meses. Um excelente motivo para otimismo. Mas o presidente Lula preferiu ser cauteloso. Ele afirmou ontem que o país vai sentir a crise de forma mais intensa neste primeiro trimestre. E prometeu anunciar medidas ainda este mês para garantir empregos e investimentos no país. Bem humorado, brincou com os jornalistas numa feira de calçados em São Paulo ao fazer de conta que atiraria um sapato em fotógrafos - uma atitude oposta à vivida pelo presidente Bush, alvo de sapatadas durante visita ao Iraque. (pág. 1)
A nova DilmaMinistra aparece pela primeira vez depois da plástica. O novo visual capricha na maquiagem, inclui cabelo repicado e lentes de contato em lugar dos óculos. (págs. 1 e 6)
Fundação da UFOP também sob suspeitaTCU aponta irregularidades nos últimos dois anos em transferências de dinheiro da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) para fundação ligada a ela, que perdeu credenciamento no MEC em 2005. (págs. 1 e 19)
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Jornal do Commercio
Manchete: Boa Viagem vai mudar em fevereiroOrdenamento da orla será antecipado pela prefeitura. Comércio no calçadão e venda de bebidas em vasilhame de vidro estão proibidos. Em Tamandaré, operação apreendeu quadriciclos. (pág.1)
Antes e depois: Dilma Roussef de visual novo na Couromoda (pág.1)
Casos de agressão contra mulheres crescem em 2008 (pág.1)13 de janeiro de 2009
O Globo
Manchete: Prefeituras perdem verba de moradia por falta de projetosO Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê R$ 8 bilhões para urbanização de favelas, construção de moradias e saneamento, mas as prefeituras têm dificuldades para elaborar e executar os projetos dentro das normas exigidas pelo governo federal. Num país em que metade dos domicílios não têm rede de esgoto e onde há um déficit de 7,2 milhões de moradias, além do crescente avanços das favelas, entraves burocráticos e o desconhecimento do programa dificultam o acesso aos recursos. O governo fará um mutirão com os prefeitos para tentar gastar R$ 8 bilhões nos dois últimos anos do mandato do presidente Lula. (págs. 1 e 3)
A face eleitoral de DilmaNum evento em que o presidente Lula alertou para o risco de convulsão social devido à crise e simulou, brincando, jogar um sapato em jornalistas, a ministra Dilma Rousseff apareceu pela primeira vez em público exibindo seu novo visual, após corrigir na área dos olhos e o pescoço. Preparando-se para disputar a sucessão de Lula, Dilma exibiu ainda um cabelo mais ruivo, com franjinha, e abandonou os óculos. Com a operação, é mais uma a seguir o exemplo de Marta Suplicy, pioneira em remodelação facial no PT. (págs. 1, 5 e 19)
Trabuco assume Bradesco e mira ItaúUm executivo que tem 40 anos de casa e começou tomo escriturário, Luiz Carlos Trabuco Cappi, 57 anos, foi escolhido o novo presidente do Bradesco, em substituição a Márcio Cypriano. Desde 2003, Trabuco comandava a seguradora e desdobrava-se na ponte Rio-São Paulo. Agora, enfrenta o desafio de devolver ao Bradesco o posto perdido para o Itaú Unibanco - de maior banco privado do país. (págs. 1 e 17)
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Folha de S. Paulo
Manchete: GM começa demissões nas grandes montadorasA General Motors demitiu 744 funcionários temporários de sua fábrica de São José dos Campos (SP), que tinha 9.300 empregados. É a primeira demissão em massa entre as montadoras de carros instaladas no Brasil depois do agravamento da crise financeira internacional, em setembro de 2008. Segundo a GM, o corte deve-se à redução da atividade industrial em geral e no setor, reflexo da crise. A empresa diz que dará prioridade à recontratação dos demitidos “caso haja retomada dos volumes de vendas”. A decisão acontece após seguidos anúncios de férias coletivas nas montadoras. O vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto não descarta novas dispensas: “Não dá para garantir [empregos]. Quem define é o mercado”. Para sindicalistas, o setor, cuja produção foi recorde em 2008, não tem razões para demitir. Sem dar detalhes, o presidente Lula disse que fará “tudo o que for possível” para gerar empregos. Para ele, além de impedir que o PAC pare, o governo deve “inventar novas obras”. (págs. 1 e B1)
Custo de bilhete aéreo no Brasil é até 66% maior que no exteriorLevantamento feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostra que passagens para o exterior são até 66% mais caras no Brasil do que fora do país. A agência fez estudos sobre liberdade tarifária, que tinha início previsto para 1º /1 e foi suspensa por ação das empresas na Justiça. Para as companhias, a diferença de preços reflete os custos mais altos do país. (págs. 1 e B9)
EditoriaisLeia "Voto esclarecido", sobre candidatura de políticos processados; e "Professor faz falta", acerca de absenteísmo. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Lula prevê trimestre difícil e promete 'inventar' obrasO presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o primeiro trimestre é “preocupante" em relação aos efeitos da crise internacional no Brasil. Segundo ele, o governo pretende "tomar a iniciativa de fazer as coisas acontecerem", sobretudo em relação a "empregos, salário e renda". Lula afirmou que "não faltará dinheiro para investimentos" e que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) "tem a responsabilidade de não permitir que pare uma obra do PAC", além de "inventar novas obras importantes". Sem dar detalhes, Lula afirmou que o Planalto está trabalhando com governadores e prefeitos das capitais e vai anunciar novas ações ainda neste mês, principalmente em relação a investimentos. Na sua avaliação, o mundo está sob ameaça de “convulsão social" por causa da crise. (págs. 1. B1 e B3)
Rumo a 2010 - O novo visual de DilmaA ministra Dilma Rousseff fez ontem a primeira aparição após cirurgia plástica. Na foto menor, o visual da pré-candidata antes da mudança. (págs. 1 e A6)
