NOVO BRINQUEDO
iPad quer provocar uma revolução
Por Gustavo Chacra em 29/1/2010
Reproduzido do Estado de S.Paulo, 28/1/2010; título original “Apple busca nova revolução com o iPad”
No dia em que o presidente americano Barack Obama faria o seu mais importante discurso no ano, os Estados Unidos pararam para assistir à apresentação de Steve Jobs, presidente da Apple, no lançamento do já considerado revolucionário iPad – uma espécie de mistura de um laptop com um celular inteligente – em cerimônia na cidade de San Francisco.
Ainda magro em consequência de problemas de saúde, Jobs, com sua tradicional camisa de gola alta preta, subiu ao palco e, depois de contar um pouco da história e dos lucros de produtos da Apple como o iPod, exibiu pela primeira vez o iPad, que vinha sendo aguardado desde o fim do ano passado.
"Nós queremos iniciar 2010 com a introdução de um produto verdadeiramente mágico e revolucionário. É muito mais intimista do que um laptop e bem mais capaz do que um celular inteligente", afirmou o carismático presidente da Apple para uma audiência de dezenas de jornalistas, em evento que ofuscou completamente o lançamento do celular Nexus One pelo Google semanas atrás. Canais de TV pararam as suas programações normais para mostrar o novo produto, enquanto os jornais fizeram cobertura instantânea por meio de blogs.
Como no caso do iPod, o produto se difere de praticamente tudo o que existe no mercado. Fisicamente, o iPad lembra um iPhone gigante. Sua tela sensível ao toque terá cerca de dez polegadas. O aparelho pesará 680 gramas. Não haverá teclado físico, apenas virtual.
Segundo Jobs, a bateria será econômica, sendo possível assistir a um filme de "San Francisco a Tóquio" – esse foi o principal obstáculo para o desenvolvimento do produto. O modelo mais avançado, com 64 gigabytes de memória, custará US$ 829, enquanto o mais simples poderá ser adquirido por US$ 499. Os dois devem estar à venda nas lojas da Apple nos Estados Unidos em dois meses. Não há previsão de quando será lançado no Brasil.
A conexão à internet deverá ser fornecida por meio de um plano de US$ 30 mensais com a AT&T, companhia já responsável pelo iPhone no território americano.
Apesar de não fazer chamadas convencionais, o iPad poderá usar softwares de telefonia via internet. O aparelho inova por ter a vantagem de poder utilizar 140 mil aplicativos criados para o iPhone inexistentes nos seus competidores na categoria tablet. Além disso, supera os netbooks (computadores menores para navegar na internet) por ter uma tela com resolução bem maior e um design mais simples, típico da Apple, com apenas um botão.
"Os netbooks não são melhores em nada. Eles possuem telas de baixa qualidade", disse Jobs, tentando mostrar a superioridade de seu produto.
E-reader
Antes do lançamento, muitos analistas diziam que o iPad poderia ser para os livros e jornais o que o iPod conseguiu ser para a música. Jobs disse já estar em contato com editoras para vender livros virtuais.
O problema é que já existem aparelhos de leitura avançados, como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes&Noble. E os dois se diferem do iPad. Ambos são direcionados apenas para a leitura, sem a preocupação com a internet ou comunicação. A luminosidade da tela também é diferente, cansando bem menos a vista. O Kindle e o Nook, para serem lidos, precisam de iluminação externa, como se fosse um livro. O iPad terá uma luminosidade igual à de um computador comum, vinda da tela, cansando a vista da mesma forma.
A leitura de publicações grandes, como livros, não deve sofrer grandes alterações. Analistas já diziam ontem que iPad não será um concorrente direto do Kindle ou do Nook.
A expectativa, porém, se dá na imprensa. Jornais e revistas, por terem textos menores, diferentemente de livros, podem ser lidos com mais facilidade em telas de computadores e tablets, sem o problema do cansaço da vista. Alguns jornais e revistas, como o New York Times e as publicações da Condé Nast, já começaram a desenvolver formatos para serem adaptados ao iPad.
Martin Nisenholtz, do New York Times, subiu ao palco durante a apresentação de Jobs e comentou sobre o desenvolvimento de um aplicativo especialmente para o iPad. "Queremos misturar o melhor da edição impressa com a edição digital", disse. Jennifer Brook, também do jornal de Nova York, acrescentou que eles conseguiram "capturar a essência da leitura de um jornal".
O aplicativo, de acordo com o New York Times, permitirá aos leitores gravar artigos no iPad, alterar as dimensões do texto, mudando o número de colunas, arrastando fotos e exibindo vídeos. "Será tudo o que você sempre amou em um jornal, tudo o que você sempre amou da internet e tudo o que você pode esperar do New York Times", afirmou Brook.
