quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

HAITI


Um ano após o terremoto, cenário no Haiti ainda é caótico
Ter, 11 Jan, 06h30
Por Redação Yahoo! Brasil


Às 16h53 do dia 12 de janeiro de 2010, a terra tremeu no Haiti. Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter arrasou o país mais pobre das Américas. Foi o pior desastre natural nos últimos 30 anos no mundo. Mais de 220.000 mortos e 300.000 feridos, incluindo milhares de pessoas que tiveram membros amputados. Um milhão e meio de pessoas sem teto. Um Estado aniquilado. O PIB inexistente. A sede da presidência e a sede da missão da ONU desabadas.

"Goudou Goudou", o monstro divino, como os haitianos chamaram o terremoto, colocou o país de joelhos.

Em poucos dias, centenas de socorristas, seguidos por um exército de jornalistas, chegaram ao Haiti. Os Estados Unidos enviam 20.000 soldados para organizar a ajuda e evitar que o país de idioma francês mergulhasse na anarquia. Países do mundo inteiro enviaram ajuda financeira, inclusive o Brasil, que já se mostrava presente e atuante no Haiti com tropas da Força de Paz da ONU.

O problema é que a Comissão interina para a Reconstrução do Haiti, que administra os fundos, não consegue atuar e os campos de refugiados improvisados se perpetuam. Porto Príncipe ainda dá a impressão de ser um grande acampamento de refugiados, segundo a Anistia Internacional. As pessoas vivem em condições precárias e as mulheres enfrentam uma ameaça pior, o risco de serem estupradas, segundo o organismo. "Um ano depois do terremoto, apenas 5% dos escombros foram removidos ", lamenta, por seu lado, a organização humanitária Oxfam.

Para piorar, há o cólera. Mais de 3.400 pessoas morreram com a doença no Haiti desde o início da epidemia, em outubro. No mês seguinte, manifestantes lançaram pedras contra uma patrulha da ONU e gritaram slogans acusando soldados do Nepal de terem levado a doença ao país, onde não era registrada havia muitas décadas.

Em dezembro, pesquisadores dos EUA disseram que a cepa do cólera encontrada no país é originária da Ásia e se parece muito com uma que circula em Bangladesh. Até o momento a ONU vem dizendo que não há evidência científica de que o batalhão nepalês seja responsável e que todos os testes nos soldados deram negativo.

Confira em imagens como está o Haiti hoje, um ano após o terremoto:


As informações e fotos são da Agência AFP

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