Irregularidades fazem MST receber menos verbas federaisO MST recebe hoje menos dinheiro do governo por causa de irregularidades praticadas por entidades que formam a fachada legal do movimento. O TCU vem apontando desvios na aplicação de recursos obtidos pelas entidades por meio de convênios federais. Com isso, o repasse de verbas é automaticamente bloqueado. Em quatro anos, o total de recursos obtidos pelo MST caiu de R$ 13 milhões para R$ l,4 milhão.Número: R$ 35,4 milhões foram repassados em quatro anos a entidades ligadas ao MST. (págs. 1 e A4)
Tucanos fazem aposta arriscadaInteressado no fim da reeleição, PSDB teme efeitos colaterais. (págs. 1 e A6)
GM demite 744 trabalhadores com contrato provisórioA General Motors demitiu 744 trabalhadores com contrato temporário da fábrica de São José dos Campos. A montadora alegou que, apesar da redução do IPI, as vendas do Corsa e da S-10 não se recuperaram. (págs. 1 e B4)
Notas e Informações: A ameaça das demissõesA situação brasileira continua menos grave que a da maioria dos países. Algumas medidas anticrise foram tomada, mas com efeito muito limitado. É hora de pensar em iniciativas mais eficientes. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Vem aí novo pacote anticriseO governo prepara novas medidas para conter os efeitos da crise. O pacote, que sai até dia 23, vai ao encontro do que sugerem analistas, para quem o Planalto deve ampliar investimentos a fim de que o país recupere a confiança. O presidente Lula disse que o primeiro trimestre será "preocupante". A GM vai demitir 744 trabalhadores e o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) ameaça com greve. (pág. 1, Tema do dia, págs. A2 e A3 e Economia, pág. A16)
Bom humorAo lado do governador de São Paulo, José Serra, na abertura da feira Couromoda, o presidente Lula ameaçou atirar um sapato nos jornalistas que o acompanhavam, menção ao recente episódio que envolveu George Bush no Iraque. (pág. 1 e Tema do dia, pág. A3)
União gasta alto com viagensAs despesas do governo federal com diárias, passagens e locomoção no ano passado foram os maiores desde 2003. A União gastou R$ 1,4 bilhão, fora as despesas de mesma natureza com as estatais. O Executivo é o campeão dos gastos, com R$ 1,2 bilhão. (pág. 1 e País, pág. A4)
Demarcação indígenaIves Gandra Martins vê riscos na fronteira com Venezuela e Colômbia. (págs. 1 e A9)
DengueRoberto Medronho lembra que doença ainda é ameaça no Rio. (págs. 1 e A7)
Conflito em GazaSamuel Feldberg e Raphael Singer debatem a mediação brasileira. (págs. 1 e A18)
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Correio Braziliense
Manchete: Lembra da bolsa-chefia? Eles querem mais...Na semana passada, a Câmara criou gratificação a ser paga aos servidores com pós-graduação, mas inexplicavelmente também concedida àqueles que ocupam cargo de chefia, mesmo que jamais tenham voltado aos estudos depois da faculdade. Agora, vem a novidade: os funcionários ameaçam entrar na Justiça a fim de receber o privilégio retroativamente a 2007. O custo extra ultrapassa R$ 96 milhões para os cofres públicos. (págs. 1 e 2)
A cara da sucessãoPré-candidata ungida por Lula para guerrear contra a oposição na eleição de 2010, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, surgiu ontem ao lado do chefe totalmente repaginada. A dama-de-ferro agora tem cabelos pintados de ruivo e milimetricamente repicados nas pontas, pálpebras rejuvenescidas por cirurgia plástica, rugas de expressão sumidas, pele com sinal evidente de lifting no rosto, ausência de óculos, maquiagem leve, porém perceptível. É o visual com que será apresentada ao povo na preparação para a grande batalha eleitoral de sua vida. (págs. 1 e 4)
Com 132 candidatos por vaga, medicina lidera disputa na UnB (págs. 1 e 22)
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Valor Econômico
Manchete: Linhas externas voltam com prazo curto e custo altoNeste início de ano, grandes bancos internacionais voltaram a abrir linhas de curto prazo à exportação, após o desaparecimento do crédito externo no fim do ano passado - com exceção do oferecido pelo Banco Central. Mas empresas e bancos brasileiros estão assustados com os prêmios de risco cobrados, que mais do que dobraram na comparação com os níveis anteriores a 15 de setembro, quando a Lehman Brothers quebrou.“Os bancos começaram o ano novo com orçamento novo e disponibilidade de linhas", diz Paulo César Souza, diretor comercial do Société Générale. No entanto, segundo fontes do mercado, os prêmios cobrados sobre a Libor (taxa interbancária de Londres) de uma empresa de primeira linha pelo crédito de seis meses a um ano passou de 1,5% a 2% ao ano para cerca de 4%.A oferta é maior nos prazos mais curtos. O Itaú BBA, que no fim do ano passado conseguia rolar no mercado 50% do vencimento de suas linhas à exportação de 90 a 180 dias, agora conseguiria rolar 80% se aceitasse os prêmios pedidos, diz seu direitor José Augusto Durand. Para esse prazo, segundo ele, a oferta já está "razoável". Para prazos mais longos, de um ano, a disponibilidade é menor. ''A atuação do BC é importante não apenas para suprir a demanda por linhas, mas também para balizar preços", defende Nilo Panazzolo, diretor do Banco do Brasil, que espera novos leilões para breve. O último foi realizado em 3 de dezembro.Até o fim de novembro, para empresas maiores, as linhas de um ano do BC chegaram a ter custo inferior aos juros do Depósito Interfinanceiro (DI), após ser feita a troca do indexador da dívida de dólar para real. Hoje, a linha sairia em torno de 104% a 105% do DI, abaixo do custo da dívida para a mesma empresa no mercado interno. Como comparação, a Bradespar lançou neste mês R$ 610 milhões em debêntures com prazo de 36 meses e vai pagar 125% do DI. (págs. 1, Cl e C2)
Ano começa com deflaçãoO Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, registrou uma deflação de 0,31% na primeira prévia de janeiro. Os preços no atacado recuaram 0,56% e no varejo subiram 0,24%, abaixo do 0,36% na apuração anterior.(págs. 1 e A2)
Empresas aceleram reestruturação societária para abater no IR o ágio em aquisições, diz Souza (págs. 1 e D3)
