Norte e Nordeste concentram maior parte da população que não se alimenta direito e que passa fome
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Há 64 anos, o geógrafo Josué de Castro lançava sua obra mais importante, A Geografia da Fome, na qual fazia uma análise do problema da fome no país e sua relação com fatores econômicos, como a posse da terra. Hoje, 30 anos depois da morte do geógrafo, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a situação melhorou, mas que as regiões Norte e Nordeste ainda concentram a população que não se alimenta direito e até passa fome.
Os dados, divulgados hoje (25), são do suplemento Segurança Alimentar, elaborado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), de 2009. Segundo o documento, em todos os estados do Norte e do Nordeste, os domicílios estavam abaixo da média nacional de 69,8% em relação à alimentação adequada. No Norte, o percentual registrado foi de 40,3% e no Nordeste, de 46,1% dos domicílios. No Sul e no Sudeste, os percentuais foram de 18% e 23,3%.
No Norte e no Nordeste, a fome foi constatada em 9,2% e em 9,3% das residências, respectivamente, sendo que, no Maranhão e no Piauí, nem metade dos domicílios estava dentro dos parâmetros de segurança alimentar. No Sul e no Sudeste, o percentual registrado foi inferior a 3%. Dessas regiões, os moradores do Rio Grande do Sul e do Paraná são os que se alimentam melhor no país.
À época de sua pesquisa, Josué de Castro constatou que a falta de determinados nutrientes e a fome estavam ligadas às condições naturais, à concentração de terra e à renda das famílias. O IBGE também mostra que quanto menor o rendimento, maior a situação de insegurança alimentar moderada (falta de alimento nos três meses anteriores a pesquisa) ou fome.
Dos 25,4 milhões de pessoas que passavam por privação de alimentos ou não comiam quantidades adequadas de comida, em 2009, 33,2% tinham renda mensal familiar de até um quarto do salário mínimo. Com renda de até meio salário mínimo, 55% também estavam em situação de insegurança.
"As famílias que têm dificuldade de acessar a alimentação e que precisam são famílias com dificuldade de renda, são os pobres ", corroborou a presidenta da Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh), Marília Leão.
"Apesar de sabermos que, em termos gerais, há um crescimento da renda familiar, sabemos que no Norte e Nordeste as pessoas ainda têm muita dificuldade e muitas vivem em situação de pobreza ou pobreza extrema. É um problema que vem de muito tempo", completou Marília, que também integra o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Edição: Lana Cristina
Blog da Associação dos Servidores da SOHIDRA - ASSO, destinado à troca de informações com nossos colegas, colaboradores e população em geral.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
ROMBO NO PANAMERICANO
ROMBO NO PANAMERICANO
O cidadão Abravanel
Por Alberto Dines em 16/11/2010
Reproduzido do Diário de S.Paulo, 14/11/2010
Silvio Santos, aliás Senor Abravanel, continua à espera de um ator-diretor com os dotes e o gênio de Orson Welles para contar a versão nativa de Cidadão Kane, a epopéia de um ex-camelô que quando fez o serviço militar saltava tão bem de pára-quedas – literalmente – que caiu nas boas graças de um comandante da Aeronáutica da ditadura, ganhou um canal de TV e transformou-se numa figura emblemática da TV brasileira.
Começou com um programa de compras e prêmios, o Baú da Felicidade, terminou com um mini-império midiático-financeiro que acaba de se esborrachar – literalmente – com a descoberta de uma gigantesca fraude no Banco PanAmericano.
Carioca da gema, criado na velha Lapa (bairro boêmio hoje em recuperação), onde se acotovelava a comunidade sefardita, judeus de origem mediterrânea remanescentes do Império Otomano. Seus pais ainda falavam o ladino, dialeto judeu-espanhol que herdaram dos antepassados expulsos da Espanha por Isabel, a Católica.
Pai grego, mãe turca, charme, lábia e audácia de malandro carioca, Silvio Santos trocou o bimilenar sobrenome Abravanel originário do VT – Velho Testamento – e acabou transformando o SBT num trampolim para o poder. Chegou a armar uma candidatura à presidência da República, mas foi barrado por Fernando Collor de Mello. Se conhecesse História Geral ou, pelo menos, mais detalhes da sua pré-história pessoal saberia que a faixa presidencial pode ser envergada por qualquer um, menos por um judeu. Coisas do Estado laico.
Último ditador
Começou como camelô ainda menor de idade, fazendo ponto nas esquinas da Rua do Ouvidor, no centro do Rio, nunca teve problemas com os fiscais da prefeitura carioca, o diretor gostou da sua voz e o apresentou a um amigo da Rádio Guanabara. Buscando um público cativo para vender suas bugigangas passou a fazer a utilizar as barcas que fazem o percurso Rio-Niterói.
Vendia o que vendem os camelôs, inutilidades úteis; sua especialidade eram capas de plástico para carteiras de trabalho, documento de importância capital para comprovar que o portador não é um desocupado. Não perdia tempo, em Niterói tinha um bico como locutor da Rádio Continental.
Alguém lhe disse que em São Paulo havia mais dinheiro, mandou-se para a Paulicéia, deu-se bem. Nunca poderia dar-se mal. "Se amanhã me disserem que o país virou comunista vou perguntar, ‘como é que faço para ser o chefe dos comunistas?’" Começou alugando horários em emissoras de rádio, graças a boa pinta mudou-se para a TV onde tornou-se animador de programas de auditório, logo era dono do programa de maior audiência do país. O último ditador, o populista João Figueiredo, preferiu dar-lhe um dos canais de TV disponíveis porque apostava num esquema político para disfarçar as mazelas da ditadura.
Capítulo desajeitado
O SBT tem hoje dez emissoras próprias, é a terceira colocada em matéria de audiência, mas sempre se recusou a investir em programação informativa. Silvio Santos tem até um par de amigos na imprensa, mas não quer saber de jornalismo. Está nas manchetes, mas não dá importância a elas.
Prestes a completar 80 anos, com o mesmo sorriso e igual pose volta ao velho ofício de oferecer bagatelas. Entre elas, o seu império. E, de quebra, um capítulo nada airoso da história da mídia brasileira.
O cidadão Abravanel
Por Alberto Dines em 16/11/2010
Reproduzido do Diário de S.Paulo, 14/11/2010
Silvio Santos, aliás Senor Abravanel, continua à espera de um ator-diretor com os dotes e o gênio de Orson Welles para contar a versão nativa de Cidadão Kane, a epopéia de um ex-camelô que quando fez o serviço militar saltava tão bem de pára-quedas – literalmente – que caiu nas boas graças de um comandante da Aeronáutica da ditadura, ganhou um canal de TV e transformou-se numa figura emblemática da TV brasileira.
Começou com um programa de compras e prêmios, o Baú da Felicidade, terminou com um mini-império midiático-financeiro que acaba de se esborrachar – literalmente – com a descoberta de uma gigantesca fraude no Banco PanAmericano.
Carioca da gema, criado na velha Lapa (bairro boêmio hoje em recuperação), onde se acotovelava a comunidade sefardita, judeus de origem mediterrânea remanescentes do Império Otomano. Seus pais ainda falavam o ladino, dialeto judeu-espanhol que herdaram dos antepassados expulsos da Espanha por Isabel, a Católica.
Pai grego, mãe turca, charme, lábia e audácia de malandro carioca, Silvio Santos trocou o bimilenar sobrenome Abravanel originário do VT – Velho Testamento – e acabou transformando o SBT num trampolim para o poder. Chegou a armar uma candidatura à presidência da República, mas foi barrado por Fernando Collor de Mello. Se conhecesse História Geral ou, pelo menos, mais detalhes da sua pré-história pessoal saberia que a faixa presidencial pode ser envergada por qualquer um, menos por um judeu. Coisas do Estado laico.
Último ditador
Começou como camelô ainda menor de idade, fazendo ponto nas esquinas da Rua do Ouvidor, no centro do Rio, nunca teve problemas com os fiscais da prefeitura carioca, o diretor gostou da sua voz e o apresentou a um amigo da Rádio Guanabara. Buscando um público cativo para vender suas bugigangas passou a fazer a utilizar as barcas que fazem o percurso Rio-Niterói.
Vendia o que vendem os camelôs, inutilidades úteis; sua especialidade eram capas de plástico para carteiras de trabalho, documento de importância capital para comprovar que o portador não é um desocupado. Não perdia tempo, em Niterói tinha um bico como locutor da Rádio Continental.
Alguém lhe disse que em São Paulo havia mais dinheiro, mandou-se para a Paulicéia, deu-se bem. Nunca poderia dar-se mal. "Se amanhã me disserem que o país virou comunista vou perguntar, ‘como é que faço para ser o chefe dos comunistas?’" Começou alugando horários em emissoras de rádio, graças a boa pinta mudou-se para a TV onde tornou-se animador de programas de auditório, logo era dono do programa de maior audiência do país. O último ditador, o populista João Figueiredo, preferiu dar-lhe um dos canais de TV disponíveis porque apostava num esquema político para disfarçar as mazelas da ditadura.
Capítulo desajeitado
O SBT tem hoje dez emissoras próprias, é a terceira colocada em matéria de audiência, mas sempre se recusou a investir em programação informativa. Silvio Santos tem até um par de amigos na imprensa, mas não quer saber de jornalismo. Está nas manchetes, mas não dá importância a elas.
Prestes a completar 80 anos, com o mesmo sorriso e igual pose volta ao velho ofício de oferecer bagatelas. Entre elas, o seu império. E, de quebra, um capítulo nada airoso da história da mídia brasileira.
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16/11/2010,
Observatório da Imprensa
terça-feira, 23 de novembro de 2010
OMS: 1,3 bilhão de pobres sem acesso aos serviços de saúde em todo o mundo
20:13
22/11/2010
OMS: 1,3 bilhão de pobres sem acesso aos serviços de saúde em todo o mundo
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 1,3 bilhão de pobres de todo mundo não têm acesso a atendimento de saúde por falta de condições para pagar por esse serviço. A estimativa é de um relatório sobre o financiamento global da saúde divulgado hoje (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a organização, sem dinheiro para arcar com o atendimento médico e doentes, essas pessoas permanecem na pobreza. “Elas são empurradas ainda mais para a pobreza, porque estão doentes demais para trabalhar”, diz o documento.
A OMS afirma ainda que 150 milhões de pessoas enfrentam dificuldade financeira a cada ano e 100 milhões são levadas à pobreza por terem de arcar com as despesas com saúde. De acordo com a organização, o alto custo de procedimentos médicos não é o único fator a prejudicar o orçamento das famílias. Pequenos e constantes gastos com esse tipo de serviço também podem resultar em “uma catástrofe financeira”.
A organização constatou que parte da população deixa de fazer exames preventivos por não ter como pagar. Com isso, diminuem as chance de diagnóstico precoce e de cura da doença.
Para que os países tenham mais recursos para ofertar cobertura de saúde universal, a OMS sugere que os governos destinem fatias maiores do orçamento para a saúde, recolham impostos ou contribuições e taxem produtos nocivos à saúde, como fumo e álcool.
A organização alerta que as nações ricas terão de ajudar as pobres a conseguir aumentar os fundos de saúde. “Os doadores serão necessários para a maior parte dos países mais pobres durante um período considerável de tempo”, diz a OMS.
Edição: João Carlos Rodrigues
Leia também:
* Despesas com saúde contribuem para aumentar a pobreza no mundo, segundo OMS
22/11/2010
OMS: 1,3 bilhão de pobres sem acesso aos serviços de saúde em todo o mundo
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 1,3 bilhão de pobres de todo mundo não têm acesso a atendimento de saúde por falta de condições para pagar por esse serviço. A estimativa é de um relatório sobre o financiamento global da saúde divulgado hoje (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a organização, sem dinheiro para arcar com o atendimento médico e doentes, essas pessoas permanecem na pobreza. “Elas são empurradas ainda mais para a pobreza, porque estão doentes demais para trabalhar”, diz o documento.
A OMS afirma ainda que 150 milhões de pessoas enfrentam dificuldade financeira a cada ano e 100 milhões são levadas à pobreza por terem de arcar com as despesas com saúde. De acordo com a organização, o alto custo de procedimentos médicos não é o único fator a prejudicar o orçamento das famílias. Pequenos e constantes gastos com esse tipo de serviço também podem resultar em “uma catástrofe financeira”.
A organização constatou que parte da população deixa de fazer exames preventivos por não ter como pagar. Com isso, diminuem as chance de diagnóstico precoce e de cura da doença.
Para que os países tenham mais recursos para ofertar cobertura de saúde universal, a OMS sugere que os governos destinem fatias maiores do orçamento para a saúde, recolham impostos ou contribuições e taxem produtos nocivos à saúde, como fumo e álcool.
A organização alerta que as nações ricas terão de ajudar as pobres a conseguir aumentar os fundos de saúde. “Os doadores serão necessários para a maior parte dos países mais pobres durante um período considerável de tempo”, diz a OMS.
Edição: João Carlos Rodrigues
Leia também:
* Despesas com saúde contribuem para aumentar a pobreza no mundo, segundo OMS
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23/11/2010,
Agência Brasil
Sem grande expectativa, conferência do clima pode avançar na implementação do Acordo de Copenhague
20:11
23/11/2010
Sem grande expectativa, conferência do clima pode avançar na implementação do Acordo de Copenhague
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), que começa na próxima segunda-feira (29), em Cancun, no México, poderá definir como pôr em prática as decisões políticas do chamado Acordo de Copenhague - texto informal aprovado na COP-15, em dezembro de 2009.
De acordo com o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, não se pode esperar que grandes acordos ou decisões saiam da COP-16, que terá caráter menos “legislativo” que a reunião de Copenhague.
“Cancun terá a missão de captar consensos políticos e transformá-los em ações operativas. Será uma COP de implementação. Os termos políticos foram estabelecidos em Copenhague, agora temos que definir como será a arquitetura básica de alguns mecanismos, os detalhamentos ficarão para depois”, avaliou hoje (23).
Entre as medidas apontadas no Acordo de Copenhague e que ficaram praticamente paradas em 2010, está a formalização dos percentuais de redução de emissões de gases de efeito estufa que cada país está disposto a estabelecer. Relatório divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês) mostra que mesmo que as metas voluntárias do Acordo de Copenhague sejam cumpridas, o esforço só será suficiente para cortar 60% das emissões necessárias para evitar aquecimento do planeta em mais de 2° C.
Em Cancun, também podem ser institucionalizados os compromissos de financiamento para ações de combate às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento. Em 2009, os países ricos se comprometeram a repassar US$ 30 bilhões até 2012 e criar um financiamento de longo prazo para chegar a investimentos de US$ 100 bilhões anuais em 2020.
A regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) deve avançar e pode ser o único ponto da negociação climática que será fechado em Cancun. A definição de novas metas obrigatórias de redução de emissões para os países desenvolvidos, no Protocolo de Quioto, deve ficar para as próximas rodadas. No entanto, segundo o embaixador Figueiredo, a manutenção do protocolo – com a sinalização de novas metas na COP-16 – será fundamental para a continuidade das negociações.
“Não há possibilidade de se vislumbrar a continuidade da luta contra as mudanças climáticas sem Quioto. Há dificuldade de adoção imediata de novas metas, mas é necessário que em Cancun os países deem uma sinalização política clara de novos números para o protocolo. A perda de Quioto significaria ter que recomeçar a negociação de regras internacionais, o que seria uma perda de tempo diante da urgência das mudanças climáticas”.
Negociador chefe da delegação brasileira, Figueiredo disse que a aprovação do Plano e da Política Nacional de Mudanças do Clima dá ao Brasil autoridade para exigir que outros países tomem medidas “sólidas e eficazes” para enfrentar as mudanças climáticas.
“Vamos à Cancun com o mesmo espírito que fomos a Copenhague, de que somos partes da solução e não do problema. Vamos respaldados por ações que já começamos a implementar”.
Edição: João Carlos Rodrigues
23/11/2010
Sem grande expectativa, conferência do clima pode avançar na implementação do Acordo de Copenhague
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), que começa na próxima segunda-feira (29), em Cancun, no México, poderá definir como pôr em prática as decisões políticas do chamado Acordo de Copenhague - texto informal aprovado na COP-15, em dezembro de 2009.
De acordo com o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, não se pode esperar que grandes acordos ou decisões saiam da COP-16, que terá caráter menos “legislativo” que a reunião de Copenhague.
“Cancun terá a missão de captar consensos políticos e transformá-los em ações operativas. Será uma COP de implementação. Os termos políticos foram estabelecidos em Copenhague, agora temos que definir como será a arquitetura básica de alguns mecanismos, os detalhamentos ficarão para depois”, avaliou hoje (23).
Entre as medidas apontadas no Acordo de Copenhague e que ficaram praticamente paradas em 2010, está a formalização dos percentuais de redução de emissões de gases de efeito estufa que cada país está disposto a estabelecer. Relatório divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês) mostra que mesmo que as metas voluntárias do Acordo de Copenhague sejam cumpridas, o esforço só será suficiente para cortar 60% das emissões necessárias para evitar aquecimento do planeta em mais de 2° C.
Em Cancun, também podem ser institucionalizados os compromissos de financiamento para ações de combate às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento. Em 2009, os países ricos se comprometeram a repassar US$ 30 bilhões até 2012 e criar um financiamento de longo prazo para chegar a investimentos de US$ 100 bilhões anuais em 2020.
A regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) deve avançar e pode ser o único ponto da negociação climática que será fechado em Cancun. A definição de novas metas obrigatórias de redução de emissões para os países desenvolvidos, no Protocolo de Quioto, deve ficar para as próximas rodadas. No entanto, segundo o embaixador Figueiredo, a manutenção do protocolo – com a sinalização de novas metas na COP-16 – será fundamental para a continuidade das negociações.
“Não há possibilidade de se vislumbrar a continuidade da luta contra as mudanças climáticas sem Quioto. Há dificuldade de adoção imediata de novas metas, mas é necessário que em Cancun os países deem uma sinalização política clara de novos números para o protocolo. A perda de Quioto significaria ter que recomeçar a negociação de regras internacionais, o que seria uma perda de tempo diante da urgência das mudanças climáticas”.
Negociador chefe da delegação brasileira, Figueiredo disse que a aprovação do Plano e da Política Nacional de Mudanças do Clima dá ao Brasil autoridade para exigir que outros países tomem medidas “sólidas e eficazes” para enfrentar as mudanças climáticas.
“Vamos à Cancun com o mesmo espírito que fomos a Copenhague, de que somos partes da solução e não do problema. Vamos respaldados por ações que já começamos a implementar”.
Edição: João Carlos Rodrigues
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23/11/2010,
Agência Brasil
Relatório da CGU mostra que 2,5 mil funcionários públicos foram expulsos por corrupção desde 2003
Relatório da CGU mostra que 2,5 mil funcionários públicos foram expulsos por corrupção desde 2003
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Relatório de outubro da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que 2,8 mil funcionários públicos civis federais foram expulsos entre 2003 e outubro de 2010. Desse total, 2,5 mil foram expulsos por corrupção. Os principais motivos foram o uso indevido de cargo (1.471), improbidade administrativa (817) e recebimento de propina (257).
Ao todo, 2,4 mil funcionários foram punidos com demissão, 177 com cassação e 223 com destituição. Com a demissão, o funcionário é desligado do serviço público, a cassação é aplicada a quem já se aposentou e a destituição atinge os funcionários que não são concursados, mas prestam serviço ao governo, como as funções de confiança.
O relatório registra 243 expulsões por desídia (faltas leves agravadas pela repetição, como atrasos) e abandono do cargo (406). A CGU destacou que um mesmo funcionário pode ter sido punido por mais de um tipo de infração.
Entre os órgãos, o Ministério da Previdência Social teve o maior número de expulsões, em oito anos, com 720 servidores. O número representa 25,7% dos 2,8 mil expulsos. Em segundo lugar, está o MEC com 456 expulsões (16,27%). Em terceiro lugar, vem o Ministério da Justiça, com 370 (13,20%) e, logo em seguida, o Ministério da Fazenda, com 340 (12,13%).
