segunda-feira, 5 de julho de 2010

PublicaçõesEstudos hidrogeológicos-ABAS

PublicaçõesEstudos hidrogeológicos
Guia de Compras ABASABAS InformaCartilha ABAS e FIESP - Orientação para a utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São PauloArtigosA Gestão dos Recursos Hídricos Subterrâneos em Pernambuco - Diagnóstico e Proposições 6o. Encontro Técnico Social - ETS - Sumário 5o. Encontro Técnico Social - ETS - SumárioEstudos hidrogeológicosAnaisCadernos técnicos Cartilha "Recursos Hídricos Subterrâneos" 1. HIDROCIÊNCIA
1.1. HIDROGEOLOGIA (Hydrogeology) é o ramo da Hidrologia que estuda a água subterrânea, em especial a sua relação com o ambiente geológico; é, pois, uma das ciências da Terra, mas tem forte conotação de Engenharia; subdivide-se em: Hidrogeoquímica; Hidrogeomecânica; Geohidrologia; Litohidrologia; Metodologia. Trata das condições geológicas e hidrológicas, com base nas leis da Física e da Química, que regem a origem, a distribuição e as interações das águas subterrâneas; as intervenções humanas devem basear-se na aplicação de tais conhecimentos: prospecção, captação, proteção. O termo existe desde 1802 (Lamarck); como ciência, desde 1856 (Darcy); atualmente a conotação ambiental é a mais importante.

1.2. HIDROLOGIA (Hydrology) é o ramo da Geofísica que trata dos fenômenos naturais das águas da Terra, estudando-lhes a ocorrência e a circulação, em: oceanos; continentes; e atmosfera;, e a relação com o ambiente; subdivide-se em: Hidrografia; Geohidrologia; Hidrometria; Hidrometereologia.

1.3. GEOLOGIA (Geology) é o ramo das Ciências Naturais que trata da Terra quanto suas: origem e evolução; composição e estrutura; materiais e evolução da Vida; inclui: Geofísica; Geoquímica; Paleontologia; Geoestrutura; Mineralogia Petrolgia; Sedimentologia; Estratigrafia Geohistórica; Sismologia; Geotécnica; Hidrogeologia.

1.4. GEOFÍSICA (Geophysics) é o ramo da Física (experimental) que estuda a Terra. em especial a estrutura, a composição e o desenvolvimento. Inclui: Geodinâmica; Geodésia; Geologia; Oceanografia; Sismologia; Geomagnetismo; Meteorologia; Hidrologia.

1.5. GEOQUÍMICA (Geochemestry) é o ramo da Geologia que estuda a ocorrência e a circulação das substâncias químicas na Terra.
1.6. HIDROMECÂNICA (Hydromechanics) é o ramo da Física que trata da aplicação dos princípios da Mecânica ao estudo do comportamento da água; subdivide-se em: Hidrostática; Hidrocinemática; Hidrodinâmica; Hidráulica; Hidrometria.
1.7. HIDRÁULICA (Hydraulics) é o ramo da Hidromecânica que trata das aplicações dos conceitos físicos da Hidromecânica às atividades humanas.
1.8. HIDROGEOQUÍMICA (Hydrogeology) é o ramo da Hidrogeologia que trata da abundância e da migração das substâncias na água subterrânea.
1.9. HIDROGEOMECÂNICA (Goundwater Hydro-mechanics) é o ramo da Hidrogeologia que trata das forças atuantes sobre a água subterrânea e sua reação.
1.10. HIDROMETRIA (Hydrometry) é o conjunto de técnicas de medição das variáveis de um corpo fluido.
1.11. HIDROGRAFIA (Hydrography) é descrição científica das condições físicas dos corpos de água superficial.
1.12. HIDROMETEOROLOGIA (Hidrometeorology) é a ciência que trata da água e seus fenômenos na atmosfera.
1.13. HIDROMANCIA (Hydromancy) é o processo de adivinhação através da água.
1.14. RABDOMANCIA (Dowsing) é o processo advinhatório de descobrir através de varinhas mágicas.
1.15. HIDROPATIA (Hydropathy) é o uso terapêutico da água.
1.16. HIDROSFERA (Hydrosphere) é o conjunto das águas da Terra.
1.17. GEOHIDROLOGIA (Geohydrology) é o ramo da Hidrogeologia que trata da ocorrência, da distribuição e da circulação das águas subterrâneas nas esfera terrestres e suas relações com o ambiente.
1.18. LITOHIDROLOGIA (Porous Media Hydrology) é o ramo da Hidrogeologia que trata das propriedades aqüíferas das litologias.
1.19. METEOROLOGIA (Meteorology) é a ciência que trata da atmosfera e seus fenômenos.
1.20. CLIMATOLOGIA (Climatology) é a ciência que estuda o estado físico predominante da atmosfera; tem-se: precipitação, evaporação, temperatura, ventos etc.

1.21. METODOLOGIA Hidrogeológica (Methodology) é o ramo da Hidrogeologia que trata da aplicação dos princípios básicos ao entendimento da água subterrânea quanto: ocorrência, distribuição, circulação e qualidade; visando a exploração, a administração e a explotação.
1.22. TERRA (Earth) é um planeta do Sistema Solar, o terceiro a partir do Sol, que possui água, sólida, gasosa e líquida; dois terços da superfície do Planeta são cobertos por água; o total de água no Planeta é de 1,5x106 km3 (milhões), sendo 97% contido nos mares e 2%, nas geleiras; do restante, 97% é água subterrânea.

1.23. ÁGUA (Water) é uma substância química natural estável, composta por duas moléculas de Oxigênio e uma de Hidrogênio, ligadas por covalência, numa disposição tetraédrica e polarizada; possui propriedades, físicas e químicas, muito especiais que determinam a existência de Vida e influenciam no aspecto externo na Terra; é um transportador universal, tanto de material em suspensão como em solução, daí ser largamente poluída (pois é usada para levar dejetos); a água tem usos diferenciados, que podem ser concorrentes: dessedentação; lazer; produção de energia; transporte; processos industriais; resfriamento; preservação ecológica; irrigação; e outros.
1.24. ÁGUA ADSORVIDA (Adsorbed Water) é aquela água fixada nas superfícies dos sólidos por forças moleculares de adesão. Forma uma película de uma ou mais camadas de moléculas de água. Ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. Normalmente são águas de baixa qualidade química.

1.25. ÁGUA AGRESSIVA (Aggressive Water) é aquela água naturalmente ácida e que ter ação corrosiva, devido principalmente ao conteúdo de anidrido carbônico dissolvido.
1.26. ÁGUA CAPILAR (Cappilary Water) é aquela água fixada entre superfícies sólidas pouco distanciadas (mm), devido ao balanço entre as forças de: coesão/tensão superficial das moléculas do líquido; adesão entre líquido e sólido; e peso do líquido. Ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. No topo de aqüífero livre forma a zona capilar.
1.27. ÁGUA CONATA (Connate Water) é aquela água contida em um sedimento ao momento de sua deposição. Normalmente são águas de baixa qualidade química.

1.28. ÁGUA CÓSMICA (Cosmic Water) é aquela água que do espaço sideral, através dos meteoros; é uma água juvenil.
1.29. ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO (Crystallization Water) é aquela água faz parte da composição química de um mineral: água dos minerais hidratados. Ex.: Gipsita.

1.30. ÁGUA DE MESA é aquela água de fonte, industrializada de excelente qualidade.
1.31. ÁGUA DE RETENÇÃO (Water of Retention) é aquela água contida nos poros de um meio poroso, não mobilizável pela gravidade.
1.32. ÁGUA DIAGENÉTICA (Water of Diagenesis) é aquela água expulsa das litologias em função de compressão, por processos litogenéticos ou metamórficos. Normalmente são águas de baixa qualidade química.
1.33. ÁGUA DO SOLO (Soil Water) é aquela água contida no meio poroso próximo à superfície topográfica; ocorre como água pelicular.

1.34. ÁGUA DOCE (Fresh Water) é aquela água com baixas concentrações de matéria dissolvida (poucas centenas de miligramas por litro), sem gosto de sais.
1.35. ÁGUA DURA (Hard Water) é aquela água com concentrações de Ca e Mg (poucas centenas de miligramas por litro - mg/l) capazes de provocar resíduo insolúvel ao contato com sabão ou ao ferver.
1.36. ÁGUA FÓSSIL (Fossile Water) é aquela água contida em um aqüífero infiltrada em época geológica cujas condições climáticas e morfológicas eram diferentes das atuais.
1.37. ÁGUA GRAVÍTICA (Gravitational Water) é aquela água contida em um meio poroso livre de se movimentar sob o campo da força gravitacional. É a água subterrânea propriamente dita. Antônimo: Água de Retenção.
1.38. ÁGUA INCRUSTANTE (Saturated Water) é aquela água saturada em material dissolvido, normalmente bicarbonato, e que gera precipitados. Antônimo: Água Agressiva.

1.39. ÁGUA JUVENIL (Juvenile Water) é aquela água entra o ciclo hídrico pela primeira vez, através de fenômenos magmáticos ou de meteoros.

1.40. ÁGUA MINERAL (Mineral Water) é aquela água subterrânea com especiais características físicas e/ou químicas, naturais, com possibilidades terapêuticas e/ou gosto especial; por vezes, adicionando-se-lhe gás; se for quente chama-se Termomineral. O termo mais correto seria: água mineralizada.
1.41. ÁGUA MOLE (Soft Water) é aquela água doce com baixas concentrações de sais de alcalinos terrosos (Ca; Mg): poucas dezenas de miligramas por litro - mg/l.
1.42. ÁGUA PELICULAR (Pellicular Water) é a água aderida como filme à superfície dos sólidos; ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. É importante para as plantas.
1.43. ÁGUA SALGADA (Saline Water) é aquela água em que a quantidade de matéria dissolvida é sensível ao paladar; ou seja, acima de 1.000 mg/l. A água do mar atinge a 35 g/l.
1.44. ÁGUA SUBTERRÂNEA (Ground Water) é aquela água de subsuperfície que ocorre na zona saturada dos aqüíferos, movendo-se sob o efeito da forca gravitacional, unicamente; ou seja, nem toda a água de subsuperfície é água subterrânea, tecnicamente; exemplo: água do solo não é água subterrânea, pois as forças que a comandam são as eletroquímicas (capilaridade; adsorção).Assim, água subterrânea é aquela água de subsuperfície que é passível de ser captada em obras de engenharia (poços; drenos). A água subterrânea é a maior reserva de água doce facilmente acessível, em termos de quantidade, além de apresentar excelente qualidade. Em relação a água superficial a água subterrânea apresenta vantagens como: não ocupa espaço em superfície; sofre menor influencia nas variações climáticas; é passível de extração perto do local de uso; tem temperatura constante; tem maior quantidade de reservas; tem melhor qualidade (física; química e biológica); tem proteção contra agentes poluidores; os poços são construídos a medida em que é necessário mais água; e outras. As desvantagens podem ser: o poço não 'dá' placa de inauguração; o poço não se vê (ou seja, não tem a imponência de uma barragem); a água subterrânea não se vê (o que implica uma série de mistificações); as alturas de recalque da água são maiores (o que implica maior gasto de energia); necessita de pessoal especializado (Hidrogeólogo, p/ex.) para a boa captação; pode ter conteúdo excessivo de sais dissolvidos. No Rio Grande do Sul, a maioria das pequenas aglomerações urbanas do interior são abastecidas por água subterrânea; mesmo cidades de porte também o são (ex.: Ivoti); na campanha é muito comum o abastecimento das moradias com água de poço ou de fonte, sendo muito intensa, pois, a atividade de perfuração de poços; mas infelizmente tal atividade caracteriza-se, em geral, pela primitivade: técnicos não/pouco habilitados; falta de registro das obras; falta de seriedade em relação ao serviço pago pelo cliente; falta de administração pelo Estado; parca fiscalização pelo CREA; entre outros.