Demissões aumentamA direção da General Motors anunciou ontem a demissão de 744 funcionários na fábrica de São José dos Campos (SP). Segundo a Anfavea, no mês passado as montadoras de automóveis demitiram 1,9 mil trabalhadores. (págs. 1 e A3)
CDBs captaram R$ 231,7 biOs Certificados de Dépósitos Bancários (CDBs) lideraram a captação das aplicações no ano passado. Foram R$ 231,7 bilhões, comparados a apenas R$ 28 bilhões em 2007. Taxas continuam atrativas, mesmo para investidores de varejo. (págs. 1 e D1)
IdéiasDelfim Netto: a julgar pelo grau de acerto, previsões do mercado no Boletim Focus não são nada brilhantes. (págs. 1 e A2)
IdéiasRaymundo Costa: Ciro Nogueira, a nova face do 'baixo clero'. (págs. 1 e A8)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Exposição a derivativos cai, mas risco persisteO rápido processo de negociação entre as empresas que registraram perdas com contratos de derivativos cambiais e os bancos acabou desinflando a bolha formada pela aposta equivocada de que o real manteria o processo de valorização em relação ao dólar.Pelos dados mais recentes da Cetip, que concentra os negócios com os chamados derivativos de balcão - realizados diretamente entre as empresas e as instituições financeiras -, a exposição líquida em contratos cambiais, que chegou a US$ 30 bilhões no pior momento da crise, no final de setembro, diminuiu para US$ 19 bilhões. Se tivessem de ser liquidadas hoje, as operações levariam a uma perda total de US$ 2 bilhões, valor bem inferior aos US$ 40 bilhões estimados pelo mercado, que chegou a rotular o problema de “subprime brasileiro”.De acordo com o diretor de relações com participantes da Cetip, Jorge Sant’Anna, houve também uma redução das operações alavancadas, como os derivativos exóticos realizados por empresas como Aracruz, Sadia e Votorantim, que juntas registraram um prejuízo de quase US$ 4 bilhões. Isso significa que uma nova desvalorização do real hoje teria efeitos menos devastadores do que há três meses. Uma perda muito grande de valor da moeda brasileira e uma queda significativa das exportações, no entanto, ainda representam um risco para as empresas que possuem derivativos, alerta o executivo. No atual nível de exposição, Sant’Anna acredita que novos problemas podem voltar a ocorrer apenas se a moeda norte-americana superar R$ 2,50 e se mantiver acima dessa cotação. (págs. 1 e B4)
Comércio exteriorBalança tem déficit de US$ 12 milhões (págs. 1 e A7)
Mercado projeta expansão de 2% do PIB e Selic a 11,75% em 2009Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram de 2,4% para 2% suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009. A piora nas estimativas apuradas pelo BC reforça a perspectiva de que ocorra um corte na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para a próxima semana.A Selic, atualmente em 13,75%, deverá chegar ao final do ano em 11,75%, segundo o boletim Focus. Os analistas consultados pelo BC reduziram ainda a projeção de crescimento do PIB de 2010 para 3,8%. Há uma semana, a expectativa era de avanço de 3,9% no próximo ano. (págs. 1 e A5)
BB entra na área de corretagemCom a aquisição de participação acionária no Banco Votorantim, o Banco do Brasil passará a contar com a plataforma da corretora de valores mobiliários do banco, uma vez que não atuava nesse segmento.(págs. 1 e B3)
EnergiaRoyalties de Itaipu chegam a US$ 437 milhões (págs. 1 e C7)
GM não renova contratos de 744 temporáriosA General Motors do Brasil não renovou os contratos de trabalho de 744 funcionários temporários da unidade de São José dos Campos (SP). Segundo o vice-presidente da montadora no País, José Carlos Pinheiro Neto, a dispensaocorreu em função do alto estoque dos modelos produzidos na fábrica.O executivo afirmou que a situação dos demais trabalhadores temporários da GMno Brasil dependerá do comportamento dos negócios. “Vamos deixar por conta domercado. Se houver recuperação, que é o que esperamos, medidas como essa não serão tomadas em outras unidades.”O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse que vinha esperando essa medida desde que a crise econômica eclodiu e também colocou em dúvida o anúncio da direção da montadora em investir US$ 500 milhões na unidade. Quanto aos investimentos, o executivo da GM garantiu que todos os recursos estão mantidos no País. A montadora tem programado para os próximos dois anos aportes de US$ 1 bilhão. (págs. 1 e C2)
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Estado de Minas
Manchete: E vem aí mais uma sapatadaEstudo sobre a situação de 35 países ricos e emergentes aponta o Brasil como o único que não deverá sofrer forte desaceleração econômica nos próximos seis meses. Um excelente motivo para otimismo. Mas o presidente Lula preferiu ser cauteloso. Ele afirmou ontem que o país vai sentir a crise de forma mais intensa neste primeiro trimestre. E prometeu anunciar medidas ainda este mês para garantir empregos e investimentos no país. Bem humorado, brincou com os jornalistas numa feira de calçados em São Paulo ao fazer de conta que atiraria um sapato em fotógrafos - uma atitude oposta à vivida pelo presidente Bush, alvo de sapatadas durante visita ao Iraque. (pág. 1)
A nova DilmaMinistra aparece pela primeira vez depois da plástica. O novo visual capricha na maquiagem, inclui cabelo repicado e lentes de contato em lugar dos óculos. (págs. 1 e 6)
Fundação da UFOP também sob suspeitaTCU aponta irregularidades nos últimos dois anos em transferências de dinheiro da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) para fundação ligada a ela, que perdeu credenciamento no MEC em 2005. (págs. 1 e 19)
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Jornal do Commercio
Manchete: Boa Viagem vai mudar em fevereiroOrdenamento da orla será antecipado pela prefeitura. Comércio no calçadão e venda de bebidas em vasilhame de vidro estão proibidos. Em Tamandaré, operação apreendeu quadriciclos. (pág.1)
Antes e depois: Dilma Roussef de visual novo na Couromoda (pág.1)
Casos de agressão contra mulheres crescem em 2008 (pág.1)

