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19/02/2011
Hepatologistas querem apoio de outras especialidades para combater síndrome metabólica
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) pretende criar um dia de combate à síndrome metabólica – conjunto de fatores de risco para desenvolver doenças cardiovasculares, do sistema endócrino e do fígado. Para o presidente da SBH, Raymundo Paraná, existe uma preocupação especial com o problema da esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado), porque ainda não é uma doença muito conhecida.
Segundo Raymundo Paraná, a tendência genética aliada a maus hábitos alimentares e ao sedentarismo fazem com que a incidência da doença chegue a 20% entre a população dos Estados Unidos. E acredita que o número seja semelhante no Brasil.
Inicialmente a esteatose não tem sintomas, mas o especialista alerta que em cerca de 15% dos casos o problema se agrava. “Muda esse comportamento benigno e passa a agredir o fígado de uma forma muito semelhante à causada pelo álcool”, explicou. Ao longo do tempo a doença pode evoluir para cirrose hepática.
Por isso, o médico quer unir forças com as sociedades de cardiologia e endocrinologia e criar um dia específico para conscientizar a população sobre a síndrome metabólica, mau que origina enfermidades tratadas pelas três especialidades.“Se nós conseguirmos ter as três especialidades reunidas em um único dia de alerta nós vamos poder alcançar a população com informação, que é a melhor arma para combater essa doença”, afirmou.
O presidente da SBH lembrou ainda que é necessário dar uma atenção especial às crianças. “O número de crianças com esteatose hepática é muito maior do que a gente via algum tempo atrás”. Situação que Paraná atribui à dieta com grande consumo de gorduras e açucares e ao sedentarismo propiciado pela televisão e por videogames.
Edição: Aécio Amado
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