1.45. ÁGUA SUBSUPERFICIAL (Subsuface Water) é aquela água, toda e qualquer, ocorrente na litosfera sob a superfície topográfica; exemplo: água do solo; água subterrânea; contrário de água superficial. Inclui a água subterrânea e também a água de retenção.
1.46. ÁGUA SUPERFICIAL (Surface Water) é toda aquela água líquida que ocorre em corpos de água com superfície livre em contato direto com a atmosfera; ou seja, acima da superfície topográfica; exemplo: rios; lagos; mares. A ciência que estuda as águas superficiais é a Hidrografia.
1.47. ÁGUA SUPERSATURADA (Supersaturated Water) é aquela água com concentrações de matéria dissolvida acima da constante de equilíbrio; normalmente é causada por queda de temperatura e/ou pressão; ou seja, é uma situação instável que tende a provocar precipitação.
1.48. ÁGUA TERMAL (Thermal Water) é aquela água subterrânea naturalmente quente na sua emergência; ou seja, acima da temperatura média da região.
1.49. ÁGUA TERMOMINERAL (Thermal and Mineral Water) é aquela água subterrânea naturalmente quente na sua emergência e mineralizada.
1.50. ÁGUA VADOSA (Vadose Water) é aquela água subsuperficial ocorrendo na zona de aeração sob a influência das forças moleculares e, pois, fixa.

1.51. ÁGUA VULCÂNICA (Volcanic Water) é aquela água juvenil proveniente de lavas ou magmas.

2. HIDROFÍSICA
2.1. ADSORÇÃO (Adsorption) é a propriedade de um fluido ou íon em aderir às paredes de um corpo sólido; a atração sólido-fluido é maior que fluido-fluido; o fluido molha.
2.2. ADVECÇÃO (Advection) é o transporte de fluido em função do gradiente.
2.3. ADVECÃO Equação da (Adevection Equation): div[K ÑH] = Ss H/t; onde: K = tensor condutividade, H = carga potenciométrica, Ss = armazenamento específico. Descreve o fluxo em meio poroso, no espaço e no tempo; equação geral.

2.4. AERAÇÃO (Aeration) é a zona não saturadaa acima da superfície freática; inclui a zona capilar. Em contraposição com a Zona de Saturação.
2.5. ARMAZENABILIDADE (Storage) é a capacidade em água do aqüífero; ou seja, é o parâmetro hidráulico que expressa o volume de água que um aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica, numa base de área unitária; está associada à porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água como da litologia; unidade: sem (m3/m3), com valores no intervalo: zero e um, mas normalmente entre 10-1 a 10-5; símbolo: S; sinônimo: Coeficiente de Armazenamento.
2.6. ARMAZENAMENTO Específico (Specific Storage) é a capacidade em água do volume unitário do aqüífero; ou seja, é o parâmetro hidráulico que expressa o volume de água que um volume unitário de aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica; está associada à porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água como da litologia; é menor em aqüíferos confinados; unidade: sem (m3/m3), com valores no intervalo: zero e um; símbolo: Ss.

2.7. ARTESIANA (Artesian) é aquela água subterrânea que se encontra confinada por camadas impermeáveis; ou seja, não tem contato direto com a atmosfera; ou seja, a superfície piezométrica está acima do topo do aqüífero; sinônimo: Confinado; contrário de freático; note: artesiana é a água não, o poço; mas é comumente também empregada ao aqüífero. Por analogia, seria a água nos canos da rede de abastecimento, sendo a caixa de água o freático.
2.8. ASCENÇÃO (Rising) é a parte do hidrograma em que os níveis sobem sistematicamente.
2.9. ATMOSFERA (Atmosphere) é uma medida de pressão; equivale a: 10,34 m de coluna de água; 760 mm deHg; 101.325 Pa; 1.0133 bar.
2.10. BERNOULLI, Equação de é a equação que expressa a energia mecânica total da água: é a soma das energias de: posição + pressão + velocidade: H = Hz + Hp + Hv.
2.11. CAPILARIDADE (Capillarity) é a capacidade de ascenço/descenço de um líquido em contato com um sólido, em pequenos espaços, causado pela força resultante da ação entre a atração das moléculas de líquido entre si (coesão) e entre líquido e sólido (adesão) e o peso desta coluna de líquido; assim, o líquido molha (água) ou não (mercúrio) o sólido.
2.12. CALOR Específico (Specific Heat) é a propriedade que mede a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura em 1 ºC a massa unitária; é alto na água: 1 cal/g; assim, os freáticos servem como reguladores de temperatura.
2.13. CAPACIDADE Específica (Specific Capacity) é a relação entre a vazão extraída de um poço e o respectivo rebaixamento do aqüífero: qs = Q / s.
2.14. CARGA Hidráulica (Hydraulic Head) é a expressão da energia mecânica total da água; por analogia, seria a 'força' da água; símbolo: H; unidade: m. H = Hz + Hp + Hv, onde: Hz = energia de posição (Z), Hp = energia de pressão (=P/g), Hv = energia de velocidade (V2/2g). O fluxo dá-se no sentido do decréscimo de energia mecânica, entropicamente transformando-a em calorífica.
2.15. CARGA Piezométrica (Piezometricic Head) é a parte da carga hidráulica correspondente a soma das energias de posição e de pressão; fisicamente, expressa-se pela altura da água no poço; corresponde a energia potencial; normalmente as velocidades de fluxo das águas subterrâneas são muito pequenas e, pois, o termo da carga de velocidade é desprezível, ou seja, cargas piezométrica e hidráulica são coincidentes. Sinônimo: Carga Hidrostática.
2.16. CÁRSTICO (Karstic) é o aqüífero que ocorre em terrenos calcáreos (Karst); são aqüíferos heterogêneos, descontínuos, com águas duras, com fluxo em canais.
2.17. CIRCULAÇÃO (Circulation) é o movimento de fluido de perfuração de ida e retorno ao tanque de lama, através da bomba, ao poço pelo tubo de perfuração e espaço anelar.
2.18. COESÃO (Cohesion) é a propriedade das moléculas de um fluido de atraírem-se; assim, formam-se gotas.
2.19. COEFICIENTE (Coefficient) é um número que multiplica o valor de uma quantidade algébrica; expressa a relação entre duas grandezas; ex.: coeficiente de permeabilidade: K = q/ÑH, onde: q = fluxo hidráulico e ÑH = gradiente.
2.20. COMPRESSIBILIDADE (Compressibility) é a capacidade da substância de mudar de volume em função de uma variação da pressão; unidade: Pa-1; símbolo: a = água, b = sólido. a = (DV/V)/DP, onde: V = volume, P = pressão. Inverso: Elasticidade.
2.21. CONDUTIVIDADE Hidráulica (Hydraulic Conductivity) intuitivamente é a facilidade com que uma litologia permite a percolação de fluido sob um gradiente potencial; fisicamente, é a vazão através de uma área unitária em função de um gradiente hidráulico unitário, na unidade de tempo, em meio saturado; depende do meio e do fluido que o percola; assim, a condutividade será diferente, em um mesmo meio, para água doce ou salgada; unidade: cm/s; símbolo: K. Matematicamente é um tensor simétrico de segundo grau. Para meios não-saturados, varia com a saturação. Sinônimo: Coeficiente de Permeabilidade ou de Darcy; de uso evitável.

2.22. CONE de Depressão (Cone of Depression) é o cone invertido, curvo e centrado no poço em bombeamento, formado pelo rebaixamento da superfície equipotencial. Nos aqüíferos freáticos é real; nos artesianos, é fictício.
2.23. CONFINADA (Confined): Artesiana (Artesian).
2.24. CONFINANTE (Confining Bed) é a camada menos permeável que limita o aqüífero.
2.25. CONTINUIDADE (Continuity) é a propriedade de a massa de fluido ser contínua no domínio de fluxo; a Equação da Continuidade expressa isto dizendo que a variação de massa no espaço tem que ser igual a no tempo; ou seja, o que entra sai senão, houve variação no armazenamento: Ms - Me = DA, onde: M = massa, e = entrada, s = saída, A = armazenamento.
2.26. CONTINUIDADE, Equação da (Continuity Equation): div [rV] = - rn"/t; onde: r = massa específica, V = velocidade de fluxo, n = porosidade, " = volume de meio poroso, t = tempo. Descreve a continuidade de massa de fluido no sistema, onde a variação espacial de massa deve equivaler de forma inversa a temporal.
2.27. CONTÍNUO (Continuum) é o sistema que mantém suas propriedades para porções arbitrariamente pequenas; normalmente é um conceito estatístico e relativo, pois haverá um volume mínimo abaixo do qual o ente será visto como uma soma de partes; ex.: detrítico versus fraturado.
2.28. COOPER-JACOB, Equação de (Cooper-Jacob's Equation): s = 0,183(Q/T)Log10(2,25 tT/r²S) = (Q/4pT)[lne(1/u)-lne1,78], onde: s = rebaixamento, Q = vazão, T = transmissibilidade, r = distância ao poço em bombeamento, S = armazenabilidade, u = r2 S / 4 t T. Descreve o fluxo a um poço em aqüífero confinado em regime transiente, para valores pequenos de u (u £ 0,01).
2.29. CURVA Rebaixamento-Vazão (Drawdown-Discharge Curbe) é a representação gráfica da relação entre a vazão (abcissa) e o rebaixamento de um poço em bombeamento, em regime permanente; usada no teste em degraus para determinar o ponto crítico; sinônimo (a rejeitar): curva característica.
2.30. DARCY é uma unidade de permeabilidade (intrínseca); usada em atividades petroleiras; eqüivale 9,9E-9 cm² ou 9,6E-6 m/s.
2.31. DARCY, Lei de (Darcy's Law) é a lei básica que explica o movimento de fluidos em meios porosos: o fluxo é proporcional ao gradiente de energia mecânica do fluido; q = - K ´ ÑH, onde: q = fluxo, K = condutividade, ÑH = gradiente hidráulico (=DH/DL); a relação linear expressa a ação das forças viscosas e um fluxo laminar. Descreve o fluxo em meio poroso como sendo função linear do gradiente de energia, para fluxos laminares.
2.32. DÉFICIT de Saturação (Saturation Deficit) é a diferença entre a porosidade e o teor de umidade. Eqüivale ao teor em ar.
2.33. DESLOCAMENTO (Displacement) é o movimento cinemático de uma massa de fluido de um local a outro; aí, substitui a massa anterior; dá-se em função do gradiente hidráulico.