O cálculo foi realizado com base no total de funcionários expulsos e na quantidade média de funcionários civis de janeiro de 2003 até outubro de 2010, que totaliza 522,7 mil.
Edição: Lílian Beraldo
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Relatório de outubro da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que 2,8 mil funcionários públicos civis federais foram expulsos entre 2003 e outubro de 2010. Desse total, 2,5 mil foram expulsos por corrupção. Os principais motivos foram o uso indevido de cargo (1.471), improbidade administrativa (817) e recebimento de propina (257).
Ao todo, 2,4 mil funcionários foram punidos com demissão, 177 com cassação e 223 com destituição. Com a demissão, o funcionário é desligado do serviço público, a cassação é aplicada a quem já se aposentou e a destituição atinge os funcionários que não são concursados, mas prestam serviço ao governo, como as funções de confiança.
O relatório registra 243 expulsões por desídia (faltas leves agravadas pela repetição, como atrasos) e abandono do cargo (406). A CGU destacou que um mesmo funcionário pode ter sido punido por mais de um tipo de infração.
Entre os órgãos, o Ministério da Previdência Social teve o maior número de expulsões, em oito anos, com 720 servidores. O número representa 25,7% dos 2,8 mil expulsos. Em segundo lugar, está o MEC com 456 expulsões (16,27%). Em terceiro lugar, vem o Ministério da Justiça, com 370 (13,20%) e, logo em seguida, o Ministério da Fazenda, com 340 (12,13%).
O cálculo foi realizado com base no total de funcionários expulsos e na quantidade média de funcionários civis de janeiro de 2003 até outubro de 2010, que totaliza 522,7 mil.
Edição: Lílian Beraldo
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23/11/2010,
Agência Brasil
CO2 ainda em alta
Divulgação Científica
CO2 ainda em alta
22/11/2010
Agência FAPESP – Mesmo com o mundo em meio a uma importante crise econômica e financeira, as emissões de dióxido de carbono (CO2), principal personagem do aquecimento global, não caíram como se esperava.
A conclusão está em um estudo feito por um grupo de pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e França e publicado neste domingo (21/11) como carta ao editor na revista Nature Geoscience.
O texto é uma atualização anual do Global Carbon Project e destaca que as emissões de CO2 não dão sinais de que estejam caindo globalmente e poderão atingir um nível recorde em 2010.
Os autores concluíram que as emissões de dióxido de carbono em 2009 foram apenas 1,3% menores do que as do ano anterior, mesmo com a crise. A queda é menos da metade do que se estimava há um ano.
A crise financeira afetou diversos países, levando a reduções na emissão de CO2. No Reino Unido, por exemplo, a queda foi de 8,6% em 2009 com relação ao ano anterior. Quedas semelhantes ocorreram na maioria dos países industrializados.
Entretanto, diversas economias emergentes tiveram crescimento elevado, mesmo com a crise. Isso se refletiu no aumento das emissões do gás. Na China, houve uma elevação de 8%, e na Índia de 6,2%.
“A queda nas emissões de CO2 em 2009 foi de menos da metade do que o antecipado há um ano. Isso ocorreu porque a queda no produto interno bruto (PIB) mundial foi menor que o previsto e a intensidade de carbono com relação ao PIB mundial – a quantidade de CO2 liberada por unidade de PIB – melhorou apenas 0,7% em 2009, muito menos do que a média de longo prazo de 1,7% ao ano”, disse Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, principal autor do estudo.
A pesquisa aponta que, se o crescimento econômico continuar como previsto, as emissões globais de combustíveis fósseis aumentarão em mais de 3% em 2010, aproximando-se das elevadas taxas observadas entre 2000 e 2008.
O texto Update on CO2 emissions, de Pierre Friedlingstein e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com/naturegeoscience.
CO2 ainda em alta
22/11/2010
Agência FAPESP – Mesmo com o mundo em meio a uma importante crise econômica e financeira, as emissões de dióxido de carbono (CO2), principal personagem do aquecimento global, não caíram como se esperava.
A conclusão está em um estudo feito por um grupo de pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e França e publicado neste domingo (21/11) como carta ao editor na revista Nature Geoscience.
O texto é uma atualização anual do Global Carbon Project e destaca que as emissões de CO2 não dão sinais de que estejam caindo globalmente e poderão atingir um nível recorde em 2010.
Os autores concluíram que as emissões de dióxido de carbono em 2009 foram apenas 1,3% menores do que as do ano anterior, mesmo com a crise. A queda é menos da metade do que se estimava há um ano.
A crise financeira afetou diversos países, levando a reduções na emissão de CO2. No Reino Unido, por exemplo, a queda foi de 8,6% em 2009 com relação ao ano anterior. Quedas semelhantes ocorreram na maioria dos países industrializados.
Entretanto, diversas economias emergentes tiveram crescimento elevado, mesmo com a crise. Isso se refletiu no aumento das emissões do gás. Na China, houve uma elevação de 8%, e na Índia de 6,2%.
“A queda nas emissões de CO2 em 2009 foi de menos da metade do que o antecipado há um ano. Isso ocorreu porque a queda no produto interno bruto (PIB) mundial foi menor que o previsto e a intensidade de carbono com relação ao PIB mundial – a quantidade de CO2 liberada por unidade de PIB – melhorou apenas 0,7% em 2009, muito menos do que a média de longo prazo de 1,7% ao ano”, disse Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, principal autor do estudo.
A pesquisa aponta que, se o crescimento econômico continuar como previsto, as emissões globais de combustíveis fósseis aumentarão em mais de 3% em 2010, aproximando-se das elevadas taxas observadas entre 2000 e 2008.
O texto Update on CO2 emissions, de Pierre Friedlingstein e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com/naturegeoscience.
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Agência FAPESP
sábado, 20 de novembro de 2010
ESTADO DE ALERTA-CRATO-CEARÁ
ESTADO DE ALERTA
Surto de cinomose vitima cães no Crato
Médica veterinária Alice Moraes adverte para a vacinação correta que pode evitar a cinomose nos caninos
FOTOS: ANTÔNIO VICELMO
20/11/2010
Criadores de cães na região do Cariri devem focar em alerta contra surto de cinomose que ataca animais na região
Crato. Uma doença altamente contagiosa está matando a população canina do Cariri. A virose foi diagnosticada pelo Centro de Zoonoses do Crato como cinomose, provocada por um vírus que pode ser encontrado no fluxo nasal ou ocular, no sangue circulante do enfermo ao longo de sua evolução, determinando diferentes sintomas. A cinomose está matando mais do que a leishmaniose, uma zoonose endêmica que é responsável pela morte de centenas de cães por ano na região.
Somente no Centro de Zoonoses estão sendo identificado seis casos de cinomose por semana. A incidência é maior nas clínicas particulares de todo o Cariri. De acordo com a médica veterinária Maria Alice Calado de Moraes, diretora técnica do Centro de Zoonoses do Cariri, em 90% dos casos os animais não foram vacinados. A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.
A veterinária se refere à vacina que deve ser aplicada nos primeiros dias de vida do animal, que imuniza para até dez viroses, inclusive a cinomose.
A primeira vacinação, segundo Alice, deve ser aplicada nos animais a partir do 45º dia de vida, com reforço de mais duas doses, uma após 30 dias e a outra depois de 60 dias. A partir daí o reforço é anual e obrigatório. A veterinária esclarece que as vacinas são encontradas nas casas veterinárias.
Infelizmente, a rede pública não dispõe do medicamento. "No pacote preventivo não foi incluída a vacina contra raiva, que deve ser procurada em clínicas particulares e pet shops, onde são encontrados medicamentos de melhor qualidade", orienta a veterinária, acrescentando que o Ministério da Saúde suspendeu as campanhas de vacinação de cães e gatos contra raiva em todo o País. A decisão foi tomada após resultados preliminares de testes indicarem a ocorrência de efeitos graves e mortes de animais depois das campanhas de imunização.
A veterinária explica que a cinomose não é uma zoonose, isto é, não passa para seres humanos. Contudo, o homem carrega o vírus até que ele chegue a um animal sadio. A transmissão ocorre, em geral, no contato com secreções do nariz e boca do animal. Isso pode se dar por meio de um espirro do animal doente, espalhando a secreção ao redor e contaminando os cães que estejam por perto.
Debilidade
O tratamento deve ser feito numa clínica, com o acompanhamento de um médico veterinário. Alice justifica que, quando o animal é acometido da doença, ele fica debilitado e, consequentemente, com infecções secundárias. O combate à doença é feito com uma soroterapia de suporte, aplicação de antibióticos, vitaminas do complexo B e aplicação do Soroglobulin, uma solução concentrada e purificada de imunoglobulinas adicionada a 0,35% de fenol como preservativo. Ela recomenda também o uso de desinfetante no ambiente como, por exemplo, água sanitária, associada a outros bactericidas.
Eutanásia
A veterinária adverte que a cura é difícil. Na maioria dos casos os animais enfermos são sacrificados, mesmo diante da insistência do proprietário que exige o tratamento até o fim, o que, segundo Alice, é um sofrimento para o dono e para o animal.
Ao falar sobre a eutanásia, que consiste na abreviação da vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida, a veterinária diz que tem que pensar, antes de tudo, na saúde pública, em si próprio, na família e nas pessoas no sentido de preservar a vida da população. No entanto, adverte, a prática deve ser feita da forma mais humana possível, consciente de que não vai causar nenhum sofrimento ao animal.
O médico veterinário Ricardo Martins lembra que a doença geralmente aparece no primeiro ano de vida do cão, mas também pode infectar animais mais velhos que não tenham sido imunizados anteriormente.
Fique por dentro
Descrição clássica
A Cinomose é uma das doenças mais temidas pelos criadores de cães. A descrição clássica em livros é de uma infecção viral aguda caracterizada por febre bifásica, secreções nasal e ocular, anorexia, depressão, vômito, diarreia, desidratação, leucopenia e dificuldades respiratórias. Tanto os animais tratados quanto os não tratados podem desenvolver sintomalogia nervosa, mas esta é mais comum nos últimos.
Essa fase nervosa da doença pode ser caracterizada por espasmos musculares (mioclonia) e comportamento fora do normal ao ponto de não reconhecer o próprio dono. Embora atualmente muitos médicos veterinários recomendem a eutanásia de um animal com paralisia pela cinomose, a acupuntura tem sido um tratamento eficaz, com recuperação quase que total. Por esse procedimento, tem-se observado que o animal recupera os movimentos, e se havia parado de urinar e defecar, também volta ao normal.
Vacinação
"A Cimonose é uma doença contagiosa que deve ser evitada entre os cães com a aplicação da vacina"
Ricardo Pierre Martins
Médico veterinário
MAIS INFORMAÇÕES
Centro de Zoonoses do Cariri, Avenida Thomaz Osterne, S/N
Município do Crato
(88) 3521.2698
ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER
Surto de cinomose vitima cães no Crato
Médica veterinária Alice Moraes adverte para a vacinação correta que pode evitar a cinomose nos caninos
FOTOS: ANTÔNIO VICELMO
20/11/2010
Criadores de cães na região do Cariri devem focar em alerta contra surto de cinomose que ataca animais na região
Crato. Uma doença altamente contagiosa está matando a população canina do Cariri. A virose foi diagnosticada pelo Centro de Zoonoses do Crato como cinomose, provocada por um vírus que pode ser encontrado no fluxo nasal ou ocular, no sangue circulante do enfermo ao longo de sua evolução, determinando diferentes sintomas. A cinomose está matando mais do que a leishmaniose, uma zoonose endêmica que é responsável pela morte de centenas de cães por ano na região.
Somente no Centro de Zoonoses estão sendo identificado seis casos de cinomose por semana. A incidência é maior nas clínicas particulares de todo o Cariri. De acordo com a médica veterinária Maria Alice Calado de Moraes, diretora técnica do Centro de Zoonoses do Cariri, em 90% dos casos os animais não foram vacinados. A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.
A veterinária se refere à vacina que deve ser aplicada nos primeiros dias de vida do animal, que imuniza para até dez viroses, inclusive a cinomose.
A primeira vacinação, segundo Alice, deve ser aplicada nos animais a partir do 45º dia de vida, com reforço de mais duas doses, uma após 30 dias e a outra depois de 60 dias. A partir daí o reforço é anual e obrigatório. A veterinária esclarece que as vacinas são encontradas nas casas veterinárias.
Infelizmente, a rede pública não dispõe do medicamento. "No pacote preventivo não foi incluída a vacina contra raiva, que deve ser procurada em clínicas particulares e pet shops, onde são encontrados medicamentos de melhor qualidade", orienta a veterinária, acrescentando que o Ministério da Saúde suspendeu as campanhas de vacinação de cães e gatos contra raiva em todo o País. A decisão foi tomada após resultados preliminares de testes indicarem a ocorrência de efeitos graves e mortes de animais depois das campanhas de imunização.
A veterinária explica que a cinomose não é uma zoonose, isto é, não passa para seres humanos. Contudo, o homem carrega o vírus até que ele chegue a um animal sadio. A transmissão ocorre, em geral, no contato com secreções do nariz e boca do animal. Isso pode se dar por meio de um espirro do animal doente, espalhando a secreção ao redor e contaminando os cães que estejam por perto.
Debilidade
O tratamento deve ser feito numa clínica, com o acompanhamento de um médico veterinário. Alice justifica que, quando o animal é acometido da doença, ele fica debilitado e, consequentemente, com infecções secundárias. O combate à doença é feito com uma soroterapia de suporte, aplicação de antibióticos, vitaminas do complexo B e aplicação do Soroglobulin, uma solução concentrada e purificada de imunoglobulinas adicionada a 0,35% de fenol como preservativo. Ela recomenda também o uso de desinfetante no ambiente como, por exemplo, água sanitária, associada a outros bactericidas.
Eutanásia
A veterinária adverte que a cura é difícil. Na maioria dos casos os animais enfermos são sacrificados, mesmo diante da insistência do proprietário que exige o tratamento até o fim, o que, segundo Alice, é um sofrimento para o dono e para o animal.
Ao falar sobre a eutanásia, que consiste na abreviação da vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida, a veterinária diz que tem que pensar, antes de tudo, na saúde pública, em si próprio, na família e nas pessoas no sentido de preservar a vida da população. No entanto, adverte, a prática deve ser feita da forma mais humana possível, consciente de que não vai causar nenhum sofrimento ao animal.
O médico veterinário Ricardo Martins lembra que a doença geralmente aparece no primeiro ano de vida do cão, mas também pode infectar animais mais velhos que não tenham sido imunizados anteriormente.
Fique por dentro
Descrição clássica
A Cinomose é uma das doenças mais temidas pelos criadores de cães. A descrição clássica em livros é de uma infecção viral aguda caracterizada por febre bifásica, secreções nasal e ocular, anorexia, depressão, vômito, diarreia, desidratação, leucopenia e dificuldades respiratórias. Tanto os animais tratados quanto os não tratados podem desenvolver sintomalogia nervosa, mas esta é mais comum nos últimos.
Essa fase nervosa da doença pode ser caracterizada por espasmos musculares (mioclonia) e comportamento fora do normal ao ponto de não reconhecer o próprio dono. Embora atualmente muitos médicos veterinários recomendem a eutanásia de um animal com paralisia pela cinomose, a acupuntura tem sido um tratamento eficaz, com recuperação quase que total. Por esse procedimento, tem-se observado que o animal recupera os movimentos, e se havia parado de urinar e defecar, também volta ao normal.
Vacinação
"A Cimonose é uma doença contagiosa que deve ser evitada entre os cães com a aplicação da vacina"
Ricardo Pierre Martins
Médico veterinário
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Município do Crato
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ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER
Lula deve inaugurar sede do Geopark Araripe
Barbalha. O momento agora é de expectativa em relação à avaliação do projeto Geopark Araripe. A amplitude dos debates e maior divulgação aconteceu durante a 1ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Geoparks. Nos próximos 20 dias, será inaugurada na região, com a provável presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sede administrativa do Geopark Araripe, em Crato. Foram investidos no projeto, por meio do Ministério da Integração Nacional (MIN), cerca de R$ 800 mil em edificação, equipamentos e também transporte.
No último dia dos debates, ontem, foi ressaltada a importância de incorporar aos trabalhos áreas como a arqueologia da região, que hoje conta com um rico acervo em alguns Municípios, onde já foram registrados importantes achados rupestres. A Conferência de Geoparks, segundo o secretário de Ciência, Tecnologioa e Educação Superior do Estado (Secitece), René Barreira, foi um passo importante no direcionamento futuro da criação de uma rede de geoparks no Brasil. Para isso, está acontecendo uma movimentação em nível ministerial.
Segundo o coordenador executivo do Geopark Araripe, Patrício Melo, um conjunto de ações foram planejadas de modo regular e emergencial para esse momento, mas sempre pautado numa avaliação para que fossem cumpridas metas que estavam planejadas até o ano de 2010. Este ano, o projeto, que tem administração direta da Universidade Regional do Cariri (Urca), teve uma verba de manutenção de cerca de R$ 390 mil. "Isso significa que em outros aspectos fomos contemplados, no sentido de garantir que eventos com essa importância fossem realizados", diz ele.
Inventário
Patrício Melo destaca a importância do inventário que foi realizado nas áreas dos dez geossítios, em seis Municípios da região, e que agora estará sendo atualizado. A proposta de infraestrutura das áreas para visitação está em andamento, e os passos futuros são dar condições melhores aos geossítios para receber os visitantes. Ele ressalta o sentido diferenciado numa área em que as próprias comunidades devem ser os protagonistas do processo, por meio da promoção de um desenvolvimento sustentado nessas áreas e com promoção humana.
De acordo com o coordenador, a resposta tem sido positiva em relação a todos os procedimentos que foram avaliados até o momento. Os apoios dos governos do Estado e Federal e da própria Urca foram essenciais, conforme ele, dentro desse processo. "Agora teremos a possibilidade de planejar a médio e longo prazos. É um momento em que podemos respirar, porque esse processo de desenvolvimento de um geopark é difícil".
Patrício Melo ressalta, dentro dessa condição, todas as desigualdades ainda existentes na região, ao considerar populações urbanas e rurais dentro de um processo diferenciado e Municípios com um nível maior de complexidade, em termos de serviços públicos.
O professor Álamo Feitosa Saraiva, do Comitê Científico do Geopark, afirma que esse é um momento de readequação e até de ampliação da unidade no Cariri, no sentido de possibilitar a inserção de áreas importantes da região, que ficaram de fora desse primeiro momento. Ele exemplifica áreas como a espeleologia, com as grutas do Município de Araripe, e as inscrições rupestres encontradas em vários municípios da região, como em Araripe.
"Estamos devendo à arqueologia. O nosso potencial é muito grande", diz ele, ao ressaltar a importância de se produzir um inventário dessas áreas.
No trabalho de escavação paleontológica, ele afirma que novos investimentos têm sido voltados para a pesquisa. Recentemente foram aprovados projetos do Instituto de Arqueologia e Paleontologia e Ambiente do Semi-Árido (Inapas), no valor de R$ 197 mil, e do CNPq, de R$ 126 mil, este específico para pesquisas específicas das formações Crato e Romualdo.
Caminho
"Dois momentos se encerram do Geopark, um após a avaliação e outro se inicia"
Patrício Melo
Coordenador do Geopark
"A presença de estrangeiros na região mostra que estamos no caminho certo"
Álamo Feitosa
Paleontólogo e professor do Museu de Santana do Cariri
MAIS INFORMAÇÕES
Geopark Araripe
Rua Teófilo Siqueira, 754, Bairro Pimenta, Crato-CE
(88) 3101.1237
CONFERÊNCIA
Comunidade passa a conhecer projeto
Juazeiro do Norte. A comunidade tem a oportunidade de conhecer de perto o processo de desenvolvimento regional adotado pelo Geopark Araripe. Pelo menos essa é a constatação da professora do curso de Geografia da Urca, Lireida Maria Albuquerque. Ela afirma que, em quatro anos, durante a conferência entendeu o que é o geopark e a ampla proposta de desenvolvimento regional que o projeto incorpora.
