quinta-feira, 20 de maio de 2010

Últimas vagas para curso de Contratos Internacionais

Últimas vagas para curso de Contratos Internacionais
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) através do Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN/CE) está recendo as últimas inscrições para o curso de Contratos Internacionais, a ser realizado nos dias 27 e 28 de maio na sede da FIEC.

Com 12 h/a, o treinamento tem como objetivo geral, proporcionar aos alunos uma visão geral e crítica sobre a problemática da contratação internacional, sob a ótica dos importadores e exportadores, bem como da Análise Econômica do Direito, no que tange à formação dos contratos internacionais, lei e foro aplicável e responsabilidades. O curso tem ainda como objetivo questionar a lógica da contratação feita na compra e venda no comércio internacional e no transporte marítimo de mercadorias, rever conceitos, e elaborar novas estratégias de contratação visando garantir os interesses das empresas brasileiras, especialmente na exportação.

O curso será ministrado por Osvaldo Agripino de Castro Júnior, Doutor em Direito Internacional e Pós-Doutor em Regulação da Infra-Estrutura pela Harvard University, autor de diversos livros, dentre eles: Inovação e Regulação de Transportes nos Estados Unidos e Brasil. Advogado formado pela UERJ, professor de Direito Regulatório dos Transportes e Portos, de Direito Marítimo e Comércio Internacional no Mestrado em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Agripino é sócio da Agripino, Dutra & Schiessl Advogados, membro da Câmara Setorial do Porto de Itajaí e bacharel em Ciências Náuticas.

Ainda em maio, de 24 a 26, Dr. Agripino facilitará ainda o curso de Direito Marítimo Aplicado ao Comércio Internacional, propiciando aos participantes, uma visão geral dos principais aspectos do Direito Marítimo, como as responsabilidades civil, penal e administrativa dos que atuam no transporte aquaviário.

As inscrições continuam abertas no site do CIN/CE (www.fiec.org.br/cin) e custam o investimento de R$280,00 para estudantes e R$350,00 para profissionais, podendo ser parceladas em 2 vezes no cheque ou em até 4 vezes no cartão VISA.

Serviço:

Curso: Direito Marítimo Aplicado ao Comércio Internacional, de 24 a 26 de maio, das 18h às 22h.
Curso: Contratos Internacionais, dia 27 de maio, das 18h às 22h e 28 de maio das 14h às 22h.
Federação das indústrias do Estado do Ceará – FIEC (Av. Barão de Studart, 1980).
Mais informações: 85 3421.5420/5419

Fonte: FIEC/CIN

1º Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas

1º Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas
20/5/2010

De 23/8/2010 a 25/8/2010

Faltam 95 dias para o início do evento. Duração: 3 dias

Agência FAPESP – O 1º Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas (Road Ecology Brazil 2010) será realizado na Universidade Federal de Lavras (MG) entre os dias 23 e 25 de agosto de 2010.
Multidisciplinar, o evento tem o objetivo de discutir as relações sociais, econômicas e ambientais da implantação de empreendimentos lineares. O congresso contará com a participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros especializados em ecologia de estradas, além de representantes de órgãos governamentais e ONGs dedicadas ao tema.

Entre os conferencistas, alguns dos destaques serão Richard Forman, da Universidade de Harvard (Estados Unidos) – considerado como o “pai” da ecologia de estradas –, Miriam Goosem e Willian Laurance, ambos da Universidade James Cook (Austrália), e Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

“O papel das estradas na dinâmica da floresta tropical”, “Modelagem visando à identificação de hotspots de atropelamento”, “Licenciamento ambiental: padrões mínimos de monitoramento e mitigação de impacto ambiental”, “Rodovias e floresta amazônica: biodiversidade e socioeconomia” serão alguns dos temas de conferências e mesas-redondas.

A programação contará ainda com a apresentação de minicursos sobre os temas “Introdução à ecologia de estradas”, “Delineamento, escalas e estatísticas para previsão de atropelamento de mastofauna silvestre de médio e grande porte” e “Introdução ao geoprocessamento e aplicações para conservação”.

Mais informações: www.dbi.ufla.br/roadecology

Cursos a distância em francês

Cursos a distância em francês
20/5/2010

Agência FAPESP – A Agência Universitária Francofônica (AUF), do Canadá, lançou pelo sétimo ano consecutivo um programa de cursos a distância, com possibilidade de bolsas de estudos para candidatos selecionados por suas universidades.

O envio de candidaturas poderá ser feito até 10 de junho para os cursos que se iniciam em outubro de 2010 e até 10 de setembro para os que têm início em janeiro de 2011.

Para a chamada 2010-2011 são oferecidas 680 bolsas referentes a 75 programas de diplomas (licenciatura e master), 42 em universidades europeias e 33 em universidades de países em desenvolvimento.

As bolsas cobrirão parte considerável das taxas universitárias. Terão prioridade as candidaturas femininas e os candidatos aos cursos relacionados a meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ensino (pedagogia, ou uso de tecnologias). Nessa chamada, a AUF também priorizará candidaturas oriundas do Haiti, visando a contribuir com a reconstrução do país caribenho.

Os cursos são realizados inteiramente a distância, por meio de tecnologias digitais. As provas são aplicadas do modo clássico, em sala com inspetor.

A AUF coloca à disposição dos candidatos selecionados seus campi digitais francófonos. Os estudantes poderão encontrar ali infraestrutras técnicas e de rede que permitem seguir os cursos, receber auxílios e orientação.

Mais informações: http://foad.refer.org

HIPOCRISIA GERAL

HIPOCRISIA GERAL
Liberdade de expressão para quem?

Por Venício A. de Lima em 18/5/2010


O recente episódio da demissão do jornalista Felipe Milanez, editor da revista National Geographic Brasil, publicada pela Editora Abril, por ter criticado, via Twitter, a revista Veja, é revelador da hipocrisia geral que envolve as posições públicas dos donos da mídia sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa.

As relações de trabalho nas redações brasileiras, é sabido, são hierárquicas e autoritárias. Jornalistas editores são considerados, pelos patrões, como ocupando "cargos de confiança" e devedores de lealdade incondicional. Mas não se trata aqui da expressão de opinião contrária à posição editorial em matéria jornalística publicada no mesmo veículo. Isso, não existe. Trata-se, na verdade, da liberdade de expressão individual "sob qualquer forma, processo ou veículo".

Segundo matéria publicada no Portal Imprensa, o redator-chefe da National Geographic Brasil, Matthew Shirts, confirmou que Felipe Milanez "foi demitido por comentário do Twitter com críticas pesadas à revista. A Editora Abril paga o salário dele e tomou a decisão" (ver aqui).

Pode um jornalista profissional expressar sua posição pessoal sobre o jornalismo praticado por outro veículo cujo proprietário é o mesmo daquele em que trabalha, sem correr o risco de perder o emprego? A liberdade de expressão se aplica quando estão envolvidas relações empregatícias? Ela é ou não é um direito individual universal?

Nota oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, em defesa do jornalista Felipe Milanez, afirma:

"Nos últimos anos, junto com outras grandes empresas do ramo, a Editora Abril tem se notabilizado pelo combate a todo tipo de regulamentação social da área de comunicações. Em suas ações sistemáticas contra a constituição de um Conselho Nacional de Jornalistas, pela derrubada total da Lei de Imprensa e pelo fim da obrigatoriedade de diploma de nível superior para o exercício do jornalismo, o argumento mais utilizado é o da `defesa da liberdade de expressão´. Nesses embates, o Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo – comprometido com a defesa da democracia e da liberdade de expressão – tem alertado a sociedade para o fato de que as grandes empresas posicionam-se de maneira cínica, pois, na prática, não permitem a liberdade de expressão de seus jornalistas, sobretudo quando contrariam interesses empresariais."

De onde vem a ameaça autoritária?

Temos assistido, nos últimos meses, a uma escalada crescente, na qual a grande mídia, diretamente ou através de suas entidades representativas – ANJ, ANER e Abert – tenta convencer a população brasileira de que existe uma ameaça autoritária, partindo do governo, no sentido de cercear a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa no país.

A violenta e bem sucedida campanha contra a diretriz relativa ao direito à comunicação contida na terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos é apenas o exemplo mais recente (ver "PNDH3: A grande mídia vence mais uma").

Os representantes da Editora Abril são parte ativa desta tentativa, onde a grande mídia se apresenta como defensora intransigente da liberdade.

Como, no entanto, conciliar a posição libertária dos grupos de mídia com a relação trabalhista autoritária que mantêm com seus empregados jornalistas? Quais as implicações éticas dessa relação autoritária para com a verdade e o interesse público?

Episódios como a demissão de Felipe Milanez nos obrigam a perguntar, uma vez mais, para quem é a liberdade de expressão que a grande mídia defende?

As diferenças gritantes

LITERATURA E FUTEBOL
As diferenças gritantes

Por Deonísio da Silva em 18/5/2010


A Copa do Mundo escancara as brutais diferenças entre a remuneração de escritores e jogadores. O único Prêmio Nobel atribuído às literaturas de língua portuguesa foi dado em 1998 a José Saramago. Foi quase 1 milhão de dólares, quantia que sequer roça a fortuna amealhada por muitos jogadores de futebol pelo mundo afora.

Os maiores prêmios dados a escritores brasileiros variam de pouco mais de cem mil reais a cem mil dólares, quantia paga pelo Prêmio Camões, alternado ano após ano entre escritores portugueses, brasileiros e africanos lusófonos.

Vários jogadores, convocados ou não para a seleção brasileira, têm uma ou mais residências cujos valores equivalem a mais ou menos dez prêmios Nobel de Literatura. Os maiores prêmios literários brasileiros oferecem pouco mais de cem mil reais.

Os contratos publicitários assinados por conhecidos bobos integrais ou indivíduos, incapazes de sequer pronunciar direito as poucas palavras que precisaram memorizar para o dito comercial, equivalem a quantias que a maioria dos escritores jamais arrebatará, ainda que computadas as dezenas de livros publicados, vários deles traduzidos para diversas línguas.

