A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, informou hoje que há pelo menos 87 juízes ameaçados no País. Há cerca de três meses, a corregedora pediu aos tribunais de todo o Brasil que informassem quantos juízes estavam sendo ameaçados e se eles vinham recebendo proteção. O número de juízes ameaçados, no entanto, deve ser maior, porque tribunais como os de São Paulo e de Minas Gerais ainda não encaminharam a informação à corregedora.
Eliana reconheceu que existem falhas na segurança de juízes. "Temos cochilado um pouco", afirmou. Ela disse, no entanto, que todas as vezes que a Corregedoria Nacional de Justiça é procurada por um juiz ameaçado, são tomadas providências para assegurar proteção. Isso ocorreu, por exemplo, com o juiz do município maranhense de Tuntum. Outro caso citado foi o de uma juíza de Pernambuco, ameaçada de morte por um grupo de extermínio, que agora está com escolta permanente, prestando segurança 24 horas por dia, e usa um carro blindado.
A corregedora afirmou que a execução da juíza Patrícia Lourival Acioli, em Niterói (RJ), pode assustar um pouco a magistratura, mas não irá inibir a atuação dos juízes. Ela manteve contato com autoridades do tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que disseram que atualmente a magistrada assassinada não contava com escolta. Segundo a corregedora, foi oferecida à juíza a possibilidade de transferência da vara criminal onde ela atuava para outra mais amena. No entanto, Patrícia teria dito que não queria mudar e que amava o que fazia.
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