Para a docente, nesse momento ficam as ressalvas para serem debatidas dentro do ambiente acadêmico. Ela afirma que uma de suas preocupações está no processo de continuidade do projeto, com as novas administrações que se sucedem dentro da instituição. "Para mim, ainda não ficou clara a importância da Urca no processo de gestão e isso é fundamental ocorrer", diz. A professora destaca o desenvolvimento e a riqueza do Cariri e diz que há ainda uma grande carência de infraestrutura e organização.
"Quero ver o futuro do Geopark de maneira otimista para que a gente possa construir na consolidação dos processos, a exemplo do turismo regional", acrescenta. Para o subsecretário de Meio Ambiente do Município de Barbalha, Marcos Torres, a expansão do conhecimento do que vem a ser geopark se amplia para ele nesse momento, com a participação na conferência.
Há uma necessidade de divulgação maior desse projeto junto às comunidades, segundo ele, para que as pessoas possam entender e incorporar o real sentido do que significa esse projeto e os retornos para a população. O que realmente, diz ele, pode acontecer no futuro.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
No último dia dos debates, ontem, foi ressaltada a importância de incorporar aos trabalhos áreas como a arqueologia da região, que hoje conta com um rico acervo em alguns Municípios, onde já foram registrados importantes achados rupestres. A Conferência de Geoparks, segundo o secretário de Ciência, Tecnologioa e Educação Superior do Estado (Secitece), René Barreira, foi um passo importante no direcionamento futuro da criação de uma rede de geoparks no Brasil. Para isso, está acontecendo uma movimentação em nível ministerial.
Segundo o coordenador executivo do Geopark Araripe, Patrício Melo, um conjunto de ações foram planejadas de modo regular e emergencial para esse momento, mas sempre pautado numa avaliação para que fossem cumpridas metas que estavam planejadas até o ano de 2010. Este ano, o projeto, que tem administração direta da Universidade Regional do Cariri (Urca), teve uma verba de manutenção de cerca de R$ 390 mil. "Isso significa que em outros aspectos fomos contemplados, no sentido de garantir que eventos com essa importância fossem realizados", diz ele.
Inventário
Patrício Melo destaca a importância do inventário que foi realizado nas áreas dos dez geossítios, em seis Municípios da região, e que agora estará sendo atualizado. A proposta de infraestrutura das áreas para visitação está em andamento, e os passos futuros são dar condições melhores aos geossítios para receber os visitantes. Ele ressalta o sentido diferenciado numa área em que as próprias comunidades devem ser os protagonistas do processo, por meio da promoção de um desenvolvimento sustentado nessas áreas e com promoção humana.
De acordo com o coordenador, a resposta tem sido positiva em relação a todos os procedimentos que foram avaliados até o momento. Os apoios dos governos do Estado e Federal e da própria Urca foram essenciais, conforme ele, dentro desse processo. "Agora teremos a possibilidade de planejar a médio e longo prazos. É um momento em que podemos respirar, porque esse processo de desenvolvimento de um geopark é difícil".
Patrício Melo ressalta, dentro dessa condição, todas as desigualdades ainda existentes na região, ao considerar populações urbanas e rurais dentro de um processo diferenciado e Municípios com um nível maior de complexidade, em termos de serviços públicos.
O professor Álamo Feitosa Saraiva, do Comitê Científico do Geopark, afirma que esse é um momento de readequação e até de ampliação da unidade no Cariri, no sentido de possibilitar a inserção de áreas importantes da região, que ficaram de fora desse primeiro momento. Ele exemplifica áreas como a espeleologia, com as grutas do Município de Araripe, e as inscrições rupestres encontradas em vários municípios da região, como em Araripe.
"Estamos devendo à arqueologia. O nosso potencial é muito grande", diz ele, ao ressaltar a importância de se produzir um inventário dessas áreas.
No trabalho de escavação paleontológica, ele afirma que novos investimentos têm sido voltados para a pesquisa. Recentemente foram aprovados projetos do Instituto de Arqueologia e Paleontologia e Ambiente do Semi-Árido (Inapas), no valor de R$ 197 mil, e do CNPq, de R$ 126 mil, este específico para pesquisas específicas das formações Crato e Romualdo.
Caminho
"Dois momentos se encerram do Geopark, um após a avaliação e outro se inicia"
Patrício Melo
Coordenador do Geopark
"A presença de estrangeiros na região mostra que estamos no caminho certo"
Álamo Feitosa
Paleontólogo e professor do Museu de Santana do Cariri
MAIS INFORMAÇÕES
Geopark Araripe
Rua Teófilo Siqueira, 754, Bairro Pimenta, Crato-CE
(88) 3101.1237
CONFERÊNCIA
Comunidade passa a conhecer projeto
Juazeiro do Norte. A comunidade tem a oportunidade de conhecer de perto o processo de desenvolvimento regional adotado pelo Geopark Araripe. Pelo menos essa é a constatação da professora do curso de Geografia da Urca, Lireida Maria Albuquerque. Ela afirma que, em quatro anos, durante a conferência entendeu o que é o geopark e a ampla proposta de desenvolvimento regional que o projeto incorpora.
Para a docente, nesse momento ficam as ressalvas para serem debatidas dentro do ambiente acadêmico. Ela afirma que uma de suas preocupações está no processo de continuidade do projeto, com as novas administrações que se sucedem dentro da instituição. "Para mim, ainda não ficou clara a importância da Urca no processo de gestão e isso é fundamental ocorrer", diz. A professora destaca o desenvolvimento e a riqueza do Cariri e diz que há ainda uma grande carência de infraestrutura e organização.
"Quero ver o futuro do Geopark de maneira otimista para que a gente possa construir na consolidação dos processos, a exemplo do turismo regional", acrescenta. Para o subsecretário de Meio Ambiente do Município de Barbalha, Marcos Torres, a expansão do conhecimento do que vem a ser geopark se amplia para ele nesse momento, com a participação na conferência.
Há uma necessidade de divulgação maior desse projeto junto às comunidades, segundo ele, para que as pessoas possam entender e incorporar o real sentido do que significa esse projeto e os retornos para a população. O que realmente, diz ele, pode acontecer no futuro.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
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DIÁRIO DO NORDESTE-20/11/10
Semace divulga praias próprias para o banho
Semace divulga praias próprias para o banho PDF
A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), por meio do Núcleo de Análise e Monitoramento (Nuam), está divulgando o novo boletim de balneabilidade (qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário) das parias de Fortaleza, emitido nesta sexta-feira (19). Dos 31 pontos monitorados pela autarquia, 23 estão dentro dos padrões exigidos, que é de, no máximo, 1.000 coliformes termotolerantes para cada 100 mL de água nas últimas cinco medições. Oito encontram-se impróprios.
Pontos próprios para banho:
Caça e Pesca
Barraca Arpão Praia Bar
Barraca Itapariká
Barraca Hawaí
Praça 31 de Março
Barraca América do Sol
Barraca Crocobeach
Clube de Engenharia
Barraca Beleza
Mucuripe
Estátua de Iracema
Volta da Jurema
Edifício Arpoador
Diários (Ponta Mar Hotel)
Ideal Clube
Ed. Vista del Mare
Ponte dos Ingleses (Ponte Metálica)
INACE (Indústria Naval do Ceará)
Marina's Park Hotel
Início da Av. Philomeno Gomes
Iate
Kartódromo
Início da Av. Pasteur
Pontos impróprios para banho:
Farol
Colônias
Horta
Início da Rua Lagoa do Abaeté
Início da Rua Ismael Pordeus
Goiabeiras
Barraca Big Jeans
Barra do Ceará
19.11.2010
Assessoria de Imprensa da Semace
Fhilipe Augusto ( fhilipe.augusto@semace.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 85 3101.5554 - 8605.9501)
A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), por meio do Núcleo de Análise e Monitoramento (Nuam), está divulgando o novo boletim de balneabilidade (qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário) das parias de Fortaleza, emitido nesta sexta-feira (19). Dos 31 pontos monitorados pela autarquia, 23 estão dentro dos padrões exigidos, que é de, no máximo, 1.000 coliformes termotolerantes para cada 100 mL de água nas últimas cinco medições. Oito encontram-se impróprios.
Pontos próprios para banho:
Caça e Pesca
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Barraca Itapariká
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19.11.2010
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SEMACE-19/11/2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Movimento Nós Podemos Paraná lança plano inédito de aprendizado à distância sobre ações populares para cumprir os Objetivos do Milênio
Reportagens
Curitiba, 09/11/2010
Curso on-line foca mobilização por ODM
Movimento Nós Podemos Paraná lança plano inédito de aprendizado à distância sobre ações populares para cumprir os Objetivos do Milênio
Leia também
Fórum global busca avanços locais nos ODM
Ato pró-ODM quer nova mobilização recorde
PRISCILA LOPES
da PrimaPagina
Em parceria com o projeto Educação à Distância, do Serviço Social da Indústria (Sesi), e com o apoio do UNICEF, do PNUD e do UNITAR, o movimento Nós Podemos Paraná lança o curso à distância Mobilização em Prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), inédito no Brasil.
As inscrições são gratuitas e estão abertas desde 25 de outubro. A primeira turma teve início nesta segunda-feira (08), e semanalmente, novas classes, com 50 inscritos cada, serão formadas. A carga horária total será de 16 horas e, ao concluir o processo, o aluno receberá um diploma.
“O curso permitirá multiplicar as propostas do movimento, com uma dimensão que só a internet possibilita”, afirma a coordenadora do Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.
Dividido em sete módulos, o curso on-line tem como objetivo oferecer metodologias para a mobilização de pessoas e instituições, para que estas participem de iniciativas em prol dos ODM.
O curso abordará o que são os ODM, ensinará como é possível iniciar um movimento Nós Podemos em sua cidade, explicará como articular núcleos e propor diálogos com a sociedade e apresentará, como exemplos, projetos e iniciativas inspiradoras.
Voltado para pessoas que trabalham em órgãos públicos, empresas e a comunidade em geral, o curso criado pelo Nós Podemos Paraná pretende atender mil alunos até o final do ano e reforçar a proposta de que é possível realizar pequenas ações até mesmo na rua em que se vive.
Entre os projetos inspiradores está a Jornada COEP pela Cidadania, realizada pela COEP (Rede Nacional de Mobilização Social), que estimulou a atuação integrada de pessoas buscando ações voltadas à melhoria das condições de vida de comunidades de baixa renda.
Outra iniciativa usada como exemplo no curso é a ação do Instituto Unigente, associação civil sem fins lucrativos, criada em 2005 e que, entre 2007 e 2009, priorizou os Objetivos do Milênio como foco de sua política, apoiando projetos sociais, promovendo palestras e trabalhando em prol dos ODM em parceria com outras organizações.
O curso de Mobilização em Prol dos ODM é uma das iniciativas do Movimento Nós Podemos e foi apresentado pela primeira vez a mais de 1.500 pessoas no Congresso Nós Podemos Paraná, realizado em agosto desde ano, em Curitiba.
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PNUD BRASIL
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A cada ano, a Caminhada da Seca mobiliza mais fiéis, lembrando das santas almas da barragem
A cada ano, a Caminhada da Seca mobiliza mais fiéis, lembrando das santas almas da barragem
Senador Pompeu. Mais uma vez o martírio de milhares de retirantes no flagelo da seca de 1932, no Sertão de Senador Pompeu, foi relembrado na manhã de ontem. Cerca de seis mil fiéis partiram da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no Centro desta cidade, com destino ao campo santo da barragem do Açude Patu. Ainda era madrugada quando o padre Roberto Costa anunciou o início da 28ª Caminhada da Seca.
A maioria, vestidos de branco, pagava promessas e todos exaltavam as santas almas do povo, como ficaram conhecidas as vítimas da fome e da cólera, enterradas em covas coletivas ao lado da barragem, transformadas em milagreiras através do imaginário popular.
Como nos anos anteriores, homens se revezavam carregando na cabeça a maquete de uma cisterna de placa. Além do ato religioso, o reservatório domiciliar se transformou no símbolo da redenção do infortúnio sertanejo, a seca. Ao lado do agricultor, o padre Roberto Costa, responsável pela mobilização pastoral, guiava o rebanho humano pela sinuosa estrada do Santuário da Seca. Missionárias empunhavam faixas exaltando a caminhada e a luta do povo de Deus pela vida e cidadania. Logo atrás a multidão gritava em coro: "As almas do povo são o santo do povo!".
Enquanto o cortejo invadia a estrada sinuosa com destino ao santuário da barragem, uma das últimas sobreviventes do campo de concentração, dona Luiza Pereira Lô, aguardava diante do cemitério das Almas do Povo o início da celebração religiosa, realizada, tradicionalmente, naquele local. Apesar dos 93 anos, lúcida, não se afobava em relatar o seu testemunho sobre o sofrimento de quem não sobreviveu no curral da fome, como o lugar também ficou conhecido. "Ali, muita gente era mantida para não invadir e nem saquear as cidades", apontava ela para a represa logo abaixo. O restante do seu testemunho ela registrou para a multidão no início do culto religioso.
Acompanhado do bispo diocesano de Iguatu, dom João Costa, o pároco de Senador Pompeu convidou a sobrevivente para subir na plataforma onde a missa foi celebrada. Comovidos, muitos começaram a chorar. A costureira Maria do Socorro de Oliveira não se conteve ao ouvir o relato compassado de Dona Luiza, lembrando o sofrimento de sua família e de sua irmã nascida ali. Eles haviam caminhado mais de sete léguas, fugindo de miséria pior no Sertão dos Inhamuns. Embora pequena, entendia e sofria com eles. O pai se enterrou ali, a irmã também.
Comoção
O auxiliar de enfermagem José Nascimento, também se comoveu com as palavras da sobrevivente. "Esse foi um momento muito doloroso para centenas de famílias. Tamanha maldade é injustificável. Por tanta penúria, quem perdeu a vida de forma tão trágica só poderia se transformar em santo mesmo". Para ele, relembrar esses momentos e reforçar a certeza de que um episódio tão trágico nunca mais volte a acontecer em lugar nenhum do Mundo.
Afetado por uma grave doença quando tinha 17 anos, o agricultor Francisco de Assis Fernandes depositou suas esperanças nas almas da barragem. Ele diz ter sido milagrosamente curado após fazer uma promessa. Desde então percorre toda segunda-feira até o santuário da seca, onde acende mais de uma dezena de velas. Emocionado, diz ter sentido na própria pele a dor de quem foi tratado em condições sub-humanas ali vizinho. "Mulheres e crianças foram mortos como bichos, mesmo assim nos amparam. Somente quem é santo tem esse dom", completa.
De acordo com o padre Roberto Costa, o próprio povo depositou suas esperanças no santo coletivo. Com o passar dos anos, os milagres estão surgindo e a fé se fortalecendo. Mas além da religiosidade é preciso refletir sobre o vergonhoso episódio do campo de concentração. Relembrá-lo a cada caminhada é alertar os governantes para que essa passagem nunca mais se repita. Este ano a mobilização em torno do ato religioso iniciado em 1982 pelo vigário Albino Donatti, voltou a se fortalecer, e com ele, além da fé, a consciência e o desenvolvimento de políticas públicas para convívio com a seca e com o semiárido.
Transposição
O bispo diocesano dom João Costa ressaltou a importância do ritual místico popular para o povo nordestino. Ele não é a favor da transposição do rio São Francisco como solução para o problema da seca. Na opinião do representante da Igreja Católica, o "Velho Chico" está agonizando. Utilizá-lo para interligá-lo às bacias hídricas do semiárido é decretar sua sentença de morte. "É importante dividir com todos os recursos disponíveis e não privilegiar uns poucos. A água é um dos muitos dons de Deus. Aproveitá-la com responsabilidade é a melhor maneira de conviver com esse fenômeno da natureza", afirmou.
Vítimas
2,5 mil é o número estimado de retirantes mortos no campo de concentração do Patu, entre homens e mulheres, crianças, adultos e idosos. As vítimas são lembradas todos os anos
Saiba Mais
1932 foi o ano de grande seca no Nordeste. Em virtude desse fenômeno milhares de sertanejos, retirantes, seguiram de diversas regiões para Senador Pompeu, em busca de trabalho e comida. Para não invadirem e saquearem as cidades, foram mantidos no canteiro de obras da barragem do Açude Patu. Ficaram presos a uma vida verdadeiramente sub-humana.
Em 1982, é iniciada a romaria ao Santuário da Seca, cemitério da barragem do Patu, iniciativa do padre Albino Donatti. A ideia da Caminhada surgia em razão de reverenciar os mortos no mês de novembro, e, portanto, o segundo domingo deste mês foi escolhido pelo sacerdote para reverenciar os mortos anônimos da seca de 1932.
No ano de 1987 foi realizada uma manifestação popular de protesto em favor das comunidades do Patu, Carnaúba dos Canudos e Carnaúba dos Marianos, cujos moradores ficaram completamente isolados pelas águas do açude. O movimento foi encabeçado pela Paróquia e pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CCDH), sendo o Dnocs obrigado a construir estradas.
Somente no ano de 1988 são concluídas as obras do Açude Patu, quase 70 anos depois.
MAIS INFORMAÇÕES
Paróquia de Nossa Senhora das Dores
Centro - Senador Pompeu
(88) 9928.2592
SANTAS ALMAS
Encenação retrata tragédia de 1932
Grupos de teatro, após pesquisa e entrevistas com sobreviventes, encenam drama de milhares de sertanejos
Senador Pompeu. Diretamente envolvido com os movimentos sociais e culturais de sua terra natal, o advogado, poeta, cineasta e dramaturgo Valdecy Alves resolveu levar para o palco uma das passagens mais dolorosas da história de seu povo, o sofrimento de milhares de flagelados no campo de concentração da barragem do Patu.
Após anos de pesquisas, minuciosos estudos e entrevistas com sobreviventes, ele criou um espetáculo forte, com pouco mais de uma hora de duração. Segundo o dramaturgo, o objetivo é esse mesmo, aproximar o enredo da realidade traçada pela história.
O espetáculo foi apresentado no Centro Pastoral da paróquia de Nossa Senhora das Dores na noite antecedente à Caminhada da Seca. Antes, os atores invadiram a igreja durante a celebração eucarística. A ideia era despertar no púbico católico o interesse pela encenação recriada a partir de simbologias das artes cênicas o clima austero daquela tragédia sertaneja, onde vítimas da seca, da fome e de descaso político sofreram e perderam suas vidas.
Tendo à frente da produção o promotor cultural e cineasta Fran Paulo da Silva, o elenco é formado por 25 atores da Companhia Engenheiros da Arte e do grupo Arautos do Bonfim, do Km 20. Assim como a equipe de produção, todos são voluntários. Não recebem cachê.
Os ingressos foram vendidos a preço popular, apenas R$ 2,00. Mesmo assim, o salão ficou lotado. Quem assistiu ficou impressionado. O professor Adriano Medeiros foi um deles. Não imaginava se deparar com uma apresentação tão rica. "Os diálogos parecem cortar a carne da gente. Eu não imaginava que todos foram obrigados a vestir sacos de farinha porque as roupas estavam aos trapos".
Nas suas pesquisas Valdecy Alves constatou que o Campo de Concentração do Patu era um dos maiores do Ceará, com 16.221 flagelados. Naquele ano de 1932 haviam outros cinco no Estado: Carius, com 28.648; Buriti, no Crato, com 16 mil; Ipu, com 6.507; Quixeramobim, com 4.542 e mais dois em Fortaleza, o do Urubu e o do Matadouro Modelo, juntos somando 1,8 mil retirantes. O Campo do Patu, começou a ser construído em abril de 1932. Diariamente eram mortos 30 bois, consumiam-se 80 sacos de farinha e 40 sacos de feijão.
