sábado, 29 de novembro de 2008

os livros escolares devem ficar mais onerosos

Os responsáveis pelas compras estudantis da família devem estar preparados para um reajuste de até 10%, ainda este ano, nos livros - preços para a coleção 2009. As editoras já começaram a passar os valores mais caros às livrarias, que devem repassar a alta ao consumidor assim que esses produtos estiverem disponíveis nas prateleiras, já em dezembro. Comprar o quanto antes, então, pode reduzir os custos com os produtos escolares, já que algumas livrarias ainda estão disponibilizando os preços da tabela deste ano. "Na primeira quinzena de dezembro, vai sofrer (o livro escolar) reajuste. Já fizemos o pedido e, ainda este ano, deverá haver um reajuste de 10%, segundo nos foi dito por algumas editoras. De imediato, será repassado para o consumidor", afirma o proprietário da Livraria Interativa, Oswaldo Sousa Júnior. Ele esclarece que a prática de aumento não é das livrarias, e sim das editoras. "O que fazemos é aplicar o quê é passado pra nós", completou. Sousa também é tesoureiro do Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Estado do Ceará (Sindilivros-CE) e garante que as lojas já sentem o acréscimo nos preços de livros. No caso dos pedidos feitos à Editora FTD, uma das grandes do ramo editorial, as compras de novembro amargaram 5% de alta e, até dezembro, os preços devem subir mais, diz. O POVO conseguiu, junto à sede da FTD em São Paulo, apenas confirmar que o reajuste está acontecendo, mas não houve quem falasse detalhadamente sobre o assunto até o fechamento desta edição. Liana Mesquita, gerente de marketing da distribuidora Sodine - representante exclusiva no Nordeste das editoras Ática e Scipione - confirma o aumento de preço nos livros. Informa que as altas variam de 7% a 10% e as livrarias já estão fazendo os pedidos com valores mais altos dos livros dessas duas editoras. Segundo a gerente, as altas foram definidas dia 1º deste mês. O presidente da Associação de Distribuidores e Editores do Ceará (Adelce), Cleiton Furtado Leite, explica ser natural um reajuste em produtos que são renovados. Além disso, cada editora tem seus custos e precisa equilibrar as finanças, comenta. Segundo Furtado, o principal motivo da alta é o encarecimento da mais importante matéria-prima dos livros, o papel. Ele explica que os percentuais de alta não são lineares e cada editora decide o reajuste que vai dar. No caso da Editora Brasil, da qual Furtado é responsável, os ajustes só aconteceram para livros didáticos, os que tiveram modificações de conteúdo mais expressivos. As livrarias pagarão até 8% mais pelos livros didáticos. Os paradidáticos (livros de leitura extra) não receberam alta por lá. E-Mais - A Associação de Distribuidoras e Editoras do Ceará (Adelce) congrega os gerentes de filiais e distribuidoras das editoras. Segundo o presidente da entidade, Cleiton Furtado, os preços são definidos nas matrizes das editoras e repassados para as filiais, que nada podem fazer sobre o assunto, diz; - Em reunião terça-feira, 25, a Adelce decidiu que as editoras vão abrir aos sábados, a partir de janeiro, para atender às livrarias. Ficou acertado também o recesso para balanço financeiro do dia 22 de dezembro ao dia 4 de janeiro. Andreh Jonathas. O POVO

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