quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Barragem do Figueiredo precisa de verba do PAC

Recursos Hídricos
Barragem do Figueiredo precisa de verba do PAC
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Obra da Barragem do Açude Figueiredo, em Alto Santo, deve ser concluída no próximo ano, caso os recursos do PAC sejam garantidos ao Dnocs (Foto: JOSÉ LEOMAR)
Os recursos podem ser concedidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas não estão garantidosAlto Santo. As obras para a construção da barragem do Rio Figueiredo, localizado entre os municípios de Alto Santo e Iracema, podem ser executadas por um prazo de até 60 dias, antes de os recursos chegarem ao fim. A informação foi repassada pelo superintendente do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Elias Fernandes, durante viagem a Alto Santo, na manhã de ontem. Mesmo com o prazo chegando perto do fim, ele espera que o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e Casa Civil, conceda mais recursos à obra. O investimento, se for adquirido, deve ser repassado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Atualmente, já foram disponibilizados cerca de R$ 16,8 milhões somente para a barragem, mas ainda faltam R$ 61 milhões para a sua conclusão. A obra total, delimitada pelo complexo — barragem, desmatamento e reassentamento das famílias —, pode chegar a R$ 120 milhões. Fernandes acredita estar confiante da inclusão desta obra nos financiamentos do PAC e espera, em até 30 dias, garantir a conclusão da obra. Fernandes conta que no ano passado, foram disponibilizados R$ 30 milhões do governador Cid Gomes em 2007.A barragem, reassentamento e desmatamento chegarão a R$ 120 milhões“O Ministério da Integração já me pediu um orçamento para informar os novos valores da obra, uma vez que os indicados no primeiro projeto ficaram defasados. E repassamos os dados para o Grupo Executivo do PAC (Gepac), para saber qual o valor da obra hoje”, diz.Para que a obra seja concluída a tempo — o estimado é em setembro de 2009 —, Elias Fernandes conta também com a ajuda de parlamentares que, segundo ele, tem sido fundamental para garantir os recursos. “Eu acho que num prazo de 30 dias teremos uma resposta favorável”, acredita. Por mais que esta possibilidade seja possível — da inclusão da obra para obter recursos do PAC —, o Plano B apontado por Fernandes, caso os recursos não sejam garantidos, é continuar as negociações com a bancada política. “Mas acredito que iremos conseguir os recursos. O fato de a obra estar com 30% concluída e ser considerada muito importante para a região determina os recursos do PAC”.O Açude Figueiredo é considerado o maior dos novos reservatórios no Médio Jaguaribe. Conforme o engenheiro civil do Dnocs, Getúlio Peixoto Maia, a capacidade é de 520 milhões de metros cúbicos de água, inundando uma área 4.985 hectares, sendo considerado o quinto maior do Estado em volume. Para a construção da barragem Figueiredo estão em processo de desapropriação 9.631 hectares de terras localizadas em Alto Santo.Mais recursosSomente para a construção da barragem, que depende do desmatamento e reassentamento das famílias de Alto Santo, a Galvão Engenharia, construtora responsável pela obra, recebeu financiamento de R$ 12 milhões, dos R$ 77 milhões previstos no contrato firmado em dezembro do ano passado. Atualmente, os serviços de execução da barragem têm gerado mais de 1.200 empregos diretos e indiretos. De acordo com o gerente comercial da Galvão Engenharia, Jorge Valença, a conclusão da obra trará grandes benefícios às comunidades que serão assistidas com o projeto. As principais atividades desempenhadas serão na área de piscicultura, cujo potencial de produção pode atingir cerca de 15 mil quilos/dia de pescado, gerando 750 empregos diretos e 3.500 indiretos. A irrigação do vale também será bastante beneficiada, “propiciando a irrigação de 8.000 hectares, potencializando uma produção de 480.000 kg/ano da cultura de frutas diversas, como banana, melão e melancia, gerando 16.000 empregos diretos e 80.000 indiretos, além da realização de um sonho para a região, e uma reivindicação centenária da população que sempre sofreu com a seca”.Segundo Valença, a execução da obra em apenas 18 meses é “perfeitamente possível”, mas para o prazo ser estabelecido, devem ser garantidos os recursos. “Há promessas de por esta obra no PAC, mas ainda não temos a certeza”. MAURÍCIO VIEIRARepórterBENEFÍCIO"Acho que em 30 dias teremos a resposta sobre os recursos do PAC para esta obra"Elias FernandesSuperintendente do Dnocs"Com a barragem concluída teremos a condição de manter o rio perene durante o todo o ano"Getúlio Peixoto MaiaEngenheiro Civil do DnocsMais informações:Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DnocsAv. Duque de Caxias - Fortaleza(85) 3288.5200www.dnocs.gov.br
DIÁRIO DO NORDESTE

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