PLANOS DE SAÚDE

A OPINIÃO DO ESPECIALISTAImpacto mínimoHÉRCULES DO AMARALAdvogado, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-CEA portabilidade não muda muita coisa. A resolução da ANS estabelece uma série de requisitos que devem ser observados antes de migrar de um plano de saúde para outro. Por exemplo, o consumidor tem que estar com o pagamento em dia, deve ter permanecido no plano de origem dois anos ou, em caso de doença pré-existente, três anos. Atinge somente contrato novos, individuais e familiares, ou seja, um pequeno número de pessoas será beneficiado. Enfim, é um benefício que será difícil de ser exercido. O impacto vai ser mínimo, principalmente no Ceará, onde praticamente não existe de forma efetiva uma concorrência neste mercado. São apenas dois grandes players que dominam o setor e outras pequenas empresas, que são meros coadjuvates. As empresas, de acordo com a portabilidade da ANS, só devem aceitar consumidores com os mesmos contratos, ou seja, ou mesmos produtos. Mas, aqui as grandes empresas exploram segmentos diferentes. Um não oferece o mesmo plano que o outro. Essa portabilidade depende de uma classificação que ainda vai ser editada, e não tem previsão. Tudo é muito difícil. No caso da portabilidade telefônica, a migração é mais rápida e ágil porque os produtos são parecidos. Nos planos de saúde, os médicos, as clínicas, os hospitais credenciados não são os mesmos. As operadoras vão fazer de tudo para evitar a portabilidade. Pela lógica de mercado, as empresas querem lucro, ou seja, querem que o consumidor use menos o plano. E quem quer trocar, geralmente, é uma pessoa insatisfeita com o plano de origem. Nessa lógica mercantil, as empresas querem incentivar a menor utilização e dificilmente vão admitir essas pessoas. A portabilidade é dar com uma mão e tirar com a outra. É uma modificação para inglês ver. Não traz nenhuma revolução.

Sebrae investe em exportação de micro e pequenas em 2009

Sebrae investe em exportação de micro e pequenas em 2009
As micro e pequenas empresas do Ceará terão um apoio a mais para expandir seus negócios para outros países do mundo. O Sebrae/CE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) irá investir fortemente na exportação de produtos para várias partes do mundo em 2009. O superintendente do Sebrae, Carlos Cruz, explicou que o órgão está criando espaço especial para parceiros que vão ajudar no processo, como Correios, Banco do Brasil e Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará).
“Neste ano, em todo o Ceará, vamos trabalhar junto às pequenas e microempresas para que elas, após um trabalho de preparação, façam as suas exportações”, ressaltou Cruz. Ele acrescentou que o Sebrae vai unir esforços na formalização do microempreendedor individual, segundo estabelece uma lei que foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula.
Através de parceria com o Governo do Estado e com o Ministério da Previdência Social, a entidade deverá sair com dois ônibus pelo Ceará a fim de estimular essa formalidade. “Nós vamos rodar o Ceará todo para que as micro e pequenas empresas sejam estimuladas a se formalizarem”, ressaltou.
Outra providência será reunir os trabalhadores informais e lhes mostrar os benefícios da formalidade, pagando o menos possível de imposto para terem direito à aposentadoria.
Cruz lembrou que no ano passado o Sebrae já estimulava a exportação dos produtos das microempresas em todos os 184 municípios cearenses.
Fonte: O Estado do Ceará - 09/01/09