Senador Pompeu tinha posição privilegiada no sertão Central e foi um importante centro comercial. A estrutura era composta por vários casarões e armazéns, e o trem conseguia chegar até lá. Sendo fácil tanto transportar flagelados como provisões. Por fim, lá houve a maior quantidade de mortos. Tamanho foi o sofrimento, que as almas foram santificadas pelo imaginário popular.
Enquete
Preservação
"O teatro é umas das mais interessantes formas de recriar qualquer momento de nossas vidas, na alegria ou na tristeza"
Valdecy Alves
Escritor da peça
"Incorporar personagens vivos na história, como estes, é com certeza uma forma de sensibilizar o público"
Elcelane de Oliveira
Atriz
ALEX PIMENTEL
COLABORADOR
Senador Pompeu. Mais uma vez o martírio de milhares de retirantes no flagelo da seca de 1932, no Sertão de Senador Pompeu, foi relembrado na manhã de ontem. Cerca de seis mil fiéis partiram da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no Centro desta cidade, com destino ao campo santo da barragem do Açude Patu. Ainda era madrugada quando o padre Roberto Costa anunciou o início da 28ª Caminhada da Seca.
A maioria, vestidos de branco, pagava promessas e todos exaltavam as santas almas do povo, como ficaram conhecidas as vítimas da fome e da cólera, enterradas em covas coletivas ao lado da barragem, transformadas em milagreiras através do imaginário popular.
Como nos anos anteriores, homens se revezavam carregando na cabeça a maquete de uma cisterna de placa. Além do ato religioso, o reservatório domiciliar se transformou no símbolo da redenção do infortúnio sertanejo, a seca. Ao lado do agricultor, o padre Roberto Costa, responsável pela mobilização pastoral, guiava o rebanho humano pela sinuosa estrada do Santuário da Seca. Missionárias empunhavam faixas exaltando a caminhada e a luta do povo de Deus pela vida e cidadania. Logo atrás a multidão gritava em coro: "As almas do povo são o santo do povo!".
Enquanto o cortejo invadia a estrada sinuosa com destino ao santuário da barragem, uma das últimas sobreviventes do campo de concentração, dona Luiza Pereira Lô, aguardava diante do cemitério das Almas do Povo o início da celebração religiosa, realizada, tradicionalmente, naquele local. Apesar dos 93 anos, lúcida, não se afobava em relatar o seu testemunho sobre o sofrimento de quem não sobreviveu no curral da fome, como o lugar também ficou conhecido. "Ali, muita gente era mantida para não invadir e nem saquear as cidades", apontava ela para a represa logo abaixo. O restante do seu testemunho ela registrou para a multidão no início do culto religioso.
Acompanhado do bispo diocesano de Iguatu, dom João Costa, o pároco de Senador Pompeu convidou a sobrevivente para subir na plataforma onde a missa foi celebrada. Comovidos, muitos começaram a chorar. A costureira Maria do Socorro de Oliveira não se conteve ao ouvir o relato compassado de Dona Luiza, lembrando o sofrimento de sua família e de sua irmã nascida ali. Eles haviam caminhado mais de sete léguas, fugindo de miséria pior no Sertão dos Inhamuns. Embora pequena, entendia e sofria com eles. O pai se enterrou ali, a irmã também.
Comoção
O auxiliar de enfermagem José Nascimento, também se comoveu com as palavras da sobrevivente. "Esse foi um momento muito doloroso para centenas de famílias. Tamanha maldade é injustificável. Por tanta penúria, quem perdeu a vida de forma tão trágica só poderia se transformar em santo mesmo". Para ele, relembrar esses momentos e reforçar a certeza de que um episódio tão trágico nunca mais volte a acontecer em lugar nenhum do Mundo.
Afetado por uma grave doença quando tinha 17 anos, o agricultor Francisco de Assis Fernandes depositou suas esperanças nas almas da barragem. Ele diz ter sido milagrosamente curado após fazer uma promessa. Desde então percorre toda segunda-feira até o santuário da seca, onde acende mais de uma dezena de velas. Emocionado, diz ter sentido na própria pele a dor de quem foi tratado em condições sub-humanas ali vizinho. "Mulheres e crianças foram mortos como bichos, mesmo assim nos amparam. Somente quem é santo tem esse dom", completa.
De acordo com o padre Roberto Costa, o próprio povo depositou suas esperanças no santo coletivo. Com o passar dos anos, os milagres estão surgindo e a fé se fortalecendo. Mas além da religiosidade é preciso refletir sobre o vergonhoso episódio do campo de concentração. Relembrá-lo a cada caminhada é alertar os governantes para que essa passagem nunca mais se repita. Este ano a mobilização em torno do ato religioso iniciado em 1982 pelo vigário Albino Donatti, voltou a se fortalecer, e com ele, além da fé, a consciência e o desenvolvimento de políticas públicas para convívio com a seca e com o semiárido.
Transposição
O bispo diocesano dom João Costa ressaltou a importância do ritual místico popular para o povo nordestino. Ele não é a favor da transposição do rio São Francisco como solução para o problema da seca. Na opinião do representante da Igreja Católica, o "Velho Chico" está agonizando. Utilizá-lo para interligá-lo às bacias hídricas do semiárido é decretar sua sentença de morte. "É importante dividir com todos os recursos disponíveis e não privilegiar uns poucos. A água é um dos muitos dons de Deus. Aproveitá-la com responsabilidade é a melhor maneira de conviver com esse fenômeno da natureza", afirmou.
Vítimas
2,5 mil é o número estimado de retirantes mortos no campo de concentração do Patu, entre homens e mulheres, crianças, adultos e idosos. As vítimas são lembradas todos os anos
Saiba Mais
1932 foi o ano de grande seca no Nordeste. Em virtude desse fenômeno milhares de sertanejos, retirantes, seguiram de diversas regiões para Senador Pompeu, em busca de trabalho e comida. Para não invadirem e saquearem as cidades, foram mantidos no canteiro de obras da barragem do Açude Patu. Ficaram presos a uma vida verdadeiramente sub-humana.
Em 1982, é iniciada a romaria ao Santuário da Seca, cemitério da barragem do Patu, iniciativa do padre Albino Donatti. A ideia da Caminhada surgia em razão de reverenciar os mortos no mês de novembro, e, portanto, o segundo domingo deste mês foi escolhido pelo sacerdote para reverenciar os mortos anônimos da seca de 1932.
No ano de 1987 foi realizada uma manifestação popular de protesto em favor das comunidades do Patu, Carnaúba dos Canudos e Carnaúba dos Marianos, cujos moradores ficaram completamente isolados pelas águas do açude. O movimento foi encabeçado pela Paróquia e pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CCDH), sendo o Dnocs obrigado a construir estradas.
Somente no ano de 1988 são concluídas as obras do Açude Patu, quase 70 anos depois.
MAIS INFORMAÇÕES
Paróquia de Nossa Senhora das Dores
Centro - Senador Pompeu
(88) 9928.2592
SANTAS ALMAS
Encenação retrata tragédia de 1932
Grupos de teatro, após pesquisa e entrevistas com sobreviventes, encenam drama de milhares de sertanejos
Senador Pompeu. Diretamente envolvido com os movimentos sociais e culturais de sua terra natal, o advogado, poeta, cineasta e dramaturgo Valdecy Alves resolveu levar para o palco uma das passagens mais dolorosas da história de seu povo, o sofrimento de milhares de flagelados no campo de concentração da barragem do Patu.
Após anos de pesquisas, minuciosos estudos e entrevistas com sobreviventes, ele criou um espetáculo forte, com pouco mais de uma hora de duração. Segundo o dramaturgo, o objetivo é esse mesmo, aproximar o enredo da realidade traçada pela história.
O espetáculo foi apresentado no Centro Pastoral da paróquia de Nossa Senhora das Dores na noite antecedente à Caminhada da Seca. Antes, os atores invadiram a igreja durante a celebração eucarística. A ideia era despertar no púbico católico o interesse pela encenação recriada a partir de simbologias das artes cênicas o clima austero daquela tragédia sertaneja, onde vítimas da seca, da fome e de descaso político sofreram e perderam suas vidas.
Tendo à frente da produção o promotor cultural e cineasta Fran Paulo da Silva, o elenco é formado por 25 atores da Companhia Engenheiros da Arte e do grupo Arautos do Bonfim, do Km 20. Assim como a equipe de produção, todos são voluntários. Não recebem cachê.
Os ingressos foram vendidos a preço popular, apenas R$ 2,00. Mesmo assim, o salão ficou lotado. Quem assistiu ficou impressionado. O professor Adriano Medeiros foi um deles. Não imaginava se deparar com uma apresentação tão rica. "Os diálogos parecem cortar a carne da gente. Eu não imaginava que todos foram obrigados a vestir sacos de farinha porque as roupas estavam aos trapos".
Nas suas pesquisas Valdecy Alves constatou que o Campo de Concentração do Patu era um dos maiores do Ceará, com 16.221 flagelados. Naquele ano de 1932 haviam outros cinco no Estado: Carius, com 28.648; Buriti, no Crato, com 16 mil; Ipu, com 6.507; Quixeramobim, com 4.542 e mais dois em Fortaleza, o do Urubu e o do Matadouro Modelo, juntos somando 1,8 mil retirantes. O Campo do Patu, começou a ser construído em abril de 1932. Diariamente eram mortos 30 bois, consumiam-se 80 sacos de farinha e 40 sacos de feijão.
Senador Pompeu tinha posição privilegiada no sertão Central e foi um importante centro comercial. A estrutura era composta por vários casarões e armazéns, e o trem conseguia chegar até lá. Sendo fácil tanto transportar flagelados como provisões. Por fim, lá houve a maior quantidade de mortos. Tamanho foi o sofrimento, que as almas foram santificadas pelo imaginário popular.
Enquete
Preservação
"O teatro é umas das mais interessantes formas de recriar qualquer momento de nossas vidas, na alegria ou na tristeza"
Valdecy Alves
Escritor da peça
"Incorporar personagens vivos na história, como estes, é com certeza uma forma de sensibilizar o público"
Elcelane de Oliveira
Atriz
ALEX PIMENTEL
COLABORADOR
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DN-REGIONAL-15/11/2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Unesco avaliará Geopark Araripe em novembro
PALEONTOLOGIA E ARQUEOLOGIA (25/9/2010)
Unesco avaliará Geopark Araripe em novembro
Museu de paleontologia integra acervo no geosítio de Santana do Cariri. A unidade está com novas instalações
ELIZÂNGELA SANTOS
25/9/2010
Principais estudiosos em geoparks do mundo estarão no Cariri durante 1º Workshop Latino-Americano e Caribenho
Juazeiro do Norte. O Geopark Araripe, com quatro anos de existência recém-completados no último dia 21, passará pela primeira avaliação da Unesco, no próximo mês de novembro, período em que estarão reunidos, no Cariri, os maiores estudiosos da área do mundo, durante o 1º Workshop Latino-americano e Caribenho de Geoparks. O evento, que está sendo realizado por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), acontece de 17 a 19 de novembro, em Crato e Juazeiro do Norte. Vários eventos paralelos ao workshop serão realizados, como a Feira do Empreendedor, em Juazeiro. A coordenação do projeto faz uma avaliação positiva, principalmente dos investimentos voltados para a infraestrutura nos últimos anos. Cerca de R$ 1 milhão, conforme a secretaria, está sendo investido nas atividades preparatórias e no evento.
A reinauguração do Museu de Paleontologia, a construção de uma sede própria, financiada por meio do Ministério da Integração Nacional (MIN), que será inaugurada no próximo mês de novembro, e a estrada de acesso à Capital da Paleontologia, Santana do Cariri, onde se localiza o Museu, estão entre as grandes conquistas esse ano. Também destaca-se a melhoria dos acessos aos geosítios, totens, painéis e sinalização, também a serem inauguradas em novembro. Estes já se somam no processo de evolução nos últimos anos, conforme a coordenação do projeto, que conta atualmente com um centro de interpretação, no Parque de Exposições do Crato. O Geopark é o primeiro criado no Hemisfério Sul e vem sendo um dos impulsionados na criação de novos do gênero no Brasil e no contexto das Américas.
A avaliação do projeto servirá para a renovação da chancela internacional, cedida pela Unesco. Este processo de avaliação é constante. Deverá, com os próximos anos, ser de forma mais rigorosa, preenchendo os requisitos indispensáveis e determinando um processo de autogestão no futuro. A equipe do Geopark já está voltada para os trabalhos do evento. Também desenvolve atividades determinantes para esse processo. Um questionário técnico de avaliação vem sendo respondido pela equipe, na construção de um relatório para ser repassado à Unesco. O geólogo Idalécio Freitas, da equipe de gestão do projeto, afirma que todo esse trabalho tem que ser feito de forma extremamente objetiva, dentro dos quesitos solicitados pela equipe do órgão internacional. Serão dois avaliadores que deverão iniciar o processo após a realização do evento.
Um dos avaliadores, segundo a assessora técnica, geóloga Flávia Fernanda de Lima, será o francês Guy Martini, da Rede Global de Geoparks. Ainda não foi definido pela Unesco quem será o outro avaliador. Ela adianta que ainda há muito o que se fazer na área, que conta com 10 geosítios, em seis municípios do Cariri. Flávia já antecipa que esse alerta poderá ser dado pelos avaliadores, que serão os responsáveis por encaminhar o que viram na região para o órgão internacional.
Encontros
Esse é o terceiro grande evento realizado por meio do Geopark Araripe e Governo do Estado. O primeiro foi o I Seminário Internacional sobre o tema, em Fortaleza; o segundo reuniu os principais candidatos brasileiros a criação de geoparks, no Crato; e o terceiro que irá acontecer em novembro. Segundo Flávia, os dez maiores e melhores especialistas no assunto, no mundo, estarão presentes. Será um evento voltado para os estudiosos da área. As inscrições estarão abertas para 150 participantes, com taxas de R$ 350,00. Para as visitas de campo serão cobrados mais R$ 100,00.
Investimento
Desde que foi iniciado, em 2006, o Geopark passou a contar com uma verba de implantação de R$ 1 milhão 485 mil, em 2006, com o então reitor da Urca, André Herzog. Segundo o atual coordenador, Patrício Melo, em 2007 foram destinados para manutenção, R$ 309 mil; 2008, 165 mil; 2009, 169 mil e 2010 fecha com o orçamento de R$ 390 mil. Para os próximos quatro anos, por meio da Secretaria das Cidades, está previsto um investimento em infraestrutura de R$ 10 milhões. As ações de educativas se intensificaram em todos os municípios que compõem o Geopark.
Melhorias
"Estamos trabalhando para que as ações urgentes sejam logo realizadas"
Patrício Melo
Coordenador executivo do Geopark Araripe
"Os avaliadores podem querer melhorias em áreas que já estão sendo trabalhadas"
Flávia Fernanda lima
Assessora técnica e geóloga
MAIS INFORMAÇÕES
Geopark Araripe
Rua Teófilo Siqueira, 754, Centro
Crato, (88) 3102.1237
www.geoparkararipe.org.br
Elizângela Santos
Repórter
Unesco avaliará Geopark Araripe em novembro
Museu de paleontologia integra acervo no geosítio de Santana do Cariri. A unidade está com novas instalações
ELIZÂNGELA SANTOS
25/9/2010
Principais estudiosos em geoparks do mundo estarão no Cariri durante 1º Workshop Latino-Americano e Caribenho
Juazeiro do Norte. O Geopark Araripe, com quatro anos de existência recém-completados no último dia 21, passará pela primeira avaliação da Unesco, no próximo mês de novembro, período em que estarão reunidos, no Cariri, os maiores estudiosos da área do mundo, durante o 1º Workshop Latino-americano e Caribenho de Geoparks. O evento, que está sendo realizado por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), acontece de 17 a 19 de novembro, em Crato e Juazeiro do Norte. Vários eventos paralelos ao workshop serão realizados, como a Feira do Empreendedor, em Juazeiro. A coordenação do projeto faz uma avaliação positiva, principalmente dos investimentos voltados para a infraestrutura nos últimos anos. Cerca de R$ 1 milhão, conforme a secretaria, está sendo investido nas atividades preparatórias e no evento.
A reinauguração do Museu de Paleontologia, a construção de uma sede própria, financiada por meio do Ministério da Integração Nacional (MIN), que será inaugurada no próximo mês de novembro, e a estrada de acesso à Capital da Paleontologia, Santana do Cariri, onde se localiza o Museu, estão entre as grandes conquistas esse ano. Também destaca-se a melhoria dos acessos aos geosítios, totens, painéis e sinalização, também a serem inauguradas em novembro. Estes já se somam no processo de evolução nos últimos anos, conforme a coordenação do projeto, que conta atualmente com um centro de interpretação, no Parque de Exposições do Crato. O Geopark é o primeiro criado no Hemisfério Sul e vem sendo um dos impulsionados na criação de novos do gênero no Brasil e no contexto das Américas.
A avaliação do projeto servirá para a renovação da chancela internacional, cedida pela Unesco. Este processo de avaliação é constante. Deverá, com os próximos anos, ser de forma mais rigorosa, preenchendo os requisitos indispensáveis e determinando um processo de autogestão no futuro. A equipe do Geopark já está voltada para os trabalhos do evento. Também desenvolve atividades determinantes para esse processo. Um questionário técnico de avaliação vem sendo respondido pela equipe, na construção de um relatório para ser repassado à Unesco. O geólogo Idalécio Freitas, da equipe de gestão do projeto, afirma que todo esse trabalho tem que ser feito de forma extremamente objetiva, dentro dos quesitos solicitados pela equipe do órgão internacional. Serão dois avaliadores que deverão iniciar o processo após a realização do evento.
Um dos avaliadores, segundo a assessora técnica, geóloga Flávia Fernanda de Lima, será o francês Guy Martini, da Rede Global de Geoparks. Ainda não foi definido pela Unesco quem será o outro avaliador. Ela adianta que ainda há muito o que se fazer na área, que conta com 10 geosítios, em seis municípios do Cariri. Flávia já antecipa que esse alerta poderá ser dado pelos avaliadores, que serão os responsáveis por encaminhar o que viram na região para o órgão internacional.
Encontros
Esse é o terceiro grande evento realizado por meio do Geopark Araripe e Governo do Estado. O primeiro foi o I Seminário Internacional sobre o tema, em Fortaleza; o segundo reuniu os principais candidatos brasileiros a criação de geoparks, no Crato; e o terceiro que irá acontecer em novembro. Segundo Flávia, os dez maiores e melhores especialistas no assunto, no mundo, estarão presentes. Será um evento voltado para os estudiosos da área. As inscrições estarão abertas para 150 participantes, com taxas de R$ 350,00. Para as visitas de campo serão cobrados mais R$ 100,00.
Investimento
Desde que foi iniciado, em 2006, o Geopark passou a contar com uma verba de implantação de R$ 1 milhão 485 mil, em 2006, com o então reitor da Urca, André Herzog. Segundo o atual coordenador, Patrício Melo, em 2007 foram destinados para manutenção, R$ 309 mil; 2008, 165 mil; 2009, 169 mil e 2010 fecha com o orçamento de R$ 390 mil. Para os próximos quatro anos, por meio da Secretaria das Cidades, está previsto um investimento em infraestrutura de R$ 10 milhões. As ações de educativas se intensificaram em todos os municípios que compõem o Geopark.
Melhorias
"Estamos trabalhando para que as ações urgentes sejam logo realizadas"
Patrício Melo
Coordenador executivo do Geopark Araripe
"Os avaliadores podem querer melhorias em áreas que já estão sendo trabalhadas"
Flávia Fernanda lima
Assessora técnica e geóloga
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Geopark Araripe
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Crato, (88) 3102.1237
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Elizângela Santos
Repórter
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DIÁRIO DO NORDESTE-14/11/2010
Cordel é expressão viva da cultura nordestina
Formatação
14/11/2010
Ao contrário do que se pensava, a tradição do cordel continua viva, e revela talentos raros preservados no interior
Crato. A cultura popular é um magnífico tesouro que brota da alma da nação nordestina. Abrange um elenco de manifestações que fazem parte do cotidiano do sertanejo que guarda no peito um verdadeiro relicário de valores expressivos, que vão se perpetuando pelas gerações, e alimentando a memória viva da nação. Uma das maiores expressões dessa cultura é a literatura de cordel, que enche de poesia os terreiros das casas sertanejas e, também, as feiras livres do interior.