Jogadores são tratados como heróis

Em suma, escritor brasileiro é baratinho. Muitos editores recusam-se a pagar pelo livro que o escritor já escreveu alguma quantia próxima do que vão gastar com edição e impressão. Digo apenas edição e impressão porque a maioria deles não anuncia livros. Anunciar é arriscar e isso a maioria deles não faz.

Vejamos como o mundo do futebol é diferente. Faz muito tempo que não se fala de outra coisa que não seja a Copa do Mundo. Jogadores que sequer são titulares nos clubes em que atuam são alçados à categoria de heróis. No momento, o cargo mais importante não é o de presidente da República, de presidente do Supremo Tribunal Federal, de presidente do Senado ou de presidente da Câmara. É o de técnico da seleção brasileira. Os três poderes da República, Executivo, Legislativo e Judiciário, estão muito abaixo do poder do futebol.

Escritores são avaliados com reiterada frequência, a cada novo livro que publicam. E um tropeço pode ser fatal para uma carreira pacientemente construída. E os jogadores? Ganham fortunas para fazer bem o que fazem. E o que fazem? O sujeito vai cobrar um pênalti e chuta no goleiro, que às vezes sai dali para que aconteça o gol. Ou então chuta quase na bandeirinha do escanteio ou nas nuvens, certo de que nada lhe acontecerá, apesar da tremenda barbeiragem. No trânsito, ele perderia a carteira e, dependendo da falta, a liberdade.

Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, então capitão e hoje técnico da seleção brasileira, ao erguer a taça do tetra, em 1994, irritado com as críticas que recebera, xingou a mídia: "Essa taça é para vocês, bando de traíras."

Quer dizer, os jogadores são tratados como heróis e não podem, face ao fracasso eventual, possível de ocorrer em qualquer ofício, ser criticados. Concebem uma mídia a seus pés para louvá-los exclusivamente, jamais para prestar serviços ao distinto público.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Na contramão da vida

Na contramão da vida

A espécie humana foi criada, assim como as demais para uma evolução contínua, mas o que seria um ponto favorável (desenvolvimento tecnológico) a toda a vida em nosso planeta, está se tornando o estopim para grandes desastres ambientais.
O ser humano que é um animal racional, se destaca dos ditos irracionais pela capacidade de pensar, capacidade esta, que através da qual, criamos grandes avanços em muitas áreas, tais como: indústrias automobilística, alta tecnologia (telefonia, computadores, internet), eletro-eletrônicos, etc... enfim, citei aqui alguns dos inúmeros progressos da humanidade. O que inicialmente parece ser bom para a qualidade de vida em nosso planeta, acaba por destruir aquilo que nos é essencial: a Natureza!
Nos dias de hoje, o que mais ouvimos nos meios de comunicação é sobre o aquecimento global, que é a grande preocupação mundial da atualidade. Este aquecimento afeta todo o clima do planeta e, pode comprometer toda a vida na Terra. Nós seres humanos, poluímos um dos nossos maiores tesouros que é a água; poluímos nosso ar com queimadas propositais, com fumaça produzida pelos nossos mais modernos (e antigos) carros; desmatamos nossas florestas pensando em móveis novos e modernos, em nosso consumo (desenfreado) de papel, etc... Ao longo dos anos, fica evidente que o homem têm causado profundo impacto sobre o meio ambiente . Isso se deve à falta de políticas que visem um desenvolvimento sustentável, para que progresso e preservação ambiental caminhem juntos, proporcionando benefícios reais, com qualidade de vida a todos nós e para as gerações vindouras.
Responsabilidade sócio-ambiental deve ser uma questão de ética de todos os indivíduos, sendo eles pessoas físicas ou jurídicas,no sentido de desenvolver uma consciência ambiental na sociedade, visando o bem-estar da presente e das futuras gerações. Todos nós temos que realizar ações práticas e objetivas de preservação e redução de danos ao meio ambiente, pois projetos que ficam apenas no papel, e boas intenções que não se praticam, conduz a humanidade e toda a vida terrestre ao encontro dos caos...
A humanidade caminha na contramão da vida plantando destruição, e seus frutos serão colhidos sofridamente num futuro próximo, e que talvez tenha um gosto muito amargo de extinção. Pense nisso...


Ao usar este artigo, faça referência, cite a FONTE:
http://www.webartigos.com/articles/37585/1/Na-contramao-da-vida/pagina1.html

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA E DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL

Publicar Artigo, Monografia, Texto na Revista WebArtigos.com - http://www.webartigos.com
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA E DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL
http://www.webartigos.com/articles/37787/1/EDUCACAO-AMBIENTAL-UMA-QUESTAO-DE-CIDADANIA-E-DE-SUSTENTABILIDADE-SOCIAL/pagina1.html
ELIANA SOARES
SOU PEDAGOGA E PROFESSORA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BASICA, TENHO CURIOSIDADES DE CONHECIMENTOS DIVERSIFICADOS. ATUALMENTE DESENVOLVO ESTUDOS NAS ÁREAS DE CURRÍCULO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DEPENDÊNCIA QUÍMICA.
Por ELIANA SOARES
Publicado 13/05/2010

ARTIGO PRODUZIDO A PARTIR DE AÇÕES DE UM PROJETO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA E DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA E DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL


Maria Eliana Soares


A sociedade vive uma época de intensas modificações sociais que estão atreladas aos recursos oriundos da natureza, pensados de forma errônea serem inesgotáveis, eis a razão pela qual se dá de forma acelerada e contínua a exploração dos recursos e ao mesmo tempo o descuido com o espaço geográfico, bem como, a forma desordenada da expropriação e de consumo, tudo em nome de uma corrida mercadológica que acirra cada vez mais as desigualdades sociais, devido a miséria de quem está a margem e o descompromisso dos que detêm o poder.
Assim, por ser o homem um ser natural e ao mesmo tempo social, é impossível falar deste sem relacioná-lo com o meio ambiente, pois é da natureza que emana as inúmeras condições de vida, subsistência e de sua sobrevivência, independente da sociedade a qual pertença.
No dia-a-dia desenvolvemos inúmeras atividades de alimentação, trabalho, lazer, limpeza, construção, etc., das quais são utilizados muitos materiais e ao mesmo tempo boa parte é ignorada, havendo muitas vezes mais desperdício do que aproveitamento, isto porque, estamos “condicionados” culturalmente a satisfazer apenas as nossas necessidades sem nos dar conta do desequilíbrio ambiental que provocamos por meio de nossas ações, e dentre estas, o destino do material desprezado, torna-se a maior ameaça, pois os resíduos que são acumulados em áreas urbanas e na maioria das vezes próximo às nossas residências poluem o ambiente e descaracterizam as paisagens, estimulam a proliferação de insetos, bichos roedores e conseqüentemente causam endemias e males à natureza, à nós mesmos e à população em geral.
Por isso, pensar em sustentabilidade social é entender que a existência humana e a ação pensada sobre esta é fator primordial no que tange a garantia das nossas necessidades básicas: preservação da saúde, higiene, alimentação, bem como a preservação do espaço geográfico, habitat natural do homem. E nesse processo de interação entre o homem e a natureza, a Educação Ambiental assume um caráter decisório sobre a evolução da ciência e da tecnologia em consonância com a manutenção dos recursos naturais.
Há de se pensar que é impossível preservar a natureza mediante o avanço da tecnologia e da globalização, fatores estes que sustentam o consumo desaserbado a qual a sociedade é estimulada, seja pelo avanço da industrialização, pela influência dos veículos de comunicação ou pela necessidade de subsistência do homem, pois desde os primórdios da humanidade este vive condicionado na busca de suprir suas necessidades.
Hoje essa necessidade se intensifica numa dimensão científica e tecnológica visando minimizar os limites de tempo e espaço, fomentando assim um processo de constante substituição do natural pelo artificial, e conseqüentemente a desestruturação do ambiente e do organismo humano, o que sobrecai em bruscas mudanças orgânicas, climáticas, endêmicas e epidêmicas, devido o consumo de transgênicos, o acúmulo de detritos no solo provocando os abalos sísmicos, dentre muitos fatores que retardam ou aceleram a evolução natural.
Eis a necessidade da participação cidadã para que as políticas públicas dentre elas a ambientalista que é criada “para todos”, sejam desenvolvidas por todos por meio de uma conscientização globalizada de compromisso e responsabilidade social e ambiental, na perspectiva de controle e manutenção da natureza como garantia de uma vida saudável.
A perpetuação das espécies depende do compromisso de cada um de nós com o planeta, pois a natureza é um patrimônio da humanidade, que se encontra ameaçado, e nós como seres pensantes somos seus próprios demolidores, uma vez que historicamente temos uma forte influência em moldar o nosso espaço de acordo com nossos interesses, no entanto, tais interesses restringem-se apenas na capacidade de explorar, de consumir.
Historicamente existe uma evolução em nossas ações, antes, o de exploração da natureza para a subsistência, mas tarde, o de exploração para a riqueza e hoje, o de explorar para satisfação do ego, pelo prazer de consumo, de expropriação dos recursos hídricos, alimentícios, artesanais e científicos. Ação esta que compromete esse processo cronológico da cultura do homem, pois ao mesmo tempo em que este apresenta um avançado estágio de evolução científica, de descobertas, ao mesmo tempo se mantém estático diante de suas ações comprometedoras no espaço natural a que se destina sem pensar, ignorando que é deste espaço que depende a manutenção de sua existência e conseqüentemente das demais espécies animais, vegetais e minerais.
Portanto, falar de Educação Ambiental, de sustentabilidade social é uma tarefa que exige a necessidade de adentrarmos numa discussão mais aguçada a respeito da conjuntura sócio-política e ambiental da contemporaneidade e dentre essas discussões o movimento ambientalista é tomado como o pontapé inicial para a criação de políticas públicas e governamentais de preservação e alternativas ambientais.
Segundo Barros (2006), alguns estudiosos consideram o movimento ambientalista muito complexo, podendo ser caracterizado de três formas: o movimento-contra-estado, voltado apenas para os poderes institucionais; o movimento mantenedor - estado, seguindo uma visão preservacionista, positivista, que defende o desenvolvimento de transgênicos; e o movimento-contra-movimento que compreende o mundo de forma mais dialética e que permite uma relação coletiva por meio de uma articulação política de consciência ambiental, sendo este último, o movimento que busca a concepção de mundo e a mudança de atitudes diante da exploração da natureza. Mas,