2.34. DESSATURAÇÃO (Dessaturation) é a redução do conteúdo volumétrico de água do meio poroso; no processo, ar substitui água.
2.35. DIACLASE (Joint) é uma fratura sem deslocamento dos blocos.
2.36. DIÂMETRO Hidráulico (Hydraulic Diameter) vide: Raio Hidráulico.

2.37. DIFUSIBILIDADE (Diffusibility) é o parâmetro que rege a propagação de influência em aqüífero saturado; expressada pela relação: T/S, entre transmissibilidade e armazenabilidade; é maior em aqüíferos confinados; unidade: cm²/h; símbolo: D.
2.38. DIMENSÃO (Dimension) é uma propriedade física fundamental através da qual pode-se expressar as outras; as dimensões básicas são: massa [M], comprimento [L], tempo [T], força [F]; assim, força é: [MLT-2].
2.39. DISPERSÃO, Equação da (Dispersion Equation): div[D r Ñ(c/r)] - (Vi c) = c/t; onde: D = tensor de dispersão, r = massa específica da mistura, c = concentração volumétrica do constituinte em dispersão, Vi = velocidade de percolação, t = tempo. Descreve o transporte de massa em meio poroso.
2.40. DIVISOR (Divide) é o local que une os pontos em que o fluxo normal é nulo; as linhas de corrente aí divergem, sendo um limite do sistema.
2.41. DIVERGENTE (Divergence) é o ente matemático que aplicado a um vetor retorna a soma das variações espaciais dos componentes; div V = Ñ · V = V/x + V/y + V/z.
2.42. DRENANÇA (Leakage): Gotejo.
2.43. DRENO (Drain) é a obra de que retira água do aqüífero, normalmente por gravidade.
2.44. DUPUIT, Equação de (Dupuit Equation): H22 - H12 = (Q/pK)Lne(r2/r1). Descreve o fluxo a um poço em aqüífero livre em regime estacionário, para pequenos rebaixamentos (s << H, H=altura saturada).
2.45. EFICIÊNCIA Barométrica (Barometric Efficiency) é a razão entre as variações do nível potenciométrico em aqüífero confinado e da pressão atmosférica para um mesmo período de medição; ao aumento de pressão atmosférica corresponde a diminuição do nível de água. Unidade: %; símbolo: B; B = DH´g/DPa, onde: H´g = pressão hídráulica, Pa = pressão atmosférica.
2.46. ELASTICIDADE (Elasticity) é a propriedade de um corpo de deformar-se sob o efeito de pressão e retornar à forma inicial; é medida pelo módulo de elasticidade: ( = dP/(dV/V) onde: dP = variação de pressão, dV = variação de volume; unidade: Pa; para a água a temperatura e pressão ordinárias: 2068 Mpa; relativos: Compressibilidade; Expansibilidade.
2.47. ENTROPIA (Entropy) é a medida da energia indisponível no sistema; na percolação: a transformação de energia mecânica (H) em calorífica, dissipada no meio, evidenciada pelas perdas de carga.
2.48. ESCOAMENTO (Flow) é o movimento direcionado de um fluido.
2.49. ESTACIONÁRIO (Steady) é o escoamento cujas características em cada ponto independem do tempo; antônimo: Transiente.
2.50. EVAPOTRANSPIRAÇÃO (Evapotranspiration) é a perda de água do sistema hídrico pelo conjunto dos processos de evaporação de água do solo e transpiração vegetal.
2.51. FILTRAÇÃO (Filtering) é o movimento laminar de um fluido em meio poroso saturado; sinônimo: percolação. Também: processo de passar um fluido através de um filtro.
2.52. FISSURA (Fissure) é uma fratura extensa.
2.53. FLUIDO (Fluid) é uma substância capaz de fluir sob qualquer intensidade de tensão cisalhante; são gases e líquidos. É uma substância cujas partículas estão desordenadas e em movimento mas formam um corpo sem separação de massa.
2.54. FLUXO (Flux) é a vazão por unidade de área da superfície perpendicular à direção do fluxo; unidade: m/s; símbolo: q; q = Q/A, onde: Q = vazão, A = área.
2.55. FRATURA (Fracture) é uma descontinuidade física planar em um corpo rochoso.
2.56. FREÁTICO (Phreatic) é aquele aqüífero cuja superfície superior da zona saturada encontra-se a pressão atmosférica; sinônimo: Livre.
2.57. FUNÇÃO de Poço (Well Function) é a exponencial integral relacionando o rebaixamento com a descarga de um poço; aparece no Modelo de Theis; símbolo: W(u).
2.58. GOTEJO (Leakage) é o fluxo de água vertical sob um gradiente unitário, através de um aqüítardo; unidade: cm; símbolo: B; B = (bb'K/K')1/2, onde: b = espessura, K condutividade, ' aqüítardo; sinônimo: Drenança.
2.59. GRADIENTE Hidráulico (Hydraulic Gradient) é a razão entre as variações de carga hidráulica e comprimento percorrido, na direção do fluxo; fisicamente, mede a inclinação da superfície da água subterrânea; unidade: cm/km. Também: é o ente matemático que aplicado a um escalar retorna as variações direcionais: ÑH = iH/x + jH/y + kH/z. Equivale a variação máxima da carga.
2.60. HOMOGENEIDADE (Homogeneity) é a propriedade de um sistema em que as propriedades não variam no espaço; depende da escala; antônimo: Heterogeneidade.
2.61. IMAGEM (Image) é a reprodução em contraparte. No método das imagens substitui-se a realidade de um sistema limitado por modelo infinito com as contrapartidas hidráulicas.
2.62. IMPERMEÁVEL (Impervious) é aquela litologia cuja transmissão de água é negligível em relação ao aqüífero, no tempo considerado; o limite da permeabilidade é dado pelo valor de condutividade de 10-7 cm/s.

2.63. INFILTRAÇÃO (Infiltration) é o processo de passagem de um fluido de um meio a outro, através de um interface; exemplo: passagem da água de chuva ao solo (da atmosfera à litosfera).

2.64. INICIAL (Initial) é a condição em que se encontra o sistema hídrico ao se começar a contagem do tempo. É dada por níveis ou vazões.

2.65. INTERFACE (Interface) é a superfície de contato separando duas fases.

2.66. INFLUÊNCIA (Influence) é a modificação da carga hidráulica; propaga-se entre a origem e o ponto de interesse. Raio de influência é a distância máxima em que um bombeamento afeta o sistema aqüífero; unidade: m; símbolo: Re.
2.67. INTERSTÍCIO (Interstice) é o poro formado por espaços livre entre grãos em contato.
2.68. INVERSO (Inverse) é o método de determinação dos parâmetros da equação agindo sobre o sistema emedindo-lhe a reação; ex.: teste de bombeamento em aqüífero.
2.69. ISOTROPIA (Isotropia) é a propriedade de um sistema em que as propriedades não variam segundo a direção; antônimo: Anisotropia.
2.70. LAMINAR é o tipo de fluxo em que as partículas de fluido deslocam-se em camadas paralelas lisas; ou seja, as linhas de fluxo não se entrecortam; aqui as perdas de carga são proporcionais as velocidades (linearmente); as forças de resistência principais são as viscosas; é o fluxo típico das águas subterrâneas; antônimo: Turbulento.
2.71. LAPLACE, Equação de (Laplace's Equation): ѲH = 0 = ²H/x² + ²H/y² + ²H/z². Descreve o fluxo estacionário unifásico em meio poroso isótropo e homogêneo. Também: div (grad H) = 0.
2.72. LIMITE (Boundary) é uma superfície dando os contornos de um sistema aqüífero, dada por condições tanto físicas (ex.: camada impermeável) como hidráulicas (ex.: divisor de águas); as influências dos fenômenos no sistema não se propagam além dos limites. Matematicamente correspondem as condições de Neumann (carga constante; ex.: rio) e de Dirichlet (carga normal invariável; ex.: impermeável). Limites podem ser determinados artificialmente para estudo de pequenas área de interesse. Sinônimo: Fronteira.
2.73. LINHA de Fluxo (Streamline) é uma linha idealizada contínua que representa a direção do vetor velocidade em cada ponto; no fluxo estacionário ela representa o caminho da partícula.
2.74. LINHA Equipotencial (Equipotential Line) é a linha que une pontos de mesmo potencial hidráulico; em meios isótropos, são linhas perpendiculares as de fluxo.
2.75. LINÍMETRO (Linimeter) é um instrumento de medida do nível da superfície da água.
2.76. LISÍMETRO (Lisimeter) é um instrumento de medida dos componentes do balanço hídrico do solo, especificamente: infiltração, evapotranspiração.
2.77. LITOLOGIA (Earth Material) é todo o material geológico formador da crosta terrestre; exemplo: areia; argila; granito; sedimento; rocha.
2.78. LIVRE (Unconfined): Freático (Phreatic).
2.79. MANÔMETRO (Manometer) é um aparelho que determina a pressão, através de colunas de líquido.
2.80. MEDIDA (Measurement) é a quantificação do número de vezes que um ente cabe em outro, tido como padrão e chamado unidade; adota-se o Sistema Internacional (SI ou MKS) que é métrico e coerente; as unidades fundamentais são: metro [m], kilograma [kg], segundo [s], kelvin [K], ampere [A], candela [cd], mol [mol].
2.81. MEIO DETRÍTICO (Detrital Medium) é o meio sólido cujos poros geram-se dos espaços livres entre grãos em contato; ex.: areia.
2.82. MEIO FISSURADO (Fissured Medium) é o meio sólido cujos poros geram-se dos espaços livres entre os planos das fissuras; ex.: basalto; tende a ser: descontínuo, anisotrópico e heterogêneo.
2.83. MEIO POROSO (Porous Medium) é o meio que apresenta poros; a porosidade pode estar interconectada ou não; ex.: zona vesicular; se estiver conectada, tende a ser permeável; pode ser: contínuo ou descontínuo; detrítico ou fissurado; homogêneo ou heterogêneo; isótropo ou anisótropo; etc.
2.84. NAVIER-STOKES, Equação de (Navier-Stokes' Equations) é a equação que expressa o fluxo dos fluidos reais.
2.85. NÍVEL de Base (Base Level) é a altura hidráulica mínima a que está sujeito o sistema hídrico; nível do exutório.
2.86. NÍVEL Dinâmico (Dynamic Level) é a altura que se estabelece a água por ação de uma obra hidráulica; ex.: bombeamento em um poço.
2.87. NÍVEL Estático (Static Level) é a altura que se estabelece a água quando não influenciada por bombeamento.
2.88. NÍVEL Natural (Static Level) é a altura que se estabelece a água por ação do funcionamento natural do sistema hídrico.
2.89. PARÂMETRO (Parameter) variável atemporal que determina características de um sistema; ex.: porosidade.
2.90. PENETRAÇÃO (Penetration) é a relação entre o comprimento da penetração do poço no aqüífero e a espessura deste no local.
2.91. PERCOLAÇÃO (Seepage) é a capacidade de um fluido deslocar-se em um meio poroso; exemplo: percolação da água no pó do café.
2.92. PERDA de Carga (Head Loss) é a diferença de altura potenciométrica entre dois pontos, segundo a direção do fluxo; expressam a entropia do sistema de fluxo; símbolo: DH; unidade: m; assim, a Lei de Bernoulli tem que ser corrigida: H1 = [Hz+Hp+Hv]2 + DH.
2.93. PERMANENTE (Steady) é o fluxo cujas propriedades independem do tempo; sinônimo: Estacionário.
2.94. PERMEABILIDADE (Permeability) é a facilidade com que o meio permite a percolação do fluido sob um gradiente de potencial; fisicamente, expressa a área (dos poros) disponível ao fluxo; depende unicamente do meio, ou seja, tecnicamente é um parâmetro diferente da condutividade hidráulica; unidade: área (cm2); símbolo: k. Sinônimo: Permeabilidade Intrínsica, a não usar.
2.95. PERCOLAÇÃO (Percolation) é o ato de fluido passar através de um meio poroso.
2.96. PERMANENTE: Estacionário.
2.97. PERMEÂMETRO (Permeameter) é o aparelho de medida da condutividade hidráulica de uma amostra; pode ser a carga constante ou variável.
2.98. PIEZOMÉTRICO (Piezometric) referente a energia de pressão do fluido.
2.99. PODER Filtrante (Filtering Power) capacidade do meio poroso de retirar corpos em suspensão do fluido percolante.
2.100. PORO (Pore) é todo aquele espaço não-sólido, dentro de um corpo sólido; pode ser: detrítico, fraturado, vesicular, vugular.
2.101. POROSIDADE (Porosity) é o parâmetro físico que mede a relação entre os volumes de poros e total de um corpo sólido; pode estar interconectada ou não; origem: detrítica, fissural, vugular, vacuolar; tempo: primária, secundária; símbolo: n; unidade: % (sem dimensão).
2.102. POROSIDADE Eficaz (Effective Porosity; Specific Yield) é relação entre os volumes total e o de água gravífica, em meio saturado; complementa a Retenção Específica e eqüivale ao Coeficiente de Armazenamento dos aqüíferos livres; símbolo: ne. É o espaço poroso onde dá-se o movimento da água subterrânea.
2.103. POTENCIOMÉTRICO (Potenciometric)é o que se refere à energia potencial do fluido.

