sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Saneamento, universalizar é a meta

Saneamento, universalizar é a meta
Vicente Andreu
29/07/2010
Depois de quase dez anos de discussão no Congresso Nacional, o Brasil finalmente passou a ter um
marco normativo para o saneamento básico. No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assinou o Decreto nº 7.217 que regulamenta a Lei nº 11.445/2007, conhecida como Lei do
Saneamento Básico. Recentemente também foi aprovada a Lei de Resíduos Sólidos, que vai ajudar
a estruturar ainda mais os serviços de saneamento no País.
A Constituição de 1988 introduziu modificações importantes no cotidiano da gestão pública ao
estabelecer a horizontalidade nas relações entre os três entes federados (União, Estados e
municípios). Nesse sentido, observa-se atualmente um processo de reconstituição dos mecanismos
de ação do poder público para qualificar esse diálogo no âmbito do pacto federativo, avançando
para uma nova relação de cooperação.
Tal princípio está presente na Lei nº 11.445, da Política Nacional de Saneamento Básico, pois ela
estabelece a solidariedade entre os entes federados para vencer o enorme desafio de universalizar
o saneamento. Atualmente, menos da metade (49%) do esgoto produzido no Brasil é coletado e
32,5 % desse esgoto é tratado, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS).
A nova lei exige que municípios, enquanto titulares dos serviços públicos de saneamento básico,
sejam responsáveis por elaborar seus Planos de Saneamento Básico, em que deve constar um
diagnóstico, a definição de metas para a universalização do serviço, projetos necessários para o
atendimento das metas e possíveis fontes de financiamento.
O Brasil já conta com uma importante ferramenta para ajudar a resolver o problema de oferta de
água tratada e para que os municípios possam realizar seus planejamentos, contribuição dada pelo
Atlas de Abastecimento Urbano de Água, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA). O
estudo oferece um diagnóstico sobre oferta de água para o abastecimento das sedes urbanas em
todo o País.
O atlas é resultado de um processo participativo e contou com a mobilização de uma equipe
multidisciplinar e a parceria de diversas instituições, justamente assegurando a convergência de
decisões entre as instâncias de planejamento federal, estadual e municipal e, ao mesmo tempo, a
integração desejada entre a gestão do uso da água e o abastecimento urbano.
A partir dos resultados de diagnóstico detalhado, em que foram avaliados todos os mananciais e
sistemas de produção de água das sedes urbanas incluídas no levantamento, são indicadas as
principais obras e ações de gestão para o atendimento das demandas até 2025, além das ações
necessárias para a coleta e tratamento de esgotos para proteção e qualidade das águas dos
mananciais.
Por causa das dimensões do território brasileiro, do grande número de municípios e da diversidade
de situações encontradas, o atlas é organizado em recortes territoriais, que consideram as regiões
hidrográficas e características geoclimáticas (Atlas Nordeste e Atlas Sul), e um recorte estratégico,
com foco nos grandes centros urbanos (Atlas Regiões Metropolitanas), abrangendo um total de
2.965 municípios. Até dezembro de 2010, todos os 5.561 municípios brasileiros estarão inseridos
no Atlas.
Além de fornecer uma inestimável contribuição ao País, o Atlas introduz um desafio: o Brasil
precisa trabalhar mais e melhor sua capacidade de planejamento e inserir a agenda de recursos
hídricos na sua matriz de desenvolvimento. Para isso, é muito importante que sejam criadas as
condições para que os projetos e obras apontados no atlas ganhem prioridade e encontrem abrigo nas linhas de financiamento do governo federal, como no Plano Plurianual e no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao abordar os custos das soluções propostas e os arranjos institucionais mais indicados para
viabilizá-las, o atlas se insere em um contexto mais amplo de planejamento e formulação conjunta
de políticas públicas, exatamente conforme preconiza a nova Política Nacional de Saneamento
Básico, e oferece um portfólio de projetos e obras abrangente, disponibilizando uma ferramenta
adequada para a tomada de decisões. Se não for aproveitado, corre o risco de se tornar mais um
documento “de gaveta” e podemos perder a oportunidade de buscar a garantia hídrica necessária
aos padrões de desenvolvimento que o novo ciclo exige.
Vicente Andreu é diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA).

Superprevisão do tempo? Pergunte ao Tupã

Especiais

Superprevisão do tempo? Pergunte ao Tupã

29/12/2010

Por Elton Alisson, de Cachoeira Paulista (SP)

Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugurou terça-feira (28/12), no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), o supercomputador Tupã.

Com o nome do deus do trovão na mitologia tupi-guarani, o sistema computacional é o terceiro maior do mundo em previsão operacional de tempo e clima sazonal e o oitavo em previsão de mudanças climáticas.

Não apenas isso. De acordo com a mais recente relação do Top 500 da Supercomputação, que lista os sistemas mais rápidos do mundo, divulgada em novembro, o Tupã ocupa a 29ª posição. Essa é a mais alta colocação já alcançada por uma máquina instalada no Brasil.

Ao custo de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 milhões foram financiados pela FAPESP e R$ 35 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o sistema foi fabricado pela Cray, em Wisconsin, nos Estados Unidos.

O Tupã é capaz de realizar 205 trilhões de operações de cálculos por segundo e processar em 1 minuto um conjunto de dados que um computador convencional demoraria mais de uma semana.

Com vida útil de seis anos, o equipamento permitirá ao Inpe gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 quilômetros na América do Sul e 20 quilômetros para todo o globo.

A máquina também possibilitará melhorar as previsões ambientais e da qualidade do ar, gerando prognósticos de maior resolução – de 15 quilômetros – com até seis dias de antecedência, e prever com antecedência de pelo menos dois dias eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas que abateram as cidades de Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP) no início de 2010.

“Com o novo computador, conseguiremos rodar modelos meteorológicos mais sofisticados, que possibilitarão melhorar o nível de detalhamento das previsões climáticas no país”, disse Marcelo Enrique Seluchi, chefe de supercomputação do Inpe e coodernador substituto do CPTEC, à Agência FAPESP.

Segundo o pesquisador, no início de janeiro de 2011 começarão a ser rodados no supercomputador, em nível de teste, os primeiros modelos meteorológicos para previsão de tempo e de mudanças climáticas. E até o fim de 2011 será possível ter os primeiros resultados sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil com dados que não são levados em conta nos modelos internacionais.

Modelo climático brasileiro

De acordo com Gilberto Câmara, diretor do Inpe, o supercomputador foi o primeiro equipamento comprado pela instituição de pesquisa que dispensou a necessidade de financiamento estrangeiro.