Para que o movimento possua consistência, será necessário passar por todo esse processo, fazendo com que haja uma tomada de consciência, formando um grupo de pressão social, no intuito de firmar novos contatos sociais. Nesse sentido, será possível desmistificar a idéia de desenvolvimento inculcado por alguns ministérios e instituições governamentais, dando maior poder aos demais ministérios e até a própria presidência do país, procurando outros meios de desenvolvimento a caminho de um outro paradigma. (BARROS, 2006, p.147 )

Esse novo paradigma apontado por Barros segue uma vertente na qual o homem seja capaz de se reconhecer sujeito construtor e/ou destruidor do espaço natural, e nesse processo de reconhecimento, alcance a inquietude e o desejo de mudar a sua realidade no sentido de dá um significado às suas ações. Um significado que garanta sua sobrevivência e o que é mais importante, o alcance de uma vida saudável, por meio de uma cultura de reeducação alimentar, bem como a manutenção da produção agrícola, industrial e comercial, sem maiores agressões a natureza.
Essa proposta de cidadania ativa que permeia os âmbitos das políticas públicas está no bojo do panorama social exigindo cada vez mais do homem uma consciência da necessidade de preservação dos recursos naturais, pois a degradação destes acarretará conseqüências gravíssimas comprometendo não somente a subsistência do homem, mas a sua própria existência, pois na intensidade em que está, a tendência é a natureza ser deletada e nesse processo, os dois elementos que estão mais afetados é o ar e água, os elementos vitais para o homem.
Sobre isso, Cachapuz (2005) sugere que a escola enquanto espaço de formação do homem desenvolva programas de atividades educativas voltadas para a dimensão “esquecida da terra”, característica apontada por ele ao se referir às áreas de degradação ambiental, destacando dois elementos causadores nesse processo: a poluição ambiental e esgotamento dos recursos naturais, atrelados ao crescente processo de urbanização e o excessivo aumento do consumo estimulado pelo avanço da tecnologia e da industrialização. Como o mesmo argumenta,
A participação dos professores num workshop com estas características gera significativos avanços nas suas percepções acerca da situação do mundo (Edwards et al., 2001). Naturalmente ele não é suficiente para provocar uma mudança em profundidade que afecte de maneira durável os comportamentos. A influência da experiência, dos valores, das crenças e das atitudes, sujeitas a uma impregnação durante muitos anos são, em geral, dificilmente modificáveis com simples actividades de discussão, ainda que se apóiem em documentação adequada e conduzam à elaboração de propostas para levar à aula. O que é possível, numa primeira abordagem, é modificar as percepções e favorecer a tomada de consciência de que a educação científica tem de contribuir para pensar o futuro, dimensão até aqui esquecida (HICKS e HOLDEN apud CACHAPUZ, 2005, p. 178)

Por conseguinte, essa linha de ação, que envolve desde a formação dos profissionais da educação ao currículo desenvolvido por eles nos espaços escolares, impulsiona uma educação solidária voltada para os valores humanos, pelos quais seja alcançada a consciência ambiental e conseqüentemente a responsabilidade social por meio da qual os estudos científicos se dêem com base no desenvolvimento sustentável, mas que acima de tudo este seja visto como garantia das gerações futuras, pois o mundo só será melhor quando todos assumirem o compromisso de preservar a natureza e de viver a fraternidade em sua plenitude.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. Juventude Cidadania e Meio Ambiente: subsídios para a elaboração de políticas púbicas / Ministério do Meio Ambiente / Ministério da Educação – Brasília: Unesco, 2006.

CACHAPUZ, Antônio. A necessária renovação do Ensino de Ciências. Cortez: São Paulo, 2005.

LAKATOS, Eva Maria / MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. Atas: São Paulo, 1991.

REIGOTA, Marcos. Que é Educação Ambiental. Brasiliense. São Paulo,1994.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mudança de rumo

Divulgação Científica
Mudança de rumo
18/5/2010

Agência FAPESP – Há 360 milhões de anos, uma extinção em massa de peixes pode ter mudado os rumos da vida na Terra, abrindo caminho para a biodiversidade de vertebrados modernos.

De acordo com um estudo feito por cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, uma extinção em massa teria alterado a composição das espécies em uma época próxima àquela em que os primeiros vertebrados se arrastaram da água em direção à terra.

As poucas espécies que sobreviveram a esse gargalo evolucionário estariam na origem de todos os vertebrados contemporâneos, incluindo os humanos. O estudo será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

“A extinção foi global e ‘reiniciou’ a diversidade em cada um dos ambientes, seja marinho ou de água doce, criando um mundo completamente diferente”, disse Lauren Sallan, autora principal do trabalho.

O período Devoniano – entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás – é também conhecido como a Era dos Peixes pela ampla gama de espécies presentes em ambientes aquáticos da Terra. Placodermos couraçados como o gigantesco Dunkleosteus terrelli e peixes de nadadeira lobada (com lobos) dominaram as águas, enquanto os peixes de nadadeiras raiadas, tubarões e tetrápodes eram minoria.

Mas, entre o período Devoniano tardio e o período seguinte, o Carbonífero, os placodermos desapareceram e os peixes de nadadeira raiada substituíram rapidamente os de nadadeira lobada como grupo dominante – uma alteração demográfica que persiste até hoje.

“O Devoniano era conhecido como a Era dos Peixes, mas de outro tipo de peixes. Tudo o que era dominante naquele período desapareceu e foi substituído”, disse Lauren.

De acordo com Michael Coates, professor de biologia orgânica e anatomia da Universidade de Chicago, as espécies trocaram de função durante o Devoniano. “É como se os papéis persistissem, mas os atores fossem outros: o elenco se transformou dramaticamente. Algo aconteceu e quase apagou completamente o cenário anterior. Mas, dos poucos remanescentes que sobreviveram, alguns reirradiaram de forma espetacular”, apontou.

A ciência tem teorizado intensamente sobre o chamado acontecimento Kellwasser – considerada uma das cinco maiores extinções da história da Terra, no Devoniano tardio – ter sido responsável por uma revolução nas espécies marinhas de invertebrados.

Mas a análise feita pelos pesquisadores sobre registros fósseis de vertebrados assinalou que sua diversidade passou por uma mudança fundamental durante a extinção Hangenberg, evento ocorrido 15 milhões de anos depois.

Antes da extinção, formas com nadadeiras lobadas, como o iiktaalik e os primeiros tetrápodes como o ichthyostega arriscaram os “passos” primordiais em direção a uma existência terrestre.

Mas, depois da extinção, uma longa brecha nos registros fósseis – conhecida como lapso de Romer –, é quase desprovida de tetrápodes. Esse quebra-cabeças tem confundido os paleontólogo há muito tempo. Os dados da equipe da Universidade de Chicago sugerem que o lapso de 15 milhões de anos teria sido um reflexo da traumática extinção de Hangenberg.

“Os lapsos em relação a registros de espécies sobreviventes é algo recorrente após eventos de extinção em massa. Temos, nesses casos, uma diversidade de fauna muito baixa, porque muitas espécies foram destruídas”, disse Lauren.

Quando os tetrápodes finalmente se recuperaram, os poucos sobreviventes provavelmente se tornaram os ancestrais da vasta maioria dos vertebrados presentes hoje no planeta. Os traços dos vertebrados modernos – como os cinco dedos em cada membro, compartilhados por todos os mamíferos, aves e répteis no útero – podem ter sido estabelecidos por esse ancestral comum, segundo os autores.

O que permanece misterioso, segundo os cientistas, é o que ocorreu exatamente há 360 milhões de anos para provocar essa extinção em massa. Outros pesquisadores encontraram evidências de uma formação de geleiras considerável durante o período Devoniano, que poderia ter diminuído dramaticamente o nível dos mares, afetando a vida.

O aparecimento de ambientes semelhantes a florestas, em algumas regiões, pode também ter produzido modificações atmosféricas catastróficas para a vida animal. A pesquisa também levanta questões sobre o padrão evolucionário após o evento de extinção. Permanece desconhecida a razão pela qual grupos abundantes antes do evento não se recuperaram, enquanto outros grupos se espalharam e se diversificaram de maneiras radicalmente novas.

O artigo The End-Devonian Extinction: a Bottleneck in the Evolution of Modern Jawed Vertebrates, de Lauren Sallan e outros, poderá em breve ser lido por assinantes da PNAS em www.pnas.org.

Seminário Nacional de Inovação e Mercado

Seminário Nacional de Inovação e Mercado
17/5/2010

De 26/7/2010 a 27/7/2010

Faltam 69 dias para o início do evento. Duração: 2 dias

Agência FAPESP – O Desafio Inovar – Desafio Inovar de Inovação e Mercado será realizado na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) em Vitória (ES) nos dias 26 e 27 de julho.

Linhas de crédito, subvenções e demais incentivos ao processo inovativo estarão na pauta do evento que terá palestras como: “Procedimentos para uso dos recursos para fundações estaduais de apoio à pesquisa”, “Elaboração de projetos para captação de recursos nãoreembolsáveis”, “O papel das incubadoras na materialização da inovação”, “Apoio institucional aos inventores de fundo de quintal” e A subvenção como ferramenta de incremento ao desenvolvimento tecnológico”.

