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sábado, 21 de novembro de 2009

Pecuarista cearense ganha prêmio nacional/Diário do Nordeste

Pecuarista cearense ganha prêmio nacional
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Ademárcia Rosa conta que após o curso de empreendedorismo, passou a ser empresária rural em Crateús
21/11/2009


Participante do Programa de Empreendedorismo Rural no Ceará ganha premiação nacional

Fortaleza. A produtora rural, dona da Fazenda Jatobá, no município de Crateús, Ademárcia Temotéo Rosa, foi a ganhadora do prêmio nacional Empreendedor Rural, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-CE). Ela recebeu a premiação por realizar o projeto "Produção Sustentada de Ovinos e Bovinos de Corte". A entrega do prêmio (uma viagem ao Chile com direito a companhia), feita pela instrutora do Senar, Lurdemelo Macedo, responsável pelo acompanhamento do projeto empreendedor em Cratéus, foi ontem, na sede da CNA, em Brasília. Também foram agraciados mais dois ganhadores, um do Paraná e outro do Rio de Janeiro, que ficaram em segundo e terceiro lugares respectivamente.

O superintendente do Senar-CE, Flávio Viriato de Saboya Neto, disse que foi muito importante para o Ceará ter ficado entre os três melhores projetos do Programa em nível nacional e destacou que o programa visa desenvolver competências organizacionais na propriedade rural, contribuindo com a gestão da produção como um todo. Ele disse ser uma satisfação destacar o esforço da equipe do Senar-CE, capitaneada pelo titular Anísio Carvalho, presente também à solenidade. "A razão maior desta escolha deve-se à competência da nossa empreendedora Ademárcia Temotéo Rosa, nossa premiada, e o esforço e a dedicação de sua facilitadora, Lurdinele Macedo", afirmou ele. Flávio Saboya destacou que, no Ceará, tem 69 turmas implantadas no decorrer de 2008 e 2009, com mais de 1.200 participantes, em 33 municípios do Estado.

Por telefone, Ademárcia Rosa disse estar muito emocionada com a entrega da premiação e que não esperava pela homenagem. "Foi uma surpresa, melhorou minha autoestima depois do curso do Empreendedor Rural e hoje, com esta homenagem, me sinto cada vez melhor". Ela viaja hoje para o Chile, onde conhecerá fazendas de produção de ovinos, de frutas vermelhas e uva orgânica.

"O Empreendedor Rural superou minhas expectativas. No primeiro módulo achei que seria um outro curso chato, pois além do conteúdo técnico seria abordado o lado comportamental", destaca Rosa, por apreciar os cursos voltados para a área técnica. Segundo ela, a partir do segundo módulo Desenvolvendo Competências Pessoais, passou a aceitar o desafio proposto. E afirma "sem exagero, foi a melhor aula que já assisti".

De acordo com Rosa, antes do programa de empreendedorismo não enxergava a propriedade como uma empresa. Foi durante o curso que passou a ter esta visão, após um diagnóstico da situação da propriedade, onde foram descritos todos os capitais (natural, físico, financeiro, humano e social). A engenheira chegou a conclusão de que as atividades desenvolvidas na propriedade não davam prejuízo, mas também não davam lucro. Ela explica que o retorno anual era de 20,96%. "Estávamos trabalhando de graça", disse.

Para contornar a situação, Rosa, que é filha do proprietário da Fazenda, elaborou um planejamento estratégico, que deve dar um salto na qualidade dos produtos e também na vida dos moradores, fazendo a propriedade produzir baseada na sustentabilidade.

Entre as metas está a expansão da área irrigada; a produção de 100 ovinos/ano, com idade para o abate em até 8 meses e peso vivo, em média, de 37kg; a produção de 14 bovinos/ ano, com o peso vivo médio de 280kg e com idade para o abate de 24 meses; o cultivo de 2ha de milho por ano, além da implantação de um banco de proteína em uma área de 2ha, sendo um hectare de leucena e outro de cunha. Este suplemento deve diminuir o custo de produção. As medidas serão sentidas já no primeiro ano de instalação do projeto na propriedade.

Com a implantação do projeto, a fazenda deverá oferecer produtos de boa qualidade e, também, com baixo custo. A obtenção destas medidas é manter uma rentabilidade compatível com o mercado.

A propriedade da família Rosa tem uma área total de 106,93 há. Sendo 11ha situados na localidade Campo Alegre e 95,93ha na Fazenda Jatobá dos Rosa. A propriedade está limitada ao norte com as propriedades do Dão Chiquinho, Edílson e Rio Jaburu; ao sul, a estrada Jatobá dos Rosa; ao leste, com as propriedades do Manoel Morim e Joaquim Augusto e, à oeste, com o Rio Jucá. A vegetação predominante é a caatinga.

Critérios de Avaliação

A Comissão Julgadora do Programa Empreendedor Rural 2009 no Estado do Ceará, composta por representantes do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco do Brasil, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia do Ceará (Crea), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) levaram em consideração mais de 20 itens para a avaliação dos projetos, indicando os três melhores projetos para concorrer com outros empreendedores a nível nacional.