“Todos os outros três supercomputadores do Inpe contaram com financiamento estrangeiro, que acaba custando mais caro para o Brasil. O financiamento da FAPESP e do MCT nos permitiu realizar esse investimento sem termos que contar com recursos estrangeiros”, afirmou.

O supercomputador será utilizado, além do Inpe, por outros grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climática (Rede Clima) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.

Em seu discurso na inauguração, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destacou a importância do supercomputador para o avanço das pesquisas realizadas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, que foi concebido para durar pelo menos dez anos, e para a criação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG).

O modelo incorporará os elementos do sistema terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação e ciclos biogeoquímicos, entre outros), suas interações e de que modo está sendo perturbado por ações antropogênicas, como, por exemplo, emissões de gases de efeito estudo, mudanças na vegetação e urbanização.

A construção do novo modelo envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições. E se constitui em um projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes em países em desenvolvimento.

“Não tínhamos, no Brasil, a capacidade de criar um modelo climático global do ponto de vista brasileiro. Hoje, a FAPESP está financiando um grande programa de pesquisa para o desenvolvimento de um modelo climático brasileiro”, disse Brito Cruz.

Na avaliação dele, o supercomputador representará um avanço na pesquisa brasileira em previsão de tempo e mudanças climáticas globais, que são duas questões estratégicas para o país.

Impossibilitado de participar do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, gravou um vídeo, exibido na solenidade de inauguração do supercomputador, em que declarou o orgulho da instalação no Brasil do maior supercomputador do hemisfério Sul.

“Com esse supercomputador, o Brasil dá mais um passo para cumprir as metas de monitoramento do clima assumidas internacionalmente e entra no seleto grupo de países capazes de gerar cenários climáticos futuros”, disse.

Mais informações: www.inpe.br

Exemplos de boas práticas na captação de água subterrânea

Exemplos de boas práticas na captação de água subterrânea
de lençol freático (poços rasos, drenos, nascentes, etc.)
• Manter a área de captação devidamente cercada (garantindo uma distância mínima
das estruturas de, por exemplo, 15m), limpa e com aparência agradável (sempre que
possível, gramada e arborizada);
• Posicionar os dispositivos de captação em cota superior à da localização de possíveis
fontes de poluição, garantindo também afastamentos horizontais mínimos em relação
às mesmas, observado o tipo de solo, conforme referências a seguir: de fossas secas,
tanques sépticos, linhas de esgoto: 15m; de depósitos de lixo e de estrumeiras: 15m;
de poços absorventes e de linhas de irrigação subsuperficial de esgotos: 30m; de está-
bulos ou currais: 30m; de fossas negras (cujo fundo atinge o lençol freático): 45m;
• Proteger as tomadas de água em nascentes ou fontes com a utilização de caixas de
tomada de água cobertas, fechadas e dotadas de tubulações de descarga de fundo e
de extravasão;
• Dotar os poços freáticos e os poços de visita ou de bombeamento das galerias de
infiltração (drenos de captação de água) de tampas seladas, com caimento para fora
dos poços;
• Construir paredes impermeabilizadas até a profundidade de 3m abaixo da superfície
do solo, para os poços rasos e poços das galerias de infiltração;
• Posicionar as coberturas dos poços rasos e das caixas ou poços de tomada de água de
nascentes ou de galerias de infiltração em cota altimétrica superior à cota do terreno e
à cota de inundação da área correspondente (pelo menos 0,30m acima dessas cotas);
• Construir e manter valetas de desvio de águas superficiais para as áreas onde se situam os poços rasos ou as caixas de tomada de nascentes;
• Dotar os poços freáticos e as galerias de infiltração de dispositivos adequados e seguros para a extração de água, inclusive sob o ponto de vista sanitário.

TUBERCULOSE

Tuberculose

Pablo Ferreira

Fragmento

Há flores tristes, que nascendo à noite
Só têm o açoite
Do cruento sul
E sem que um raio lhes alente a seiva,
Rolam na leiva
De seu vil paul.

Eu sou como elas. A vagar sozinho

Sigo um caminho
De ervaçais e pó

A luz de esp'rança bruxuleia a custo
Tremo de susto,
De morrer tão só.

Castro Alves (1847-1871)
Poeta baiano morto pela tuberculose

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o único país das Américas a figurar entre os 22 responsáveis por 80% dos casos de tuberculose no mundo, ocupando a triste 15a posição. Ao lado de nações como Afeganistão, Bangladesh, Tanzânia e Vietnã, pouca gente sabe que aqui cerca de 110 mil pessoas adoecem por ano. "Certamente é uma das doenças infecciosas que mais mata no Brasil", afirma o médico e pesquisador Genésio Vicentin, do Centro de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fiocruz.

Muitas vezes, sem ter nos meios de comunicação o mesmo espaço que dengue e Aids, a tuberculose atinge sobretudo as classes menos favorecidas. Apontada por muitos como um "mal social", a sua proliferação está intimamente ligada às condições precárias de vida. "A aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. Se imaginarmos uma família de cinco ou seis pessoas amontoadas num mesmo barraco, quando uma delas traz a tuberculose para casa os outros correm enormes risco de também serem infectados", explica Vicentin. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.

Apesar do surgimento da Aids ter contribuído para o seu aumento, apenas 3,3% dos doentes de tuberculose têm o vírus HIV. De acordo com Vicentin "a tuberculose atinge bem menos a classe média e alta e quando ocorre, freqüentemente está associada à Aids, daí se valoriza muito mais a segunda do que a primeira", o que dá a falsa impressão de que a tuberculose e hoje menos importante.

Ainda segundo a OMS, o fraco comprometimento do Estado é um dos principais obstáculos para o enfrentamento da doença no Brasil. "A partir dos anos 70, houve um declínio dos investimento do Governo Federal no controle da tuberculose, e depois este transferiu a responsabilidade de combate para estados e municípios", conta Vicentin, lembrando que o município do Rio de Janeiro é o que tem maior índice de doentes por 100 mil habitantes do país. O médico ainda diz que essa descentralização não foi feita de maneira adequada e até hoje não há uma organização eficiente contra a enfermidade. "Para diminuirmos as estatísticas é necessário que as três esferas do governo retomem a tuberculose como problema prioritário de saúde pública e tenhamos políticas regionais de enfrentamento".

