China ultrapassa a Alemanha e se torna o maior exportador do mundo
A China deixou a Alemanha para trás em 2009 no posto de maior exportador do mundo, com um total vendido ao exterior de US$ 1,2 trilhão, informou ontem o governo chinês.
A associação de exportadores alemã estima que as vendas externas do país tenham atingido US$ 1,17 trilhão no ano passado. O novo status da China é simbólico, mas chama a atenção para sua presença cada vez mais forte no setor industrial e como comprador de petróleo, minério de ferro e outras commodities, aumentando seu poder na economia global. O país já era o maior mercado mundial de automóveis e o maior fabricante de aço.
Em 2007, a China já passara Alemanha como a terceira maior economia. A expectativa é que este ano o país avance ao segundo lugar, atualmente ocupado pelo Japão, perdendo apenas para os Estados Unidos. As reservas internacionais chinesas estão hoje acima de US$ 2 trilhões e a economia cresceu 8,9% no terceiro trimestre de 2009. Para o ano, o governo prevê expansão de 8,3%.
O fato de destronar a Alemanha, por muito tempo líder mundial em exportações, reflete a capacidade da indústria chinesa, conhecida por seus baixos preços, de manter as exportações em alta enquanto outros países amargavam a forte queda na demanda mundial.
Também pesou o pacote de estímulo contra a crise global, de 4 trilhões de yuans (US$ 585 bilhões).
— Se a China cresce, puxa a economia global, e isso também beneficia a Alemanha, voltada para exportações — afirmou, no mês passado, o economista da Câmara Alemã de Comércio, Volker Treier.
Mas os EUA reclamam que parte do sucesso das exportações chinesas se deve ao câmbio controlado — está congelado desde 2008 — e a subsídios governamentais, que garante aos exportadores vantagens sobre seus concorrentes.
Os EUA criaram tarifas antidumping para importações de produtos siderúrgicos chineses e outros setores, enquanto a União Europeia limitou as compras de sapatos produzidos no país asiático.
Pequim promete lutar contra bolha no setor imobiliário A China também afirmou ontem que não deixará que o investimento especulativo estrangeiro afete o mercado imobiliário, onde se teme o surgimento de uma bolha. O Conselho Estatal (o gabinete do governo chinês) disse que entidades como o Banco Central e a Comissão Reguladora Bancária da China precisam “melhorar a supervisão de empréstimos e investimentos estrangeiros para evitar fluxos ilegais de capital ao mercado imobiliário”.
Em 2009, cerca de um sexto dos 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) em novos empréstimos foram para o setor imobiliário.
O governo também pediu que autoridades locais aumentem a oferta de imóveis
Fonte: O Globo - 11/01/10
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