sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Uma proposta para o programa de governo

Uma proposta para o programa de governo
21-01-2010

Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais.


Chega a ser desolador o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) se ele não se constituísse numa oportunidade de ouro para buscarmos o reverso dessa situação: a possibilidade dele ser um dos pontos básicos do programa de governo de Dilma Rousseff, embutido na proposta de universalização do ensino médio e de generalização de seu caráter profissional e não apenas técnico.

De certa forma, esses programas já foram iniciados no período Lula, representados pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), as escolas técnicas e os centros federais de educação tecnológica (CEFTs). Mas precisam ser vastamente ampliados e consolidados com programas de bolsas de estudo para custear as despesas dos estudantes de baixa renda no ensino médio com transportes, alimentação, moradia e material escolar. Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais para criar 2 milhões de empregos por ano e dar condições para os que não têm renda estudar.

O drama do jovem no nosso dia-a-dia

O estudo do IPEA mostra que o desemprego entre jovens de 16 a 20 anos triplicou de 7% em 1987, para mais de 20% em 2007, ano em que o Brasil contava 4,8 milhões de jovens desempregados. No mesmo período, na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% com uma agravante: metade dos jovens que trabalha no país o faz sem carteira assinada. Pior, o estudo mostra que mais da metade dos jovens de 15 a 17 anos não está cursando o ensino médio - a etapa adequada na educação para esta faixa etária - e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam a faculdade/universidade em 2007.

O estudo também aponta que houve avanços no acesso dos jovens à educação. Em 2007, por exemplo, 82% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% do segmento já havia passado e estava no ensino médio.

Fonte: Blog do Zé Dirceu

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