Grave e causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis (também conhecida como bacilo de Koch), a tuberculose é transmitida pelas vias respiratórias. O contágio se dá pelas gotículas de escarro eliminadas pelo enfermo quando este tosse ou espirra ou mesmo pela poeira gerada pelo catarro expelido. Quanto aos sintomas, Vicentin explica: "a tosse prolongada por mais de três semanas, mesmo sem febre, é o primeiro indício da infeccção. Depois pode se seguir catarro, febre acompanhada de muito suor, perda de apetite e emagrecimento".

Apesar dos números altos, Vicentin afirma que o tratamento à base de antibióticos aplicado no país é excelente e 100% eficaz. No entanto, aponta seu abandono como outro problema importante: "a cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento, está desempregado, com baixa auto-estima, não é estimulado e acaba desistindo antes do tempo". Para se evitar isso, o pesquisador sugere a formação de equipes com médicos, enfermeiros, assistentes socias e visitadores devidamente preparados.

31/08/2006 às 09:59 Glossário de doenças

MALÁRIA

Malária

Pablo Ferreira

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, hoje em dia, a malária é de longe a doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo e só é superada em número de mortes pela Aids. Também conhecida como paludismo, a malária é considerada problema de saúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% da população mundial) convivem com os risco de contágio. Anualmente, sobretudo no continente africano, entre 500 e 300 milhões são infectados, dos quais cerca de um milhão morrem em conseqüência da doença. No Brasil, principalmente na região amazônica a malária registra por volta de 500 mil casos por ano - no entanto, aqui a letalidade da moléstia é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.

O Anopheles darlingi, principal vetor da malária no Brasil

COMBATE A MALÁRIA...


AE - Agência Estado

Cápsulas gelatinosas que, sem energia elétrica ou fogo, passam a noite protegendo os ambientes - e as pessoas - contra qualquer mosquito estão sendo desenvolvidas em um projeto para o controle da malária. Coordenada pelo entomólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Wanderli Tadei, a pesquisa usa a nanotecnologia para causar menos danos ao meio ambiente do que os inseticidas, além de economia.

"Conseguimos com o protótipo das cápsulas o mesmo índice de mortalidade do mosquito da malária, mas com uma quantidade 25 vezes menor de piretróide (inseticida normalmente colocado na parede das casas para dar o efeito de repelência ao mosquito da malária)", explica o pesquisador.

Se os testes práticos obtiverem sucesso, além de combater o mosquito transmissor da malária, a técnica poderá no futuro ser usada para evitar outras enfermidades. "Podemos dizer que o coquetel de óleos é eficaz contra mosquitos como o transmissor da dengue e outras doenças", afirmou Tadei.

Segundo ele, os óleos são muito voláteis, por isso a ideia de encapsulá-los fez com que a liberação ocorra de forma mais lenta. "Usar apenas os óleos em recipientes numa sala pequena podem repelir os mosquitos, mas duram no máximo duas horas. A ideia das cápsulas é chegarmos a um resultado que dure dias."

As cápsulas em teste misturam vários óleos, na maioria de plantas amazônicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



PROJETO ÁGUA

Cidades da Copa serão 'treinadas' em 2011

Reportagens

Brasília, 23/12/2010
Cidades da Copa serão 'treinadas' em 2011
Jornadas Formativas de Direitos Humanos visam graduar profissionais da área de segurança para atuar durante a Copa do Mundo de 2014

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da PrimaPagina

Com o objetivo de melhorar a capacitação dos profissionais da área de segurança no país, o projetoSegurança Cidadã, parceria do Ministério da Justiça com o PNUD, investe nas Jornadas Formativas de Direitos Humanos, que já graduaram cerca de 12 mil pessoas da área. O objetivo dos responsáveis em 2011 é estender o programa a todas as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

As jornadas consistem em um tipo de treinamento dado a membros das Polícias Civil e Militar, bombeiros, agentes penitenciários, guardas civis metropolitanos, e no qual um professor capacitado ministra aulas sobre a aplicação dos preceitos dos direitos humanos em seu cotidiano.

“Ainda não fechamos o cronograma, mas com certeza os profissionais que vão operar nas 12 cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2014 serão preparados para lidar bem com uma competição desse porte", afirma o tenente-coronel Silvio Tucci, um dos coordenadores do projeto na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.

"Os municípios são Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA) e Brasília (DF), que já recebeu a jornada", acrescenta.

Desde a criação do projeto, em 2004, as jornadas eram aplicadas apenas àqueles que atuavam efetivamente nas ruas e nas instituições. “As empreitadas priorizavam as áreas abrangidas pelo programa, com vistas a preparar os operadores de segurança pública para a compreensão da sua atividade e sua missão dentro do Estado Democrático de Direito”, conta Juliana Barroso, coordenadora do Segurança Cidadã.

No início de dezembro deste ano, porém, a instituição iniciou uma nova caminhada, com o curso de "formação de formadores", iniciativa que visa a preparar melhor os instrutores de direitos humanos das academias e dos colégios militares.

“Com duração de cinco dias em período integral, o treinamento tem o intuito de sensibilizar o profissional para que ele repasse os conceitos aprendidos nas jornadas de forma objetiva aos colegas que estão se formando ou fazendo reciclagem”, explica o tenente-coronel.

Interagindo com os colegas

Nesse primeiro encontro, que contou com aproximadamente 35 pessoas, todos tiveram a oportunidade não só de aprender, como de se expressar e interagir com os colegas. “Isso ajuda no sentido de fazer com que o ensinamento fique mais solidificado. Além de as pessoas se expressarem melhor, a assimilação e o entendimento se tornam mais fáceis”, afirma o coronel Tucci.

“Uma coisa que nós sempre notamos é a mudança de visão. Muitos dos profissionais já vêm com alguns pré-conceitos, e, durante o trabalho, vamos mostrando outros pontos, focos diferentes. No fim, eles saem ganhando porque, além de atualizarem o conhecimento, têm uma troca de informação bastante interessante com os colegas”, conta o militar.

PNUD avalia ações em agricultura familiar


Reportagens

Brasília, 27/12/2010
PNUD avalia ações em agricultura familiar
Edital seleciona propostas em cinco áreas de estudo sobre impactos dos investimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)

IFAD / Giuseppe Bizzarri
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da PrimaPagina

Em uma iniciativa para avaliar os resultados da prestação de serviços daPolítica Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), programa do governo federal de investimento em agricultura familiar, o PNUD, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, lança um edital para que instituições de pesquisa apresentem projetos de estudo sobre o tema. A ação busca estabelecer um diálogo entre o projeto de cooperação “Consolidação das Políticas Públicas para o Fortalecimento da Agricultura Familiar como eixo para o Desenvolvimento Sustentável” e o segmento de investigação científica.