O Programa Empreendedorismo Rural possui cinco fases: diagnóstico, planejamento estratégico, estudo de mercado, engenharia de projetos e avaliações. Em cada uma destas fases, são tratados módulos encadeados de forma a dar suporte teórico e prático aos produtores. São 15 módulos específicos e direcionados a cada fase do projeto, abordando áreas de conhecimento técnico e humano.

FELICIDADE
"A premiação foi uma surpresa. Com o Empreendedor Rural e a homenagem, me sinto cada vez melhor"
ADEMÁRCIO TEMÓTEO ROSA
Produtora rural de Crateús

terça-feira, 16 de junho de 2009

Lição de autoestima em Itaiçaba

Educação
Lição de autoestima em Itaiçaba
Na Região Jaguaribana, iniciativas bem sucedidas na área de gestão escolar amenizam os traumas causados pelas enchentes no Ceará. Um prêmio do MEC e um reconhecimento da Unesco ajudam na “reconstrução” da autoestima de Itaiçaba
Demitri Túlio e Plínio Bortolotti (textos) e Dário Gabriel (fotos) Enviados à Região Jaguaribana 16 Jun 2009 - 00h52min

Em meio ao caos provocado pelas enchentes de 2009, há quem encontre motivo para não se desesperar com o rastro de destruição deixado nos municípios. Em Itaiçaba, a 178 quilômetros de Fortaleza, a Secretaria Municipal da Educação comemora um reconhecimento feito pela Unesco e um prêmio de R$ 100 mil concedido pelo Ministério da Educação. Um alento após as tempestades que provocaram as cheias dos rios Jaguaribe e Palhano e desnortearam 95% das famílias do município. O cenário é contraditório, mas factível. Enquanto algumas crianças e adolescentes ainda pegam barcos ou paus-de-arara para chegar à escola na sede do município, Itaiçaba figura entre cidades brasileiras que se destacaram, desde o ano passado, na área de gestão e inovação escolar. A história, conta Pedro Ivo Bezerra, 45, secretário da Educação do município, começou com o trabalho de oito mães. Preocupadas com a falta de estímulo e o baixo desempenho dos rebentos na escola, as mulheres se ofereceram para ajudar de alguma maneira. O que começou como laboratório na escola de Ensino Fundamental Dom Aureliano Matos, situada na zona rural de Itaiçaba, se espalhou pela rede de ensino do município, que tem 2 mil alunos matriculados, segundo Pedro Ivo Bezerra. Dentro da habilidade de cada uma, as mães escolheram onde preferiam atuar. Quem sabia cozinhar, descreve o secretário, foi ajudar nos temperos e incremento do sabor da merenda. As que gostavam de ler foram ajudar na Oficina de Redação e Leitura. Teve gente que foi ajudar na limpeza da escola ou dar aulas de reforço escolar. O reflexo da “readmissão” dos pais na escola, relata Pedro Ivo, veio em números. Os índices de reprovação, por exemplo, teriam caído de 16%, em 2007, para 3% em 2008. A evasão escolar, que há dois anos era de 5%, estaria zerada. E a distorção de idade na série certa reduziu de 30% para 10%. “Nosso Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) passou de 3,4 para 4,5”, observa o secretário. Em meio ao tempo da reconstrução, há uma diferença de expressão no rosto do secretário da Educação e de Marcos Vinícios, coordenador da Defesa Civil do município. Enquanto um contabiliza problemas, impresso no Plano de Trabalho após as enchentes, o outro se orgulha da cidade. “Com os R$ 100 mil do MEC, vamos comprar livros para as sete escolas municipais”, comemora Pedro Ivo. E-Mais > Alguns alunos da rede municipal em Itaiçaba ainda enfrentam de 12 a 17 quilômetros de estrada em cima de um paus-de-arara. Porém, a maioria dos alunos prejudicados é de escolas de ensino médio. > Itaiçaba, segundo o secretário Pedro Ivo Bezerra, ficou 28 dias sem aula. As atividades foram retomadas no dia 1º. O tempo perdido por causa das enchentes será compensado em julho. > Em Jaguaruana, a situação da educação é completamente diferente. De acordo com o prefeito Bebeto Delfino (PMDB), mais de mil alunos estão sem poder chegar às escolas. Por morarem em comunidades que continuam ilhadas, devido às águas ou estradas sem condição de tráfego, estudantes e professores terão as férias de julho e dezembro prejudicadas. > São sete mil alunos matriculados na rede municipal de Jaguaruana: 1.600 no ensino médio e 500 que fazem faculdades em Limoeiro do Norte, Aracati e outras cidades. > Estão ilhadas em Jaguaruana as localidades de Lagoa Vermelha, Córrego do Machado, São José, Jiqui, Antonópoles e Curralinho da Barra. O município recebeu R$ 400 mil do Estado para emergência. > Pelas contas do coordenador da Defesa Civil de Itaiçaba, Marcos Vinícios Silva Vieira, os R$ 300 mil recebidos do Governo do Estado, depois que o município decretou “estado de calamidade pública”, em abril, têm servido para a compra de alimentos, remédios, água tratada e redes de dormir. > A Cagece regularizou o abastecimento de água nesta semana, interrompido porque a estação de tratamento ficou submersa durante as enchentes. > Marcos Vinícios apresentou ao O POVO um Plano de Trabalho listando recursos de R$ 2.941.100, que ele quer obter com os governos federal e estadual. O maior volume de recursos refere-se à recuperação de estradas e de vias urbanas (R$ 1.917.100), construção e recuperação de residências (R$ 396 mil). >> FALE COM A GENTE demitri@opovo.com.br plinio@opovo.com.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Prêmios Santander destinarão R$ 400 mil