CHILE

Chile é o país que conta com maior número de acordos comerciais do mundo
Segundo a FITA (Federation os International Trades Associations), o Chile conta com 57 acordos comerciais bilaterais ou regionais, mais do que qualquer outro país.
Em 2007, o Chile foi o 42º maior exportador do mundo e o 51º importador, sendo que o país conta com a 60ª maior população do mundo (16,5 milhões de habitantes) e o 44º maior produto interno bruto, US$ 160,7 bilhões.
Desde o início dos anos 90, a economia do Chile tem vindo em um movimento crescente continuamente. O país apresenta baixo nível de desemprego e conta com fortes instituições financeiras.
Em 2006, os investimentos externos diretos das mais de 4 mil empresas estrangeiras que atuam no Chile chegaram a US$ 5,9 bilhões, valor 55% maior do que o registrado em 2005. O setor que mais recebeu recursos foi o de mineração que ficou com 33,2% do montante.
Os três principais países que investiram no Chile foram: EUA (25,5%), Espanha (21,7%) e Canadá ( 16,4%).
De 1990 a 2006, 855 empresas chilenas investiram mais de US$ 38 milhões no exterior. As companhias do país têm negócios em outras 63 nações, incluindo o Brasil.
Fonte: Guia Marítimo - 09/01/09

LIXO - Banco do Planeta

Ecologista fica um ano sem tirar o lixo de casa
Publicado por Moderador do Banco do Planeta em January 5, 2009 às 4:30pm
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Dave Chameides, dos Estados Unidos, está desde janeiro de 2007 sem retirar qualquer tipo de lixo de sua casa.Ele recicla o que consegue, como papel ou resíduos orgânicos, que podem ser compostados ou coloca no porão os outros itens que descartaria.Com isto, quer mostrar quanto uma pessoa sozinha produz de lixo e também descobrir formas de gerar cada vez menos resíduos.Sua aventura pode ser acompanhada no blog: 365 Dias de Lixo (365 Days of Trash)

CURSO

CIN promove curso sobre Contratos Internacionais
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) em parceria com seu Centro Internacional de Negócios (CIN-CE) realiza nos dias 19 e 20 de março, o curso “Contratos Internacionais”.
Com 12h/a, o curso objetiva propiciar uma visão geral e crítica sobre a contratação internacional, sob a ótica dos importadores, exportadores e da análise econômica do Direito, proporcionando instrumentos teórico-práticos para uma atuação jurídica segura na esfera das relações internacionais. Além disso, também irá questionar a lógica da contratação internacional realizada na compra e venda e no transporte marítimo de mercadorias, para rever conceitos e elaborar novas estratégias de contratação.
O advogado Osvaldo Agripino de Castro Júnior será o facilitador do curso. Agripino é professor de Direito Marítimo e Comércio Internacional no Programa de Doutorado e Mestrado em Ciência Jurídica da UNIVALI e da FGV/RJ, Doutor em Direito Internacional e Desenvolvimento pela UFSC e Pós-Doutor em Direito Regulatório pela Harvard University. Além disso, já publicou vários livros e artigos, dentre eles, Temas Atuais de Direito do Comércio Internacional e Direito Marítimo Made in Brasil.
As inscrições encontram-se abertas no balcão de atendimento do CIN/CE e no site (www.fiec.org.br/cin) e estão com preço promocional, até o dia 19 de fevereiro, por R$280,00. Após esta data, R$350,00. Os valores podem ainda ser parcelados em até 3 vezes no cheque.
Serviço:
Contratos Internacionais, 19/03, de 18h às 22h (quinta-feira) e 20/03 de 14h às 22h (sexta-feira) na FIEC (Av. Barão de Studart, 1980). Mais informações: 85 3421.5420 (Marlene) ou 5419 (Filipe).
Fonte: Centro Internacional de Negócios do Ceará - 12/01/09

sábado, 10 de janeiro de 2009

TURISMO-DIÁRIO DO NORDESTE

MERCADO CENTRAL (9/1/2009)

Artesanato e sabores do Ceará

Galeria

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No Mercado Central, o visitante confere, ao vivo, a arte produzida pela mulher rendeira (Foto: SILVANA TARELHO)

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Ao caminhar pelo mercado, o turista tem a chance de degustar e adquirir saborosas guloseimas cearenses

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Artigos utilitários e decorativos multicoloridos fascinam a clientela e se transformam em objetos de desejo

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A madeira ganha formas diversas e se transforma em arte nas mãos de hábeis artesãos

Localizado no Centro de Fortaleza, o Mercado Central é o melhor e mais bem estruturado local para o turista adquirir lembracinhas e peças de artesanato

Erguido junto a prédios históricos da Capital, como a Catedral Metropolitana e a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, o prédio chama atenção pela grandiosidade e linhas modernas. Mas, o melhor está do lado de dentro. São 559 lojas, em cinco pisos (com o estacionamento), e mais 70 quiosques e seis restaurantes, onde se pode encontrar uma variedade em artesanato e produtos regionais. O turista faz uma viagem pela arte que o Ceará produz.

O Mercado Central é hoje a principal rota do turista em compras na Capital. A diversidade de artigos regionais em oferta impressiona. Para alcançar as lojas, o visitante trafega por largos corredores. O acesso aos andares pode ser por elevador, escadas ou passarelas, que oferecem uma visão geral do mercado. A ventilação natural deixa o turista ainda mais no clima do Ceará.

Nas lojas e quiosques do Mercado Central, o visitante encontra artigos de cama, mesa e banho, moda praia, artesanato minúsculo ou de grande porte, redes, confecções e uma infinidade de outros itens. A renda permanece como produto mais tradicional e se apresenta de diversas formas no mercado. Renda de bilro, filé, labirinto, bordados, richelieu, ponto cruz... Também são encontradas peças em madeira, barro, alumínio, cobre, cerâmica, vime, palha, bambu, tricô, areias coloridas, cobre, lona, pedras semipreciosas, couro...