Uma das cinco possibilidades de pesquisa incluídas no edital é a evolução da assistência técnica na agricultura familiar, com base na comparação dos dados dos censos de 1995/96 e 2006. Outros temas que passarão por análise são a prestação de serviços da Pnater aos estados, e a relação deles com a estrutura regional agrícola e com o acesso a linhas de crédito do Pronaf. Há ainda a alternativa de se estudar a efetividade das ações de assistência técnica na agricultura familiar, ou sistematizar as experiências de inserção e comercialização dos seus produtos no mercado.

Os serviços desenvolvidos pela Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural estão relacionados à erradicação da pobreza extrema e da fome, um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Eles promovem o conceito de desenvolvimento rural pelo viés da segurança alimentar e nutricional, além de valorizarem as unidades familiares de produção e estimularem sistemas agrícolas ambientalmente sustentáveis.

As iniciativas da Pnater são fundadas ainda no estímulo à geração de renda e de novos postos de trabalho, na agroindustrialização e em outras formas de fomento à produção primária, contemplando inclusive atividades rurais não-agrícolas.

Os estudos propostos vão avaliar os impactos sobre os agricultores familiares beneficiários, verificar a sua capacidade de impulsionar o acesso a outros instrumentos direcionados ao setor (como o crédito do Pronaf), e identificar o desenvolvimento de experiências inovadoras no ensino, aprendizagem e intervenção em extensão rural e na adoção de novas tecnologias.

Para participar, as instituições de ensino superior e centros de pesquisa interessados devem encaminhar ao PNUD o projeto e uma apresentação da equipe de pesquisa, além de um cronograma de execução e detalhamento dos custos. Todos os documentos devem ser remetidos, até às 18h de 10 de janeiro de 2011, para o seguinte endereço: SBN, Quadra 1, Ed. Palácio do Desenvolvimento, sala 1415, Brasília (DF), CEP 70.057-900.

LULA VETA PROJETO DE LEI,

ROSANA DE CASSIA - Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente, "por contrariedade ao interesse público", o projeto de lei sobre a formação do cadastro positivo nos sistemas de proteção ao crédito. O Ministério da Justiça considerou que o texto, da forma como foi aprovado pelo Congresso Nacional, pode acarretar prejuízos ao cidadão, porque "traz conceitos que não parecem suficientemente claros".

O ministério pretende promover um amplo debate para a elaboração de um projeto de lei sobre o tema, a ser encaminhado futuramente ao Congresso. O objetivo do cadastro positivo é reduzir os custos operacionais das empresas e dos bancos, para permitir a redução das taxas de juros para o consumidor. Em tese, o consumidor com bom histórico de pagamentos teria acesso a taxas de juros mais baixas em operações de crédito.

IMPERDÍVEIS DE 2011-CINEMA

IMPERDÍVEIS DE 2011

Janeiro
14 - Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami, com Juliette Binoche
28 - Malu de Bicicleta, de Flávio Tambellini, Fernanda Freitas

Fevereiro
4 - O Discurso do Rei, de Tom Hooper com Colin Firth
11 - Cisne Negro, de Darren Aronofsky, com Natalie Portman
18 - 127 Horas, de Danny Boyle
25 - Besouro Verde, de Michel Gondry

Março
11 - Família Vende Tudo, de Alain Fresnot, com Luana Piovani
25 - Rosa Morena, de Carlos Augusto de Oliveira

Abril
29 - Thor, de Kenneth Branagh

Maio
20 - Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, de Rob Marshall

Junho
3 - X-Men: First Class, de Matthew Vaughn
17 - Lanterna Verde, de Martin Campbell

Julho
10 - A Árvore da Vida, de Terrence Malick
15 - Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2, de David Yates
29 - Capitão América, de Joe Johnston

Agosto
18 - Os Smurfs, de Colin Brady



O presidente da República acaba de decidir

Felipe Recondo - O Estado de S.Paulo

O presidente da República acaba de decidir, depois de uma reunião, nesta sexta-feira, com o Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, que o ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos na década de 70, vai continuar no País, não sendo, portanto, extraditado para a Itália

Com 374 pontos, José Mourinho foi eleito o “homem do ano”


Da Redação

esporte@eband.com.br

Com 374 pontos, José Mourinho foi eleito o “homem do ano” pelo jornal esportivo italiano La Gazzetta dello Sport. O comandante do Real Madrid brilhou neste ano ao levar a Inter de Milão aos títulos da Liga dos Campeões, Campeonato Italiano e Copa da Itália.

Mourinho ocupou a manchete em 143 oportunidades neste ano. O português agradeceu através de uma dedicatória em que assegura que todos os triunfos na temporada o fazem recordar da “família interista”.

O jornal destaca nesta sexta-feira que é a primeira vez em 32 anos que o prêmio é dado a um treinador.

O tenista espanhol Rafa Nadal, com 371 pontos, ficou na segunda colocação e o piloto alemão Sebastian Vettel, que este ano garantiu o título mundial da F-1, veio logo a seguir.

Entre as “Mulheres do Mundo”, o primeiro lugar ficou com a esquiadora norte-americana Lindsey Vonn. A atleta croata Blanka Vlasic e a tenista italiana Francesca Schiavone fecham a eleição.

Na categoria “Equipes do Mundo”, a seleção espanhola recebeu a maior votação. Vencedora do Mundial da África do Sul, a equipe ficou na frente da Inter de Milão, e do Los Angeles Lakers, atual campeão da NBA.



Redator: Fábio Shimab

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gabrielli ficará no comando da Petrobras, diz Lula

Gabrielli ficará no comando da Petrobras, diz Lula

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (29) que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, confirmou a permanência de José Sérgio Gabrielli no comando da Petrobras. A afirmação foi feita por Lula ao iniciar discurso em cerimônia no Ceará.

O convite a Gabrielli foi feito no fim da tarde de ontem (28) por Dilma, durante uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde estão concentrados os trabalhos da equipe de transição, em Brasília.

“Quero cumprimentar a palavra mais importante dada aqui hoje que foi do nosso companheiro José Sérgio Gabrielli que ontem a Dilma confirmou a continuidade dele na presidência da Petrobras”, disse Lula no lançamento da pedra fundamental para a implantação de Refinaria Premium 2 da Petrobras.