Mais informações: http://www.desafioinovar.com.br/ , pelo e-mail: inventar@inventar.com.br , ou pelo telefone: (27)3225-7092 com Wagner José Fafá Borges.

Bolsa Família não freia busca de emprego

Reportagens


Brasília, 14/05/2010
'Bolsa Família não causa dependência'
Estudo diz que entrada no mercado e número de horas trabalhadas não varia muito entre beneficiados e não beneficiados pelo programa



Leia o estudo

Leia a íntegra do estudo ou uma versão resumida, em português


Leia também

Bolsa Família não freia busca de emprego



da PrimaPagina

O Bolsa Família, programa de transferência de renda que atende a 12,5 milhões de domicílios brasileiros, tem efeito insignificante na procura por emprego e pouca influência no número de horas trabalhadas, aponta um estudo publicado pelo CIP-CI (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), um órgão do PNUD em parceria com o governo federal.


A pesquisa, pioneira ao analisar diferentes perfis de beneficiários — homens e mulheres, trabalhadores formais e informais, ocupações agrícolas e não agrícolas —, detectou que, em alguns casos, o impacto do programa é “estatisticamente relevante”, mas não a ponto de se dizer que ele causa “dependência”.


“Não se pode dizer que o Programa Bolsa Família é responsável por gerar dependência em virtude da transferência de renda”, afirma o texto, intitulado Uma análise da heterogeneidade do efeito do Programa Bolsa Família na oferta de trabalho de homens e mulheres e feito pela pesquisadora Clarissa Gondim Teixeira, ligada ao CIP-CI.


O levantamento se baseia em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo IBGE) de 2006, quando os critérios de inclusão do Bolsa Família e os valores pagos eram um pouco diferentes dos atuais. O programa atendia lares com renda per capita de até R$ 100 por mês (hoje, o limite é R$ 140) e pagava até R$ 95 (o teto atual é de R$ 200). Para avaliar o impacto do projeto, Clarissa comparou os indicadores dos beneficiários com o da população economicamente ativa de 16 a 64 anos que ganhava, na ocasião, até R$ 200 mensais.


O levantamento derruba a tese de que o Bolsa Família estimule as pessoas a pararem de trabalhar. O impacto na participação no mercado “não é significativo nem para homens nem para mulheres”. A probabilidade de quem recebe os recursos governamentais estar ocupado é maior — 1,7% a mais para homens, 2,5% para mulheres —do que entre pessoas da mesma faixa de renda que não participam do programa. Uma das explicações para isso é que o benefício está atrelado à necessidade de as crianças frequentarem a escola. Sem terem de ficar em casa para cuidar dos filhos, as mulheres disporiam de mais tempo para se dedicar a uma atividade remunerada.


Entre a população que trabalha, a influência é mais heterogênea. Na média, os cadastrados no Bolsa Família trabalham um pouco menos — 0,56 hora por semana (homens) e 1,18 (mulher) — do que as pessoas que estão em faixa de renda semelhante, mas não são ligadas ao programa. Em porcentagem, isso significa que os homens beneficiados trabalham 1,3% a menos que os não beneficiados, e as mulheres cadastradas trabalham 4,1% a menos que as não cadastradas. “Nota-se que o Programa Bolsa Família não causa um grande ‘desencorajamento’ ao trabalho, apesar de os efeitos médios calculados serem estatisticamente significativos”, avalia o artigo.


A análise detalhada de diferentes grupos aponta que os empregados com carteira (sejam eles homens ou mulheres) praticamente não são afetados. “O emprego formal possivelmente é menos elástico, em razão dos direitos dos trabalhadores, estabilidade salarial, benefícios, seguro desemprego, etc.”, pondera a pesquisadora.


O efeito é maior na população feminina que desempenha atividades informais não atreladas à agricultura. Nesse caso, as beneficiárias trabalham em média 2,1 horas a menos por semana (7,3%). Entre os homens, o efeito é mais intenso para os empregados da área agrícola — os trabalhadores cadastrados despendem 1,1 hora por semana a menos em atividades remuneradas. Nos demais grupos, os indicadores têm variação pouco expressiva. O levantamento também constata que a influência é maior nas famílias de renda mais baixa, já que a transferência tem um impacto acentuado no orçamento desse grupo.


“O impacto do Programa Bolsa Família no número de horas trabalhadas por semana, ainda que seja estatisticamente significativo, não é de grande magnitude”, conclui o estudo. A pesquisa é o desdobramento da dissertação de mestrado de Clarissa, que demorou dois anos para ser finalizada. Mesmo tendo sido publicado, a pesquisadora ainda está cruzando dados com outras pesquisas, principalmente para apurar mais detalhes sobre o mercado informal. “Há sempre espaço para ir mais a fundo neste tema”, comenta.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ABAS

ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas foi fundada oficialmente em 10 outubro de 1978. Em 19 de setembro do mesmo ano havia sido realizada a primeira assembléia preliminar de fundação da Associação, no auditório da Companhia de Tecnologia de Saneamento - CETESB, em São Paulo.

Os objetivos fundamentais da Associação são os seguintes:
Congregar entidades, técnicos e simpatizantes interessados em estudo, pesquisa, tecnologia, preservação e desenvolvimento de águas subterrâneas.

Manter intercâmbio e cooperação com sociedades congêneres e com entidades públicas e privadas cujas atividades se relacionem com águas subterrâneas.

Promover e divulgar estudos, pesquisas e trabalhos de qualquer natureza, que se refiram às águas subterrâneas através de publicações e noticiários.

Realizar congressos, simpósios, seminários e conferências com o propósito de difusão de trabalhos técnicos.

Constituir comissões e promover reuniões específicas para análise e debate de assuntos que se relacionem com águas subterrâneas.

Estudar e propor aos órgãos apropriados os procedimentos, normas, padronizações, regulamentos e legislação de interesse para o desenvolvimento e a preservação das águas subterrâneas.

Por que a ABAS existe:
A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, é uma entidade que congrega 1000 associados espalhados por todo o Brasil, com Sede em São Paulo fundada em 1.978 cujo principal objetivo é a exploração racional de um recurso que a cada dia tem seu valor renovado, que é água subterrânea.

Isso deve-se a diversos motivos, o assunto "ÁGUA" tem sido muito discutido principalmente por tratar-se de um bem vital e que está prestes a uma escassez, sabemos que não vivemos sem água e isto nos afeta em diversas forma, exemplo a falta de energia, cujo problema primário é a falta de água nos reservatórios e não de operação nas hidrelétricas.

Muitos têm idéia da abundância de água no mundo e não conseguem entender os problemas que estão por trás, apresentaremos de uma forma resumida:

Considerando toda a água do planeta, 1 bilhão e 370 milhões de Km3, representada por 1 litro, temos:

•Água Salgada = 972 ml, que corresponde a 97,2 %
•Água Doce = 28 ml, que corresponde a 2,8 %
Sendo que desses 28 ml. 21,73 ml. estão indisponíveis já que:

•21,67 ml (77,39% = 29.690.640 km3) retidos na forma de gelo nas Geleiras
•0,05 ml ((0,18% = 69.048 km3) retidos na forma de umidade no Solo
•0,01 ml (0,03% = 15.344 km3) retidos na forma de vapor na Atmosfera
Portanto, resta apenas 6,27 ml. disponíveis para consumo humano. Os rios, lagos, represas, açudes, etc., ou seja Água Superficial, representa apenas 0,1 ml (0,4% = 122.752 km3).

Os outros 6,17 ml. está invisível aos nossos olhos, mas presente na nossa vida. Oculta-se sob a superfície da Terra e é a chamada ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

Água que não acaba mais

Água que não acaba mais
Estudos mostram que o Aquífero Alter do Chão pode ser o maior manancial subterrâneo do mundo, com capacidade de abastecer a população mundial por três séculos. Pesquisadores alertam para a necessidade de uso sustentável.

A Região Norte é, sem dúvida, um dos maiores símbolos da riqueza natural encontrada no Brasil. Agora, além de abrigar a Floresta Amazônica e o Rio Amazonas, ela pode ser conhecida por possuir a maior reserva mundial de águas subterrâneas. Estudos realizados pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do Ceará (UFC) apontam que o Aquífero Alter do Chão, localizado sob os estados do Pará, do Amazonas e do Amapá, pode ser o maior do planeta. A hipótese é baseada em dados ainda iniciais, mas fortes o suficiente para entusiasmar os cientistas. Eles indicam que o aquífero detém um volume de água que alcança 86.400km“ (86,4 trilhões de litros), o dobro da quantidade encontrada no Aquífero Guarani - localizado entre Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina e considerado atualmente o maior manancial subterrâneo de água doce do mundo, com 45 mil quilômetros cúbicos.

Os pesquisadores envolvidos nos estudos acreditam que o Alter do Chão poderia abastecer a população mundial por 300 anos. "A existência desse aquífero já era conhecida há vários anos, mas não havia estudos comprovando seu potencial. Não temos dúvidas de que se trata do maior aquífero do mundo", afirma Milton Matta, geólogo da UFPA que participa da equipe técnica que analisa o manancial. A equipe de pesquisadores - formada ainda pelo professores Francisco Matos de Abreu, André Montenegro Duarte e Mário Ramos Ribeiro, da instituição paraense, e Itabaraci Cavalcante, da UFC - tem indicativos técnicos que comprovam o potencial de uso das águas do Alter do Chão, como a menor vulnerabilidade a contaminação e a maior facilidade de extração do líquido. Matta explica que, entre a superfície e o Aquífero Guarani, há uma formação de rochas basálticas muito antigas, repletas de fraturas verticais que se tornam caminho fácil para contaminantes atingirem a água, tornando-a mais poluída. Além disso, essas rochas são mais duras e espessas, dificultando o acesso. Já o Alter do Chão é recoberto por rochas sedimentares formadas por arenito e argilito. O primeiro material possui poros onde a água fica armazenada, permitindo um bombeamento mais fácil. Já o argilito, que fica sobre a água, é um protetor natural, que impede contaminantes de atingirem o aquífero. Ou seja, além de mais fácil de ser retirada, a água do reservatório da Região Norte é mais limpa. "É uma água de muito boa qualidade, que não precisa de estação de tratamento", afirma o geólogo.