Distribuidor

Muita coisa é produzida em Fortaleza, mas o celeiro é mesmo o interior do Estado. Seja no litoral, serras ou sertão do Ceará, a criação não pára. O mercado funciona como um grande centro distribuidor do trabalho dos cearenses. De acordo com a Associação dos Lojistas do Mercado Central (Almec), os comerciantes contam com fornecedores nos quatro cantos do Ceará. Eles vão até os locais de criação ou os artesãos trazem o produto de sua criatividade ao mercado.

O vaivém de fornecedores é mais intenso na alta estação, pois a ´saída´ de peças é constante. Então, não podem faltar produtos à disposição dos visitantes. Alguns poucos produzem sua arte no próprio mercado, diante dos visitantes e se tornam chamarizes de vendas.

É o caso da rendeira Fátima Oliveira e do artesão em bronze, pedra e ferro, Paulo Barroso. Sentada junto a uma das lojas, Fátima manipula habilmente os bilros, produzindo peças multicoloridas. Não há quem não pare a andança para conferir sua arte, tirar fotos, filmá-la e indagar sobre a arte.

O mesmo acontece com o artesão Paulo Barroso. Usando cobre, pedra e ferro, ele produz peças de plástica singular, que vêm ganhando espaço em ambientes decorados com requinte Brasil afora. Troféus e figuras que simbolizam conquistas são as peças preferidas.

Gastronomia

O visitante ainda tem no mercado a chance de adquirir e/ou saborear iguarias do Ceará. A castanha - natural ou caramelizada - e derivados do caju, como doces e licores, são a sensação. No mesmo local tem cachaças e rapaduras à venda.

Há mais de 20 lojas no andar térreo que vendem guloseimas. Ali também ficam os restaurantes com a típica comida cearense, como feijão verde, baião-de-dois, paçoca, mão de vaca, carne-de-sol, moqueca de arraia, tapioca e outras.

Para comodidade do visitante, o mercado dispõe de estacionamento e quiosques de lanches. Nas férias, programação folclórica anima os turistas. O local abre de segunda a sábado, das 8 às 19 horas; e aos domingos, das 8 às 13 horas.

Arte, história e cultura no Centro de Turismo

Idealizado pelo engenheiro Manuel Castro de Gouveia em meados dos anos 50, o prédio da Antiga Cadeia Pública foi desativado anos mais tarde em função da construção do Instituto Penal Paulo Sarasate, na Região Metropolitana. O prédio de linhas neoclássicas foi reformado e passou a funcionar como Centro de Turismo de Fortaleza, abrigando o comércio de artesanato e produtos típicos do Ceará.

Hoje, as celas servem como boxes para o comércio da arte do povo cearense em suas diversas versões. É a chamada diversidade cultural do Ceará, expressa em artesanato, moda, arte, culinária, souvenirs e muito mais. O Centro de Turismo acabou se transformando em parada obrigatória no roteiro dos visitantes de Fortaleza e de nativos que apreciam e preservam a beleza das criações do povo cearense.

Há quem assegure que o Centro de Turismo é a opção mais tranqüila para fazer compras do rico artesanato cearense. Ali se encontra praticamente tudo o que é comercializado no Mercado Central. A diferença reside na quantidade de lojas, que é menor. A qualidade dos produtos não fica atrás. São 101 lojas distribuídas em três alas (Norte, Central e Sul) e mais a Galeria João Moreira. Em alguns espaços, os artesãos demonstram seu ofício para admiração dos visitantes.

O prédio do Centro de Turismo se destaca por sua grandiosidade e imponência, conservando a arquitetura colonial e os imensos portões de ferro trabalhado. Ao cruzar as muralhas, o visitante se encanta com o ambiente tranqüilo, arborizado e seguro, mais que propício para compras.

O turista, então, percorre corredores históricos e encontra trabalhos de labirinto e renda, bordados, peças para cama, mesa e banho, moda praia, redes, artesanato de todos os tamanhos e formas, peças em couro, palha, metal e madeira, doces, bebidas, produtos do caju, quadros, garrafas de areia colorida e uma centena de lembrancinhas do Ceará.

A qualidade e o perfeito acabamento das peças à disposição são outros diferenciais que atraem compradores, sem falar nos preços. Há peças a partir de R$ 1,00. No bate-papo descontraído sempre é possível obter algum desconto se o cliente desejar grandes quantidades.

Cada peça tem como procedência principal o interior do Ceará. Pode ser de Maranguape, Itapajé, Irauçuba, Cascavel... As areias coloridas são de Beberibe. O artigos em madeira vêm do sertão e de pontos na periferia da Capital.

“É mais fácil afirmar que no Centro de Turismo há peças e artigos produzidos em todo o Ceará, pois os fornecedores são de todas as regiões. Cada uma trás sua tipologia e a gente faz o comércio”, conta a presidenta da Associação dos Comerciantes do Centro de Turismo (Acentur), Márcia Gadelha. Ela prefere não arriscar a quantidade real de produtos comercializados ali e ensina: “é melhor vir conferir aqui toda a variedade”. Nesse tocante, se destaca o comerciante Raimundo Quixadá, com sua oferta de castanhas de caju de qualidade.

O passeio pelo Centro de Turismo não fica completo sem a visita aos espaços no andar superior da ala central. Ali, funcionam dois museus e uma pinacoteca. No acervo do Museu de Arte e Cultura Popular, com 1,5 mil peças, se destacam uma jangada original, um tear e um carro de boi original.