O cordelista é um representante do povo, o repórter dos acontecimentos da vida no Nordeste do Brasil. Não há limite na escolha dos temas para a criação de um folheto. Pode narrar desde os feitos de Lampião, com até as "presepadas" de heróis como João Grilo ou Cancão de Fogo, uma história de amor ou acontecimentos importantes de interesse público.
A literatura de cordel é assim chamada, segundo pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco, pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades.
Linguajar
Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos, essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel. Ao contrário do que se previa, o cordel ganhou o mundo.
Os versos do Patativa do Assaré, por exemplo, passaram a ser estudados na Universidade de Sorbonne, na França. Os violeiros de ontem que eram vistos com certo preconceito, ganharam as ruas, as universidades e os teatros.
Ao longo deste tempo, além de mudanças temáticas, o cordel passa também por várias transformações no plano da forma. Nas capas, anteriormente ilustradas com clichês utilizados em jornais e revistas, passa-se a empregar cartões postais, fotografias de artistas de cinema, desenhos e xilogravuras.
Outros elementos tomados de empréstimo da imprensa escrita foram abandonados como, por exemplo, a divisão, seguindo o estilo dos folhetins, de uma mesma história em três diferentes folhetos. As histórias, por sua vez, diminuem de tamanho passando a predominar os folhetos de 8 ou 16 páginas sobre os de 32 ou 64 páginas.
Pesquisa
Acompanhando o processo de globalização e de abertura do modelo cultural, o cordel é estudado e pesquisado, com grande interesse, nos meios acadêmicos, debatido em ciclos literários e até mesmo em conferências mundiais.
De acordo com Ariano Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em versos do Nordeste brasileiro pode ser classificada nos seguintes ciclos: o heroico, o maravilhoso, o religioso ou moral, o satírico e o histórico. A região do Cariri, no Brasil, é o celeiro de grandes poetas cordelistas.
Entre os mais famosos podem ser citados os irmãos Bandeira (Pedro, João Chico e Daudeth Bandeiras), que aqui aportaram, trazendo na alma a fé no Padre Cícero e, no sangue, a veia poética do avô Manoel Galdino Bandeira, um dos maiores cantadores da viola do sertão paraibano.
Nas pegadas dos Bandeiras, surgiram outros valores que transformaram em poesias os programas de rádio das emissores caririenses, ou varando as madrugadas em desafios poéticos que ecoam nos pés de serra da região do Cariri.
"Com esta nova geração de poetas, a literatura popular está longe de desaparecer e continua aí para, talvez, ser uma primeira opção na luta pela difusão da leitura no Brasil", aposta o poeta João Bandeira de Caldas.
Jornalismo
O cordel tem uma estreita ligação com o jornalismo. Eram impressos nas mesmas impressoras dos jornais do passado. No início do século passado, quando os jornais não chegavam ao interior, o cordel ocupava o espaço dos jornais e emissoras de rádio. O cordelista era uma espécie de repórter itinerante que andava de feira em feira, levando à população os últimos acontecimentos da semana.
Notícia
Para que se tenha uma ideia dessa função jornalística, basta lembrar que, quando Getúlio Vargas morreu, um dos poetas de cordel mal ouviu a notícia pelo rádio, começou a escrever "A lamentável morte de Getúlio Vargas". Entregou os originais ao meio-dia e à tarde recebeu os primeiros exemplares. Vendeu 70 mil em 48 horas.
Outro assunto que teve grande repercussão foi "O trágico romance de Doca e Ângela Diniz". A "Carta do Satanás a Roberto Carlos" também teve grande sucesso, inspirado na música que dizia "E que tudo mais vá pro inferno!". Os folhetos de cordel tratam, de forma cômica e, de certa forma irônica, diversos temas como, por exemplo, seca, traição, violência, amor, desilusões, entre outros.
Comunicação
"Tem sido grande a procura por cordéis que hoje são encontrados em praças"
Eugênio Dantas
Presidente da Academia dos Cordelistas do Crato
"O cordel é o mais simples instrumento de comunicação o povão"
Luciano Carneiro
Poeta cordelista
"Nas vilas, os livretos no cordel davam a última notícia que percorria o sertão"
Josenir Lacerda
Poetisa cordelista
MAIS INFORMAÇÕES
Academia dos Cordelistas do Crato. Praça Filemon Teles, em frente ao Parque de Exposições
(88) 3523.3947 / 3523.4442
Antônio Vicelmo
Repórter
Formatação
14/11/2010
Ao contrário do que se pensava, a tradição do cordel continua viva, e revela talentos raros preservados no interior
Crato. A cultura popular é um magnífico tesouro que brota da alma da nação nordestina. Abrange um elenco de manifestações que fazem parte do cotidiano do sertanejo que guarda no peito um verdadeiro relicário de valores expressivos, que vão se perpetuando pelas gerações, e alimentando a memória viva da nação. Uma das maiores expressões dessa cultura é a literatura de cordel, que enche de poesia os terreiros das casas sertanejas e, também, as feiras livres do interior.
O cordelista é um representante do povo, o repórter dos acontecimentos da vida no Nordeste do Brasil. Não há limite na escolha dos temas para a criação de um folheto. Pode narrar desde os feitos de Lampião, com até as "presepadas" de heróis como João Grilo ou Cancão de Fogo, uma história de amor ou acontecimentos importantes de interesse público.
A literatura de cordel é assim chamada, segundo pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco, pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades.
Linguajar
Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos, essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel. Ao contrário do que se previa, o cordel ganhou o mundo.
Os versos do Patativa do Assaré, por exemplo, passaram a ser estudados na Universidade de Sorbonne, na França. Os violeiros de ontem que eram vistos com certo preconceito, ganharam as ruas, as universidades e os teatros.
Ao longo deste tempo, além de mudanças temáticas, o cordel passa também por várias transformações no plano da forma. Nas capas, anteriormente ilustradas com clichês utilizados em jornais e revistas, passa-se a empregar cartões postais, fotografias de artistas de cinema, desenhos e xilogravuras.
Outros elementos tomados de empréstimo da imprensa escrita foram abandonados como, por exemplo, a divisão, seguindo o estilo dos folhetins, de uma mesma história em três diferentes folhetos. As histórias, por sua vez, diminuem de tamanho passando a predominar os folhetos de 8 ou 16 páginas sobre os de 32 ou 64 páginas.
Pesquisa
Acompanhando o processo de globalização e de abertura do modelo cultural, o cordel é estudado e pesquisado, com grande interesse, nos meios acadêmicos, debatido em ciclos literários e até mesmo em conferências mundiais.
De acordo com Ariano Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em versos do Nordeste brasileiro pode ser classificada nos seguintes ciclos: o heroico, o maravilhoso, o religioso ou moral, o satírico e o histórico. A região do Cariri, no Brasil, é o celeiro de grandes poetas cordelistas.
Entre os mais famosos podem ser citados os irmãos Bandeira (Pedro, João Chico e Daudeth Bandeiras), que aqui aportaram, trazendo na alma a fé no Padre Cícero e, no sangue, a veia poética do avô Manoel Galdino Bandeira, um dos maiores cantadores da viola do sertão paraibano.
Nas pegadas dos Bandeiras, surgiram outros valores que transformaram em poesias os programas de rádio das emissores caririenses, ou varando as madrugadas em desafios poéticos que ecoam nos pés de serra da região do Cariri.
"Com esta nova geração de poetas, a literatura popular está longe de desaparecer e continua aí para, talvez, ser uma primeira opção na luta pela difusão da leitura no Brasil", aposta o poeta João Bandeira de Caldas.
Jornalismo
O cordel tem uma estreita ligação com o jornalismo. Eram impressos nas mesmas impressoras dos jornais do passado. No início do século passado, quando os jornais não chegavam ao interior, o cordel ocupava o espaço dos jornais e emissoras de rádio. O cordelista era uma espécie de repórter itinerante que andava de feira em feira, levando à população os últimos acontecimentos da semana.
Notícia
Para que se tenha uma ideia dessa função jornalística, basta lembrar que, quando Getúlio Vargas morreu, um dos poetas de cordel mal ouviu a notícia pelo rádio, começou a escrever "A lamentável morte de Getúlio Vargas". Entregou os originais ao meio-dia e à tarde recebeu os primeiros exemplares. Vendeu 70 mil em 48 horas.
Outro assunto que teve grande repercussão foi "O trágico romance de Doca e Ângela Diniz". A "Carta do Satanás a Roberto Carlos" também teve grande sucesso, inspirado na música que dizia "E que tudo mais vá pro inferno!". Os folhetos de cordel tratam, de forma cômica e, de certa forma irônica, diversos temas como, por exemplo, seca, traição, violência, amor, desilusões, entre outros.
Comunicação
"Tem sido grande a procura por cordéis que hoje são encontrados em praças"
Eugênio Dantas
Presidente da Academia dos Cordelistas do Crato
"O cordel é o mais simples instrumento de comunicação o povão"
Luciano Carneiro
Poeta cordelista
"Nas vilas, os livretos no cordel davam a última notícia que percorria o sertão"
Josenir Lacerda
Poetisa cordelista
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(88) 3523.3947 / 3523.4442
Antônio Vicelmo
Repórter
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Diario do Nordeste
CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA.
FALTAM 32 DIAS PARA A NOSSA FESTA NATALINA.SERÁ DIA 17/12/2010.
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ASSO EM 14/11/2010
PLENÁRIO VAZIO
Em alguns dias, depois das 11 horas, no plenário ficaram apenas dois deputados, um falando e outro na presidência
Nem mesmo o fim das eleições deste ano tem motivado os deputados estaduais a estarem com mais frequência no plenário da Assembleia Legislativa. Ontem foi mais um dia de plenário vazio, como que antecipando o feriado prolongado que os deixará fora da Casa até a próxima terça-feira. Depois que eles passaram quase três meses distantes das atividades legislativas, em razão das eleições, o retorno, após o pleito é como se quase todos estejam desestimulados a retomarem os trabalhos normais.
Durante toda esta semana, o plenário da Casa manteve-se com poucos deputados em suas bancadas e alguns parlamentares utilizaram mais de um tempo de inscrição por falta de concorrência para ocupar a tribuna. Além disso, em nenhum dos dias houve votação de projetos de deputados ou proposições do Governo do Estado, embora várias matérias estejam na Casa no aguardo de deliberação.
Não são raros os momentos em que, durante as sessões ordinárias, o plenário 13 de maio conta com a presença de apenas dois deputados, um na tribuna e outro na Presidência dos trabalhos. Por conta disso, para que possam se pronunciar, eles acabam se revezando entre a tribuna e o comando da sessão.
Esta semana, em quase todos os dias foi difícil conseguir juntar o número mínimo de 16 deputados no plenário para abrir as sessões ordinárias, na hora determinada pelo Regimento. Em vários momentos, funcionários do Departamento Legislativo da Casa precisavam manter contato por telefone com deputados para que eles pudessem ir ao local registrar suas presenças no painel da Casa.
Horário
Além disso, o horário estabelecido pelo Regimento Interno para dar início aos trabalhos nas sessões ordinárias também é constantemente desobedecido pelos parlamentares já que, ao invés de começarem as atividades até às 9h20, como manda o documento, grande parte das sessões são abertas depois das 9h30 por conta do atraso dos deputados.
Em função desse número reduzido de deputados em plenário, ficam mais evidente outros descumprimentos de regras estabelecidas no Regimento Interno da Assembleia, como a ultrapassagem de tempo máximo de pronunciamentos na tribuna.
Na sessão de ontem essa falta de respeito ao Regimento Interno foi percebida em algumas ocasiões como no momento em que o deputado Carlomano Marques (PMDB) foi à tribuna. Ao invés de falar por 10 minutos, o que é regimental estabelecido para o Tempo de Liderança, o peemedebista ficou por mais de uma hora na tribuna com a permissão da Mesa Diretora, que não marcou o tempo. Essa permissão é recorrente durante as sessões ordinárias. Todos que desejam falar mais que o seu tempo determinado, acabam conseguindo a compreensão do presidente dos trabalhos
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Diario do Nordeste
Origem épica da Amazônia
Divulgação Científica
Origem épica da Amazônia
12/11/2010
Agência FAPESP – A biodiversidade extraordinária encontrada na Floresta Amazônica é mais antiga do que se estimava. Dois artigos publicados na edição desta sexta-feira (12/11) da revista Science ampliam o conhecimento a respeito da dramática evolução do ecossistema mais rico em biodiversidade no planeta
O artigo de revisão de Carina Hoorn, da Universidade de Amsterdã, e colegas destaca recentes descobertas que reconhecem a lenta elevação da cordilheira dos Andes como a principal força propulsora da extraordinária biodiversidade da região. O artigo tem a participação de pesquisadores brasileiros das universidades federais do Acre e de Uberlândia e da Petrobras.
Extraindo informações de uma ampla gama de disciplinas, entre as quais filogenia molecular, ecologia, geologia estrutural e paleontologia, os autores oferecem uma visão geral dos antigos habitantes e dos clássicos processos geológicos da Floresta Amazônica ocorridos durante a era Cenozoica, que abrangeu os últimos 65,5 milhões de anos.
Eles explicam como a elevação dos Andes desencadeou um complexo processo geológico que gradualmente deu origem ao hotspot de biodiversidade que hoje constitui a maior floresta tropical do planeta.
No segundo artigo, Carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical no Panamá, e colegas expõem os efeitos de um dos eventos de aquecimento global mais repentinos dos últimos 65 milhões de anos – o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (MTPE) – nas florestas tropicais da Colômbia e da Venezuela.
Os resultados demonstram que as florestas tropicais prosperaram nas condições de altas temperaturas e elevadas concentrações de dióxido de carbono que dominavam a região há 55 milhões de anos.
Os pesquisadores apresentam dados de pólen, esporos e outras matérias orgânicas fossilizadas de três locais tropicais que revelam um claro aumento na diversidade das plantas (na sua maioria, entre espécies de plantas frutíferas) durante o MTPE. Suas conclusões contrastam com o antigo pressuposto de que o estresse térmico afeta negativamente os ecossistemas tropicais.
Os artigos Amazonia Through Time: Andean Uplift, Climate Change, Landscape Evolution, and Biodiversity (doi: 10.1126/science.1194585), de Carina Hoorn e outros, e Effects of Rapid Global Warming at the Paleocene-Eocene Boundary on Neotropical Vegetation (10.1126/science.1193833), de Carlos Jaramillo e outros, podem ser lidos por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Origem épica da Amazônia
12/11/2010
Agência FAPESP – A biodiversidade extraordinária encontrada na Floresta Amazônica é mais antiga do que se estimava. Dois artigos publicados na edição desta sexta-feira (12/11) da revista Science ampliam o conhecimento a respeito da dramática evolução do ecossistema mais rico em biodiversidade no planeta
O artigo de revisão de Carina Hoorn, da Universidade de Amsterdã, e colegas destaca recentes descobertas que reconhecem a lenta elevação da cordilheira dos Andes como a principal força propulsora da extraordinária biodiversidade da região. O artigo tem a participação de pesquisadores brasileiros das universidades federais do Acre e de Uberlândia e da Petrobras.
Extraindo informações de uma ampla gama de disciplinas, entre as quais filogenia molecular, ecologia, geologia estrutural e paleontologia, os autores oferecem uma visão geral dos antigos habitantes e dos clássicos processos geológicos da Floresta Amazônica ocorridos durante a era Cenozoica, que abrangeu os últimos 65,5 milhões de anos.
Eles explicam como a elevação dos Andes desencadeou um complexo processo geológico que gradualmente deu origem ao hotspot de biodiversidade que hoje constitui a maior floresta tropical do planeta.
No segundo artigo, Carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical no Panamá, e colegas expõem os efeitos de um dos eventos de aquecimento global mais repentinos dos últimos 65 milhões de anos – o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (MTPE) – nas florestas tropicais da Colômbia e da Venezuela.
Os resultados demonstram que as florestas tropicais prosperaram nas condições de altas temperaturas e elevadas concentrações de dióxido de carbono que dominavam a região há 55 milhões de anos.
Os pesquisadores apresentam dados de pólen, esporos e outras matérias orgânicas fossilizadas de três locais tropicais que revelam um claro aumento na diversidade das plantas (na sua maioria, entre espécies de plantas frutíferas) durante o MTPE. Suas conclusões contrastam com o antigo pressuposto de que o estresse térmico afeta negativamente os ecossistemas tropicais.
Os artigos Amazonia Through Time: Andean Uplift, Climate Change, Landscape Evolution, and Biodiversity (doi: 10.1126/science.1194585), de Carina Hoorn e outros, e Effects of Rapid Global Warming at the Paleocene-Eocene Boundary on Neotropical Vegetation (10.1126/science.1193833), de Carlos Jaramillo e outros, podem ser lidos por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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12/11/2010,
Agência FAPESP
Especiais
Avanço computacional e ambiental
12/11/2010
Por Fábio de Castro
Agência FAEPSP – Pesquisadores do Brasil e do exterior participaram nesta quinta-feira (11/11), na sede da FAPESP, do Workshop de Ciência Ambiental, promovido pelo Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research.
O objetivo do grupo de trabalho, de acordo com a gerente do Programa de Pesquisas da Microsoft Research (MSR), Juliana Salles, é planejar um experimento multidisciplinar de pesquisas na área ambiental.
No encontro, cientistas da área ambiental colocaram colegas da área computacional em contato com suas principais necessidades de pesquisa, do ponto de vista tecnológico. Em contrapartida, especialistas em várias áreas da ciência da computação apresentaram o estado atual de desenvolvimento de sistemas e tecnologias que podem ser úteis para a pesquisa ambiental.
De acordo com Juliana, o workshop foi inspirado em um projeto iniciado em 2009, que teve foco no desenvolvimento de redes de sensores ambientais adaptados às florestas tropicais. O projeto consistiu na instalação de uma rede piloto tridimensional de 50 sensores, na Serra do Mar, na Mata Atlântica do Estado de São Paulo.
Os sensores, desenvolvidos em parceria entre a Universidade Johns Hopkins (Estados Unidos) e a MSR, são destinados a coletar dados em grande escala, permitindo a observação contínua e o monitoramento inteligente de dados como temperatura, umidade e concentração de dióxido de carbono no solo.
“O workshop foi inspirado nesse projeto, com a ideia de expandi-lo tanto em termos de escala como de escopo. Queríamos distribuir um número maior de sensores, da ordem de centenas ou milhares e, ao mesmo tempo, integrar outras disciplinas”, disse Juliana à Agência FAPESP.
Além disso, o objetivo é assegurar que o experimento motive uma forte reflexão sobre como a tecnologia computacional pode abrir caminho para o avanço da ciência e, ao mesmo tempo, como a ciência pode estimular o desenvolvimento tecnológico da área computacional.
“Em vez de focalizar apenas no sensor e na tecnologia, queremos que os pesquisadores pensem quais perguntas científicas não podem ser exploradas em função da falta de tecnologia. E como a tecnologia pode facilitar essa exploração científica. O foco é antecipar o que poderemos descobrir se tivermos os recursos certos”, disse.
Nos grupos de discussão, segundo Juliana, o workshop explorou alguns cenários a fim de propor um experimento para os mesmos. “O foco foi entender quais são as perguntas de pesquisa e definir o que podemos usar em termos de tecnologia para habilitar essa investigação”, disse.
A partir dos resultados do workshop, o Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research identificará possíveis colaboradores interessados em participar do experimento multidisciplinar. “A ideia é criar um plano de trabalho para os próximos anos, integrando pessoas e disciplinas. Esperamos que isso nos ajude a planejar a execução desse plano experimental”, disse.