Edição: Talita Cavalcante

Empregos na construção civil cresceram 14,4% em 2010

20:51
29/12/2010

Empregos na construção civil cresceram 14,4% em 2010

Mariana Jungmann e Roberta Lopes
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A construção civil foi o setor da economia que mais se destacou na geração de empregos em 2010. Proporcionalmente, foi a área que mais cresceu, com 14,4% de aumento no número de postos de trabalho entre janeiro e novembro deste ano. Em 2009, a construção civil também tinha sido destaque, com crescimento de 10,9% no mesmo período.

Em números absolutos, contudo, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação seguem a tradição de criarem o maior número de postos de trabalho no ano. De janeiro a novembro de 2010, os três setores foram responsáveis por pouco mais de 2 milhões dos 2,5 milhões de empregos gerados no ano.

O setor de serviços empregou, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, 939,4 mil trabalhadores até novembro. A indústria de transformação vem em segundo lugar, com 638 mil empregos gerados no período seguido do comércio com 505 mil postos de trabalho. A construção civil ficou em quarto lugar com 333 mil vagas criadas em 2010, sem contar ainda os números de dezembro que não foram fechados pelo ministério.

Para o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatística Socioeconômico (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, a geração de emprego com carteira assinada representa maior proteção social ao trabalhador. “Isso significa redução do desemprego por um lado e uma formalização da proteção social e da participação no sistema previdenciário por parte dos trabalhadores”, disse.

Nos últimos oito anos foram criados cerca de 15 milhões de postos de trabalho, sendo que o número total de trabalhadores celetistas no Brasil é de mais de 35 milhões.

Edição: Aécio Amado


Uma boa história desperdiçada

JORNALISMO ECONÔMICO
Uma boa história desperdiçada

Por Rolf Kuntz em 28/12/2010

O governo federal deve arrecadar em 2011 mais de R$ 900 bilhões de receita primária, isto é, não financeira. Cerca de um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) será convertido em tributos da União, segundo a projeção embutida no orçamento. Bastaria esse motivo, se não houvesse outros, para a imprensa acompanhar com muito cuidado a política orçamentária, desde o primeiro esboço até a sanção presidencial e a execução no dia a dia.

Em 2010, o noticiário sobre o tema ganhou tempero especial. O senador Gim Argello renunciou à relatoria do projeto quando foi acusado de apresentar emendas em benefício de entidades fantasmas. O assunto foi tratado com atenção pela imprensa durante algum tempo, mas depois a cobertura murchou. O material publicado nos maiores jornais do Rio e de São Paulo depois de aprovado projeto orçamentária foi burocrático, pobre e até descuidado.

Quem leu dois ou três desses jornais deve ter ficado perplexo. Mesmo catando pedaços de informação em diferentes coberturas – numa a receita total, noutra a receita primária e assim por diante – esse leitor só poderia compor um quadro completo por adivinhação.

Mais atenção

As coberturas mencionaram a projeção de receita inflada pelos parlamentares, mas nenhum reconstituiu a história em sua forma final. A tentativa de inflar a arrecadação, velha prática parlamentar, não era novidade. Durante algum tempo os jornais noticiaram esparsamente as tentativas de negociação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele tentou convencer os parlamentares a trabalhar com números considerados mais realistas pelo Executivo.

Pelas primeiras informações, os parlamentares haviam acrescentado cerca de R$ 22 bilhões à projeção da receita primária. O ministro teria conseguido negociar um corte de R$ 12 bilhões. Faltariam R$ 10 bilhões, mas a relatora final, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), teria podado apenas R$ 3 bilhões. Na votação em plenário, no entanto, o excesso de R$ 22 bilhões (ou R$ 22,9 bilhões, segundo uma das matérias) continuava lá. Então, que diabo terá ocorrido durante a tramitação final e as negociações entre Executivo e Congresso? Nenhum jornal explicou esses detalhes. Quem acompanhou o noticiário com alguma atenção, enquanto a imprensa se ocupou do assunto, ficou certamente perplexo, porque o desfecho da história não combinou com os capítulos intermediários.

Outra frustração para o leitor foi o abandono da questão das emendas. Depois de publicar as acusações ao relator Gim Argello e de explorar por algum tempo a histórias de abusos, a imprensa parece ter esquecido o assunto. No entanto, mais de 500 parlamentares – senadores e deputados – apresentaram emendas. Quem cobriu bem os detalhes foi a organização Contas Abertas, especializada em finanças públicas.

Para conseguir fundos para as emendas, destinadas em grande parte a beneficiar "entidades sem fins lucrativos", os congressistas desviaram verbas de urbanização de favelas, saneamento e educação. Um pouco mais de atenção a esses dados teria rendido, muito provavelmente, boas e oportunas histórias.

Matérias importantes

Deu-se mais atenção, na cobertura final, à disputa sobre a margem de remanejamento de verbas do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. O Executivo pretendia ter liberdade para remanejar até 30%. A oposição insistiu em 25%. O resultado final foi quase um empate. Valem os 25% para reorientação de verbas por decisão do Executivo, mas a margem poderá ser maior, se houver consulta à Comissão Mista de Orçamento. No fundo, a briga não foi muito mais que uma picuinha. Retirar recursos de um projeto emperrado e destiná-lo a outro com maior chance de conclusão é um procedimento defensável. A oposição poderia ter dedicado mais esforço a outros detalhes do processo orçamentário – e os jornais também.

Numa boa cobertura do orçamento os jornais podem ir muito além do trabalho das emissoras de TV e rádio. Podem acompanhar e explicar detalhes dificilmente tratáveis nos meios eletrônicos. Esses detalhes talvez sejam tecnicamente complicados, mas o esforço para esmiuçá-los pode resultar em histórias politicamente importantes e até divertidas. Desta vez, os jornais perderam uma boa ocasião de mostrar sua relevância especial como meios de comunicação.

SAÚDE,PAZ,PROSPERIDADE EM 2011

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.Dalai Lama

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Combustível solar

Divulgação Científica

Combustível solar

27/12/2010

Agência FAPESP – Um reator capaz de produzir rapidamente combustível a partir da luz solar, com o uso de dióxido de carbono e água, é a novidade descrita por um grupo de cientistas na edição atual da revista Science

O processo, que emprega também um óxido do raro metal cério, é semelhante ao observado no crescimento das plantas: o uso de energia do sol para converter dióxido de carbono em polímeros baseados em açúcar, isto é, compostos orgânicos.

Os compostos derivados da fotossíntese podem perder oxigênio por meio da degradação no subsolo durante milhares de anos (cujo resultado são os combustíveis fósseis como o petróleo) ou por um processo muito mais rápido de dissolução, fermentação e hidrogenização, empregado na produção de biocombustíveis.