2.104. PRESSÃO (Pressure) é a relação entre a intensidade da força aplicada normalmente a uma área e esta área; símbolo: P; unidade: Pa.

2.105. PRESSÃO Hidrostática (Hydrostatic Pressure) é a pressão dada pela altura de fluido acima de um ponto; dada pela Lei de Stevin; é semelhante a Lei da Pressão Litostática (aqui: g = 2,4 ´ 9.802 N/m³).

2.106. PRODUÇÃO Específica (Specific Yield) é volume de água liberado por um volume unitário de um aqüífero livre em função da queda unitária da superfície potenciométrica; unidade: número [0-1]; símbolo: Sy.
2.107. RAIO de Influência (Radius of Influeence) é a distância máxima em que se admite haver a ação do bombeamento no poço; unidade: m; símbolo:Re; Re = 1,5[(T/S)t]0.5.

2.108. RAIO HIDRÁULICO (Hydraulic Radius) é o quociente entre a área da superfície aberta perpendicular a direção do fluxo e o perímetro da secção; unidade: m; símbolo; R.

2.109. REBAIXAMENTO (Drawdown) é o descenso da superfície potenciométrica do aqüífero abaixo do nível inicial; unidade: m; símbolo s; s = Ho - Ht, onde: Ho = nível da água no tempo zero (antes do início do bombeamento), Ht = nível da água num tempo qualquer; s = Hr1 - Hr2, onde: H ri = nível da água na distância r do poço. Teoricamente, corresponde a entropia: s = 0,08(Q/T)W(u) = BQ - Modelo de Theis; na prática, corresponde a soma dos rebaixamentos no aqüífero (entropia) mais os da obra: s = BQ + Cqn.
2.110. REBAIXAMENTO Específico (Specific Drawdown) é a razão entre o rebaixamento e a vazão, para o tempo medido: s/Q; é o inverso da Vazão Específica; unidade: m-2s.

2.111. REBAIXAMENTO Residual (Residual Drawdown) diferença entre os níveis natural e atual, depois da parada do bombeamemto.
2.112. RECARGA (Recharge) é a quantidade de água adicionada ao aqüífero na área onde aflora, no intervalo considerado; unidade: altura por tempo (mm/dia); pode ser natural ou artificial.
2.113. RECESSÃO (Recession) é a parte do hidrograma em que os níveis baixam sistematicamente.
2.114. RECUPERAÇÃO (Recovey) é a ascensão da superfície potenciométrica do aqüífero, após cessada a causa do rebaixamento ou por alimentação, tendendo ao nível natural; serve também para reelevamento.
2.115. REELEVAMENTO (Mound) é a subida do nível potenciométrico acima do nível inicial; antônimo: Rebaixamento.
2.116. REDE de Fluxo (Flow Net) é a malha obtida pelo conjunto das linhas equipotenciais e de fluxo, descrevendo um fluxo bidimensional e permanente; é solução da Equação de Laplace.

2.117. RETENÇÃO (Retention) é a capacidade do meio poroso de imobilizar a água por molhamento; deve-se a forças moleculares e correponde a água pelicular. Assim, parte da água infiltrada fica indisponível ao fluxo. A Retenção Específica é o complemento da Armazenabilidade dos aqüíferos freáticos (Produção Específica). Determinará a Capacidade de Campo.

2.118. REYNOLDS, Número de (Reynolds Number) é a relação entre as forças inerciais e viscosas; o valor crítico distingue entre fluxo laminar e turbulento; para os aqüíferos está entre 1 e 10; Re = V´D/(m/r), onde: V = velocidade, D = tamanho do grão, m = viscosidade, r = densidade.

2.119. ROCHA (Rock) é a litologia consolidada, exemplo: granito.

2.120. RUGOSIDADE (Roughness) é a característica irregular de uma superfície, com asperesas; antônimo: Lisa.

2.121. SATURAÇÃO (Saturation) é a relação entre o conteúdo volumétrico de fluido no meio poroso e sua porosidade; 100% de saturação equivale a porosidade; unidade: %; símbolo: q.
2.122. SATURADA (Saturated) é aquela zona em que todos os poros da litologia estão preenchidos por água. Acima dela está a zona não-saturada (ou: vadosa); esta inclui a zona capilar e a zona de água do solo; é a zona aerada.

2.123. SEDIMENTO (Sediment) é a litologia depositada e não-consolidada; exemplo: areia.
2.124. SENSOR (Sensor) é um instrumento de medida in situ de uma variável do sistema, capaz de reagir a um estímulo.
2.125. SOLO (Soil) é a parte superior da camada de alteração das rochas, capaz de suportar vida.

2.126. STEVIN, Lei de (Stevin's Law) é a relação linear entre pressão e altura de líquido: H = P/g, onde: g = peso específico do fluido (água: 9.802 N/m³).

2.127. SUPERFÍCIE Específica (Specific Surface) é a relação entre a área da superfície externa de um sólido e seu volume; unidade: cm-1; símbolo: As.

2.128. SUPERFÍCIE Potenciométrica (Potenciometric Surface) é aquela em que se estabelece o nível da água do aqüífero; indica o nível de energia mecânica da água; pode ser contínua (aqüífero livre) ou descontínua (confinado); a diferença de altura entre tal superfície e a topográfica dá a profundidade da água subterrânea; sinônimo: Freática (Livre), no caso de aqüíferos livres; Piezométrica (Confinada), no caso de aqüíferos confinados.

2.129. TENSÃO (Tension) é a pressão inferior a gravitacional a que a água está submetida; símbolo: s; unidade: Pa.
2.130. TORTUOSIDADE (Tortuosity) é o parâmetro que expressa a relação entre os comprimentos da trajetória real da partícula e da linha de fluxo; em meio detrítico pode chegar a 50 %; deve-se a dispersão; unidade: número [1; 2]; símbolo: t.

2.131. THEIS, Equação de (Theis' Equation): s = 0,08 (Q/T) W(u); onde: W(u) = função de poço (Well Function) = ò(e-u/u)du, integrada ente u e ¥. Descreve o fluxo a um poço em aqüífero confinado em regime transiente.
2.132. THIEM Equação de (Thiem's Equation): s = (Q/2pK)Lne(r2/r1). Descreve o fluxo a um poço em aqüífero confinado em regime estacionário.

2.133. TESTE em Degraus (Step-Drawdown Test) é o teste do poço em que se verifica a eficiência do sistema de captação e de bombeamento; as vazões são aumentadas em estágios e são anotados os níveis de água estabilizados; o objetivo é determinar o ponto crítico, a partir do qual as perdas de carga são grandes. O rebaixamento é a soma do aqüífero e o do sitiam hidráulico implantado (s = AQ + AQ2).

2.134. TRANSIENTE (Unsteady) é o regime cujo fluxo as propriedades variam no tempo; ex: nível de água movendo-se no aqüífero.
2.135. TRANSMISSIBILIDADE (Transmissibility) é o parâmetro hidráulico que indica a capacidade do aqüífero de transmitir água, em toda a sua espessura saturada; fisicamente, é a vazão do aqüífero por unidade de largura (perpendicular ao fluxo) em função de um gradiente hidráulico unitário, numa base de área unitária; unidade: m2/dia; símbolo: T; T = K ´ b, onde: K = condutividade, b = espessura.
2.136. TURBULENTO (Turbulent) é o fluxo em que a trajetória das moléculas de fluido é errático e confuso; a velocidade real está acima da velocidade crítica, dada pelo número de Reynolds.
2.137. UMIDADE Relativa(Relative Humidity) é a quantidade atual de vapor d'água no meio em relação a máxima possível àquela temperatura.
2.138. UNIFORME (Uniform) é o escoamento em que não há variação de suas características no espaço, num dado instante; antônimo: Variado.
2.139. VAZÃO (Discharge) é o volume de água que passa a área perpendicular a direção do fluxo, num dado tempo; ocorrem em função do gradiente de potencial; unidade: m3/s; símbolo: Q; sinônimo: Descarga.

