ANA recebe visita de Autoridade Nacional de Água do Peru
3/2/2012
Hugo Jara (de terno cinza ao centro) fala sobre cooperação com a ANA
Instituições assinaram carta de intenções para gestão de recursos hídricos
Com o objetivo de estreitar relações entre os países e conhecer o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) do Brasil, o chefe da Autoridade Nacional de Água do Peru (ANA-Peru), Hugo Jara, e o secretário-geral da ANA-Peru, Marco Antônio Nuñez del Prado Coll Cárdenas, visitaram a Agência Nacional de Águas (ANA), nos dias 2 e 3 de fevereiro.
Os visitantes foram recebidos pelo diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, os diretores Paulo Lopes Varella Neto, Dalvino Troccoli Franca e Paulo Vieira, os superintendentes e servidores da ANA.
Na oportunidade, foram apresentados a estruturação e funcionamento dos comitês de bacia, a Sala de Situação, o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), o planejamento e a regulação de recursos hídricos e os Programas de Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes) e o Produtor de Água, desenvolvidos pela agência do Brasil.
Para Andreu, esta é uma oportunidade para países que apresentam crescimento econômico expressivo, índices de inclusão social significativos, estreitarem também relações nos recursos hídricos e contribuir de forma efetiva para o relacionamento dos países.
O objetivo do encontro foi compartilhar experiências estratégicas. Jara disse que a ação do homem, especialmente na mineração, está afetando os rios do Peru. Para ele, Brasil e Peru têm uma responsabilidade conjunta, que é o Rio Amazonas. “A grandeza do Amazonas é tanta que ele minimiza as agressões que sofre, mas até quando?”, comentou. “Temos um compromisso de entregar a água limpa para o Brasil”, completou.
Jara falou ainda que a gestão da água não pode se dar apenas por leis e normas, mas também pela comunidade e pelos atores envolvidos. “Precisamos preservar este milagre da natureza para a vida, que é a água”.
Para o diretor Dalvino Franca, a cooperação é significativa porque o Brasil recebe água do Peru, assim como fornece para outros países, com a mesma qualidade que recebe. Já para o diretor Paulo Varella, a água não respeita fronteira. “É um integrador geográfico. Não há como haver gestão de recursos hídricos de forma isolada. Temos muito a compartilhar”.
A política de gestão de recursos hídricos da ANA-Peru, vinculada ao Ministério da Agricultura, tem como objetivos melhorar a proteção, vigilância, monitoramento e recuperação da qualidade das águas, assim como a conservação de ecossistemas aquáticos. Além disso, atender às demandas de quantidade em função da distribuição temporal e espacial, assim como garantir o direito ao acesso de água para usos populacional e de segurança alimentar. Prevê, ainda, aumentar a consciência social e participativa acerca da água e mitigar o impacto dos eventos extremos em recursos hídricos e implementar mecanismos de adaptação em relação às mudanças climáticas.
Resultado
O resultado do encontro foi a assinatura de uma carta de intenções entre a ANA do Brasil e a ANA do Peru, que expressa o compromisso mútuo de viabilizar ações de cooperação técnica na área de recursos hídricos. As áreas temáticas da cooperação são planos de gestão e sistemas de informação de recursos hídricos; comitês de bacias hidrográficas, inclusive transfronteiriças; sedimentometria, qualidade da água, monitoramente e classificação de corpos de água; sistemas automáticos de medição hidrometeorológica e hidrológica, prevenção de eventos hidrológicos críticos, implantação dos programas Despoluição de Bacias (Prodes) e Produtor de Água, da ANA Brasil; e aquíferos transfronteiriços.
Texto:Ascom/ANA
Foto: Flávio Souza / Banco de Imagens ANA
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