Até agora, a conversão de luz solar em combustível químico não se mostrou um processo eficiente e a geração de combustível solar, na prática, continua distante.

Na nova pesquisa, William Chueh, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, e colegas demonstram um possível modelo de reator para essa produção.

No modelo, a luz solar é concentrada para aquecer o óxido de cério a uma temperatura suficiente para que o oxigênio se desprenda de sua estrutura. O modelo então também tiraria átomos de oxigênio da água ou do dióxido de carbono para substituir os que foram perdidos no óxido, resultando na produção de hidrogênio e de monóxido de carbono.

O hidrogênio e o monóxido de carbono que sobraram podem ser combinados de modo a produzir combustíveis por meio de uma nova catálise.

O modelo conta com uma abertura para permitir a entrada de luz solar de forma concentrada e desenhada de modo a refleti-la internamente por múltiplas vezes, garantindo a captura eficiente da luz. Peças cilíndricas do óxido são posicionadas dentro da cavidade e passam por centenas de ciclos de aquecimento e esfriamento de modo a induzir a produção de combustível.

O artigo High-Flux Solar-Driven Thermochemical Dissociation of CO2 and H2O Using Nonstoichiometric Ceria, de William Chueh e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Combinação desastrosa

Especiais

Combinação desastrosa

27/12/2010

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – As mudanças climáticas, somadas ao crescimento populacional causado, em grande parte, pela construção de empreendimentos voltados à exploração de petróleo e gás, podem aumentar as vulnerabilidades socioambientais das cidades do litoral do Estado de São Paulo aos eventos climáticos extremos, segundo pesquisa feita no Núcleo de Pesquisas Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com Lúcia da Costa Ferreira, coordenadora da pesquisa, por suas próprias características ecológicas a zona costeira do litoral paulista já é muito sensível a qualquer alteração climática, como chuvas intensas. Com o aumento do número de moradores nos últimos anos, atraídos pela oferta de emprego principalmente no setor petrolífero, a infraestrutura das cidades litorâneas do Estado de São Paulo tende a piorar. Em função disso, elas podem se tornar mais frágeis para enfrentar os riscos de acidentes e desastres naturais, como deslizamentos de encostas e inundações.

“Há locais na faixa litorânea onde a área disponível para ocupação humana, que vai do sopé do morro ao mar, é muito pequena. Qualquer alteração no nível no mar nessas áreas pode provocar impactos violentos”, disse Lúcia àAgência FAPESP.

Para identificar as vulnerabilidades socioambientais apresentadas pelos municípios situados em todo o litoral do Estado de São Paulo em relação aos possíveis impactos das mudanças climáticas, e identificar quais as adaptações terão que promover para enfrentá-las, foi iniciado em 2009 o Projeto Temático "Crescimento urbano, vulnerabilidade e adaptação: dimensões ecológicas e sociais de mudanças climáticas no litoral de São Paulo", apoiado pela FAPESP.

Coordenado inicialmente por um dos principais especialistas no Brasil em demografia e mudanças ambientais, o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp, Daniel Joseph Hogan, que morreu em abril, o projeto multidisciplinar é dividido em quatro componentes.

No primeiro, “Crescimento e morfologia das cidades e vulnerabilidades das populações, infraestruturas e lugares”, liderado pelo professor do Departamento de Demografia do IFCH-Unicamp, Roberto Luiz do Carmo, estão sendo analisados o crescimento populacional das cidades litorâneas paulistas, as vulnerabilidades das populações e suas infraestruturas para enfrentar os eventos climáticos.

No segundo componente, intitulado “Mudança ambiental global e políticas públicas em nível local: riscos e alternativas” e coordenado pela professora do Departamento de Sociologia do IFCH-Unicamp, Leila da Costa Ferreira, são estudadas as iniciativas que estão sendo tomadas pelos gestores municipais para preparar as cidades litorâneas paulistas para possíveis mudanças ambientais e impactos das alterações climáticas.

O terceiro componente, “Conflitos entre expansão urbana e cobertura florestal e suas consequências para a mudança ambiental global no Estado de São Paulo”, coordenado por Lúcia, avalia as dinâmicas sociais e os conflitos que estão ocorrendo na região devido à contraposição da expansão urbana com a existência de áreas protegidas na região por inúmeras unidades de conservação ambiental.

No quarto componente, “Expansão urbana e mudanças ambientais no litoral nordeste do Estado de São Paulo: impactos sobre a biodiversidade”, coordenado pelo professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e coordenador do programa Biota FAPESP, Carlos Alfredo Joly, estão sendo pesquisados os impactos da expansão urbana e das mudanças ambientais sobre a biodiversidade da região.

“Por meio desses quatro componentes, quisemos abranger tanto as dinâmicas sociais e demográficas, em que o foco são os conflitos sociais e as respostas políticas e institucionais dessas cidades litorâneas para os problemas causados pelas mudanças climáticas, quanto as ecológicas e botânicas, em que o objeto de estudo é a biodiversidade”, disse Lúcia.

Primeiros resultados

Na primeira etapa do projeto, que está sendo concluída no fim de 2010, os pesquisadores identificaram e caracterizaram as dinâmicas sociais, além dos atores governamentais e não governamentais que estão envolvidos nas discussões sobre os impactos das mudanças climáticas nos 16 municípios do litoral paulista.

Paralelamente a esse trabalho, também fizeram um levantamento de experiências em políticas públicas existentes na região relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas, como fóruns de discussão.

“O número de iniciativas como essas na região se revelou acima da média do que imaginávamos. Há um grande interesse das administrações, principalmente dos municípios de Bertioga, Caraguatatuba e São Sebastião, em manter uma cooperação conosco para a realização de debates e palestras sobre os impactos das mudanças climáticas”, disse Lúcia.

Segundo a pesquisadora, juntamente com Ubatuba, os municípios de São Sebastião e Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, concentram o maior número de novos empreendimentos voltados para a exploração de óleo e gás.

Em Caraguatatuba, por exemplo, está sendo construído a Unidade de Tratamento de Gás (UTGCA) Monteiro Lobato, da Petrobras, que deve entrar em operação no início de 2011.

“Há uma área de conurbação [unificação da malha urbana de duas ou mais cidades] nessa região, onde São Sebastião está sendo utilizado como ‘município dormitório’ pelos operários que trabalham em Caraguatatuba”, disse a cientista.