O acervo inclui também uma estátua do Padre Cícero, toalhas bordadas por escravas, artigos religiosos diversos, bonecos, peças em cerâmica, latão, ferro, barro, couro, palha e flandre, armas antigas, instrumentos musicais criados por cearenses, ex-votos, máscaras, figuras de barro extraídas do imaginário popular e esculturas em madeira.

Na pinacoteca do Centro de Turismo há quadros em óleo sobre tela que retratam imagens do Ceará e de sua gente. Anexo, fica o Museu de Mineralogia Dr. Odorico Rodrigues de Albuquerque, o primeiro geólogo cearense. Ali estão expostas pedras preciosas e semipreciosas e rochas extraídas do subsolo cearense, usadas para ornamentação ou como matéria-prima para indústrias de vários segmentos econômicos.

O Centro de Turismo funciona de segunda a sábado, das 8 às 18 horas; e aos domingos, das 8 às 12 horas.

Mais opções

Outras excelentes opções para quem deseja adquirir o melhor do artesanato produzido pelos artistas populares cearenses são a Feirinha de Artesanato da Avenida Beira-Mar, que ocupa uma área de 500 metros ao ar livre, na praia do Náutico, próxima aos principais hotéis da orla marítima de Fortaleza; a Central de Artesanato do Ceará (Ceart), que dispõe de pontos de venda de artesanato instalados na Avenida Santos Dumont, na Aldeota; no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema; no Aeroporto Internacional Pinto Martins e na sede do Sebrae/CE; e a Avenida Monsenhor Tabosa, onde inúmeras lojas vendem confecções, acessórios, calçados e moda praia com aquele toque todo especial de cearensidade.

Mais informações:
Mercado Central: (85) 3454.8586
Centro de Turismo: (85) 3212.4586
Central de Artesanato do Ceará: (85) 3101.1625

FERNANDO BRITO
Especial para Turismo

TURISMO-DIÁRIO DO NORDESTE

MERCADO CENTRAL (9/1/2009)

Artesanato e sabores do Ceará

Galeria

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No Mercado Central, o visitante confere, ao vivo, a arte produzida pela mulher rendeira (Foto: SILVANA TARELHO)

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Ao caminhar pelo mercado, o turista tem a chance de degustar e adquirir saborosas guloseimas cearenses

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Artigos utilitários e decorativos multicoloridos fascinam a clientela e se transformam em objetos de desejo

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A madeira ganha formas diversas e se transforma em arte nas mãos de hábeis artesãos

Localizado no Centro de Fortaleza, o Mercado Central é o melhor e mais bem estruturado local para o turista adquirir lembracinhas e peças de artesanato

Erguido junto a prédios históricos da Capital, como a Catedral Metropolitana e a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, o prédio chama atenção pela grandiosidade e linhas modernas. Mas, o melhor está do lado de dentro. São 559 lojas, em cinco pisos (com o estacionamento), e mais 70 quiosques e seis restaurantes, onde se pode encontrar uma variedade em artesanato e produtos regionais. O turista faz uma viagem pela arte que o Ceará produz.

O Mercado Central é hoje a principal rota do turista em compras na Capital. A diversidade de artigos regionais em oferta impressiona. Para alcançar as lojas, o visitante trafega por largos corredores. O acesso aos andares pode ser por elevador, escadas ou passarelas, que oferecem uma visão geral do mercado. A ventilação natural deixa o turista ainda mais no clima do Ceará.

Nas lojas e quiosques do Mercado Central, o visitante encontra artigos de cama, mesa e banho, moda praia, artesanato minúsculo ou de grande porte, redes, confecções e uma infinidade de outros itens. A renda permanece como produto mais tradicional e se apresenta de diversas formas no mercado. Renda de bilro, filé, labirinto, bordados, richelieu, ponto cruz... Também são encontradas peças em madeira, barro, alumínio, cobre, cerâmica, vime, palha, bambu, tricô, areias coloridas, cobre, lona, pedras semipreciosas, couro...

Distribuidor

Muita coisa é produzida em Fortaleza, mas o celeiro é mesmo o interior do Estado. Seja no litoral, serras ou sertão do Ceará, a criação não pára. O mercado funciona como um grande centro distribuidor do trabalho dos cearenses. De acordo com a Associação dos Lojistas do Mercado Central (Almec), os comerciantes contam com fornecedores nos quatro cantos do Ceará. Eles vão até os locais de criação ou os artesãos trazem o produto de sua criatividade ao mercado.

O vaivém de fornecedores é mais intenso na alta estação, pois a ´saída´ de peças é constante. Então, não podem faltar produtos à disposição dos visitantes. Alguns poucos produzem sua arte no próprio mercado, diante dos visitantes e se tornam chamarizes de vendas.

É o caso da rendeira Fátima Oliveira e do artesão em bronze, pedra e ferro, Paulo Barroso. Sentada junto a uma das lojas, Fátima manipula habilmente os bilros, produzindo peças multicoloridas. Não há quem não pare a andança para conferir sua arte, tirar fotos, filmá-la e indagar sobre a arte.

O mesmo acontece com o artesão Paulo Barroso. Usando cobre, pedra e ferro, ele produz peças de plástica singular, que vêm ganhando espaço em ambientes decorados com requinte Brasil afora. Troféus e figuras que simbolizam conquistas são as peças preferidas.

Gastronomia

O visitante ainda tem no mercado a chance de adquirir e/ou saborear iguarias do Ceará. A castanha - natural ou caramelizada - e derivados do caju, como doces e licores, são a sensação. No mesmo local tem cachaças e rapaduras à venda.

Há mais de 20 lojas no andar térreo que vendem guloseimas. Ali também ficam os restaurantes com a típica comida cearense, como feijão verde, baião-de-dois, paçoca, mão de vaca, carne-de-sol, moqueca de arraia, tapioca e outras.