2.140. VAZÃO Crítica (Critical Discharge) é a vazão que corresponde ao ponto da curva do teste em degraus em que há mudança sensível da curvatura; é a vazão de operação do poço.
2.141. VAZÃO Específica (Specific Discharge) é a vazão obtida por unidade de rebaixamento; unidade: m²/s; símbolo: qs; qs = Q/s. Não confundir com Produção Específica.
2.142. VAZÃO Unitária (Flux) é o descarga de água de um aqüífero por unidade de área perpendicular à direção de fluxo; numericamente igual a velocidade de Darcy; q = Q/A.
2.143. VELOCIDADE Crítica (Critical Velocity) é a velocidade limite, acima da qual o fluxo é turbulento; determinada pelo Número de Reynolds crítico, que em meio poroso está entre [1; 10]; acima desta velocidade a relação vazão-rebaixamentos deixa de ser linear: sƒ(Qn). No projeto de poço o valor admitido é até 3 cm/s.
2.144. VELOCIDADE de Darcy (Darcy's Velocity) é o fluxo obtido em função de um gradiente unitário; é uma velocidade macroscópica e fictícia, de um regime uniforme; unidade: cm/s; símbolo: q; q = Q/A = -K´ÑH, onde: Q = vazão, A = área da superfície perpendicular a direção do fluxo, K = condutibilidade hidráulica, ÑH = gradiente hidráulico.
2.145. VELOCIDADE de Fluxo (Seepage Velocity) é aquela com que se deslocam as frentes dentro do aqüífero; exemplo: frente de poluição; unidade: cm/s; símbolo: v; v = q/n, onde: q = velocidade de Darcy, n = porosidade; sinônimo: V. de Percolação; V. Eficaz.
2.146. VISCOSIDADE (Viscosity) é a propriedade de um fluido que expressa sua resistência à tensão de cisalhamento: é a relação entre a intensidade da tensão de cisalhamento e a velocidade da deformação; unidade: Poise (P) = 1 din s/cm²; símbolo: m; a 20 ºC para água: 1,002 cP (no SI é 1000 vezes maior); a Viscosidade Cinemática é a relação entre a viscosidade (dinâmica) e a densidade: u = m/r.
2.147. VOLUME Elementar Representativo (Elementary Representative Volume) é o volume mínimo em que as propriedades do sistema se mantêm; é uma representação estatística (média) do meio; ex.: se a amostra for muito pequena não consegue se analisar a porosidade pois estar-se-á ou no poro ou no grão.


3. HIDROQUÍMICA
3.1. ACIDEZ (Acidity) é a capacidade de uma solução em neutralizar bases - não é pH; é rara em água subterrânea; pode ser causada por dióxido de carbono, sais de Ferro e de Alumínio.
3.2. ACIDIFICAÇÃO (Acidizing) é o processo de introção de ácido com o objetivo de aumentar a porosidade, por dissolução; tanto na formação aqüífera como na limpeza do filtro e do préfiltro.
3.3. AERÓBICO (Aerobic) é o ente ou processo ativo só na presença de Oxigênio; ao contrário de Anaeróbico.
3.4. AGRESSIVA (Agressive) é a água com pH ácido; corrosiva.
3.5. ALCALINIDADE (Alcalinity) é a capacidade de uma solução em neutralizar ácidos; mede, pois, o conteúdo de íons hidrolizáveis - não, o pH; depende dos íons: carbonato bicarbonato e oxidrila; nas águas subterrâneas está normalmente até 300 ppm CaCO3 (TAC).
3.6. AMÔNIA (Ammonia) é a substância química de fórmula: NH3, gasosa.
3.7. CLORAÇÃO (Chlorination) é o processo de introdução de uma solução clorada no sistema de captação para esterelizar bactérias.
3.8. COR (Colour) é a propriedade que indica a capacidade de absorção de radiação eletromagnética; depende matéria dissolvida e suspensa e da matéria orgânica; normalmente a água subterrânea é incolor (< 5 ppm Pt).

3.9. CONDUTIBILIDADE (Specific Conductance) é a capacidade de um material em forma de cubo de lado unitário de transmitir corrente elétrica em função de uma queda potencial unitária; símbolo: s; unidade: S/m. Empiricamente: mg/l = 0,7 mS/m. É o inverso da Resistividade (r; Wm).
3.10. CONDUTIVÍMETRO (Conductivity Meter) é um aparelho (portátil) que mede a condutibilidade da água; pode usar uma ponte de Wheatstone. Também: Resistivímetro.
3.11. CONTAMINAÇÃO (Contamination) é qualquer degradação das características das águas subterrâneas; pode ser natural (ex.: intrusão marinha) ou artificial (poluição).
3.12. CUNHA de Água Salgada (Salt Water Wedge) é a massa de água salgada que introduz-se em um aqüífero, limitada pela interfase e o substrato; a forma biselada deve-se ao movimento da água doce.
3.13. DATAÇÃO (Dating) é a avaliação da idade média de uma amostra, baseada na dosagem de marcadores cronométricos.
3.14. DEMANDA Bioquímica de Oxigênio (Oxigen Biochemical Demand) é a capacidade da solução em consumir Oxigênio; normalmente é baixa em água subterrânea (< 1 ppm O2); indica processos aeróbicos biológicos; símbolo: DBO; unidade: ppm O2.

3.15. DEMANDA Química de Oxigênio (Oxigen Chemical Demand) é a capacidade da solução em consumir oxidantes; normalmente é baixa em água subterrânea (< 15 ppm O2); pode indicar poluição industrial; símbolo: DQO; unidade: ppm O2.
3.16. DIAGRAMA de Piper (Piper Diagram) é a representação gráfica do resultado de análises químicas, constituído por dois triângulos em cujos vértices estão os íons principais, em percentagem.

3.17. DIAGRAMA de Stiff (Stiff's Diagram) é a representação gráfica do resultado de uma análise química em que os íons de interesse são expressos em epm segundo linha paralelas escaladas e os pontos são unidos, formando polígonos.
3.18. DIAGRAMA Radial (Radial Diagram) é a representação gráfica do resultado de uma análise química em que os íons de interesse são expressos em epm segundo raios escalados e os pontos são unidos, formando polígonos.
3.19. DIFUSÃO (Diffusion) é a propagação de influências em um meio; o resultado é a tendência de homogeneizar.
3.20. DISPERSÃO (Dispersion) é o espalhamento das moléculas em meio aqüífero em função da advecção e dos desvios de trajeto devido aos grãos; unidade: cm2/h.
3.21. DISSOCIAÇÃO (Dissociation) é a transformação de uma substância em outras mais simples, por separação dos constituintes, tanto por calor (CaCO3 Þ CaO + CO2) como por dissolução (NaCl Þ Na+ + Cl-).
3.22. DISSOLUÇÃO (Dissolution) é o ato de passagem à solução.
3.23. DOCE (Fresh) é a água com pequena concentração de matéria dissolvida (TSD < 500 mg/l), sem gosto; antônimo: Salgada.
3.24. DUREZA (Hardness) é a propriedade da água de produzir resíduo insolúvel ao contato com sabão ou precipitado (CaCO3) por ebulição; causada pelo conteúdo em íons terrosos: Ca e Mg, associados ou a carbonatos (dureza temporária) ou a sulfato, nitrato, cloreto (dureza permanente); a dureza total é a soma; unidade: ppm CaCO3. É uma medida de qualidade de água, indicando teor de íons (terrosos) de Cálcio e de Magnésio em solução;; valor crítico: 100 ppm; água subterrânea: < 300 ppm, normalmente. A dureza total é a soma da permanente mais carbonática.
3.25. Eh é o Potencial Eletródico; é a energia necessária para remover elétrons; unidade: V; mede a tendência de um meio à oxidação/redução; nas águas subterrâneas tende a ser zero.
3.26. ELETRÓLITO (Electrolyte) é a substância que dissocia-se em íons ao dissolver-se em água, tornando esta um condutor elétrico. São: ácidos; bases; sais.
3.27. FASE (Phase) é uma parte discreta e homogênea de um sistema material que é mecanicamente separada do resto; ex.: água+gelo.
3.28. FILTRAÇÃO de Íons (Filtration of Ions) é o efeito separador exercido sobre água salgada cujo solvente atravessa camadas pouco permeáveis; o efeito é o aumento de concentração da água salgada; é uma osmose inversa.
3.29. FLOCULAÇÃO (Flocculation) é o processo de aglomeração de partículas coloidais em massas, tipo grumo; sinônimo: Coagulação.
3.30. FLUXO Mássico (Flux of Mass) é o fluxo de massa; normalmente refere-se ao soluto; unidade: m/s.
3.31. HIDRÓLISE (Hydrolisis) é a reação química de decomposição de um composto e da água.
3.32. HIDRÔMETRO (Hydrometer) é um instrumento usado para determinar a gravidade específica de um fluido.
3.33. INCRUSTANTE (Incrusting) é a água saturada de matéria dissolvida, com tendência à precipitação.
3.34. INTEMPERISMO (Weathering) é o grupo de processo pelo qual as litologias expostas ao clima transformam-se e acabam gerando o solo; assim, geram íons adicionados às águas percolantes.
3.35. INTERFACE (Interface) é a região de mistura entre duas fases; é representada por uma superfície idealizada.
3.36. ISOLINHAS (Isolines) são linhas de igual intensidade de um ente; ex.: isoconcentração; isotransmissividade.
3.37. LIXIVIAÇÃO (Leaching) é o processo dissolução por água percolante.
3.38. MIGRAÇÃO (Migration) é o transporte subsuperficial de matéria causado por percolação e/ou difusão.
3.39. MOBILIDADE (Mobility) é a capacidade do íon em mover-se em dada ambiente químico; influem: solubilidade; troca iônica; organismos.
3.40. ODOR (Smell) é a propriedade de produzir a sensação de cheiro; a água subterrânea normalmente é inodora; sabor advém de matéria volátil; é muito variado.
3.41. ORGANOLÉPTICAS (Sensory Properties) são as propriedades da água que afetam os sentidos: cor; odor; sabor; calor. Normalmente a água subterrânea é: incolor; inodora; insípida.
3.42. OSMOSE (Osmosis) é o fenômeno de passagem de um solvente através de uma membrana entre duas soluções, no sentido da solução menos concentrada; o resultado é o do equilíbrio das cargas hidráulicas.
3.43. OXIGÊNIO (Oxygen) é uma substância química de número atômico 8 e peso atômico 15,999; é gasosa, inodora, incolor; constitui 21 % da atmosfera em volume. Na água subterrânea encontra-se dissolvido e causa corrosão.
3.44. OZÔNIO (Ozone) é um alótropo do Oxigênio, cuja fórmula química é: O3. É formado pela ação do vento solar na alta atmosfera (UV). É oxidante e veneno; usado como germicida.
3.45. pH é o Potencial de Hidrogênio; é um parâmetro químico que indica a concentração de íons hidrogênio numa solução aquosa; varia de zero a catorze, sendo sete o neutro; abaixo indica uma solução ácida (corrosiva) e acima, básica (incrustante); é o cologarítmo da atividade do íon hidrogênio: pH = -log; as águas subterrâneas tendem ao neutro (solução-tampão) mas, alto pH deve-se ao CO32- e baixo pH ao SO42-, normalmente.
3.46. PPM é a abreviação de partes por milhão de solvente em soluto; é equivalente a miligramas por litro (mg/l) se a concentração da solução for baixa.