De acordo com dados do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Litoral Norte paulista aumentou 11% nos últimos 10 anos – acima das médias estadual e nacional. Juntas, segundo a pesquisa, as cidades de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba ganharam mais de 50 mil habitantes no período de 2000 a 2010.

“Está ocorrendo uma expressiva urbanização da região como um todo que tende a acelerar ainda mais com a construção desses novos empreendimentos”, disse Lúcia.

Segundo ela, a divulgação dos dados do Censo 2010 pelo IBGE deve contribuir para o avanço das pesquisas realizadas no âmbito do Projeto Temático.

Na segunda fase do projeto, que será iniciada em 2011, os pesquisadores analisarão as informações coletadas e realizarão pesquisas de opinião e grupos focais com os moradores das cidades litorâneas paulistas para levantar suas preocupações com os impactos das mudanças climáticas e a construção dos novos empreendimentos na região.

Mais informações: www.nepo.unicamp.br/pesquisa/projetos/linha7/a_projeto1.html

COMUNICADO DE ADIAMENTO

POR MOTIVO SUPERIOR ,FOI ADIADA A CONFRATERNIZAÇÃO DA ABASCE.MARCADA PARA O DIA 30/12/10-QUINTA-FEIRA.DESCULPEM
OS INTERESSADOS POR GENTILEZA LIGAR PARA ASSO-85-32181557.peço por favor divulgar.grato.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Sustentabilidade em diferentes áreas




Especiais

Sustentabilidade em diferentes áreas

22/12/2010

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Coordenada pelo físico José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), Série Sustentabilidade (editora Blucher) é composta por dez livros em que renomados pesquisadores brasileiros explicam do ponto de vista científico o conceito de sustentabilidade – ou desenvolvimento sustentável – em suas áreas de especialidade.

No volume 1, os pesquisadores do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Daniel Joseph Hogan – que faleceu em abril de 2010 –, Eduardo Marandola Jr. e Ricardo Ojima abordam o tema “População e ambiente: desafios à sustentabilidade”. Já o volume 2 trata da “Segurança e alimento” e o 3 discute “Espécies e ecossistemas”.

Completam a coleção o volume 4, escrito por Goldemberg e que enfoca o tema “Energia e desenvolvimento sustentável”, e volumes sobre “O desafio da sustentabilidade na construção civil”, “Metrópoles e o desafio urbano frente ao meio ambiente”, “Sustentabilidade dos oceanos”, “Espaço”, “Antártida e as mudanças globais: um desafio para a humanidade” e “Energia nuclear e sustentabilidade”.

“Os livros reúnem monografias escritas por cientistas que tentam explicar o que precisa ser feito em cada uma das áreas abrangidas pela série para que se possa ter efetivamente a sustentabilidade”, disse Goldemberg à Agência FAPESP.

De acordo com o cientista, o conceito correto de sustentabilidade é o “desenvolvimento econômico e social duradouro que utiliza um conjunto de atividades não predatórias, como aumentar a produção de alimentos sem destruir as florestas”. Mas, na opinião dele, o conceito está sendo utilizado gratuitamente e interpretado de maneira incorreta.

“Os economistas consideram que desenvolvimento econômico sustentável é aquele que não reduz nunca, como um crescimento do PIB de 5% ao ano. Mas uma economia como a China pode crescer 9% ao ano e produzir danos ambientais importantes ao utilizar uma enorme quantidade de carvão e se tornar, no período de 15 anos, o maior emissor mundial de carbono, por exemplo”, disse Goldemberg, um dos mais conhecidos cientistas brasileiros que ganhou em outubro o Prêmio de Ciência de Trieste Ernesto Illy.

O conceito de desenvolvimento sustentável tem origem na década de 1970, quando foi lançado o relatório Os limites do crescimento, elaborado por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), por solicitação do Clube de Roma, grupo de intelectuais que se reúne desde 1968 para discutir assuntos diversos.

O relatório analisou as consequências do rápido crescimento da população mundial sobre os recursos naturais em relação à produção dos alimentos. O argumento da publicação, que ficou conhecida como “Relatório do Clube de Roma”, era que a população mundial, a industrialização, a poluição e o esgotamento dos recursos naturais aumentavam exponencialmente, enquanto a disponibilidade dos recursos aumentaria linearmente. Em vista disso, somente mudanças drásticas no estilo de vida da população mundial permitiriam evitar um colapso da civilização.

Em reação a essa visão pessimista, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou em 1983 uma comissão, presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland, para analisar o problema.

A solução proposta pelo relatório final da Comissão Brundtland, publicado em 1987, foi recomendar um padrão de uso de recursos naturais que atendesse às necessidades da humanidade, preservando o meio ambiente de modo que futuras gerações também pudessem atender suas necessidades.

“Essa é uma visão mais otimista do que a do Clube de Roma e foi recebida entusiasticamente”, disse Goldemberg. Como consequência da Comissão Brundtland, foi adotada nas Convenções do Clima e da Biodiversidade, realizadas em 1992 no Rio de Janeiro, a “Agenda 21”, que trouxe recomendações abrangentes sobre o novo tipo de desenvolvimento sustentável. O documento teve uma enorme influência no mundo em todas as áreas e reforçou o movimento ambientalista.

Mensagem otimista

O desmatamento da Amazônia representa o maior problema de sustentabilidade ambiental do Brasil na atualidade, segundo Goldemberg. “A destruição da Floresta Amazônica estava ocorrendo de uma forma tão rápida nos últimos anos que havia a preocupação de que a região se transformasse em uma savana, o que modificaria todo o regime hídrico do Brasil e provocaria sérias mudanças climáticas”, disse.

“Aparentemente, o ritmo do desmatamento da Amazônia está diminuindo, mas ainda é grande. Atualmente se desmatam 5 mil km² por ano, o que é uma área equivalente à do Estado de São Paulo”, comparou.

Já em relação à energia, o principal obstáculo apontado pelo cientista é o petróleo, que, à exceção do Brasil, que recentemente descobriu reservas na camada do pré-sal, está acabando no mundo e é preciso pensar em fontes alternativas ao recurso energético. “No caso do petróleo, as alternativas existem e são renováveis”, afirmou.

Segundo Goldemberg, apesar dos grandes desafios enfrentados hoje para evitar um crescimento populacional sem controle e uma industrialização predatória, em que a ênfase seja apenas o crescimento econômico, a mensagem dos livros da Série Sustentabilidade é otimista.

“Tem gente que acha que estamos na rota da desgraça e que já ultrapassamos a capacidade de suporte da Terra. Mas, se tomarmos cuidado e as medidas necessárias, ainda é possível ter desenvolvimento sustentável”, disse.