Do ponto de vista de ciência da computação, o experimento abordará todo o ciclo de pesquisa: desde a aquisição de dados até metodologias de visualização, arquivamento e compartilhamento das informações. Assim como o projeto desenvolvido na Serra do Mar, o experimento terá financiamento direto do instituto – isto é, não estará atrelado às chamadas anuais do Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research.
“Mas esperamos que essa discussão estimule outros projetos no futuro, atrelados ou não às chamadas. Temos no grupo de trabalho, por exemplo, profissionais da área de bioenergia que talvez não se integrem neste experimento especificamente. Mas que, a partir desse debate, possam se interessar em submeter propostas”, destacou.
Segundo Juliana, os principais desafios identificados até agora pelo grupo se concentram nos problemas de visualização e tratamento de dados de maneira geral.
“A coleta dos dados é um problema, mas um dos desafios mais importantes é desenvolver maneiras para analisar e visualizar esses dados de forma que gerem um insight interessante para o pesquisador. O ambiente de dispersão é também um desafio, pela própria hostilidade do ambiente natural”, disse.
Outro desafio central é o da multidisciplinaridade, já que a discussão envolve pessoas com interesses e treinamentos distintos. “Um biólogo focaliza determinados atributos do problema científico de maneiras diferentes de um especialista em ciências atmosféricas. O desafio é fazer com que os interesses possam convergir para fazermos um experimento em comum”, afirmou.
Desafio multidisciplinar
Claudia Bauzer Medeiros, professora titular do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da coordenação da área de Ciência e Engenharia da Computação da FAPESP, destacou a importância do workshop em reunir especialistas de áreas muito diferentes, que normalmente não dialogam.
“Cada um mostrou sua metodologia, seu enfoque e seus problemas, o que abre sem dúvida novas possibilidades de projetos que integrem diferentes pontos de vista e necessidades. Especialistas na área computacional apresentaram sistemas já desenvolvidos para evidenciar a gama de possibilidades que temos disponíveis. A ideia é que as necessidades de pesquisa na área ambiental motivem uma adaptação dessas tecnologias”, disse.
As possibilidades de aplicação das tecnologias computacionais em ciência do meio ambiente são praticamente infinitas, segundo a pesquisadora, envolvendo desde a coleta e o monitoramento de dados do solo, do subsolo, da atmosfera e do clima, por exemplo, até o tratamento, o armazenamento e a visualização dessas informações.
“Existe uma gama imensa de possibilidades para coletar dados e monitorar o que está ocorrendo. Temos desde sensores para observar o crescimento de raízes, por exemplo, a outros para monitorar a umidade, luminosidade, ventos, fluxos de seiva, fluxos e poluição de água, de velocidade de sedimentos no leito de um rio. Os sensores podem ser usados desde o nível molecular, no interior da célula, até em satélites”, afirmou.
Ao lado de especialistas em ciências ambientais, meteorologia, solos e mudanças climáticas presentes no workshop, os cientistas das várias áreas da computação podem cooperar para facilitar o desenvolvimento de novas ferramentas, segundo Claudia, especificando novas formas de armazenar os dados, novos algoritmos e novos tipos de sensores. “Isso deverá facilitar o avanço da ciência nas áreas ambientais e, ao mesmo tempo, na ciência da computação”, disse.
Além da captação de dados, a maneira como eles são tratados é uma questão em aberto na ciência da computação. Um dos problemas centrais é como armazenar e integrar dados e que tipos de algoritmos devemos usar para manipulá-los.
“Temos, além disso, o desafio dos modelos de análise: que tipo de programas e algoritmos vamos ter em computação – a partir dos dados já disponíveis e tratados – para gerar modelos. E, finalmente, que novas formas de processamento de imagens teremos para visualizar esses modelos”, disse.
O diálogo multidisciplinar é fundamental para o avanço das pesquisas, segundo Claudia. Eventualmente, os cientistas poderiam pensar, por exemplo, em utilizar para o monitoramento de raízes no subsolo programas já desenvolvidos para o processamento de imagens de capilaridade de vasos sanguíneos na retina.
“Não sei se isso é possível porque não é minha área, seria preciso conversar com o pessoal de processamento de imagens. A capilaridade de raízes e vasos sanguíneos pode ter algo em comum. Mas será que os algoritmos são os mesmos, ou podem ser adaptados? Só saberemos se tivermos esse diálogo multidisciplinar”, destacou.
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12/11/10,
Agência FAPESP
sábado, 13 de novembro de 2010
Gestão do conhecimento
Atualmente nos encontramos em um ambiente extremamente competitivo, onde a conexão dos pensamentos terá de gerar valor em produtos e serviços disponibilizados ao mercado por uma empresa. Isso tem de ser perceptível, para que os clientes optem por seu produto ou serviços em vez de migrarem para a concorrência. A gestão do conhecimento se encaixa em absolutamente tudo nesse contexto.
Gestão do conhecimento é a habilidade de gerar processos internos que transformem o conhecimento intrínseco acumulado, chamado de conhecimento tácito, em valor para os clientes. Difícil de ser expresso em palavras, o conhecimento tácito oferece maior valor e raramente é revelado sem a exposição e a vivência na resolução de problemas. O conhecimento registrado em bases de dados é informação explícita (ou conhecimento explícito) e não cobre tudo sobre um tema específico.
E eis o primeiro desafio: constantes reuniões de exposição e vivência (chamado em inglês de storytelling), para transferência de conhecimento tácito, devem estar na agenda dos gestores de conhecimento. Só quando o detentor do conhecimento se expressar é que o verdadeiro conteúdo será explicitado. E ele poderá mostrar o que sabe e fazer outros vivenciarem o problema e a solução. Profissionais de capital intelectual de alto nível têm dificuldade em perceber o quanto conhecem, pois lidam com o mesmo tema amiúde e não notam que o que é óbvio para eles não o é para outros que necessitam do conhecimento para atuar mais eficientemente.
Temos o segundo desafio: quando os colaboradores registram o que sabem em artigos, redes sociais, ou outros meios, o que caracterizamos como gestão do conhecimento fica mais próximo. A empresa precisa incentivar e premiar essa iniciativa. Um dado estatístico importante: enquanto a geração de produtos inovadores, geralmente sem competição e que elevam substancialmente a receita da empresa (os chamados break-through), requer três mil ideias, sua melhoria exige somente 60.
Terceiro desafio: precisamos do conhecimento tácito de colaboradores, comunidades e fornecedores para a geração de novas ideias visando à criação desses produtos. Uma informação importante, publicada recentemente pelo Brasil Econômico, mostra que “apenas 30% dos executivos dão condições para que seus funcionários possam desenvolver ideias e produtos inovadores”.
Quarto desafio: a escrita é fundamental para a estruturação do pensamento e do conhecimento, mas a educação básica no Brasil não desenvolve essa competência nos jovens. Como fazê-los, no futuro, expressar sua sabedoria por meio da escrita? Temos de romper essa barreira incentivando a escrita e o registro do conhecimento acumulado pelos colaboradores.
Gerir pessoas exige processos cuidadosos de retenção de talentos, e a gestão de conhecimento está intimamente ligada à gestão de pessoas. Promover os mecanismos adequados de gestão do conhecimento é cuidar de pessoas e retirar delas o que elas têm de melhor em benefício de todos.
Artur Giannini é Diretor da PricewaterhouseCoopers
Gestão do conhecimento é a habilidade de gerar processos internos que transformem o conhecimento intrínseco acumulado, chamado de conhecimento tácito, em valor para os clientes. Difícil de ser expresso em palavras, o conhecimento tácito oferece maior valor e raramente é revelado sem a exposição e a vivência na resolução de problemas. O conhecimento registrado em bases de dados é informação explícita (ou conhecimento explícito) e não cobre tudo sobre um tema específico.
E eis o primeiro desafio: constantes reuniões de exposição e vivência (chamado em inglês de storytelling), para transferência de conhecimento tácito, devem estar na agenda dos gestores de conhecimento. Só quando o detentor do conhecimento se expressar é que o verdadeiro conteúdo será explicitado. E ele poderá mostrar o que sabe e fazer outros vivenciarem o problema e a solução. Profissionais de capital intelectual de alto nível têm dificuldade em perceber o quanto conhecem, pois lidam com o mesmo tema amiúde e não notam que o que é óbvio para eles não o é para outros que necessitam do conhecimento para atuar mais eficientemente.
Temos o segundo desafio: quando os colaboradores registram o que sabem em artigos, redes sociais, ou outros meios, o que caracterizamos como gestão do conhecimento fica mais próximo. A empresa precisa incentivar e premiar essa iniciativa. Um dado estatístico importante: enquanto a geração de produtos inovadores, geralmente sem competição e que elevam substancialmente a receita da empresa (os chamados break-through), requer três mil ideias, sua melhoria exige somente 60.
Terceiro desafio: precisamos do conhecimento tácito de colaboradores, comunidades e fornecedores para a geração de novas ideias visando à criação desses produtos. Uma informação importante, publicada recentemente pelo Brasil Econômico, mostra que “apenas 30% dos executivos dão condições para que seus funcionários possam desenvolver ideias e produtos inovadores”.
Quarto desafio: a escrita é fundamental para a estruturação do pensamento e do conhecimento, mas a educação básica no Brasil não desenvolve essa competência nos jovens. Como fazê-los, no futuro, expressar sua sabedoria por meio da escrita? Temos de romper essa barreira incentivando a escrita e o registro do conhecimento acumulado pelos colaboradores.
Gerir pessoas exige processos cuidadosos de retenção de talentos, e a gestão de conhecimento está intimamente ligada à gestão de pessoas. Promover os mecanismos adequados de gestão do conhecimento é cuidar de pessoas e retirar delas o que elas têm de melhor em benefício de todos.
Artur Giannini é Diretor da PricewaterhouseCoopers
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ECONOMIAS Carrieiras-IBM
A falta de mão de obra especializada e as oportunidades de carreira
Para um país crescer economicamente a uma taxa superior a 5% de forma continuada, são necessários dois pilares: infraestrutura adequada e mão de obra preparada. O Brasil precisa enfrentar esses dois desafios para aproveitar as condições favoráveis que nos permitirão, finalmente, almejar um salto qualitativo como nação.
Essa demanda por profissionais qualificados pode significar excelente oportunidade para aqueles que souberem se capacitar corretamente e focar nos setores mais carentes de pessoal.
Encontrar profissionais qualificados para projetos de expansão tem sido aparentemente complicado para as empresas. Pesquisa recente da Fundação Dom Cabral com as 76 maiores empresas do Brasil mostrou que 67% delas têm enfrentado dificuldades para preencher suas vagas.
O Sistema Nacional de Empregos do Ministério do Trabalho e Emprego registrou que 39% das vagas ofertadas pela rede pública de agências, em 2009, não foram preenchidas. Esse foi o índice mais alto dos últimos anos, o que significa que em 1,7 milhão de vagas não foram encontradas pessoas qualificadas para a função. Isso em um País em que, apesar de ter taxa de desemprego em queda, ainda possui cerca de 8 milhões de pessoas sem emprego.
Essa dificuldade só deve aumentar, já que o mercado de contratações parece que continuará bastante aquecido, principalmente na América do Sul. Pesquisa da PriceWaterhouseCoopers com 194 presidentes de empresa do continente indicou que 41% delas pretende aumentar a quantidade de profissionais neste ano, sendo que 12% querem elevar em mais de 8% o quadro de profissionais, a maior taxa do planeta.
Se há necessidade de contratações e as empresas não estão encontrando gente adequada, espera-se que os salários desses poucos qualificados sejam relativamente maiores. O professor Naercio Menezes Filho, do Insper, porém, identifica que esse fenômeno salarial não está ocorrendo. Com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Naercio mostra que os salários de quem possui Ensino Superior, e, portanto, é mais qualificado, está 150% acima de quem apenas concluiu o Ensino Médio, como era de se esperar.
A questão é que essa taxa tem declinado, já que ela era de 160% seis anos atrás. Na visão dele, isso demonstra que há mais gente qualificada sendo ofertada no mercado do que a demanda de contratações.
As razões para essa situação aparentemente contraditória podem ser:
• faltam profissionais qualificados em alguns setores e sobram em outros;
• pessoas qualificadas não se encontram na localidade em que há necessidade;
• há carência de profissionais com pós-graduação, já que a diferença salarial de quem tinha mestrado e doutorado em relação aos bacharéis passou de 40% em 1992 para 70% em 2008.
Essa é uma discussão ampla e complexa no Brasil e que está apenas começando. O que se pode concluir é que alguns setores, como construção civil, nutricionismo e farmacêutico, estão claramente com mais dificuldades de preencher suas vagas.
As indústrias naval e de petróleo e gás são outras que precisarão de muitos profissionais para dar conta dos projetos ligados ao Pré-Sal. Além disso, todo serviço que tiver relação com o setor esportivo tende a crescer muito com os investimentos para a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, que ocorrerão no Brasil.
Por fim, esse cenário confirma que, quanto mais qualificado maior o reflexo no seu salário, principalmente para quem alcança uma pós-graduação. A eventual carência de profissionais qualificados é um problema bom e impensável alguns anos atrás, mas, ainda assim, não deixa de ser preocupante. Assim, cabe ao profissional atento transformá-lo em oportunidades de desenvolvimento de carreira.Fernando Trevisan, especial para o iG
Fernando Trevisan é diretor-geral da Trevisan Escola de Negócios
Essa demanda por profissionais qualificados pode significar excelente oportunidade para aqueles que souberem se capacitar corretamente e focar nos setores mais carentes de pessoal.
Encontrar profissionais qualificados para projetos de expansão tem sido aparentemente complicado para as empresas. Pesquisa recente da Fundação Dom Cabral com as 76 maiores empresas do Brasil mostrou que 67% delas têm enfrentado dificuldades para preencher suas vagas.
O Sistema Nacional de Empregos do Ministério do Trabalho e Emprego registrou que 39% das vagas ofertadas pela rede pública de agências, em 2009, não foram preenchidas. Esse foi o índice mais alto dos últimos anos, o que significa que em 1,7 milhão de vagas não foram encontradas pessoas qualificadas para a função. Isso em um País em que, apesar de ter taxa de desemprego em queda, ainda possui cerca de 8 milhões de pessoas sem emprego.
Essa dificuldade só deve aumentar, já que o mercado de contratações parece que continuará bastante aquecido, principalmente na América do Sul. Pesquisa da PriceWaterhouseCoopers com 194 presidentes de empresa do continente indicou que 41% delas pretende aumentar a quantidade de profissionais neste ano, sendo que 12% querem elevar em mais de 8% o quadro de profissionais, a maior taxa do planeta.
Se há necessidade de contratações e as empresas não estão encontrando gente adequada, espera-se que os salários desses poucos qualificados sejam relativamente maiores. O professor Naercio Menezes Filho, do Insper, porém, identifica que esse fenômeno salarial não está ocorrendo. Com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Naercio mostra que os salários de quem possui Ensino Superior, e, portanto, é mais qualificado, está 150% acima de quem apenas concluiu o Ensino Médio, como era de se esperar.
A questão é que essa taxa tem declinado, já que ela era de 160% seis anos atrás. Na visão dele, isso demonstra que há mais gente qualificada sendo ofertada no mercado do que a demanda de contratações.
As razões para essa situação aparentemente contraditória podem ser:
• faltam profissionais qualificados em alguns setores e sobram em outros;
• pessoas qualificadas não se encontram na localidade em que há necessidade;
• há carência de profissionais com pós-graduação, já que a diferença salarial de quem tinha mestrado e doutorado em relação aos bacharéis passou de 40% em 1992 para 70% em 2008.
Essa é uma discussão ampla e complexa no Brasil e que está apenas começando. O que se pode concluir é que alguns setores, como construção civil, nutricionismo e farmacêutico, estão claramente com mais dificuldades de preencher suas vagas.
As indústrias naval e de petróleo e gás são outras que precisarão de muitos profissionais para dar conta dos projetos ligados ao Pré-Sal. Além disso, todo serviço que tiver relação com o setor esportivo tende a crescer muito com os investimentos para a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, que ocorrerão no Brasil.
Por fim, esse cenário confirma que, quanto mais qualificado maior o reflexo no seu salário, principalmente para quem alcança uma pós-graduação. A eventual carência de profissionais qualificados é um problema bom e impensável alguns anos atrás, mas, ainda assim, não deixa de ser preocupante. Assim, cabe ao profissional atento transformá-lo em oportunidades de desenvolvimento de carreira.Fernando Trevisan, especial para o iG
Fernando Trevisan é diretor-geral da Trevisan Escola de Negócios
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ECONOMIAS Carrieiras-IBM
Organize sua mesa de trabalho
Organize sua mesa de trabalho
Publicado em: 3 de novembro de 2010
Sabe aqueles momentos em que você sente que a sua vida profissional está “emperrada”? Os projetos não se concretizam, ou demoram muito pra acontecer, sua mente fica dispersa, a comunicação com os colegas de trabalho parece não fluir bem, tudo dá a impressão de estar em suspenso e sensação é de caos total...
Em vez de ficar se angustiando, experimente uma coisa simples: observe como está a sua mesa de trabalho. Você tem acumulado coisas, papéis e documentos que não usa mais? Seus arquivos e gavetas estão abarrotados?
Em geral, o ambiente externo é um retrato do que acontece internamente e vive-versa, portanto, para que a vida flua de maneira mais harmoniosa, é importante que se dedique sempre um tempo a organizar as coisas ao seu redor. E, como normalmente passamos a maior parte do nosso tempo no ambiente de trabalho, é primordial que a energia possa fluir sem bloqueios, de maneira a evitar sintomas desagradáveis como estresse, cansaço, sensação de sobrecarga, falta de concentração, dores de cabeça ou musculares e até mesmo atritos nas relações profissionais.
Veja algumas dicas para manter sua mesa mais arrumada e proporcionar mais dinamismo e alto astral para o seu dia a dia:
- Faxina geral – em primeiro lugar, faça uma limpeza completa: abra todas as gavetas, pastas, arquivos, prateleiras, enfim, tudo o que estiver por perto. Examine tudo e se desfaça de qualquer coisa que não tiver mais importância ou razão de estar ali. Ainda que seja importante guardar, separe e reserve um lugar só para isso, de forma que não fique mais misturado com as coisas que você efetivamente usa e precisa. Vale lembrar que sujeira e desorganização é energia estagnada e negativa, portanto, livre-se dela quanto antes!
- Organização – feita a limpeza, organize bem seus objetos, agendas, papéis e demais instrumentos de trabalho, da maneira mais prática possível, para que você tenha tudo à mão nos momentos em que precisar e não perca tempo procurando nada. Reserve um espaço apenas para objetos pessoais e priorize sobre a mesa o que for trabalho em andamento. O resto, vá distribuindo conforme a ordem de importância. Se possível, mantenha uma agenda com todos os compromissos e evite ficar espalhando papeis e bilhetinhos por toda parte, pois isso pode confundir e fazer com que a quantidade de trabalho que se tem para fazer pareça bem maior do que realmente é, gerando uma sensação de ansiedade absolutamente desnecessária.
- Computador – procure colocar no descanso de tela imagens agradáveis, fotos, imagens bonitas, enfim, coisas que possam relaxar e trazer boas sensações nos momentos em que você não estiver usando o computador.
- Objetos – isso é opcional e vai de acordo com as afinidades, gostos, crenças e escolhas de cada um, mas você pode manter sobre a mesa alguns cristais, como o Citrino, que reabastece a energia e energia e aumenta o poder de concentração, potencializando a capacidade de aprender coisas novas e processar informações; e a Pirita, que atrai prosperidade e abundância, além, de ajudar na conexão com a nossa capacidade realizadora, nos colocando em contato com nossos propósitos verdadeiros.