Outro aspecto destacado na pesquisa é a espessura do manancial, que vai de 500m a 600m, enquanto a do Guarani tem em média 300m. "Isso quer dizer que temos quase o dobro de água armazenada do Alter do Chão em relação ao Guarani", comenta Matta. Os pesquisadores, no entanto, ainda não determinaram com precisão razoável as profundidades do aquífero do Norte. Financiamento Depois dos estudos preliminares, os técnicos preparam um projeto para apresentar ao Banco Mundial e a outros financiadores para viabilizar um levantamento mais detalhado sobre o potencial do aquífero. A intenção é obter dados para comprovar definitivamente que se trata do maior reservatório subterrâneo de água doce do mundo. O custo desse levantamento está orçado em US$ 5 milhões. Segundo Matta, o valor representa a sexta parte do que foi investido no Aquífero Guarani nos últimos cinco anos. "Depósitos de águas subterrâneas são reservas estratégicas para mais da metade da população paraense. Eles precisam ser conhecidos para que possam ser usados com sustentabilidade. São um patrimônio inalienável da nação brasileira", justifica o pesquisador. Ele lembra que o Alter do Chão hoje abastece cidades como Manaus e diversos municípios do Pará, como Santarém.

Para o gerente de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas (ANA), Fernando Roberto de Oliveira, um estudo sobre o Aquífero Alter do Chão é essencial para o abastecimento brasileiro. "A Bacia Sedimentar do Amazonas potencialmente comporta grandes aquíferos, sendo que alguns deles podem estar interligados, podendo configurar um grande sistema, sendo inicialmente denominado Sistema Aquífero Amazonas. O Alter do Chão seria um dos aquíferos desse sistema", explica. Quanto às vantagens oferecidas pelo Alter do Chão, Oliveira afirma que o conhecimento sobre suas dimensões e reservas ainda é pequeno. "Porém, as prospecções iniciais indicam volumes de água armazenados muito elevados, podendo constituir um aquífero estratégico para a região, em que pese a grande disponibilidade de águas superficiais." Oliveira diz que a ANA está preparando edital de licitação para contratar empresa de consultoria para elaborar estudos geológicos sobre o Alter do Chão.

(Sílvia Pacheco) (Correio Braziliense, 27/4)

CURSO DE GESTÃO E CAPACITAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

CURSO DE GESTÃO E CAPACITAÇÃO
EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas - ABAS através do Núcleo Ceará realizará o CURSO DE GESTÃO E CAPACITAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, nos dias 27 a 28 de maio de 2010, no Auditório Espaço das Águas da COGERH/SOHIDRA, situado na rua Adualdo Batista, nº. 1550, (próximo ao Centro Administrativo do Cambeba), na cidade de Fortaleza - CE.
PROGRAMAÇÃO

Ministrante: Prof. Dr. João Carlos Simanke de Souza.

* Arcabouço legal para gestão integrada de recursos hídricos subterrâneos e superficiais e os instrumentos da Lei nº. 9.433/97;
* Planejamento, construção de poços tubulares e testes de bombeamento;
* Proteção da qualidade da água subterrânea: guia para empresas de saneamento, autoridades municipais e agências ambientais;
* Vulnerabilidade natural de aqüíferos, áreas de proteção de aqüíferos e perímetros de proteção de poços e fontes;
* Novas tecnologias para captação de águas subterrâneas - poços coletores horizontais;
* Hidrogeologia e planejamento ambiental.

INVESTIMENTO

Profissional Associado à ABAS (em dia com a anuidade 2010): R$ 100,00
Profissional Não Associado à ABAS: R$ 150,00
Estudante de Pós-Graduação Associado à ABAS (em dia com a anuidade 2010): R$ 50,00
Estudante de Curso de Graduação/Curso Técnico Associado à ABAS (em dia com a anuidade 2010): GRÁTIS.
INSCRIÇÕES

O pagamento poderá ser efetivado através de:
1) Depósito bancário: BANCO DO BRASIL - Agência 3515-7 - C/C 5403-8 - CNPJ nº. 51.207.413/0001-82. O comprovante deverá ser encaminhado para o Fax nº (85) 3218-1557 em atenção a ABAS com nome(s) e telefone do(s) inscrito(s) para identificação do crédito e contato.
2) Cheque nominal a ABAS: este deverá ser entregue diretamente na Adualdo Batista, nº. 1550. Horário: 08:00h às 12:00h e 13:00h ás 16:30h.
CONTATOS

ABAS-CE
(85) 9988-2178 - Said
(85) 32181557 - Augusto
E-mail: asso@sohidra.ce.gov.br

VAGAS LIMITADAS!

CONTAMOS COM SUA PRESENÇA!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

UFSCar abre vagas para professor adjunto

UFSCar abre vagas para professor adjunto
13/5/2010

Agência FAPESP – A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no campos de São Carlos, abre processo seletivo para contratação de três professores adjuntos para atuar em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP).

Uma vaga é para o Departamento de Engenharia de Produção, na área de Gestão Econômica, nas subáreas de administração financeira, engenharia econômica, gestão de custos, e gestão financeira de projetos.

A outra vaga é para o Departamento de Computação na área de Computação e subárea de circuitos e sistemas.

Há também outra oportunidade no Departamento de Artes e Comunicação na área/subárea audiovisual/teoria do audiovisual.

Exige-se titulação mínima de doutor. O concurso será constituído de prova escrita e didática (eliminatórias e classificatórias), prova pública de arguição do plano de trabalho em ensino, pesquisa e extensão (classificatória), além de análise do currículo (classificatório).

As inscrições serão realizadas somente pela internet até 4 de junho, 26 e 21 de maio, respectivamente. A remuneração é de R$ 6.722,84.

Mais informações: www.concursos.ufscar.br/lista.php

PROÁGUA- Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos

Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos - PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial por meio do Acordo de Empréstimo 7420-BR. O Programa originou-se da exitosa experiência do PROÁGUA/ Semi-árido e mantém sua missão estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infra-estruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo assim o uso racional dos recursos hídricos. O PROÁGUA Nacional terá duração de 3 (três) anos e recursos equivalentes a US$ 200 milhões, dos quais 25% serão financiados pelo Banco Mundial e os 75% restantes a título de contrapartida nacional (União e Estados).

Em relação ao PROÁGUA/Semi-árido, as principais mudanças incorporadas ao PROÁGUA Nacional são:
(i) a ampliação da área de abrangência do Programa para todo o território nacional; e
(ii) a consideração de investimentos transversais ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos, ou seja, não apenas investimentos estruturais de aumento da oferta de água, mas também investimentos em obras de usos múltiplos.

Água para o desenvolvimento brasileiro

Água para o desenvolvimento brasileiro
Benedito Braga - DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA) Em geral associa-se água ao meio ambiente. Pensa-se em água como elemento vital que deve ser preservado e conservado. Água tem também significado religioso, cultural, político e até estratégico. Um aspecto que muitas vezes passa despercebido ao cidadão comum é de que a água é um recurso fundamental para o desenvolvimento das nações. O Brasil detém 12% da água doce do planeta. A maior parte desta água está localizada na bacia amazônica, onde nossas demandas para usos consuntivos (os que consomem água), como o abastecimento doméstico e a indústria são insignificantes. No Nordeste, onde vive 30% de nossa população, somente 3% destes recursos hídricos estão disponíveis. Esta situação de disponibilidade regional desequilibrada associada à má qualidade da água em nossos cursos d’água impõe uma ação coordenada no setor de infraestrutura e gerenciamento de recursos hídricos. Hoje a Agência Nacional de Águas (ANA) dispõe de estudos que dão conta que o problema do abastecimento doméstico de água no Nordeste, por exemplo, poderia ser definitivamente resolvido com investimentos em infraestrutura da ordem de R$ 3,4 bilhões quantia insignificante se considerarmos os benefícios sociais advindos. Mas investir em infraestrutura somente não resolve o problema. O processo de financiamento deve necessariamente envolver compromisso de desenvolvimento de um sistema de gerenciamento com garantia de sustentabilidade técnica e financeira das obras implantadas. Este foi o espírito do recém-finalizado Proágua, programa desenvolvido pela Agência Nacional De águas e pelo Ministério da Integração Nacional com o apoio do Banco Mundial, em que o financiamento da obra somente era dado se houvesse um plano de manejo sustentável após sua implantação. A ANA, também preocupada com o problema da qualidade da água, lançou já em 2001 um programa para subsídio eficiente ao setor de saneamento para tratamento de esgotos. O Programa Despoluição de bacias hidrográficas (PRODES), que ao invés de financiar obras, paga por resultados. Quando a estação está funcionando, o prestador de serviço de saneamento pode retirar o valor devido. Assim, impede-se a existência de obras superfaturadas, que não funcionam ou pouco eficientes. A Agência já investiu mais de R$ 100 milhões no PRODES – que contemplou mais de 4 milhões de pessoas –, enquanto os municípios beneficiados aportaram mais que o triplo desse valor. O futuro nos leva à Amazônia. Lá temos 50% de nosso potencial hidroelétrico em uma região ambientalmente sensível ao Norte do país. Os rios amazônicos são o caminho natural para escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste. Hoje o escoamento da soja lá produzida requer dispêndios do governo da ordem de R$ 1,2 bilhão. Esta produção é transportada por caminhões por milhares de quilômetros para os portos do Sul encarecendo nossos produtos no mercado internacional. Como compatibilizar os usos múltiplos das águas da Amazônia, viabilizando ao mesmo tempo hidroeletricidade e navegação, com a conservação ambiental é o grande desafio do desenvolvimento e da gestão de recursos hídricos no Brasil para a próxima década.