3.47. POLUENTE (Pollutant) é qualquer ente artificial que causa modificação danosa à saúde nas características naturais da água subterrânea; pode ser: químico (ex.: íons); físico (ex.: temperatura); ou biológico (ex.: coliformes).

3.48. POLUIÇÃO (Pollution) é qualquer alteração artificial das características naturais da água (físicas; químicas; biológicas), causada por um poluente.

3.49. RESÍDUO Seco (Dissolved Solids) é o parâmetro químico que indica a quantidade de íons dissolvidos em água; obtido por evaporação em estufa; unidade: mg/l, ppm; em água subterrânea, está na ordem da centena de ppm; também: Sólidos Dissolvidos Totais.

3.50. SABOR (Taste) é a propriedade de produzir a sensação de gosto; a água subterrânea normalmente é insípida; sabor advém de matéria dissolvida: sais (NaCl) - salgado; gases (CO2)- picante, ácido; açúcares - doce; etc.
3.51. SALINIDADE (Salinity) é o teor em matéria dissolvida (soluto) de uma solução; unidade: mg/l.
3.52. SOLUBILIDADE (Solubility) é a concentração de equilíbrio de um soluto quando em contato com a solução; mede a capacidade da solução em formar misturas homogêneas; unidade: mol/l.

3.53. SURFACTANTES (Surfactants) é aquela substância que altera a tensão superficial e, pois, a capacidade de molhar. Tem ação detergente.
3.54. TEMPERATURA (Temperature) é a propriedade que indica o potencial térmico de um corpo; unidade: ºC; a água subterrânea normalmente tem a temperatura média da região, adicionado o grau geotérmico correspondente; influi na intensidade das propriedades e na velocidade das reações química; determina o estado físico.

3.55. TENSÃO Superficial (Surface Tension) é a força que tende a diminuir a energia superficial total de uma fase.
3.56. TEOR (Content) é a quantidade (volume; peso) de uma substância contida em um meio; sinônimo: Grau.
3.57. TRAÇADOR (Tracer) é todo ente que permite identificar o deslocamento de um fluido; pode ser natural ou artificial; ex.: íons.

3.58. TROCA Iônica (Ion Exchange) migração iônica expontânea e reversível entre fases em contato, por tamanho carga ou concentração; no caso, entre água subterrânea e grão mineral
3.59. TURBIDEZ (Turbidity) é a propriedade que indica a capacidade de transmitir a luz; depende dos materiais finos suspensos; deve-se ao Efeito Tyndall; a água subterrânea normalmente é transparente (< 1 ppm SiO2); unidade: ppm SiO2.

4. PERFURAÇÃO
4.1. ALINHAMENTO (Verticality) é a comparação entre o eixo do furo e a vertical; também: Verticalidade.
4.2. ANULAR (Annular) é o espaço em forma de anel entre o revestimento e a parede do furo.

4.3. AREIA (Sand) a produção de areia em poço em operação indica: ruptura ou deterioração metálica, mauprojeto ou má execução do projeto. O poço e a bomba são feitos para bombear água. A areia causa: aumentos dos custos (energia; manutenção); diminuição da produção; possibilidade de acidentes.
4.4. BOMBA (Pump) é a máquina que transfere a energia do motor ao fluido; transforma-a em: velocidade, pressão, altura.
4.5. BROCA (Drill, Bit) é a ponta cortante do sistema de perfuração.
4.6. CAÇAMBA (Bailer) é o equipamento cilíndrico oco e valvulado na base para remoção de material nas sondagens a percussão.
4.7. CANTEIRO (Site) é o local delimitado necessário para a obra, as atividades, os equipamentos e o pessoal.

4.8. CIMENTAÇÃO (Cementing) é o processo de implantação de massa de cimento para prover isolamento
para as águas subterrâneas. É fundamental no contato poço-topografia (vedação) e no poço abandonado (tamponamento).

4.9. COLMATAÇÃO (Void Filling) é o processo de preencimento dos poros por finos; causa o efeito de parede, no poço ou no leito do corpo d'água. É o inverso da erosão.

4.10. COMPLETAÇÃO (Finishing) é o conjunto de operações em um poço que visam pô-lo em produção: desenvolvimento/estimulação, tubagem, préfiltro, cimentação, teste de produção, desinfecção.

4.11. DESENVOLVIMENTO (Development) é a parte do processo de completação de um poço que visa favorecer o fluxo de água do aqüífero ao poço. Dá-se por ou recomposição ou aumento da permeabilidade no entorno do poço.

4.12. DESINFECCÃO (Desinfection) é o processo de eliminação de bactérias nas partes em contato com a água; feita na completação do poçoou na manutenção.

4.13. DIÂMETRO Efetivo (Effective Grain Size) é o tamanho de grão teórico esférico de um material homogêneo que transmitiria água com igual vazão ao material em questão; equivale ao tamanho em que 90 % dos grãos da amostra é maior.

4.14. EQUALIZAÇÃO (Equilization) é o igualamento da pressão hidrostática no espaço anular entre o fluido de cimentação e a água subterrânea.
4.15. EQUIPAMENTO (Equipment) é o instrumento necessário para produzir uma ação.

4.16. ESTIMULAÇÃO (Stimulating) é o processo de aumento da produção do poço, gerando porosidade secundária ao redor da zona de captação do poço e, pois, diminuindo a resistência ao fluxo. Pode ser por: pistoneamento, jateamento, fraturamento, acidificação,

4.17. FILTRO (Screen) é o cano vazado que permite a entrada de água na tubulação e o acesso à bomba, além de reter o préfiltro; a velocidade de projeto de entrada da água é de 3 cm/s; é pois, importante conhecer-se a área aberta do filtro.

4.18. FERRAMENTA (Tool) é o instrumento manual necessário para produzir uma ação.

4.19. FLUIDO de Perfuração (Drilling Fluid) é o material utilidade para preencher o espaço do furo; tem a finalidade de: sustentar as paredes, transportar resíduos, resfriar e lubrificar. Pode ser: ar; água; lama; polímeros em emulsão.

4.20. JATEAMENTO (Jetting) é o processo de perfuração que implica na remoção hidráulica do material rochoso, com a introdução simultânea da tubulação. Exclusivo para materiais inconsolidados.

4.21. LIMPEZA (Cleaning) é a ação de remoção dos resíduos de perfuração do poço e do aqüífero.

4.22. MARTELO (Bit) é a broca de perfuração do método a percussão.

4.23. PAREDE, Efeito de (Skin Effect) é a redução da permeabilidade no entorno do furo em função da zona invadidade de lama de perfuração.
4.24. PEPTIZAÇÃO (Peptization) é a dispersão gerada pela adição de substâncias químicas.

4.25. PERCUSSÃO (Cable Tool) é o processo de perfuração que implica no corte do material rochoso por uma broca esmagadora (martelo), através do repetitivo impacto sobre o material rochoso.

4.26. PERCUSSOR () é o instrumento em forma de U entrelaçado que permite o arranque do trépano.
4.27. PERFURATRIZ (Rig) é a máquina para executar um poço; pode ser: rotativa; percussora; jato.

4.28. PESCARIA (Fishing) é o processo de tentar recuperar um instrumental dentro do poço.

4.29. PILOTO (Exploring) é o furo que visa obter dados preliminares das litologias de subsuperfície.

4.30. PISTONEAMENTO (Surging) é o processo de desenvolvimento/estimulação de poço no qual a água é movimentada por sucessivos movimentos verticais de um êmbolo nela imerso. O bojetivo é a retirada dos finos no entorno do local agitado.

4.31. PRÉFILTRO (Gravel Pack) é o meio poroso artificial posto no espaço anelar entre a parede do poço e a do filtro, visando segurar o material do aqüífero e diminuir a velocidade da água de acesso ao filtro. Va = 2 p H (Rp - Rf), onde V = volume, Rp = raio da parede, Rf = raio do filtro. É o Maciço Filtrante.

4.32. RECALQUE (Lift) é a altura a que um líquido é elevado ao passar pela bomba. É a soma das alturas geométrica e perdas.

4.33. RESPONSÁVEL (In Charge) é a pessoa que reponde tecnica e legalmente pela obra.

4.34. REVESTIMENTO (Casing) é o tubo não-perfurado que tem a função de: segurar as paredes do poço; isolar camadas indesejadas; dar acesso ao aqüífero; segurar o filtro.

4.35. ROTATIVO (Rotary) é o método de perfuração que implica no corte do material rochoso por uma broca trituradora que rotaciona e a retirada deste material hidraulicamente.

4.36. SUCÇÃO (Suction) é a altura que uma bomba é capaz de elevar a água até a bomba; teoricamente: £ 10,33 m; na prática: £ 7 m.
4.37. SUÍVEL (Swivel) é uma ligação que permite a rotação independente de parte unidas.
4.38. TAMPA (Cover) é o elemento que veda o topo do poço em contato com a atmosfera.

4.39. TESTEMUNHO (Core) é a porção da litologia subsuperfícial intacta obtida por perfuração.

4.40. TORRE (Derrick) é estrutura que suporta o equipamento perfurador em uma sondagem em execução.

4.41. TRÉPANO (Trepan) é o instrumento biselado de esmagamento na ponta de uma sonda a percussão.

4.42. UNIFORMIDADE, Coeficiente de (Uniformity Coefficient) é a relação entre os tamanhos de grão que passa 60 % e 10 % das malhas das peneiras. Expressa o grau de classificação do sedimento: melhor mais próximo de 1. Cu = D60 / D10.

5. HIDROADMINISTRAÇÃO
5.1. ALIMENTAÇÃO (Recharge) é o conjunto de entradas de água ao aqüífero, num intervalo. Mede-se como vazão (Qe) ou como altura de água (He). Sinônimo: Recarga.