É claro que ninguém consegue manter uma mesa impecável e perfeita o tempo inteiro, mas experimente dedicar-se a isso de vez em quando, para que possa melhorar seu escritório, seu astral, suas idéias e deixar sua energia mais sintonizada com a prosperidade, a autoconfiança e a capacidade de explorar plenamente seus potenciais.
FLAVIA PEIXOTO
Publicado em: 3 de novembro de 2010
Sabe aqueles momentos em que você sente que a sua vida profissional está “emperrada”? Os projetos não se concretizam, ou demoram muito pra acontecer, sua mente fica dispersa, a comunicação com os colegas de trabalho parece não fluir bem, tudo dá a impressão de estar em suspenso e sensação é de caos total...
Em vez de ficar se angustiando, experimente uma coisa simples: observe como está a sua mesa de trabalho. Você tem acumulado coisas, papéis e documentos que não usa mais? Seus arquivos e gavetas estão abarrotados?
Em geral, o ambiente externo é um retrato do que acontece internamente e vive-versa, portanto, para que a vida flua de maneira mais harmoniosa, é importante que se dedique sempre um tempo a organizar as coisas ao seu redor. E, como normalmente passamos a maior parte do nosso tempo no ambiente de trabalho, é primordial que a energia possa fluir sem bloqueios, de maneira a evitar sintomas desagradáveis como estresse, cansaço, sensação de sobrecarga, falta de concentração, dores de cabeça ou musculares e até mesmo atritos nas relações profissionais.
Veja algumas dicas para manter sua mesa mais arrumada e proporcionar mais dinamismo e alto astral para o seu dia a dia:
- Faxina geral – em primeiro lugar, faça uma limpeza completa: abra todas as gavetas, pastas, arquivos, prateleiras, enfim, tudo o que estiver por perto. Examine tudo e se desfaça de qualquer coisa que não tiver mais importância ou razão de estar ali. Ainda que seja importante guardar, separe e reserve um lugar só para isso, de forma que não fique mais misturado com as coisas que você efetivamente usa e precisa. Vale lembrar que sujeira e desorganização é energia estagnada e negativa, portanto, livre-se dela quanto antes!
- Organização – feita a limpeza, organize bem seus objetos, agendas, papéis e demais instrumentos de trabalho, da maneira mais prática possível, para que você tenha tudo à mão nos momentos em que precisar e não perca tempo procurando nada. Reserve um espaço apenas para objetos pessoais e priorize sobre a mesa o que for trabalho em andamento. O resto, vá distribuindo conforme a ordem de importância. Se possível, mantenha uma agenda com todos os compromissos e evite ficar espalhando papeis e bilhetinhos por toda parte, pois isso pode confundir e fazer com que a quantidade de trabalho que se tem para fazer pareça bem maior do que realmente é, gerando uma sensação de ansiedade absolutamente desnecessária.
- Computador – procure colocar no descanso de tela imagens agradáveis, fotos, imagens bonitas, enfim, coisas que possam relaxar e trazer boas sensações nos momentos em que você não estiver usando o computador.
- Objetos – isso é opcional e vai de acordo com as afinidades, gostos, crenças e escolhas de cada um, mas você pode manter sobre a mesa alguns cristais, como o Citrino, que reabastece a energia e energia e aumenta o poder de concentração, potencializando a capacidade de aprender coisas novas e processar informações; e a Pirita, que atrai prosperidade e abundância, além, de ajudar na conexão com a nossa capacidade realizadora, nos colocando em contato com nossos propósitos verdadeiros.
É claro que ninguém consegue manter uma mesa impecável e perfeita o tempo inteiro, mas experimente dedicar-se a isso de vez em quando, para que possa melhorar seu escritório, seu astral, suas idéias e deixar sua energia mais sintonizada com a prosperidade, a autoconfiança e a capacidade de explorar plenamente seus potenciais.
FLAVIA PEIXOTO
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Morte de 11 bebês por infecção aciona alerta em hospital
Morte de 11 bebês por infecção aciona alerta em hospital
Sáb, 13 Nov, 04h50
A morte de 11 bebês por infecção em menos de um mês e meio acionou o alerta no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), em Brasília, referência em obstetrícia e pediatria na rede pública da capital. Na unidade, o limite de morte considerado "aceitável" é de três bebês por mês.
Os bebês eram prematuros ou com má-formação. Estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ontem, havia 10 bebês isolados na unidade igualmente contaminados. O número corresponde à terça parte da capacidade da UTI.
Por ora, nenhuma morte foi atribuída à superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). "Com certeza, não é a nova superbactéria, até hoje não", disse o diretor do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), Alberto Henrique Barbosa. "Mas acendeu a luz amarela", disse.
Os exames revelaram que os bebês mortos no HRAS teriam sido infectados pelas bactérias Estafilococos, Serratia e Klebsiella, esta última é uma espécie de parente da KPC, mas que não é resistente a antibióticos.
O diretor disse que o alerta foi acionado na última quarta-feira, quando o hospital somou 11 mortes de bebês por infecção, contadas a partir do início de outubro. Desde então, o hospital passou a seguir recomendação da comissão de controle de infecção hospitalar da Anvisa.
Entre as medidas adotadas está a redução dos atendimentos. O funcionamento está restrito aos casos mais graves, como bebês com peso inferior a um quilo. A UTI neonatal manteve no período em que foram registradas as mortes de bebês, uma lotação de 36 e 38 pacientes, acima do limite, de 30 bebês. "É complicado, porque não temos como fechar a porta da UTI", disse o diretor.
Mas esse não era o único nem o principal problema detectado no hospital. Também faltava material de uso rotineiro, além de pessoal. "Algumas exigências do protocolo não estavam sendo cumpridas, e não é só a questão da superlotação", afirmou Barbosa. Não se cogitou de fechar a unidade, considerada referência na cidade.
De acordo com o diretor do hospital, é elevada a taxa de mortalidade da UTI neonatal, quase um bebê por dia. Mas as mortes não estão associadas a infecções, como aquelas que foram registradas em número crescente a partir de setembro. "O aceitável é até três mortes por mês por infecção", completou.
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Sáb, 13 Nov, 04h50
A morte de 11 bebês por infecção em menos de um mês e meio acionou o alerta no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), em Brasília, referência em obstetrícia e pediatria na rede pública da capital. Na unidade, o limite de morte considerado "aceitável" é de três bebês por mês.
Os bebês eram prematuros ou com má-formação. Estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ontem, havia 10 bebês isolados na unidade igualmente contaminados. O número corresponde à terça parte da capacidade da UTI.
Por ora, nenhuma morte foi atribuída à superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). "Com certeza, não é a nova superbactéria, até hoje não", disse o diretor do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), Alberto Henrique Barbosa. "Mas acendeu a luz amarela", disse.
Os exames revelaram que os bebês mortos no HRAS teriam sido infectados pelas bactérias Estafilococos, Serratia e Klebsiella, esta última é uma espécie de parente da KPC, mas que não é resistente a antibióticos.
O diretor disse que o alerta foi acionado na última quarta-feira, quando o hospital somou 11 mortes de bebês por infecção, contadas a partir do início de outubro. Desde então, o hospital passou a seguir recomendação da comissão de controle de infecção hospitalar da Anvisa.
Entre as medidas adotadas está a redução dos atendimentos. O funcionamento está restrito aos casos mais graves, como bebês com peso inferior a um quilo. A UTI neonatal manteve no período em que foram registradas as mortes de bebês, uma lotação de 36 e 38 pacientes, acima do limite, de 30 bebês. "É complicado, porque não temos como fechar a porta da UTI", disse o diretor.
Mas esse não era o único nem o principal problema detectado no hospital. Também faltava material de uso rotineiro, além de pessoal. "Algumas exigências do protocolo não estavam sendo cumpridas, e não é só a questão da superlotação", afirmou Barbosa. Não se cogitou de fechar a unidade, considerada referência na cidade.
De acordo com o diretor do hospital, é elevada a taxa de mortalidade da UTI neonatal, quase um bebê por dia. Mas as mortes não estão associadas a infecções, como aquelas que foram registradas em número crescente a partir de setembro. "O aceitável é até três mortes por mês por infecção", completou.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
ABAS apresenta carta sobre águas subterrâneas no Ceará
ABAS apresenta carta sobre águas subterrâneas no Ceará
A carta apresenta projetos e ações desenvolvidas para preservar as águas subterrâneas
ABAS apresenta carta sobre águas subterrâneas no Ceará
Carta - águas subterrâneas
A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) – Núcleo Ceará, juntamente com a Superintendência de Obras Hidráulicas – SOHIDRA e Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH, lançou uma carta contendo o resultado de discussões sobre águas subterrâneas no estado do Ceará obtidas em um workshop sobre o assunto realizado no auditório da COGERH no último dia 23 de setembro. Com o tema “Integração dos saberes sobre águas subterrâneas do estado do Ceará”, o evento debateu a importância e projetos que beneficiem as águas subterrâneas, que representam 97% das águas doces e líquidas presentes na Terra.
A carta tem como objetivo não só divulgar o debate sobre o tema no workshop, mas conscientizar toda a sociedade sobre a importância e cuidados com esse recurso hídrico.
A carta apresenta projetos e ações desenvolvidas para preservar as águas subterrâneas
ABAS apresenta carta sobre águas subterrâneas no Ceará
Carta - águas subterrâneas
A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) – Núcleo Ceará, juntamente com a Superintendência de Obras Hidráulicas – SOHIDRA e Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH, lançou uma carta contendo o resultado de discussões sobre águas subterrâneas no estado do Ceará obtidas em um workshop sobre o assunto realizado no auditório da COGERH no último dia 23 de setembro. Com o tema “Integração dos saberes sobre águas subterrâneas do estado do Ceará”, o evento debateu a importância e projetos que beneficiem as águas subterrâneas, que representam 97% das águas doces e líquidas presentes na Terra.
A carta tem como objetivo não só divulgar o debate sobre o tema no workshop, mas conscientizar toda a sociedade sobre a importância e cuidados com esse recurso hídrico.
Feira de Tecnologia traz inovações na área de acessibilidade
Feira de Tecnologia traz inovações na área de acessibilidade
Da Agência Brasil
Brasília – A 1ª Feira Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social foi aberta hoje (9), em Brasília, e tem a presença de mais de 30 expositores de todo o país. Estão sendo apresentadas novidades tecnológicas na área de acessibilidade. Entre as inovações estão os pisos táteis e a linha de alfabetização em braille para deficientes visuais, o mouse ocular para deficientes físicos e a linha de sinais luminosos.
Para o presidente do Instituto Muito Especial, Marcus Scarpa, a promoção de feiras como esta é muito importante porque contribui para o aprimoramento e disseminação das tecnologias. “Se o mercado hoje tem aparelhos mais baratos, é graças à promoção de feiras e eventos como este. É nestes momentos que temos acesso a inovações. Isto é importante para o setor, mas principalmente, para as pessoas com deficiência que precisam de tecnologia a baixo custo”, disse
O assistente de informática, Edimar Amorim Barbosa, procurava, na feira, por aparelhos de fisioterapia. Ele é tetraplégico e há cinco anos não faz os exercícios de que precisa porque nos hospitais públicos faltam vagas para marcar consultas e nas clínicas particulares o preço das sessões de fisioterapia é muito alto.
“Tenho problemas estruturais por causa da minha deficiência e preciso me exercitar. Não posso ficar parado porque eu acabo regredindo no meu tratamento. Ter um aparelho em casa facilitaria muito a minha vida. Aqui encontrei aparelhos que nos ajudam e que não ocupam muito espaço”, disse.
O estudante Cleber Quadrado é um dos idealizadores dos óculos-mouse. O aparelho foi criado para ajudar pessoas tetraplégicas ou com alguma limitação nos membros superiores. O equipamento pode fazer com que essas pessoas utilizem o computador com os movimentos da cabeça.
“Quando a gente começou a pesquisar sobre esses óculos, a gente observou que os aparelhos que existiam chegavam a custar entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. A gente conseguiu desenvolver uma nova tecnologia que chegou a custar R$ 100, porque não precisa de um softaware, como nas tecnologias convencionais. Basta conectar os óculos ao computador por um fio. A nossa ideia é alcançar todas as classes sociais e ajudar realmente a quem precisa”, afirmou.
Edição: Aécio Amado
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AGENCIA BRASIL
Vannuchi quer direitos humanos como disciplina no currículo escolar
Vannuchi quer direitos humanos como disciplina no currículo escolar
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma proposta para criação de diretrizes curriculares nacionais sobre educação em direitos humanos foi apresentada hoje (9) ao Conselho Nacional de Educação (CNE) pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Paulo Vannuchi. Segundo ele, o objetivo é criar um “novo hábito nacional de respeito ao outro”
O projeto está sendo discutido e, se for aprovado, será implementado no próximo ano. “O trabalho mais estratégico que existe no país é a educação em direitos humanos. Desde muito cedo, é preciso ensinar a criança a não bater no coleguinha ou não ter preconceito por gênero, cor de pele, condição de pobreza. Isso tem de atravessar todo o sistema escolar, depois indo para a educação superior”, disse o ministro.
De acordo com o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Francisco Aparecido Cordão, a educação em direitos humanos não será uma matéria específica, pois estará integrada em todas as disciplinas da grade curricular das escolas.
“Todos os professores devem tratar disso, pois os direitos humanos são uma questão central no cumprimento do currículo escolar e deve ser tratado pelo conjunto da escola, objetivando o desenvolvimento da consciência crítica do aluno cidadão. É algo que interessa ao diretor de escola, aos professores, aos alunos, à comunidade educacional”, disse.
Para o membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima, o Brasil evoluiu na questão dos direitos humanos. Segundo ele, a adaptação às novas diretrizes curriculares levará algum tempo, pois deve passar por uma mudança de mentalidade das pessoas. “Temos que esclarecer os alunos e providenciar que a vivência na escola funcione como um exemplo de garantia dos direitos humanos”, afirmou.
Edição: Aécio Amado
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma proposta para criação de diretrizes curriculares nacionais sobre educação em direitos humanos foi apresentada hoje (9) ao Conselho Nacional de Educação (CNE) pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Paulo Vannuchi. Segundo ele, o objetivo é criar um “novo hábito nacional de respeito ao outro”
O projeto está sendo discutido e, se for aprovado, será implementado no próximo ano. “O trabalho mais estratégico que existe no país é a educação em direitos humanos. Desde muito cedo, é preciso ensinar a criança a não bater no coleguinha ou não ter preconceito por gênero, cor de pele, condição de pobreza. Isso tem de atravessar todo o sistema escolar, depois indo para a educação superior”, disse o ministro.
De acordo com o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Francisco Aparecido Cordão, a educação em direitos humanos não será uma matéria específica, pois estará integrada em todas as disciplinas da grade curricular das escolas.
“Todos os professores devem tratar disso, pois os direitos humanos são uma questão central no cumprimento do currículo escolar e deve ser tratado pelo conjunto da escola, objetivando o desenvolvimento da consciência crítica do aluno cidadão. É algo que interessa ao diretor de escola, aos professores, aos alunos, à comunidade educacional”, disse.
Para o membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima, o Brasil evoluiu na questão dos direitos humanos. Segundo ele, a adaptação às novas diretrizes curriculares levará algum tempo, pois deve passar por uma mudança de mentalidade das pessoas. “Temos que esclarecer os alunos e providenciar que a vivência na escola funcione como um exemplo de garantia dos direitos humanos”, afirmou.
Edição: Aécio Amado
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AGENCIA BRASIL
Seminários O Cráton Amazônico e o Supercontinente Columbia
Seminários
O Cráton Amazônico e o Supercontinente Columbia
“O Cráton Amazônico e o Supercontinente Columbia – Implicações tectônicas baseadas no estudo paleomagnético das rochas máficas Guadalupe”. Este é o título do seminário do Departamento de Geofísica que será apresentado por Franklin Bispo Santos, doutorando do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), no dia 11 de novembro, às 16:30.
Resumo
Diversas configurações paleogeográficas do supercontinente Paleo-mesoproterozoico Columbia têm sido sugeridas, nas quais o Cráton Amazônico na América do Sul é um componente importante desse supercontinente. No entanto, os dados paleomagnéticos do Proterozoico para este cráton ainda são escassos.
Na tentativa de esclarecer a participação do Cráton Amazônico na configuração desse supercontinente, será apresentado um estudo paleomagnético realizado nas rochas da intrusiva máfica Guadalupe, situadas no norte do Estado de Mato Grosso (sudoeste do Cráton Amazônico). Os resultados obtidos fornecem um pólo paleomagnético de referência bem datado em 1435±5 Ma (40Ar/39Ar, biotita) e localizado em 302.6ºE, 38.9ºN (A95=13.7º).
A interpretação tectônica deste paleopólo sugere que o Cráton Amazônico já não fazia parte de uma grande massa continental em torno de 1435 Ma atrás, evidenciando que a existência do supercontinente Columbia foi efêmera.
Quando: dia 11/11 (quarta-feira), às 16:30
Onde: Auditório 2 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 – Cidade Universitária)
Público-alvo: pesquisadores e estudantes de Ciências da Terra
Informações: (11) 3091. 4760
Observação: O seminário é aberto e não há inscrição prévia.
Press Release
O Cráton Amazônico e o Supercontinente Columbia
“O Cráton Amazônico e o Supercontinente Columbia – Implicações tectônicas baseadas no estudo paleomagnético das rochas máficas Guadalupe”. Este é o título do seminário do Departamento de Geofísica que será apresentado por Franklin Bispo Santos, doutorando do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), no dia 11 de novembro, às 16:30.
Resumo
Diversas configurações paleogeográficas do supercontinente Paleo-mesoproterozoico Columbia têm sido sugeridas, nas quais o Cráton Amazônico na América do Sul é um componente importante desse supercontinente. No entanto, os dados paleomagnéticos do Proterozoico para este cráton ainda são escassos.
Na tentativa de esclarecer a participação do Cráton Amazônico na configuração desse supercontinente, será apresentado um estudo paleomagnético realizado nas rochas da intrusiva máfica Guadalupe, situadas no norte do Estado de Mato Grosso (sudoeste do Cráton Amazônico). Os resultados obtidos fornecem um pólo paleomagnético de referência bem datado em 1435±5 Ma (40Ar/39Ar, biotita) e localizado em 302.6ºE, 38.9ºN (A95=13.7º).
A interpretação tectônica deste paleopólo sugere que o Cráton Amazônico já não fazia parte de uma grande massa continental em torno de 1435 Ma atrás, evidenciando que a existência do supercontinente Columbia foi efêmera.
Quando: dia 11/11 (quarta-feira), às 16:30
Onde: Auditório 2 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 – Cidade Universitária)
Público-alvo: pesquisadores e estudantes de Ciências da Terra
Informações: (11) 3091. 4760
Observação: O seminário é aberto e não há inscrição prévia.
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Petrobras investe em atividade exploratória
Tecnologia
tecnologia
Petrobras investe em atividade exploratória
O crescimento de qualquer empresa integrada de energia, como é o caso da Petrobras, está fortemente relacionado à atividade exploratória e à tecnologia para descobrir e produzir petróleo e gás. O investimento nessas áreas é fundamento básico para garantir o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva.
Atuando de acordo com essas premissas, a Petrobras intensificou a aquisição de blocos exploratórios nos leilões da ANP a partir de 2003. Além disso, a Companhia aumentou o número de sondas de perfuração e de poços perfurados. Foram 847 poços exploratórios no período 2003-2010, contra 500 nos oito anos anteriores. A média de investimentos em exploração mais que triplicou. Saltou de US$ 519,3 milhões para US$ 1,9 bilhão por ano.
Nos últimos anos a Petrobras aumentou os investimentos em exploração, visando avaliar as descobertas realizadas, localizar novos reservatórios de petróleo e aumentar a apropriação de reservas em áreas já produtoras. O objetivo foi manter uma relação reserva/produção segura para o futuro da empresa e do abastecimento do País. Como resultado, a Petrobras tem hoje um potencial recuperável de petróleo suficiente para dobrar a produção até 2020. A produção nacional de petróleo passará de aproximadamente 2 milhões de barris por dia em 2010, para aproximadamente 3 milhões 950 mil barris por dia em 2020.