Fotos da Posse da Nova Diretoria da ABAS Nucleo Ceará, realizado no dia 30 de abril de 2010 no Espaço das Águas COGERH/SOHIDRA


Da esquerda para direita, Excelentissimo Senhor Secretário dos Recursos Hídricos Dr. Cesar Augusto Pinheiro, ao lado o Ilustrissimo Senho Presidente da Associação dos Servidores da SOHIDRA Dr. Francisco Said Gonçalves, Ilustrissimo Senhor Presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hidricos - COGERH Dr. Francisco Coelho Teixeira, Ilustrissimo Senhor Superintendente da Superintendencia de Obras Hidraulicas - SOHIDRA Dr. Leão Humberto Montezuma Santiago Filho.



Com Microfone Dr. Mario Fracalossi Junior, Ex-Presidente do Nucleo ABAS-CE Biênio 2008-20010.



Com a Palavra Senhor Secretario dos Recursos Hidricos Dr. Cesar Augusto Pinheiro, ao seu lado Senhor Presidente da ASSO Dr. Francisco Said Gonçalves e o Senhor Superintendente da SOHIDRA Dr. Leão Humberto Montezuma Santiago Filho.




Com microfone Dr. Leão Humberto Montezuma, ao lado, Dr. Francisco Said Gonçalves.












Discursando Dr. Francisco Said Gonçalves, Presidente do Nucleo ABAS-CE.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O oxigênio que faltava

PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA
O oxigênio que faltava

Por Flavia Lefèvre em 11/5/2010

Não há surpresa alguma quanto às reações após o anúncio do Plano Nacional de Banda Larga pelo governo federal.

Pelo lado dos consumidores, é animadora a perspectiva concreta de redução de preços e crescimento da penetração dos serviços de telecomunicações, como consequência do estímulo à competição que a atuação da Telebrás como fornecedora de infraestrutura em condições isonômicas a todos os possíveis competidores certamente trará.

Pelo lado das empresas competidoras, já temos manifestações sobre a satisfação com relação à perspectiva de atuação da Telebrás como gestora da infraestrutura de acesso ao serviço de comunicação de dados, de modo que se pode esperar o fim do efeito perverso do domínio que os grupos econômicos que hoje controlam as teles – Telefonica, Telmex e Oi – promovem há mais de dez anos nos mercados de telefonia fixa, móvel e comunicação de dados.

E, especialmente, o PNBL para as pequenas e médias empresas poderá significar fôlego financeiro, pois, levando em conta que irão atuar como agentes econômicos para se atingir a inclusão digital, como foi anunciado pelo governo federal, poderão pretender dividir com as teles os recursos públicos provenientes do BNDES, que até hoje têm sido revertidos em borbotões de bilhões de reais e em condições questionáveis para as concessionárias, que não investem como deveriam no setor, deixando os bens públicos em condição de sucateamento. O mesmo se diga quanto à possibilidade de receberem recursos do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), que, antes do PNBL, só poderiam ser revertidos para as teles.

Sem respostas

Pelo lado dos poderes públicos, as notícias sobre o PNBL geram alívio, uma vez que, se tudo der certo, poderão ver-se livres da posição de reféns das teles, que cobram o que querem pelo fornecimento de acesso à rede de comunicação de dados, uma vez que, de acordo com o Fato Relevante enviado pela Telebrás à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o provimento deste serviço a órgãos públicos caberá também a Telebrás, que poderá contratar diversas empresas para cumprir essa finalidade. Isso sem falar nas incertas continuidade e qualidade dos serviços, como vem ocorrendo com a Telefonica em São Paulo e em toda a região de concessão da Oi, que têm causado enormes prejuízos com a interrupção da comunicação com bombeiros, polícia, INSS etc.

Porém, pelo lado das teles, o anúncio da nova política pública causa desespero justificado; não é fácil largar o osso! De que osso estamos falando? Do enorme privilégio de operarem em caráter exclusivo a rede de comunicação de dados há mais de dez anos, sem absolutamente nenhum controle por parte da Anatel e sem nenhuma contrapartida, com o direcionamento de suas atividades privilegiando as localidades onde há consumidores com os bolsos cheios. E, mais, tendo pagado apenas R$ 9 mil pelas autorizações outorgadas para a exploração dos serviços de comunicação de dados, em condições cuja legalidade tem sido questionada nos tribunais do país.

As teles já começaram a mobilizar seus arsenais judiciais, cujos custos estão embutidos na tarifa que pagamos pela telefonia fixa, assim como o custo do marketing e outras estripulias que é melhor deixarmos de lado. Já falam em questionar judicialmente o PNBL. Os lobistas não param de se manifestar nas emissoras de rádio e nos jornais, na tentativa vã de convencerem a sociedade de que a quebra de seus monopólios não atende aos anseios e interesses públicos.

Porém, os ouvintes dos discursos das teles devem considerar que o papel de definidor de planos nacionais para o desenvolvimento social e econômico do Poder Executivo está expresso na Constituição Federal – art. 21, inciso IX, assim como a titularidade da União para explorar diretamente ou por concessão os serviços de telecomunicações – art. 21, inciso XI.

Ou seja, é inegável que temos muito a comemorar, torcer e contribuir para que o PNBL possa de fato significar oxigênio no setor de telecomunicações, que deixou de apresentar respostas às reais demandas do país, desde 2003, quando as metas de universalização do serviço de telefonia fixa foram cumpridas (diz a Anatel que foram cumpridas; há controvérsias, inclusive no Tribunal de Contas da União).

Novas orientações

A partir de 2003, o esforço da sociedade – que há anos paga uma assinatura básica abusiva – para a implantação da infraestrutura não resultou em democratização na utilização dos serviços e em ganhos sociais. Ao contrário, a utilização de todos os serviços, inclusive da telefonia fixa, está concentrada nas classes mais abastadas, que podem pagar pelas tarifas e preços abusivos praticados hoje no mercado brasileiro. Prova disso é a penetração vergonhosa da telefonia fixa no país – 20 acessos em serviço por 100 habitantes e a redução progressiva até dos orelhões – de 7,5 por mil habitantes em 2003, para 6∕1000 em 2008 e, se a Anatel implantar o que já anunciou, 4,5∕1000, a partir de janeiro de 2011.

Não podemos nos dar por satisfeitos com o fato de que o número de linhas móveis habilitadas bate recordes sucessivos. Este fato isolado não representa um ganho significativo para a sociedade. Só poderíamos concluir assim caso o tráfego de voz nas redes das empresas móveis fosse volumoso, e que essas linhas pudessem propiciar o acesso ao serviço de comunicação de dados. Mas não podem, pois 85% delas operam no sistema pré-pago e têm como suporte aparelhos simples. No entanto, é fato reconhecido pelo próprio Ministério das Comunicações que o Brasil ocupa o lamentável penúltimo lugar do ranking das pesquisas neste quesito. E, mais sério, caso as mais de 170 milhões de linhas móveis estivessem em condições de utilizar plenamente o serviço de dados, nossa atual infraestrutura de redes não suportaria.

Outra importante consequência decorrente do PNBL será a redução significativa das tarifas e preços não só do serviço de comunicação de dados, mas também da telefonia fixa, móvel e da televisão por assinatura. Isto porque, levando-se em conta a tendência de os consumidores contratarem de um único fornecedor um pacote com todos os serviços, havendo mais competidores a disputa entre eles por fatias de mercado implicará o barateamento da oferta no varejo.

Fundamental: não podemos nos esquecer do que significa o PNBL para a Anatel. A princípio, muito trabalho para atender ao interesse público. Nossos reguladores terão de pôr em dia as tarefas que estão atrasadas há mais de sete anos – desde a edição do decreto 4.733∕2003, que estabeleceu novas orientações para a política de telecomunicações: definição e implantação do modelo de custos, a fim de que as tarifas reflitam equilíbrio para operadores e consumidores; regras de desagregação e compartilhamento de redes; licitação para distribuição de freqüências, viabilizando o ingresso de novos agentes no mercado, entre outras.

Realismo e maturidade

A reativação da Telebrás trará, ainda, um efeito muito positivo para o setor e que merece ser muito comemorado: o peso regulatório da atuação da nefasta e obscura Anatel – ou melhor, da inação da agência – passa a ficar menos determinante para o mercado.

E quanto às críticas? Vamos aguardar a edição do decreto presidencial. De qualquer forma, minha primeira crítica ao governo federal fica no campo do senso de oportunidade. Por que demoraram tanto para apresentar um plano nacional de banda larga? Por que os agentes comprometidos e que deram o sangue para conseguir emplacar o PNBL junto à Presidência da República arriscaram tanto, deixando para os últimos minutos do governo Lula a sua apresentação? Dependendo dos resultados das eleições, esses esforços poderão ter sido vãos e significar uma frustração enorme para a sociedade, caso o PNBL não venha a ser posto em prática.

Mas, voltando para o campo do realismo, maturidade e otimismo: vivas ao Plano Nacional de Banda Larga!
Leia também

Visão de longo prazo e responsabilidade – Flávia Lefèvre Guimarães

COBERTURA ECONÔMICA-A sopa dos números

COBERTURA ECONÔMICA
A sopa de números

Por Washington Araújo em 11/5/2010

A arte de escrever manchetes parece estar em baixa no Brasil. Ao menos em nossos jornais diários de maior circulação. Refiro-me às manchetes de segunda-feira (10/5). O assunto é o mesmo, a idéia geral é a mesma e a palavra-chave das três manchetes é a palavra "crise". Vejamos:

** O Globo: "Europa socorre países em crise com mais US$ 650 bi"

** Folha de S.Paulo: "Europa visa conter crise com pacote de € 750 bi"

** Estado de S.Paulo: "UE negocia criação de fundo de € 500 bilhões para gerenciar crises"

É claro que não há reparo algum ao tema levado às manchetes. O problema é que o diabo continua morando nos detalhes. E, nesse caso, os detalhes elevam-se a bilhões em moeda forte, sonante, de encher os olhos. Observe o leitor que a diferença entre um e outro pode chegar aos 250 bilhões de euros, diferençazinha desprezível de pouco mais que 574 bilhões de reais.