5.2. ALUVIÃO (Alluvium) é a litologia depositada por rio na planície de inundação.
5.3. AMOSTRAGEM (Sampling) é o processo de colher uma parte representativa de um sistema.
5.4. AQÜÍCLUDO (Aquiclude) é aquela litologia porosa mas não permeável, incapaz de ceder águaeconomicamente a obras de captação; exemplo: argila. A água está contida no meio por forças moleculares.
5.5. AQÜÍFERO (Aquifer) é aquela litologia porosa e permeável, capaz de ceder água economicamente a obras de captação; exemplo: areia, arenito; ou seja, o aqüífero é um material geológico capaz de servir de depositório e de transmissor da água aí armazenada; assim, uma litologia só será aqüífera se, além de conter água, ou seja, seus poros estando saturados (cheios) de água, permita a fácil transmissão da água armazenada; assim, uma argila pode conter água (e muita), mas certamente não a libera por gravidade; etimologicamente: água+transfere.
5.6. AQÜÍFUGO (Aquifuge) é aquela litologia não porosa nem permeável, incapaz de tanto armazenar como ceder água; exemplo: rochas cristalinas.
5.7. AQÜÍTARDO (Aquitard) é aquela litologia porosa mas pouco permeável, incapaz de ceder água economicamente a obras de captação mas capaz de ceder quantidades apreciáveis de água lentamente e em grandes áreas; exemplo: siltito.ÁREA de Influência (Area of Influence) é a região na qual a superfície potenciométrica é modificada por alguma ação sobre o aqüífero.
5.8. BACIA Geológica (Geologic Basin) região delimitada por uma flexura regional côncava com mergulho radial centrípeto.

5.9. BACIA Hidrogeológica (Hydrogeological Basin) é aquela região geográfica em que as águas subterrâneas escoam a um só exutório. Pode não coincidir com a hidrográfica.

5.10. BACIA Hidrográfica (Watershed) é a região contida entre divisores de água em que toda a água que aí precipitar sairá pelo único exutório: a foz.

5.11. BALANÇO Hídrico (Water Balance) é a operação que quantifica a diferença numérica entre as alimentações e as descargas de um sistema hídrico, numa região e num intervalo específicos; é a soma das entradas (alimentações), das saídas (descargas) e das variações de armazenamento de um aqüífero num intervalo de tempo definido; é um balanço de massa: DA = Qe - Qs, onde: DA = variação de armazenamento, Qe = alimentações, Qs = descargas. Mede-se como vazão (Q) ou como altura de água (H); globalmente são evaporados 350.000 km3/ano dos oceanos e 75.000 km3/ano dos continentes, num total de 425.000 km3/ano; precipitados 105.000 km3/ano nos continentes e 320.000 km3/ano nos oceanos; escoam 30.000 km3/ano pela crosta em direção aos mares e pela atmosfera em direção aos continentes.
5.12. BANCO de Dados (Data Bank) é o sistema de gerenciamento de dados sobre determinado assunto sob a forma de coleção de registros individuais, subdividido em campos; é segmentado mas, interrelacionado.
5.13. BOMBEAMENTO (Pumping) é a retirada de água através de uma bomba. Antônimo: Injeção.
5.14. CAMPO (Well Field) é um domínio geofráfico que reúne um conjunto de poços em produção conjunta otimizada; normalmente para um só uso.
5.15. CAPTAÇÃO (Recovery) é a ação de colher água (subterrânea). Pode ser por: derivação (ex.: bombeamento) ou por recolhimento (ex.: barragem). Obs.: a água, não o aqüífero, é a captada; nem sempre implica em extração.
5.16. CAPTURA (Capture) é a capacidade do sistema aqüífero em induzir recarga ou reduzir descarga, quando em bombeamento.
5.17. CICLO Hidrológico (Water Cycle) é a contínua e natural circulação da água pelas esferas terrestres (atmo; bio; lito; hidro); o volume global na Terra envolve 425.000 km3/ano. É um subciclo do ciclo geológico.
5.18. CONTRATO (Contract) é um acordo entre partes, com força legal; normalmente é escrito.
5.19. CORTE (Cross Section) é a representação interpretada da subsuperfície segundo um plano vertical; normalmente estabelecido entre dois perfis de sondagem.
5.20. CUNHA Salgada (Salt Water Wedge) é a massa de água salgada, em forma de diedro sólido, que se intrudiu no aqüífero.
5.21. CUSTO da Água (Water Cost) é o custo aproximado por hora: C = Q ´ g ´ H ´ ´ Ce / hb ´ hm, onde: b = bomba e m = motor, Ce = custo da energia (ex.: do kWh).
5.22. DESCARGA (Discharge) é o conjunto de saídas de água do aqüífero, num intervalo. Mede-se como vazão (Qs) ou como altura de água (Hs). Sinônimo: Vazão.

5.23. DIVISOR (Divide) é o conjunto contínuo de pontos do sistema de fluxo em que o sentido do fluxo é divergente; é um limite hidráulico de um fluxo. Ex.: limite do cone de depressão.
5.24. DRENO (Drain) é a obra de captação e de condução de água subterrânea por gravidade; normalmente horizontalizado. Impõe diferença constante de potencial hidráulico.
5.25. EFICIÊNCIA (Efficiency) é a relação entre o trabalho realizado por um sistema e a energia recebida. Unidade: percento. Num poço é a relação entre os rebaixamentos no aqüífero e no sistema: h = BQ/(BQ+CQ²) = [1+(C/B)Q]-1; a queda de produção pode ser: efeito de parede; fluxo turbulento; incrustações; limites. Numa bomba a eficiência é a relação entre as potências desenvolvida e recebida: h = Q ´ g ´ H / Pr, onde: H = altura total (recalque+sucção+perdas); a seleção da bomba deve ser feita pelo pico da curva de eficiência, para a vazão e a altura de recalque desejadas.
5.26. EFLUENTE (Effluent) é a capacidade de um corpo hídrico descarregar em outro.
5.27. EQUILÍBRIO Dinâmico (Dynamic Equilibrium) é o estado natural dos sistemas aqüíferos, expressado fisicamente por: entradas e saídas baleanceadas; nível potenciométrico estável; qualidade da água subterrânea estável. Toda ação humana provoca desequilíbrio; se não for intenso, o sistema consegue restabelecer o original (homeostase).
5.28. ESCOAMENTO (Flow) é o movimento da água, transvasando. O Escoamento Superficial (Runoff) é aquele realizado através dos canais da drenagem de superfície.
5.29. ESCORRIMENTO Superficial (Surface Runoff) é aquele escoamento disperso de água que se dá sobre a superfície topográfica.
5.30. ESPECIFICAÇÕES (Specifications) é a relação do conjunto detalhado e exato dos constituintes de um item, incluindo: materiais, dimensões, mão-de-obra.

5.31. EXATIDÃO (Accuracy) é a capacidade de medir/representar um fenômeno sem erro (ou com erro conhecido).

5.32. EXPLORAÇÃO (Exploration) é o conjunto de processos que visam a descoberta e a quantificação do recurso; sinônimo: Prospecção.
5.33. EXPLOTAÇÃO (Exploitation) de água subterrânea consiste na sua extração para dispô-la ao uso; laicamente: exploração.
5.34. EXTRAÇÃO (Withdrawal) é o ato de retirar.
5.35. FICHA de Ponto de Água (Ground Water Register) é o instrumento que documenta as características individuais de um local de acesso ao aqüífero: geografia; geologia; hidráulica; hidroquímica; construção; etc.

5.36. FONTE (Spring) é aquela ocorrência de água subterrânea quando esta aflora de forma conentrada em superfície; sinônimo: Nascente.

5.37. FREATÓFITAS (Preatophytes) é um conjunto de vegetais que retiram água da zona capilar do aqüífero.

5.38. FLUXO de Base (Base Flow) é o fluxo que os rios mantêm durante os períodos de recesso inter-chuvas, proveniente das descargas dos aqüíferos, principalmente.
5.39. FUNÇÕES dos Aqüíferos: (1) Supridora, de recursos hídricos a poços; (2) Transportadora, de recursos hídricos entre áreas; (3) Filtradora, de águas residuais; (4) Armazenadora, de recursos hídricos e/ou rejeitos antrópicos; (5) Energética, mecânica e/ou térmica; (6) Reguladora, de descargas e/ou armazenagens dos sistemas de recursos hídricos; (8) Mantenedora, do fluxo-de-base dos rios; (9) Sustentadora, das pressões litostática e/ou de obras (poro-pressão).

5.40. GERENCIAMENTO (Management) é o conjunto de ações administrativas que visam controlar ações sobre um sistema aqüífero para atingir objetivos e prazos satisfazendo a política de recursos hídricos.
5.41. HIDROGRAMA (Hydrograph) é a curva obtida correlacionando-se as vazões aos níveis de água, no tempo: Qƒ(H). A maior parte de tempo representa a vazão de base do rio (cedida pelo aqüífero). Um evento de cheia corresponde: ascenço, pico, descenço (recessão).
5.42. HIDROISOHIPSA (Hydrohypse) é a linha que liga pontos de igual altitude de coluna de água; sinônimo: Isopotenciométrica.

5.43. HIDROMANCIA (Hydromancy) adivinhação pela água.
5.44. INJEÇÃO (Injection) é o ato de introduzir água na zona saturada do aqüífero, seja para ou investigação ou recarga.
5.45. INTERFERÊNCIA (Interference) é a ação de uma obra de captação sobre outra, dentro, pois, do raio de influência; a conseqüência é o aumento de rebaixamento, em poços em bombeamento.
5.46. ISOHIETA (Isohyeta) é a linha que une pontos de igual quantidade de precipitação.
5.47. ISOPIEZA (Isopiestic) é a linha que une os lugares geométricos dos pontos de igual intendidade de pressão; só. Difere da carga hidráulica (pressão+posição).

5.48. JORRO (Spill) é o fluxo expontâneo de água de um poço em aqüífero artesiano; sinônimo: Artesianismo.

5.49. LEIS (Laws) - (1) Constituição Federal (1988, Art. 21); (2) Lei Federal Sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (em tramitação); (3) Lei Federal Sobre Águas Subterrâneas (em tramitação); (4) Constituição Estadual/RS (1989, Art. 171); (5) Lei Estadual/RS 10.350, de 30nov1994; (6) Código de Águas (Decreto 24.643, 10jul34); (7) Código de Mineração (Decreto-Lei 227, 28fev1967); (8) Código de Águas Minerais (Decreto 7.841, 7ago1945); (9) NB 1290/90; (10) NB 588/77; (11) Leis Municipais (94).

5.50. LENÇOL Freático (Water Table): Superfície Freática. A não usar.
5.51. LEVANTAMENTO (Survey) é a investigação metódica de dados, tanto existentes (escritório) como novos (campo), referentes a um sistema real ou uma área, usando técnicas de compilação e de prospecção, visando a análise dos dados.
5.52. LITOLOGIA (Lithology) é a caracterização de um material rochoso pelos aspectos físicos macroscópicos.
5.53. LOCAÇÃO de um Poço (Well Location) é o processo de escolha de local o mais favorável para perfurar; leva-se em conta: o cliente, a geografia, a geologia, a hidrologia, os custos.

