segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL

MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL
10 de Outubro de 2006
Fonte: RUNIC - Centro Regional de Informação das Nações Unidas


Estamos profundamente preocupados – e com razão - com as mortes provocadas pelas guerras, homicídios, terrorismo e outras formas de violência. Contudo, as mortes por suicídio e os fatores que levam a este estão longe de suscitar a atenção suficiente. Há cerca de um milhão de suicídios todos os anos. Se a este número acrescentarmos as numerosas tentativas de suicídio, podemos compreender a dimensão real deste problema de saúde pública e a tragédia humana que causa e afeta, no total, 10 milhões de pessoas.

É animador saber que, hoje, compreendemos melhor os comportamentos suicidas. Isto deveria ajudar-nos a evitar muitas mortes desnecessárias, a proteger as pessoas em risco e a apoiar as famílias que perderam um ser querido.

Um dos principais fatores de risco, no caso do suicídio, é a presença de distúrbios mentais, como a depressão ou a esquizofrenia. Outro é uma tentativa de suicídio anterior, que torna mais urgente a necessidade de garantir uma ajuda rápida e eficaz aos que dela precisam. Mas, apesar de existirem maneiras eficientes e pouco dispendiosas de tratar estes distúrbios, nem todos os que precisam têm acesso a elas. A falta de pessoal qualificado e de medicação é agravada pela ignorância sobre os distúrbios mentais e os comportamentos suicidas bem como pelos estigmas a eles associados.

Se não forem tratadas, as doenças mentais podem ser fatais. Uma das melhores formas de reduzir o catastrófico impacto do suicídio é procurar resolver dentro da comunidade distúrbios mentais que estão intimamente ligados a ela. Neste Dia Mundial da Saúde Mental, prometamos agir inspirados por esta idéia. Prestemos ao suicídio a atenção que merece.


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10 de Outubro de 2004
Fonte: Rádio das Nações Unidas

O tema principal do Dia Internacional da Saúde Mental, a coexistência de doenças físicas e mentais, reflete bem a realidade da experiência das pessoas.

Apesar de tendermos a considerar cada doença isoladamente, as pessoas são, com frequência, afetadas por múltiplas enfermidades. Para muitos, sofrer de uma doença mental e física ao mesmo tempo é o mais comum. Esta realidade é especialmente prejudicial para certos setores da população como as pessoas idosas e os pobres, uma vez que as doenças tendem a aumentar e a agravar-se com a idade e em consequência de condições de vida desfavoráveis. A explosão mundial do HIV/AIDS (VIH/SIDA), o ressurgimento de causas de mortalidade como a tuberculose e o aparecimento de novas infeções sublinharam a relação entre doenças físicas, por um lado, e depressões, por outro. Daqui resultam outras complicações, uma vez que, em algumas pessoas afetadas por uma doença física, uma perturbação mental não só aumenta o grau de sofrimento como as torna menos capazes de manter um tratamento.

É evidente que, ao tratar uma doença, obteremos melhores resultados considerando o indivíduo como um todo, em vez de cuidarmos apenas de partes desse todo. Este fato requer que os que prestam cuidados de saúde - mental e física - trabalhem conjuntamente, concentrando as suas responsabilidades e pontos fortes individuais numa ação de cooperação.

Neste Dia Internacional de Saúde Mental, assumamos o compromisso de tratar as pessoas e não apenas algumas partes delas.


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DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL
10 de Outubro de 2003
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

Este ano, o Dia Mundial da Saúde Mental convida-nos a refletir sobre as necessidades especiais de algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo: as crianças e adolescentes que sofrem de perturbações mentais, de perturbações do comportamento ou de perturbações emocionais.

Compreende-se cada vez melhor que o sofrimento ligado a estas doenças compromete o desenvolvimento saudável e o bem-estar das crianças e adolescentes do mundo inteiro. Estes jovens, que já são tão profundamente vulneráveis, podem ser alvo de rejeição social e de discriminação, ser privados dos cuidados de que necessitam e de oportunidades de educação adequada e nunca terem a possibilidade de construir o futuro, tal como todos os jovens merecem.

Tanto os países em desenvolvimento como os países desenvolvidos têm o dever de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para atenuar essas dificuldades, melhorando o diagnóstico e o tratamento bem como a sensibilização do público e a educação. Os governos devem estar à altura do dever estabelecido na Convenção sobre os Direitos da Criança -- o instrumento jurídico internacional mais ratificado da história -- de assegurarem "o desenvolvimento da personalidade da criança, dos seus dons e das suas aptidões mentais e físicas, na medida das suas potencialidades".

Neste Dia Mundial da Saúde Mental, reafirmemos a nossa determinação de fazer valer os direitos das crianças que são enunciados na Convenção. Prometamos prestar à saúde mental dos jovens toda a atenção que merece.


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10 de Outubro de 2002
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

Este ano, o Dia Mundial da Saúde Mental é dedicado aos efeitos dos traumas e da violência nas crianças e nos adolescentes. Para milhões de jovens de todo o mundo, a violência está presente na sua infância e adolescência sob a forma de maus tratos e de abandono, de violência sexual ou de bandos de rua. Em vários países, essa violência está a aumentar. As taxas mundiais de homicídio aumentaram para mais do dobro desde 1985.

A violência deixa sempre cicatrizes, mas muitas delas são difíceis de detectar à superfície. As crianças e adolescentes não precisam ser atingidas por uma bala ou agredidas fisicamente, para sofrer danos permanentes. Quando os vizinhos são baleados, quando as mães são espancadas, quando a sociedade vive sob a ameaça constante do crime ou da guerra, as crianças podem apresentar as marcas desse sofrimento durante muito tempo. Muitas vezes lutam sozinhas, pois a família e os amigos ignoram a situação difícil em que se encontram ou não as podem ajudar.

Temos de romper o silêncio que rodeia toda esta questão e ajudar a compreender melhor o que se pode fazer para ajudar os que são afetados por ela. Mediante o recurso de intervenções inovadoras, dando formação aos trabalhadores do setor da saúde, para que reconheçam os sinais de traumas e depressão, ajudando as famílias a apoiarem os seres que amam, eliminando o estigma associado às perturbações mentais e falando abertamente sobre os custos reais da violência para os jovens, podemos dar um contributo decisivo. Que este Dia Mundial da Saúde Mental sensibilize para a urgência dessa missão.

Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal
www.onuportugal.pt

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