Deve também se observar que enquanto dois optam pelo euro como moeda na manchete – os dois jornais paulistas – o carioca O Globo vai mesmo de dólar norte-americano. Em se tratando de crise encravada solidamente no continente europeu, capaz de contagiar como catapora em crianças da vizinhança, a verdade é que o caos que vem se tentando controlar na Grécia ameaça seguir para Espanha e Portugal e em seu rastro trazer incertezas aos demais potentados que sustentam a economia do velho continente – França e Alemanha, principalmente.

Onde canta o galo

É fato que redigir uma boa manchete não é fácil. A intenção é sempre a de dizer o mais importante acontecido no dia anterior, mas dizer de forma que informe o fato principal do assunto escolhido e que capture a atenção dos leitores. E tem que ser curta. Mais fácil de ser apreendida, entendida, replicada. Para conseguir o feito há que ser clara.

Acontece que as três manchetes variam não apenas no tamanho da cifra, algo fundamental em se tratando de manchete sobre economia, mas também na ação que buscou retratar. É aqui que mora a imprecisão. O Globo decidiu usar "socorrer", dando idéia do que melhor retrata o aporte de fundos da União Européia; a Folha escolheu algo brando, muito leve, a junção do "visar" com o "conter"; o Estadão foi de "negociar".

Quem conseguiu ultrapassar a manchete correu para a editoria de Economia ou de Internacional, observou que a confusão estava apenas anunciada na capa de cada jornal. Em um jornal a informação está toda focada nas ações da própria União Européia, em outro o peso ficava sobre os ombros do Fundo Monetário Internacional, e entre um e outro surgia como salvador das finanças européia o Federal Reserve Bank – Fed para os íntimos, dos Estados Unidos.

Enfim, perseguir os fatos relevantes e, após encontrá-los, dissecá-los, pelo jeito foi deixado inteiramente a critério de cada leitor; e se esse leitor estivesse acompanhando a crise grega, provavelmente desejaria ler na internet – que é bem mais em conta – o que os outros jornais e portais noticiosos estavam trazendo sobre o assunto.

Pronto. O quebra-cabeça tinha mais peças do que o anunciado na caixa e o trabalho duro mesmo é montar uma matéria que se ponha em pé, com início, meio e fim, algo que após ser lido seja compreendido e, começando pelo montante gritado na manchete, haveria de se converter dólares americanos em euros, descobrir se o pacote estava aprovado ou, como sugere o Estadão, ainda em fase de negociação... enfim, a manchete deveria mostrar que o galo não apenas cantou como também em que lugar estava cantando e, se possível, quanto tempo durou a cantoria.

Notícias completas

As notícias sobre a economia sofrem com títulos desastrosos. E mais ainda com coberturas desastrosas. Editores de Economia poderiam visitar seus arquivos e, com certeza, iriam encontrar matérias de melhor qualidade, com apuração adequada, muito distante dos contumazes pilotos-automáticos que vira e mexe são acionados. Descobririam a importância de boxes explicativos, a necessidade de trocar em miúdos 750 bilhões de euros.

Útil também seria a análise bem fundada sobre os efeitos da atual crise européia na economia nacional. Igualmente, alguma santa alma, alma de economista competente com aura de jornalista perspicaz, poderia nos dizer se o remédio financeiro é suficiente para debelar a enfermidade do paciente... e, de quebra, se esta ainda apresenta características contagiosas.

Não posso deixar de passar em branco a sensação – então lembro Lúcia Hippolito com suas diárias e corriqueiras "sensações" – muitas vezes usual e infantil de que a mídia (especialmente a impressa) tem uma queda irresistível para ver apenas o lado ruim das coisas. Nada demais que a mídia busque, sim, o extraordinário, o raro, o inédito, o curioso. Mas, tem que ser sempre bem sucedida em se tratando de noticiar tragédias?

A Grécia conflagrada, o populacho ensandecido, promovendo quebra-quebra para grego nenhum botar defeito, e a consequente repressão policial estarão sempre em matérias mais bem elaboradas, com mais apuração, mais espaço e mais doses de talento aplicadas à sua feitura em nossos jornalões do que a decisão em tempo recorde de salvar a economia com providenciais 650 bilhões de dólares, 500 bilhões de euros ou 750 bilhões de euros?

Pelo que vejo, daqui por diante as notícias publicadas em nossa grande mídia só serão completas se tratarem de José Serra e Dilma Rousseff. E números confiáveis e transparentes somente os que informam o valor pecuniário das multas aplicadas pelo TSE aos pré-candidatos presidenciais. Será isso?

Engrenagem do crédito no Ceará gira R$ 41,4 bi

Engrenagem do crédito no Ceará gira R$ 41,4 bi

O dinamismo econômico do Nordeste - cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresce acima da média nacional - está impulsionando o mercado de crédito na região. De acordo com dados mais recentes do Banco Central (BC), no primeiro bimestre do ano, o saldo de operações na região somou R$ 294,5 bilhões - 32,4% a mais do que em igual período de 2009. No Ceará, atingiu R$ 41,418 bilhões, representando incremento de 24,7% e 76,4%, se comparado aos desempenhos de 2009 e 2008, respectivamente.

Os números referem-se à oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas, considerando operações realizadas por bancos e outras instituições financeiras públicas e privadas, como agências de fomento, companhias hipotecárias, cooperativas de crédito, sociedades de arrendamento mercantil e de crédito imobiliário. Ainda segundo o BC, o Nordeste lidera a expansão do crédito nos últimos cinco anos, em termos percentuais, com alta acumulada de 331,5% até o fim do ano passado.]

Pessoa Física puxa

Conforme o levantamento, o que mais cresce no Nordeste é o financiamento a pessoas físicas. No primeiro bimestre de 2004, o saldo de operações para este segmento na região somava apenas R$ 22,3 bilhões. Em igual intervalo deste ano, o montante saltou para R$ 131,9 bilhões - 491,4% de incremento. No mesmo intervalo de comparação, o saldo de operações a pessoas jurídicas saiu de R$ 46,2 bilhões para R$ 161,6 bilhões - alta de 251,4%, no entanto, sendo mais representativo que o financiamento a pessoas físicas.
Operações no Ceará

No Ceará, o saldo total de operações saiu de R$ 10,9 bilhões, no primeiro bimestre de 2004, para os atuais R$ 41,4 bilhões - alta de 279,8%.

Um desempenho puxado também pelos empréstimos a pessoas físicas, cujas operações no período cresceram nada menos do que 511,6%, saindo de R$ 2,83 bilhões, em 2004, para R$ 17,6 bilhões, no mesmo intervalo de comparação. No caso dos recursos liberados a empresas, o incremento chegou a 194,5%, passando de R$ 8,05 bilhões para 23,7 bilhões.

De acordo com o economista e professor Henrique Marinho, a expansão - verificada tanto no Ceará como no Nordeste - foi bastante expressiva, superior à média nacional, impulsionada pelas operações de pessoas físicas para financiamento de veículos, habitacionais e de todas as atividades que foram beneficiadas pelas políticas de incentivo ao consumo. "No lado das pessoas jurídicas as operações do BNDES, BB e BNB tiveram papel relevante", comenta.

Mais empregos

A explicação para este crescimento dos financiamentos à pessoa física, segundo Viana, deve-se, em parte, ao fato de o Nordeste ter gerado bons saldos de empregos formais, o que impacta na comprovação de renda, uma das exigências para a liberação de recursos por parte das instituições financeiras. "Com o aumento da renda comprovada, o trabalhador pode ingressar no sistema financeiro e, geralmente o faz, por meio da conta em banco, do cartão de crédito e do empréstimo consignado". Viana ressalta, também, a presença do crédito imobiliário, que tem encontrado condições propícias para crescer, em virtude dos programas federais de estímulo à compra da casa própria. "A lei que instituiu a alienação fiduciária deu mais segurança aos empréstimos imobiliários, já que o financiador tem a garantia do imóvel". Ele destaca que, no tocante ao crédito para pessoas jurídicas, tem crescido o nível de formalização de empresas na região.

BOLO DE RECURSOS

Participação do NE ainda é pequena

Nordeste responde por cerca de12% das operações de crédito do Brasil, mas possui 28% do total nacional
Apesar de animadores, os porcentuais de incremento do crédito ainda refletem a baixa base de comparação nordestina, em relação ao Sudeste e Sul.

Apesar de animadores, os porcentuais de incremento do crédito ainda refletem a baixa base de comparação nordestina, em relação ao Sudeste e Sul.

Segundo o economista Ênio Viana, o bolo de recursos está crescendo no Brasil como um todo. E o Nordeste tem registrado desempenho acima da média das demais regiões porque tinha uma participação muito pequena na fatia do dinheiro que era movimentado. "Estamos tirando o atraso em relação ao Sul e Sudeste", afirma.

De fato, segundo o economista Henrique Marinho, o Nordeste responde por cerca de12% das operações totais de crédito do Brasil, apesar de contar com uma população de 28% do total nacional. O Sudeste detém 57% dos financiamentos, seguido do Sul, com 18%. Já o Centro-Oeste e o Norte respondem por 9% e 3%, respectivamente.

Juros

O próximo passo do mercado financeiro no País, segundo Viana, é a migração do crédito caro para o barato. "O crédito imobiliário, por exemplo, é mais saudável do que o cartão e o cheque especial, porque os juros são menores. Quando você dimunui o risco, a operação fica mais barata", argumenta.

O economista acrescenta que o crédito imobiliário ainda representa de 3% a 4% do PIB nacional. Mas a estimativa dos analistas de mercado é de que ele chega 12% do PIB nos próximos cinco anos.