  • Título: Série Sustentabilidade
    Coordenador: José Goldemberg
    Lançamento: 2010
    Preços: de R$ 25 a R$ 45

    Mais informações: www.blucher.com.br

22/12/2010

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Coordenada pelo físico José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), Série Sustentabilidade (editora Blucher) é composta por dez livros em que renomados pesquisadores brasileiros explicam do ponto de vista científico o conceito de sustentabilidade – ou desenvolvimento sustentável – em suas áreas de especialidade.

No volume 1, os pesquisadores do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Daniel Joseph Hogan – que faleceu em abril de 2010 –, Eduardo Marandola Jr. e Ricardo Ojima abordam o tema “População e ambiente: desafios à sustentabilidade”. Já o volume 2 trata da “Segurança e alimento” e o 3 discute “Espécies e ecossistemas”.

Completam a coleção o volume 4, escrito por Goldemberg e que enfoca o tema “Energia e desenvolvimento sustentável”, e volumes sobre “O desafio da sustentabilidade na construção civil”, “Metrópoles e o desafio urbano frente ao meio ambiente”, “Sustentabilidade dos oceanos”, “Espaço”, “Antártida e as mudanças globais: um desafio para a humanidade” e “Energia nuclear e sustentabilidade”.

“Os livros reúnem monografias escritas por cientistas que tentam explicar o que precisa ser feito em cada uma das áreas abrangidas pela série para que se possa ter efetivamente a sustentabilidade”, disse Goldemberg à Agência FAPESP.

De acordo com o cientista, o conceito correto de sustentabilidade é o “desenvolvimento econômico e social duradouro que utiliza um conjunto de atividades não predatórias, como aumentar a produção de alimentos sem destruir as florestas”. Mas, na opinião dele, o conceito está sendo utilizado gratuitamente e interpretado de maneira incorreta.

“Os economistas consideram que desenvolvimento econômico sustentável é aquele que não reduz nunca, como um crescimento do PIB de 5% ao ano. Mas uma economia como a China pode crescer 9% ao ano e produzir danos ambientais importantes ao utilizar uma enorme quantidade de carvão e se tornar, no período de 15 anos, o maior emissor mundial de carbono, por exemplo”, disse Goldemberg, um dos mais conhecidos cientistas brasileiros que ganhou em outubro o Prêmio de Ciência de Trieste Ernesto Illy.

O conceito de desenvolvimento sustentável tem origem na década de 1970, quando foi lançado o relatório Os limites do crescimento, elaborado por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), por solicitação do Clube de Roma, grupo de intelectuais que se reúne desde 1968 para discutir assuntos diversos.

O relatório analisou as consequências do rápido crescimento da população mundial sobre os recursos naturais em relação à produção dos alimentos. O argumento da publicação, que ficou conhecida como “Relatório do Clube de Roma”, era que a população mundial, a industrialização, a poluição e o esgotamento dos recursos naturais aumentavam exponencialmente, enquanto a disponibilidade dos recursos aumentaria linearmente. Em vista disso, somente mudanças drásticas no estilo de vida da população mundial permitiriam evitar um colapso da civilização.

Em reação a essa visão pessimista, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou em 1983 uma comissão, presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland, para analisar o problema.

A solução proposta pelo relatório final da Comissão Brundtland, publicado em 1987, foi recomendar um padrão de uso de recursos naturais que atendesse às necessidades da humanidade, preservando o meio ambiente de modo que futuras gerações também pudessem atender suas necessidades.

“Essa é uma visão mais otimista do que a do Clube de Roma e foi recebida entusiasticamente”, disse Goldemberg. Como consequência da Comissão Brundtland, foi adotada nas Convenções do Clima e da Biodiversidade, realizadas em 1992 no Rio de Janeiro, a “Agenda 21”, que trouxe recomendações abrangentes sobre o novo tipo de desenvolvimento sustentável. O documento teve uma enorme influência no mundo em todas as áreas e reforçou o movimento ambientalista.

Mensagem otimista

O desmatamento da Amazônia representa o maior problema de sustentabilidade ambiental do Brasil na atualidade, segundo Goldemberg. “A destruição da Floresta Amazônica estava ocorrendo de uma forma tão rápida nos últimos anos que havia a preocupação de que a região se transformasse em uma savana, o que modificaria todo o regime hídrico do Brasil e provocaria sérias mudanças climáticas”, disse.

“Aparentemente, o ritmo do desmatamento da Amazônia está diminuindo, mas ainda é grande. Atualmente se desmatam 5 mil km² por ano, o que é uma área equivalente à do Estado de São Paulo”, comparou.

Já em relação à energia, o principal obstáculo apontado pelo cientista é o petróleo, que, à exceção do Brasil, que recentemente descobriu reservas na camada do pré-sal, está acabando no mundo e é preciso pensar em fontes alternativas ao recurso energético. “No caso do petróleo, as alternativas existem e são renováveis”, afirmou.

Segundo Goldemberg, apesar dos grandes desafios enfrentados hoje para evitar um crescimento populacional sem controle e uma industrialização predatória, em que a ênfase seja apenas o crescimento econômico, a mensagem dos livros da Série Sustentabilidade é otimista.

“Tem gente que acha que estamos na rota da desgraça e que já ultrapassamos a capacidade de suporte da Terra. Mas, se tomarmos cuidado e as medidas necessárias, ainda é possível ter desenvolvimento sustentável”, disse.

  • Título: Série Sustentabilidade
    Coordenador: José Goldemberg
    Lançamento: 2010
    Preços: de R$ 25 a R$ 45

    Mais informações: www.blucher.com.br

sábado, 25 de dezembro de 2010

A VIAGEM DE 6 MIL KM DE UMA PATA

A viagem de 6 mil km de uma pata que foi de Hong Kong ao Ártico e voltou revelou a pesquisadores mais informações sobre migrações de pássaros. O animal foi um dos 20 monitorados pelo grupo ambientalista WWF ao longo de um ano.

O WWF usou a ferramenta Google Earth para identificar a rota até a reserva ambiental Mai Po, em Hong Kong. Outro pássaro alcançou a velocidade recorde de 114 km/h.

A diretora da reserva, Bena Smith, disse que a pata monitorada frequentemente viajava a uma velocidade de 50 km/h. Um dos pássaros monitorados foi abatido sobre a Rússia, provavelmente por um caçador.

O WWF e seus parceiros, incluindo o US Geological Survey (o serviço geológico dos Estados Unidos), estudam migrações e doenças aviárias.