A produção acumulada de óleo entre 2003 e 2010 foi de 4,47 bilhões de barris, contra 3,02 bilhões no período de 1994 a 2003. As reservas de petróleo e gás cresceram, passando de 11 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em dezembro de 2002, para 14,17 bilhões de boe, em dezembro de 2009. Este volume ainda não inclui o petróleo do pré-sal, que deverá dobrar as reservas da Companhia. Os investimentos em pesquisa tecnológica registraram um aumento de 627% nos últimos oito anos.
Todo esse incremento nas atividades exploratórias e de produção de petróleo e gás elevou a demanda por novas plataformas. Os grandes projetos de produção passaram de 20 para 33 (crescimento de 65%), contando com uma parcela de conteúdo nacional mais significativa.
Com um crescimento de 400% nas contratações no país, a política da Petrobras de participação máxima do mercado interno na aquisição de bens e serviços no Brasil elevou o conteúdo nacional mínimo de 57%, em 2003, para 77,34% em 2010. Dentro dos padrões internacionais de qualidade, prazo e custo, as aquisições no mercado nacional passaram de US$ 5,2 bilhões em 2003, para US$ 25,9 bilhões em 2009.
Descobertas do passado garantem produção atual
Nas décadas de 80 e 90, a Petrobras descobriu três campos gigantes em águas ultraprofundas da Bacia de Campos (Albacora, em 1984; Marlim, em 1985, e Roncador em 1996). Esses campos, como acontece no mundo inteiro, tiveram que passar pelas diversas fases de avaliação e desenvolvimento da produção. Isso demanda dez ou mais anos de trabalho a partir da descoberta. Pelas suas dimensões e novas descobertas nas mesmas áreas, esses campos continuam em fase de desenvolvimento da produção e são responsáveis pelo aumento do volume produzido a cada ano.
Foram esses campos que contribuíram, e ainda contribuem, para o maior aumento da produção, quando começaram a entrar em operação as grandes plataformas em Albacora, Marlim e Roncador. O campo gigante de Roncador, descoberto em 1996, recebeu, em 2002, o navio-plataforma FPSO-Brasil. Em 2007, foram instaladas as plataformas P-52 e P-54. A contribuição efetiva desses campos para o aumento da produção ocorreu principalmente nos últimos dez anos, em função de novas tecnologias exploratórias que permitiram avaliações mais precisas dos reservatórios.
AGÊNCIA PETROBRAS - 29/10/2010
tecnologia
Petrobras investe em atividade exploratória
O crescimento de qualquer empresa integrada de energia, como é o caso da Petrobras, está fortemente relacionado à atividade exploratória e à tecnologia para descobrir e produzir petróleo e gás. O investimento nessas áreas é fundamento básico para garantir o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva.
Atuando de acordo com essas premissas, a Petrobras intensificou a aquisição de blocos exploratórios nos leilões da ANP a partir de 2003. Além disso, a Companhia aumentou o número de sondas de perfuração e de poços perfurados. Foram 847 poços exploratórios no período 2003-2010, contra 500 nos oito anos anteriores. A média de investimentos em exploração mais que triplicou. Saltou de US$ 519,3 milhões para US$ 1,9 bilhão por ano.
Nos últimos anos a Petrobras aumentou os investimentos em exploração, visando avaliar as descobertas realizadas, localizar novos reservatórios de petróleo e aumentar a apropriação de reservas em áreas já produtoras. O objetivo foi manter uma relação reserva/produção segura para o futuro da empresa e do abastecimento do País. Como resultado, a Petrobras tem hoje um potencial recuperável de petróleo suficiente para dobrar a produção até 2020. A produção nacional de petróleo passará de aproximadamente 2 milhões de barris por dia em 2010, para aproximadamente 3 milhões 950 mil barris por dia em 2020.
A produção acumulada de óleo entre 2003 e 2010 foi de 4,47 bilhões de barris, contra 3,02 bilhões no período de 1994 a 2003. As reservas de petróleo e gás cresceram, passando de 11 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em dezembro de 2002, para 14,17 bilhões de boe, em dezembro de 2009. Este volume ainda não inclui o petróleo do pré-sal, que deverá dobrar as reservas da Companhia. Os investimentos em pesquisa tecnológica registraram um aumento de 627% nos últimos oito anos.
Todo esse incremento nas atividades exploratórias e de produção de petróleo e gás elevou a demanda por novas plataformas. Os grandes projetos de produção passaram de 20 para 33 (crescimento de 65%), contando com uma parcela de conteúdo nacional mais significativa.
Com um crescimento de 400% nas contratações no país, a política da Petrobras de participação máxima do mercado interno na aquisição de bens e serviços no Brasil elevou o conteúdo nacional mínimo de 57%, em 2003, para 77,34% em 2010. Dentro dos padrões internacionais de qualidade, prazo e custo, as aquisições no mercado nacional passaram de US$ 5,2 bilhões em 2003, para US$ 25,9 bilhões em 2009.
Descobertas do passado garantem produção atual
Nas décadas de 80 e 90, a Petrobras descobriu três campos gigantes em águas ultraprofundas da Bacia de Campos (Albacora, em 1984; Marlim, em 1985, e Roncador em 1996). Esses campos, como acontece no mundo inteiro, tiveram que passar pelas diversas fases de avaliação e desenvolvimento da produção. Isso demanda dez ou mais anos de trabalho a partir da descoberta. Pelas suas dimensões e novas descobertas nas mesmas áreas, esses campos continuam em fase de desenvolvimento da produção e são responsáveis pelo aumento do volume produzido a cada ano.
Foram esses campos que contribuíram, e ainda contribuem, para o maior aumento da produção, quando começaram a entrar em operação as grandes plataformas em Albacora, Marlim e Roncador. O campo gigante de Roncador, descoberto em 1996, recebeu, em 2002, o navio-plataforma FPSO-Brasil. Em 2007, foram instaladas as plataformas P-52 e P-54. A contribuição efetiva desses campos para o aumento da produção ocorreu principalmente nos últimos dez anos, em função de novas tecnologias exploratórias que permitiram avaliações mais precisas dos reservatórios.
AGÊNCIA PETROBRAS - 29/10/2010
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Quanto mais Estado, mais corrupção
Pode procurar em qualquer lugar do Brasil de hoje, em qualquer setor da economia, e você vai encontrar empresários, executivos e administradores empenhados em alcançar ganhos de produtividade. É a resposta correta ao ambiente de estabilidade macroeconômica. Se o planejamento não será destruído pela inflação, se os lucros não serão devorados por uma moeda sem valor, então vale a pena - na verdade se torna obrigatório - buscar eficiência dentro do próprio negócio. Agora, imaginem a sensação dessa gente de bem, do lado moderno do País, ao verificar que uma boa conexão em Brasília vale mais do que a criatividade e o esforço físico das pessoas envolvidas nas empresas.
O "capitalismo de compadres" tem esse efeito destruidor sobre o espírito empreendedor, sem o qual nenhum país vai para a frente.
De que adianta ter uma boa ideia e preparar um bom projeto se, para levá-lo adiante, precisa-se de uma decisão ou de um favor de alguém do governo? A conexão para viabilizar o projeto acaba se tornando mais importante do que o próprio projeto.
Vamos logo fazer as ressalvas de praxe: é claro que o mercado não funciona sem o Estado, as leis, os controles e as garantias institucionais; é claro que é indispensável a atuação dos governos em educação, saúde, segurança, transporte; é claro que é razoável a presença do Estado estimulando, de algum modo, setores novos da economia ou setores mais complicados.
Mas é claro também que o Estado no Brasil vai muito além desses pontos. Isso se manifesta em vários níveis. Os dois primeiros separam a atuação do Estado como regulador e fiscalizador da ação direta na economia. No primeiro nível estão, por exemplo, as agências reguladoras. No segundo estão as estatais, os bancos e as empresas públicas, além do próprio governo quando atua como construtor de estradas, portos, hidrelétricas, etc.
Certamente, em todos esses níveis de intervenção estatal pode haver eficiência e espírito público. Imaginem, por exemplo - para ir ao limite -, que os diretores das agências e das estatais fossem contratados no mercado por competentes e reconhecidas consultorias privadas de gestão de recursos humanos.
Absurdo? De jeito nenhum. Isso é até bastante comum pelo mundo afora. O atual presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, um economista americano, foi contratado assim, numa espécie de concorrência global. Aliás, basta abrir as páginas de classificados da revista The Economist: toda semana aparecem editais oferecendo vagas de diretores e presidentes de companhias públicas em diversos países, sem restrição de nacionalidade para os candidatos.
O Brasil, e especialmente no governo Lula, está no lado exatamente oposto. As nomeações são politizadas, cargos repartidos na base de apoio. Isso escancara as portas do "compadrio" e da pura e simples corrupção.
Reparem, um diretor de estatal ou de agência, contratado pela competência, terá compromissos com os resultados fixados por ocasião da admissão. Por exemplo: a diretoria dos Correios terá como objetivo dobrar o faturamento em tantos anos e reduzir o prazo de entrega da correspondência em tantas horas. Cumpriu, recebe o prêmio; não cumpriu, está fora.
Um diretor nomeado pelo partido tem compromisso com o partido e com os companheiros em geral. Note-se que o presidente Lula consagrou como correta a tese de que é preciso colocar os companheiros e aliados, por critérios políticos, nos postos de governo, nas agências reguladoras e nas companhias públicas.
O compromisso com o partido ou com o presidente pode ser cumprido de maneira legal, mas mesmo assim causando danos. O governo pode impor programas e obras, sem roubalheira, mas que só se justificam política e eleitoralmente. Por exemplo, a Petrobrás, tempos atrás, apresentou ao presidente Lula um plano de investimentos mais modesto. O presidente mandou ampliar para os gigantescos programas atuais. É grande o risco de a empresa estar se metendo em projetos caros demais, de baixa rentabilidade.
Lula também está forçando os bancos públicos a aumentarem seus empréstimos, desde para grandes empresas escolhidas pelo governo até para famílias comprarem a casa própria. Os empréstimos podem ser ruins e o dinheiro pode não voltar.
Por que dizemos "pode"? Porque isso só se saberá mais à frente. Mas o precedente é este: estatais e bancos (incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal) quebraram exatamente com esse tipo de política econômica. Já vimos esse filme. E notem. Os dirigentes, nomeados politicamente, nem pensam em contestar as ordens vindas do governo.
Neste caso, temos erros de política. Mas esse sistema inevitavelmente acrescenta a corrupção. Para dizer francamente, quanto mais Estado na economia, mais corrupção. Exemplo? Os países socialistas, de economia inteiramente estatal, bateram todos os recordes de corrupção e ineficiência.
O governo FHC havia saneado estatais e bancos e introduzido regras técnicas e de mercado para seu funcionamento. O governo Lula repolitizou tudo. Com as consequências que já vemos por aí. Se conseguiram estragar os Correios - com ineficiência e corrupção -, por que não conseguiriam estragar a Petrobrás ou a Caixa Econômica Federal?
É isso aí: nessas atividades econômicas, quanto menos Estado, melhor. Deixem nas mãos dos empreendedores privados. São mais eficientes do que os amigos do rei. E não roubam.
JORNALISTA. E-MAIL: SARDENBERG@CBN.COM.BR / CARLOS.SARDENBERG@TVGLOBO.COM.BR
O "capitalismo de compadres" tem esse efeito destruidor sobre o espírito empreendedor, sem o qual nenhum país vai para a frente.
De que adianta ter uma boa ideia e preparar um bom projeto se, para levá-lo adiante, precisa-se de uma decisão ou de um favor de alguém do governo? A conexão para viabilizar o projeto acaba se tornando mais importante do que o próprio projeto.
Vamos logo fazer as ressalvas de praxe: é claro que o mercado não funciona sem o Estado, as leis, os controles e as garantias institucionais; é claro que é indispensável a atuação dos governos em educação, saúde, segurança, transporte; é claro que é razoável a presença do Estado estimulando, de algum modo, setores novos da economia ou setores mais complicados.
Mas é claro também que o Estado no Brasil vai muito além desses pontos. Isso se manifesta em vários níveis. Os dois primeiros separam a atuação do Estado como regulador e fiscalizador da ação direta na economia. No primeiro nível estão, por exemplo, as agências reguladoras. No segundo estão as estatais, os bancos e as empresas públicas, além do próprio governo quando atua como construtor de estradas, portos, hidrelétricas, etc.
Certamente, em todos esses níveis de intervenção estatal pode haver eficiência e espírito público. Imaginem, por exemplo - para ir ao limite -, que os diretores das agências e das estatais fossem contratados no mercado por competentes e reconhecidas consultorias privadas de gestão de recursos humanos.
Absurdo? De jeito nenhum. Isso é até bastante comum pelo mundo afora. O atual presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, um economista americano, foi contratado assim, numa espécie de concorrência global. Aliás, basta abrir as páginas de classificados da revista The Economist: toda semana aparecem editais oferecendo vagas de diretores e presidentes de companhias públicas em diversos países, sem restrição de nacionalidade para os candidatos.
O Brasil, e especialmente no governo Lula, está no lado exatamente oposto. As nomeações são politizadas, cargos repartidos na base de apoio. Isso escancara as portas do "compadrio" e da pura e simples corrupção.
Reparem, um diretor de estatal ou de agência, contratado pela competência, terá compromissos com os resultados fixados por ocasião da admissão. Por exemplo: a diretoria dos Correios terá como objetivo dobrar o faturamento em tantos anos e reduzir o prazo de entrega da correspondência em tantas horas. Cumpriu, recebe o prêmio; não cumpriu, está fora.
Um diretor nomeado pelo partido tem compromisso com o partido e com os companheiros em geral. Note-se que o presidente Lula consagrou como correta a tese de que é preciso colocar os companheiros e aliados, por critérios políticos, nos postos de governo, nas agências reguladoras e nas companhias públicas.
O compromisso com o partido ou com o presidente pode ser cumprido de maneira legal, mas mesmo assim causando danos. O governo pode impor programas e obras, sem roubalheira, mas que só se justificam política e eleitoralmente. Por exemplo, a Petrobrás, tempos atrás, apresentou ao presidente Lula um plano de investimentos mais modesto. O presidente mandou ampliar para os gigantescos programas atuais. É grande o risco de a empresa estar se metendo em projetos caros demais, de baixa rentabilidade.
Lula também está forçando os bancos públicos a aumentarem seus empréstimos, desde para grandes empresas escolhidas pelo governo até para famílias comprarem a casa própria. Os empréstimos podem ser ruins e o dinheiro pode não voltar.
Por que dizemos "pode"? Porque isso só se saberá mais à frente. Mas o precedente é este: estatais e bancos (incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal) quebraram exatamente com esse tipo de política econômica. Já vimos esse filme. E notem. Os dirigentes, nomeados politicamente, nem pensam em contestar as ordens vindas do governo.
Neste caso, temos erros de política. Mas esse sistema inevitavelmente acrescenta a corrupção. Para dizer francamente, quanto mais Estado na economia, mais corrupção. Exemplo? Os países socialistas, de economia inteiramente estatal, bateram todos os recordes de corrupção e ineficiência.
O governo FHC havia saneado estatais e bancos e introduzido regras técnicas e de mercado para seu funcionamento. O governo Lula repolitizou tudo. Com as consequências que já vemos por aí. Se conseguiram estragar os Correios - com ineficiência e corrupção -, por que não conseguiriam estragar a Petrobrás ou a Caixa Econômica Federal?
É isso aí: nessas atividades econômicas, quanto menos Estado, melhor. Deixem nas mãos dos empreendedores privados. São mais eficientes do que os amigos do rei. E não roubam.
JORNALISTA. E-MAIL: SARDENBERG@CBN.COM.BR / CARLOS.SARDENBERG@TVGLOBO.COM.BR
Laboratório da UFRJ vai formar profissionais de saúde em cursos a distância
Laboratório da UFRJ vai formar profissionais de saúde em cursos a distância
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (8) um laboratório para capacitar profissionais de saúde de todo o país, por meio da educação a distância. O Laboratório de Educação a Distância em Saúde Coletiva da UFRJ faz parte da rede de capacitação do Sistema Único de Saúde (SUS), a Universidade Aberta do SUS, e prevê qualificar até 4 mil pessoas nos próximos dois anos.
Inicialmente, o laboratório oferecerá apenas cursos na área de saúde ambiental, como o de avaliação de riscos por exposição a substâncias perigosas. De acordo com a coordenadora dos cursos, Carmen Fróes, a ideia é oferecer capacitação também em outras áreas, como a de epidemiologia.
“A educação a distância é importante porque este país é continental. Capacitar pessoas que ficam longe dos centros de referência de forma presencial, com viagens, resulta num custo altíssimo. Por outro lado também, a educação a distância permite que o profissional organize a agenda dele para o melhor momento em que pode fazer uma capacitação. Portanto, isso aumenta muito as oportunidades dos profissionais do Brasil inteiro”, disse.
Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Francisco Campos, os cursos do laboratório da UFRJ se somarão aos outros cursos da Universidade do SUS, que antes eram focados apenas nas áreas de gestão do SUS e de capacitação em saúde da família.
De acordo com o secretário, o uso da educação a distância para capacitação de profissionais de saúde permitiu ampliar muito o número de pessoas beneficiadas.
“As capacitações atingiam apenas dezenas ou, no máximo, uma centena de pessoas. Neste momento, na área de saúde da família, por exemplo, estão matriculadas cerca de 20 mil pessoas. A gente não pode dar resposta a um programa tão complexo como esse de capacitação, formando apenas 30 pessoas. Se continuássemos a formar apenas de forma presencial, certamente demoraríamos mais de 100 anos para capacitar as pessoas”, afirmou.
Além de oferecer os cursos, o laboratório da UFRJ também servirá para criar novos modelos educacionais e de tecnologia da informação para a capacitação de profissionais de saúde.
Edição: Graça Adjuto
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (8) um laboratório para capacitar profissionais de saúde de todo o país, por meio da educação a distância. O Laboratório de Educação a Distância em Saúde Coletiva da UFRJ faz parte da rede de capacitação do Sistema Único de Saúde (SUS), a Universidade Aberta do SUS, e prevê qualificar até 4 mil pessoas nos próximos dois anos.
Inicialmente, o laboratório oferecerá apenas cursos na área de saúde ambiental, como o de avaliação de riscos por exposição a substâncias perigosas. De acordo com a coordenadora dos cursos, Carmen Fróes, a ideia é oferecer capacitação também em outras áreas, como a de epidemiologia.
“A educação a distância é importante porque este país é continental. Capacitar pessoas que ficam longe dos centros de referência de forma presencial, com viagens, resulta num custo altíssimo. Por outro lado também, a educação a distância permite que o profissional organize a agenda dele para o melhor momento em que pode fazer uma capacitação. Portanto, isso aumenta muito as oportunidades dos profissionais do Brasil inteiro”, disse.
Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Francisco Campos, os cursos do laboratório da UFRJ se somarão aos outros cursos da Universidade do SUS, que antes eram focados apenas nas áreas de gestão do SUS e de capacitação em saúde da família.
De acordo com o secretário, o uso da educação a distância para capacitação de profissionais de saúde permitiu ampliar muito o número de pessoas beneficiadas.
“As capacitações atingiam apenas dezenas ou, no máximo, uma centena de pessoas. Neste momento, na área de saúde da família, por exemplo, estão matriculadas cerca de 20 mil pessoas. A gente não pode dar resposta a um programa tão complexo como esse de capacitação, formando apenas 30 pessoas. Se continuássemos a formar apenas de forma presencial, certamente demoraríamos mais de 100 anos para capacitar as pessoas”, afirmou.
Além de oferecer os cursos, o laboratório da UFRJ também servirá para criar novos modelos educacionais e de tecnologia da informação para a capacitação de profissionais de saúde.
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