"O crédito como um todo ainda vai crescer muito no Brasil", reforça. (SC)

Fonte: Diário do Nordeste

sábado, 1 de maio de 2010

Educar para prevenir/ANVISA

Educar para prevenir


Eles têm entre nove e 13 anos e chamam a atenção dos pais quando descumprem normas sanitárias básicas. A Patrulha Mirim de Rio do Oeste, micro-região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é formada por 648 estudantes de quarta a oitava séries. Eles receberam o “título” de fiscais sanitários mirins após treinamento realizado pela vigilância sanitária local.

Essa experiência foi relatada durante o Fórum Regional de Vigilância Sanitária da Região Sul, que terminou nesta quarta-feira (16), em Porto Alegre (RS). O programa de Rio do Oeste teve início em 2004 e tem por objetivo envolver a comunidade com a prática da vigilância sanitária.

A capacitação das crianças é feita pelos profissionais de vigilância, e inclui uma parte teórica, ministrada durante a disciplina de ciências, e experiências práticas, com inspeções sanitárias educativas. O programa pretende promover uma mudança radical de hábitos e costumes na região, a partir da cobrança das crianças.

O projeto “Caminhoneiro Informado Transportando Saúde” é outra experiência educativa que tem contribuído para ampliar a consciência sanitária da população. No posto de Fronteira Dionísio Serqueira (SC), fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desenvolvem ações de saúde pública para orientar os caminhoneiros que passam pela aduana. Verificação da pressão arterial, vacinação e palestras sobre prevenção de doenças são algumas das atividades realizadas semanalmente, sempre às terças-feiras.

“A vigilância sanitária é uma das áreas mais complexas da saúde pública. Os saberes e práticas da vigilância se situam num campo de convergência de várias disciplinas do conhecimento humano. Precisamos investir em educação para que o cidadão seja nosso parceiro e exija melhorias contínuas”, disse o representante do Ministério Público, Paulo Roberto Charqueiro.

Em Curitiba (PR), a vigilância local realiza, desde 2006, um trabalho pioneiro de acompanhamento das condições sanitárias dos serviços de hemodiálise em UTIs. A legislação nacional e internacional é restrita ao tratamento para doentes crônicos e é omissa quanto ao tratamento da insuficiência renal aguda em UTIs. Para garantir a segurança do procedimento, foi criado um roteiro de inspeção padrão.

“Passamos a acompanhar os 14 hospitais de Curitiba que realizam hemodiálise nas UTIs. Fizemos um diagnóstico sobre a qualidade da água e estabelecemos padrões, mas, apesar do acompanhamento freqüente dos serviços, temos dificuldade na execução de algumas solicitações. É muito importante que tenhamos uma legislação específica sobre o tema para respaldar os fiscais”, afirma Izabel Taraska, de Curitiba.

As melhores experiências apresentadas durante os cinco encontros regionais serão reapresentadas no fórum nacional, que será realizado em Brasília, em novembro. Os relatos também farão parte de um livro, cujo lançamento está previsto para a ocasião.



Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

FÓRUM DE ENGENHARIA

CIRO NA MÍDIA

CIRO NA MÍDIA
A entrevista do barulho

Por Alberto Dines em 26/4/2010

Sobre comentário para o programa radiofônico do OI, 26/4/2010

Foi a entrevista do ano, a bomba do ano ou a mais barulhenta rajada de metralhadora de um ano eleitoral recém iniciado. A entrevista do deputado Ciro Gomes, ex-futuro candidato socialista (PSB) à Presidência da República, foi concedida na noite de quinta-feira (22/4), divulgada na manhã do dia seguinte com grande destaque no portal Último Segundo, foi a vedete do noticiário do fim de semana no resto da mídia e, pelo teor, está fadada a servir de munição até outubro ou novembro.

O que Ciro disse não interessa – pertence exclusivamente aos observatórios político-eleitorais –, mas o que importa são as circunstâncias jornalísticas que os meios de comunicação não quiseram, não puderam ou não têm o hábito de assinalar.

Em primeiro lugar: a entrevista foi assinada pelo jornalista Eduardo Oinegue, responsável pelo portal. Em segundo lugar: o Último Segundo não esconde, ao contrário, gaba-se das conexões acionárias com setores do governo federal. Chegou mesmo a empreender uma limpeza ostensiva no seu quadro de colaboradores e parceiros eliminando qualquer possibilidade de pluralismo. Em terceiro lugar: o entrevistador sabia que o entrevistado seria fritado – ou cristianizado – nos próximos dias como segundo candidato da base aliada à sucessão do presidente Lula. Sabia, como todos os cidadãos que acompanham o noticiário político, que Ciro Gomes não cultiva o estilo sutil.

Por acaso supunha que o deputado paulista-cearense viria com um discurso resignado? Ou a finalidade da entrevista era justamente provocá-lo para um destempero e justificar o cartão amarelo dos próximos dias?

Qualquer que tenha sido a motivação política da entrevista, Ciro Gomes realizou a façanha de acabar com uma chatíssima disputa "plebiscitária" centrada em alfinetadas ou, o que seria pior, em ações de aloprados.

História necessária

Ainda no carnê de avaliações jornalísticas:

** O destaque dado à entrevista na home-page do Último Segundo na manhã de sexta (23/4) evaporou-se mais rapidamente do que sói acontecer no jornalismo digital. No início da tarde, o portal já havia esquecido o conteúdo das bombas de Ciro Gomes e cuidava apenas da repercussão (contra).

** A Folha de S.Paulo no dia seguinte (sábado, 24) estava visivelmente enciumada: os opinionistas oficiais da Casa prontamente minimizaram a importância do pronunciamento. No passado, este tipo de comportamento era chamado no jargão das redações de "brigar com a notícia".

** Comprometida em contextualizar o noticiário e, sobretudo, esclarecer o leitorado mais jovem, nossa imprensa esqueceu de fazer no sábado ou domingo (25) um perfil de Ciro Gomes Até para justificar um eventual descaso pelo que disse. Os jornais não se esforçaram nem conseguiram distinguir-se dos portais de notícias. É o que a nova ouvidora da Folha, Suzana Singer, chamou de "harakiri coletivo" dos jornais impressos (ver "Em busca do leitor real", para assinantes).

** Ninguém se interessou em explicar a origem do verbo "cristianizar" que hoje poderia ser traduzido como "crucificar politicamente". Foi o que aconteceu com o PSD em 1950, que lançou Cristiano Machado à sucessão de Eurico Gaspar Dutra mas votou em Getúlio Vargas, do PTB.

** Idem, no tocante à curiosa e contraditória pré-história do Partido Socialista Brasileiro, que começou em 1945 como ala da conservadora UDN, batizada como Esquerda Democrática, porque não admitia apoiar o totalitário Getúlio Vargas perseguidor dos socialistas durante o Estado Novo. Este percurso genealógico seria de grande utilidade para o eleitor que em 2010 porventura estranhe a presença de Paulo Skaf e Gabriel Chalita na lista do PSB.

QUALIDADE DAS ÁGUAS

Com o objetivo de obter um diagnóstico das condições técnico-operacionais e da qualidade de atendimento no sistema de abastecimento de água (SAA), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – Arce, realizará, neste mês de maio, fiscalização em mais sete municípios cearenses. Desta vez, os técnicos estarão nas cidades de Saboeiro e Tarrafas (03 a 07 de maio); Acarape e Redenção (10 a 14 de maio); Lavras da Mangabeira e Ipaumirim (17 a 21de maio) e Caucaia (24 a 28 de maio). Já em Itapipoca, município que também receberá a visita de técnicos da Arce, a avaliação será no sistema de esgotamento sanitário (SES). Lá, os trabalhos serão desenvolvidos no período de 24 a 28 de maio.



Para medir a qualidade do produto ofertado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará - Cagece , e o nível de satisfação, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará opera na regulação e fiscalização do serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário. No total, são 148 municípios cearenses submetidos à atividade reguladora exercida pela Arce e que podem passar por auditorias técnicas, sejam elas sistemáticas ou periódicas. São feitos, ainda, julgamento e mediação de conflitos entre usuários e a concessionária; edição de regulamentos e análise de propostas de reajuste, inclusive com revisão tarifária. Ressalta-se que Fortaleza, apesar de ser atendida pela Cagece, não é fiscalizada pela Arce, sendo tal atribuição de responsabilidade da prefeitura de Fortaleza.



Para tornar o trabalho de fiscalização mais ágil, a Agência Reguladora solicita à Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece, o envio de documentos que contenha laudos referentes aos últimos 12 meses sobre a qualidade da água distribuída nos municípios visitados; relatório de análise da situação operacional do sistema (o mais atual); relatório de controle operacional dos últimos doze meses; relatório de dados operacionais de 2009; registros de atendimento comercial com dados consolidados de reclamações e solicitações de serviços; croqui esquemático do sistema de abastecimento de água da região e, ainda, relação de usuários não hidrometrados que tenham consumo maior que 20m³. Com o intuito de aprimorar as ações de fiscalização, os técnicos da Arce solicitaram, também, cópia de contas de água encaminhadas aos usuários (frente e verso e que sejam dos últimos doze meses) e registros de atendimento comercial, informando o prazo médio por tipo de atendimento.



No tocante à fiscalização do SES, a Cagece fica na obrigação de repassar informações sobre os laudos do monitoramento da qualidade de esgoto afluente e efluente dos últimos doze meses; cópias dos relatórios de ocorrências operacionais do sistema; dados atuais relativos aos índices de cobertura e atendimento, croqui esquemático do SES e plano de monitoramento e controle da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade fiscalizada.



30.04.2010

Assessoria de Imprensa da ARCE
Angélica Martins ( angelica.martins@arce.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. 3101.1020)

Dia do Trabalhador

Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos
30-04-2010
O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista.


Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.

Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.

A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.

Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.

Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.

Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.

Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!



Professor Emir Sade

Fonte Carta Maior