5.54. MANUTENÇÃO (Maintenance) é a ação de preservação; normalmente para preservar a funcionalidade; pode ser: corretiva, preventiva.

5.55. MAPA Hidrogeológico (Hydrogeological Map) é uma representação bidimensional, sintética e escalada da distribuição areal dos vários sistemas aqüíferos aflorantes de uma área, junto com características: geográficas (ex.: cidade); geométricas (ex.: limites); hidrológicas (ex.: área de recarga); hidrogeoquímicas (ex.: resíduo seco); hidráulicas (ex.: transmissibilidade); além dos dados de identificação e de significação do mapa.
5.56. MINERAÇÃO (Mining) é a retirada de uma substância de seu jazimento; para recursos renováveis implica em excesso da retirada sobre a alimentação; no caso de água subterrânea, causa rebaixamento excessivo, com efeitos deletérios; ex.: tremores; compactação (rachaduras em casas).
5.57. MODELAÇÃO (Modelling) é o ato de modelar: de fazer o modelo, da concepção à elaboração do simulador; ou seja, prepara para a simulação.
5.58. MODELO (Model) é a representação simplificada e em escala dos componentes fundamentais de um sistema natural, expressando seu comportamento essencial; pode ser: conceitual (ex.: descrição); físico (ex.: mapa); matemático (ex.: equação). A capacidade de imaginar/gerar/aplicar modelos é fundamental para o entendimento do sistema e de seu funcionamento e, pois, de sua explotação e proteção. O estabelecimento de um modelo implica na definição de: uma estrutura que limita e interliga as partes, entre si e com a vizinhança; de leis que ligam a ação sobre o sistema com a reação deste; de parâmetros (constantes ou variáveis) que descrevem o estado do sistema. Tais parâmetros podem ser: determinísticos (uma ação = uma só reação); estatísticos (uma ação = uma reação variável); estocásticos (uma ação = várias possíveis reações). Os modelos matemáticos podem ser: analíticos ou numéricos; os primeiros são soluções dos segundos para casos simples, gerando uma equação simples (ex.: modelo de Theis); os segundos expressam o comportamento geral do sistema, normalmente expresso por equações diferenciais parciais (ex.: equação da difusão).

5.59. MONITORAMENTO (Monitoring) é o processo sistemático e continuado de: verificação e registro de dados em um sistema aqüífero. Visa a produção de dados históricos.

5.60. OTIMIZAÇÃO (Optmizing) é o processo de maximização da eficiência.

5.61. PERFILAGEM (Log) é o processo de determinação das características de subsuperfície em uma vertical; pode ser direta (geológica) ou indireta (geofísica).

5.62. PERFURAÇÃO (Hole) é a obra executada por máquinas que resulta em um furo vertical de pequeno diâmetro.

5.63. PERFURADOR (Contractor) é o empresário contrutor de poços para água.

5.64. PERÍMETRO de Proteção (Protection Perimeter) é a linha que delimita uma área em torno de um poço/fonte que capta água potável; visa proteger a qualidade.

5.65. PIEZÔMETRO (Piezometer) é um furo que permite sensoriar a carga hidráulica em determinado ponto do sistema de fluxo. Difere do Poço de Observação.
5.66. PLUMA (Plume) é o bulbo de poluição dentro de aqüífero, a partir da fonte; indica a área afetada.

5.67. POÇO (Well) é a obra de engenharia que dá acesso ao aqüífero para retirada de água subterrânea; consiste: perfuração, revestimento, filtro, préfiltro, moto-bomba, vedação; pode ser: escavado; cravado; perfurado; supões-se que penetra até a base do aqüífero. A referência: Poço Artesiano, é incorreta; diga-se: Poço Tubular.

5.68. POÇO a Penetração Parcial (Parcial Penetration Well) é o poço que não penetra até a base do aqüífero; sinônimo (a rejeitar): poço incompleto.

5.69. POÇO de Observação (Observation Well) é o furo que permite dar acesso à água subterrânea, tanto para colher amostras como para fazer medições. Ao medir o nível da água em um sistema de fluxo dá o valor integrado das equipotenciais que corta. É usado para fins de monitoramento.

5.70. PODER Regulador (Regulation Power) é a capacidade de um aqüífero de regularizar, por variação de sua reserva, as vazões de suas emergências; mesmo considerando as irregularidades das alimentações

5.71. POTABILIDADE (Potability) é a característica de uma água com parâmetros de qualidade compatíveis com uso de ingestão humana.

5.72. PRECISÃO (Precision) é a capacidade de medir um fenômeno consistentemente.
5.73. PROJETO de Poço (Well Design) é a representação da concepção das características da obra de perfuração em função do conhecimento da sucessão litológica do local, do aqüífero e da água subterrânea aí contida. Projeto Executivo é o projeto pré-execução.

5.74. PROTÓTIPO (Prototype) é a forma original que servirá de base para o modelo; no caso, a Natureza.
5.75. PROVÍNCIA Hidrogeológica (Hydrogeological Province) é uma região que possui sistemas aqüíferos com condições semelhantes de: armazenamento; circulação e qualidade de água.

5.76. QUALIDADE (Quality) das águas são os parâmetros físicos, químicos e biológicos que caracterizam a amostra; exemplo: cor; turbidez; íons dissolvidos (espécimes: cloreto, sódio; totais: resíduo seco - RS); dureza; índice de coliformes (NMP); plâncton.

5.77. RADIESTESIA (Witching) é o emprego de técnicas adivinhatórias na procura de água subterrânea; ex.: varinha.

5.78. RAIO de Influência (Radius of Influence) é a extensão em que se verifica a influência de um bombeamento de um poço, formando a base superior do cone de depressão; unidade: m; símbolo: Re.

5.79. RAIO Eficaz (Radius of Efficiency) é a linear idealizada que fornece a mesma vazão específica que o poço real, para mesmos tempo e rebaixamento, para meio homogêneo; na prática é a distância entre o centro do poço e o limite do maciço filtrante (zona aqüífera desenvolvida).

5.80. RECARGA (Recharge): Alimentação.
5.81. RECURSO (Resource) é o volume de água disponível num intervalo; são as reservas mobilizáveis, técnica e legalmente. Unidade: m³/s.

5.82. REDE Piezométrica (Piezometric Net) é o conjunto de piezômetros e poços de observação distribuídos metodicamente, mas que represente o sistema em foco, e operados sistematicamente, mas que represente as variações temporais de interesse.

5.83. REGIME (Flow Type) é o conjunto de características que determinam o tipo de fluxo; pode ser: laminar/turbulento, estacionário/transiente, rotacional/ irrotacional; etc.

5.84. RENOVAÇÃO, Taxa de (Recharge Ratio) razão entre a alimentação e a reserva anuais médias do aqüífero; unidade: ano-1.
5.85. RESERVA (Reserve) é a quantidade de água existente no sistema. Unidade: m³.
5.86. RESIDÊNCIA, Tempo de (Residence Time) é o tempo em que teoricamente uma molécula de água permanece no sistema hídrico; unidade: anos; símbolo: T; T = R/Q, onde: R = reserva hídrica, Q = descarga. Indica o tempo de renovação das reservas.
5.87. RIO Subterrâneo (Subterranean Stream) é um corpo de água fluindo através de um interstício muito grande (ex.: caverna).

5.88. ROCHA (Rock) é a litologia agregada, formando um corpo sólido.
5.89. SENSIBILIDADE (Sensibility) é a capacidade de um dispositivo de reagir a um impulso; refere-se a intensidade do impulso e ao retardo na reação.

5.90. SIMILARIDADE (Similitude) é a característica de ser semelhante; no caso implica semelhança entre realidade e modelo; implica semelhança: geométrica e dinâmica.

5.91. SIMULAÇÃO (Simulation) reprodução em modelo do comportamento do protótipo, ao menos nas principais reações.

5.92. SÍNTESE Hidrogeológica (Hydrogeological Synthesis) é o processo sistemático mental, a partir de dados e de teorias, visando a construção coerente do todo de identificação de um sistema aqüífero (= quantidade + qualidade + dinâmica).
5.93. SISTEMA (System) é um grupo invidualizado de elementos interrelacionados, interatuando com o ambiente.

5.94. SISTEMA Aqüífero (Aquifer System) é o domínio aqüífero contínuo; ou seja, as partes estão contidas por limites (finito) e estão ligadas hidraulicamente (dinâmico).

5.95. SOBRE-EXPLOTAÇÃO (Overdraft) é a retirada de água subterrânea em excesso em relação à norma fixada, ligada a conservação do equilíbrio no longo termo.

5.96. SONDADOR (Driller) é a pessoa encarregada do equipamento e da operação de sondagem.
5.97. SONDAGEM (Drilling) é o processo de acesso ao subsolo; pode ser invasivo (mecânico) ou não (geofísico); normalmente o termo é associado à prospecção.

5.98. TESTE de Aqüífero (Aquifer Test) é o experimento que se faz sobre um aqüífero, bombeando-o e medindo os tempos e os respectivos níveis de água, visando determinar-lhe características hidrodinâmica (transmissão/armazenamento também: Ensaio; errôneo: Teste de Bombeamento.

5.99. TESTE de Produção (Production Test) é a ação de bombear o poço para verificar se a vazão pretendida sustenta-se por algum tempo. Tecnicamente usa-se o Teste em Degraus, em que a vazão é aumentada em patamares; é graficada a relação s(Q) e determinada a vazão ótima de operação.

5.100. TRANSPORTE (Transport) é o deslocamento e a migração de massas.

5.101. VANTAGENS das águas subterrâneas sobre as superficiais: (1) Qualidade constante e superior; (2) Volumes constantes e superiores; (3) Produção constante; (3) Custos menores como fonte de água; (5) Reserva e captação sem ocupar área superficial; (6) Proteção contra desastres em superfície; (7) Uso do recurso aumenta a reserva; (8) Uso do recurso melhora a qualidade; (9) Perdas consuntivas zeradas (0) Implantação do projeto de abastecimento a medida da necessidade. DESVANTAGENS das águas subterrâneas sobre as superficiais: (1) Necessidade de conhecimento técnico específico; (2) Reações defasadas (tempo e espaço), mas previsíveis; (3) Sensível à poluição por usos descuidados; (4) Caro e demorado reverter ações danosas; (5) Não necessita grandes obras; (6) Obras não são portentosamente visíveis. (7) Obras dão menos lucro e comissões (8) Atitude cultural de uso intensivo e exclusivo, por vezes, da água superficial.
5.102. VULNERABILIDADE (Vunerability) é a expressão da facilidade de um sistema aqüífero em ser poluido.

5.103. ZONA DE ALIMENTAÇÃO (Recharge Zone) é a area do aqüífero na qual há aporte de água ao aqüífero.

5.104. ZONA DE EXUDAÇÃO (Discharge Zone) é a área do aqüífero na qual há descarga de água do aqüífero.

5.105. ZONA DE TRANSMISSÃO (Transmission Zone

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