Prêmios Santander destinarão R$ 400 mil
15/6/2009
Agência FAPESP – As inscrições para a 5ª edição dos Prêmios Santander de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação estão abertas e podem ser feitas até 23 de agosto.
Promovidos pelo Santander Universidades, os prêmios visam a estimular a atitude empreendedora e a pesquisa científica no meio acadêmico, revelando novos talentos que irão beneficiar a sociedade brasileira com a implementação de seus projetos empreendedores e de suas pesquisas científicas.
Os prêmios são destinados a graduandos, pós-graduandos e pesquisadores-doutores. Os candidatos podem participar individualmente ou em equipe de instituições de ensino superior. Os vencedores de cada categoria, de ambos os prêmios, receberão R$ 50 mil para viabilização do projeto, totalizando R$ 400 mil em premiações.
O Prêmio de Ciência e Inovação, que é dividido nas categorias “Indústria”, “Tecnologia da Informação, da Comunicação e da Educação”, “Biotecnologia” e “Saúde”, é dedicado a pesquisadores-doutores que produzirem as melhores pesquisas científicas de caráter inovador.
Já o Prêmio Santander de Empreendedorismo é destinado a graduandos e pós-graduandos que desenvolverem o melhor plano de negócios, em quatro categorias: “Indústria”, “Tecnologia da Informação e Comunicação”, “Biotecnologia” e “Cultura e Educação”.
Em ambas as premiações, os critérios para seleção dos projetos e planos de negócios finalistas serão os objetivos gerais e específicos, viabilidade financeira e de infra-estrutura, valor criado para organização brasileira, indicadores dos resultados esperados (quantitativos e qualitativos), caráter inovador, potencial para a geração de riqueza e análise de impactos social e ambiental.
Mais informações: www.universia.com.br/premiosantander

quarta-feira, 4 de março de 2009

PRÊMIO

Reportagens
Nova York, 26/02/2009Prêmio dará US$ 40 mil à ação sustentávelConcurso que já premiou duas iniciativas brasileiras em edições anteriores tem inscrições abertas; 20 projetos serão escolhidos-->
Para participar
Inscreva seu projeto no Prêmio Seed 2009
Leia também
Luz solar ajuda a combater fome na Bahia
da PrimaPagina
Estão abertas até 16 de março as inscrições para o 4º Prêmio Seed (“semente”, em inglês), que reconhece e ajuda iniciativas voltadas para a sustentabilidade em países em desenvolvimento. A edição deste ano premiará 20 iniciativas, ao contrário das edições anteriores, que escolheram apenas cinco projetos. Dez dos premiados receberão US$ 40 mil cada, a serem entregues num período de seis a doze meses. O restante, receberá US$ 5 mil cada.
Os vencedores serão anunciados em agosto deste ano. Os projetos concorrentes devem estar em sintonia com os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e com os compromissos assumidos na 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2002, em Johannesburgo (África do Sul). O objetivo é incentivar ações inovadoras, que estejam no início, tenham participação das comunidades locais, possam ser implantadas em outros locais e sejam focadas no combate à pobreza e no uso sustentável dos recursos naturais.
Fundada em 2002 por PNUD, PNUMA (Programa das Nações Unidas pro Meio Ambiente) e IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza, na sigla em inglês), a rede Seed, que promove o prêmio, já elegeu duas iniciativas brasileiras nas últimas edições. A primeira delas, escolhida em 2007, foi a ONG Projeto Bagagem, que apóia a criação de destinos turísticos alternativos e leva o turista a conhecer projetos sociais realizados nas regiões visitadas. A idéia é beneficiar as comunidades locais através da geração de renda e da participação direta da população na elaboração dos roteiros turísticos.
Pintadas Solar, segundo projeto brasileiro premiado, foi escolhido em 2008 e atua em Pintadas, município do semi-árido baiano. Seu objetivo é levar para lavouras da região tecnologias de bombeamento de água e de irrigação que usam energia solar. Desta forma, o projeto busca garantir a segurança alimentar, a agricultura em pequena escala e a geração de renda no mercado de biocombustíveis, numa região com escassez de água em razão da falta de chuvas. Com isso, a iniciativa pretende ainda incentivar a adaptação da comunidade local às mudanças climáticas.
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