Para comodidade do visitante, o mercado dispõe de estacionamento e quiosques de lanches. Nas férias, programação folclórica anima os turistas. O local abre de segunda a sábado, das 8 às 19 horas; e aos domingos, das 8 às 13 horas.

Arte, história e cultura no Centro de Turismo

Idealizado pelo engenheiro Manuel Castro de Gouveia em meados dos anos 50, o prédio da Antiga Cadeia Pública foi desativado anos mais tarde em função da construção do Instituto Penal Paulo Sarasate, na Região Metropolitana. O prédio de linhas neoclássicas foi reformado e passou a funcionar como Centro de Turismo de Fortaleza, abrigando o comércio de artesanato e produtos típicos do Ceará.

Hoje, as celas servem como boxes para o comércio da arte do povo cearense em suas diversas versões. É a chamada diversidade cultural do Ceará, expressa em artesanato, moda, arte, culinária, souvenirs e muito mais. O Centro de Turismo acabou se transformando em parada obrigatória no roteiro dos visitantes de Fortaleza e de nativos que apreciam e preservam a beleza das criações do povo cearense.

Há quem assegure que o Centro de Turismo é a opção mais tranqüila para fazer compras do rico artesanato cearense. Ali se encontra praticamente tudo o que é comercializado no Mercado Central. A diferença reside na quantidade de lojas, que é menor. A qualidade dos produtos não fica atrás. São 101 lojas distribuídas em três alas (Norte, Central e Sul) e mais a Galeria João Moreira. Em alguns espaços, os artesãos demonstram seu ofício para admiração dos visitantes.

O prédio do Centro de Turismo se destaca por sua grandiosidade e imponência, conservando a arquitetura colonial e os imensos portões de ferro trabalhado. Ao cruzar as muralhas, o visitante se encanta com o ambiente tranqüilo, arborizado e seguro, mais que propício para compras.

O turista, então, percorre corredores históricos e encontra trabalhos de labirinto e renda, bordados, peças para cama, mesa e banho, moda praia, redes, artesanato de todos os tamanhos e formas, peças em couro, palha, metal e madeira, doces, bebidas, produtos do caju, quadros, garrafas de areia colorida e uma centena de lembrancinhas do Ceará.

A qualidade e o perfeito acabamento das peças à disposição são outros diferenciais que atraem compradores, sem falar nos preços. Há peças a partir de R$ 1,00. No bate-papo descontraído sempre é possível obter algum desconto se o cliente desejar grandes quantidades.

Cada peça tem como procedência principal o interior do Ceará. Pode ser de Maranguape, Itapajé, Irauçuba, Cascavel... As areias coloridas são de Beberibe. O artigos em madeira vêm do sertão e de pontos na periferia da Capital.

“É mais fácil afirmar que no Centro de Turismo há peças e artigos produzidos em todo o Ceará, pois os fornecedores são de todas as regiões. Cada uma trás sua tipologia e a gente faz o comércio”, conta a presidenta da Associação dos Comerciantes do Centro de Turismo (Acentur), Márcia Gadelha. Ela prefere não arriscar a quantidade real de produtos comercializados ali e ensina: “é melhor vir conferir aqui toda a variedade”. Nesse tocante, se destaca o comerciante Raimundo Quixadá, com sua oferta de castanhas de caju de qualidade.

O passeio pelo Centro de Turismo não fica completo sem a visita aos espaços no andar superior da ala central. Ali, funcionam dois museus e uma pinacoteca. No acervo do Museu de Arte e Cultura Popular, com 1,5 mil peças, se destacam uma jangada original, um tear e um carro de boi original.

O acervo inclui também uma estátua do Padre Cícero, toalhas bordadas por escravas, artigos religiosos diversos, bonecos, peças em cerâmica, latão, ferro, barro, couro, palha e flandre, armas antigas, instrumentos musicais criados por cearenses, ex-votos, máscaras, figuras de barro extraídas do imaginário popular e esculturas em madeira.

Na pinacoteca do Centro de Turismo há quadros em óleo sobre tela que retratam imagens do Ceará e de sua gente. Anexo, fica o Museu de Mineralogia Dr. Odorico Rodrigues de Albuquerque, o primeiro geólogo cearense. Ali estão expostas pedras preciosas e semipreciosas e rochas extraídas do subsolo cearense, usadas para ornamentação ou como matéria-prima para indústrias de vários segmentos econômicos.

O Centro de Turismo funciona de segunda a sábado, das 8 às 18 horas; e aos domingos, das 8 às 12 horas.

Mais opções

Outras excelentes opções para quem deseja adquirir o melhor do artesanato produzido pelos artistas populares cearenses são a Feirinha de Artesanato da Avenida Beira-Mar, que ocupa uma área de 500 metros ao ar livre, na praia do Náutico, próxima aos principais hotéis da orla marítima de Fortaleza; a Central de Artesanato do Ceará (Ceart), que dispõe de pontos de venda de artesanato instalados na Avenida Santos Dumont, na Aldeota; no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema; no Aeroporto Internacional Pinto Martins e na sede do Sebrae/CE; e a Avenida Monsenhor Tabosa, onde inúmeras lojas vendem confecções, acessórios, calçados e moda praia com aquele toque todo especial de cearensidade.

Mais informações:
Mercado Central: (85) 3454.8586
Centro de Turismo: (85) 3212.4586
Central de Artesanato do Ceará: (85) 3101.1625

FERNANDO BRITO
Especial para Turismo