Televisão
E, segundo se comentava ontem nas TVs americanas, o iPad pode afetar ainda mais a indústria da TV. Com a alta resolução da imagem, programas e séries poderão ser assistidos de qualquer lugar com boa qualidade, bem acima da existente atualmente em sites como o YouTube e o Hulu. O Los Angeles Times também lembrou que a tela sensível ao toque de tamanho grande, como a do iPad, permitirá que aplicativos de artistas sejam usados até mesmo para a produção de obras de arte.
***
Equipamento criou expectativas altas demais
Renato Cruz
O iPad foi bem recebido, mas o entusiasmo veio temperado com uma certa dose de decepção. A avalanche de rumores criada antes do anúncio criou expectativas impossíveis de serem alcançadas. Era como se Steve Jobs fosse anunciar o lançamento comercial de um sistema de teletransporte.
Um comentário bastante comum, que apareceu, entre outros lugares, na cobertura em tempo real do New York Times, foi de que o iPad é um iPhone gigante (apesar de não fazer chamadas convencionais). "Apple Tablet" foi um dos temas mais populares ontem no Twitter, serviço de microblogs. Matt Gemmell, um desenvolvedor de software para produtos da Apple, escreveu no Twitter: "O iPad é o maior avanço na tecnologia de leitura de banheiro da história da humanidade."
"Simplesmente não entendi", foi um comentário publicado pelo TechCrunch, um dos blogs mais influentes de tecnologia. "Não é um substituto do iPhone, porque não é um telefone; não é um substituto do iPod Touch porque não é portátil; e eu tenho vários computadores "verdadeiros" para não precisar de um tablet."
A reação do Gizmodo, outro blog de tecnologia, também não foi boa: "Meu Deus, eu estou bem desapontado com o iPad. Ele é a tradução de um produto não-essencial e além disso tem algumas falhas críticas, absolutamente terríveis, que me farão olhar torto para qualquer pessoa que resolva comprar um." Ele reclama, entre outras coisas, da falta de câmera e de capacidade de multitarefa.
***
Grupo já mudou completamente três mercados
A Apple já revolucionou três mercados: o de microcomputadores, o de música e o da telefonia. Dependendo da reação dos consumidores ao iPad, a empresa de Steve Jobs pode mudar os rumos da indústria de PCs pela terceira vez. O Apple II, lançado no começo de 1977, foi o responsável por tornar o computador pessoal um bem de consumo. Modelos concorrentes, como o TRS-80, eram restritos a aficionados por tecnologia.
Além disso, o Apple II transformou os microcomputadores, que eram vistos até então como hobby, em ferramenta de trabalho, com o lançamento do software de planilhas VisiCalc, que permitia usar a máquina para cálculos. Ela trazia como novidades a capacidade de mostrar imagens em cores e a arquitetura aberta, que permitia aos usuários expandirem a capacidade das máquinas, com placas desenvolvidas até por outros fabricantes. O Apple II acabou sendo deixado para trás pelo IBM PC, lançado em 1981.
A segunda vez em que a Apple mudou o rumo do mercado de microcomputadores foi em 1984, com o lançamento do Macintosh. Esse computador tornou acessível a um público amplo a interface gráfica do usuário. O que é isso? Antes do Mac, as pessoas precisavam digitar os comandos. Ele foi o primeiro computador com um preço acessível a permitir a interação com imagens que podem ser clicadas e arrastadas, com o uso de um mouse. Recursos que se tornaram corriqueiros com o Windows, da Microsoft, chegaram ao mercado pela primeira vez com o Mac. Dependendo da resposta ao iPad, pode ser a terceira guinada do mercado de PCs liderada pela Apple.
A Apple revolucionou o mercado de música com o iPod, em outubro de 2001. Apesar de não ser o pioneiro, foi o equipamento que desenvolveu o mercado de tocadores digitais. Num momento em que a indústria fonográfica combatia o crescimento do MP3 com ações judiciais contra consumidores, a Apple criou um modelo viável que combinava um aparelho fácil de usar, com um software instalado nos computadores e uma loja virtual. Graças ao sucesso do iPod, a Apple se tornou o maior varejista de música do mundo.
A revolução do mercado de telefonia aconteceu em janeiro de 2007. A empresa não inaugurou o segmento de smartphones (telefones inteligentes), mas lançou um produto para pessoas comuns. Modelos de outros fabricantes, além de mais feios, eram difíceis. Pareciam feitos de engenheiros para engenheiros. Desde o seu lançamento, o iPhone se tornou o produto a ser batido pela concorrência.
Mas nem sempre a mágica dá certo. Em 1998, a Apple lançou o computador de mão Newton, um "assistente pessoal digital". Ele trazia uma tecnologia revolucionária de reconhecimento de escrita, mas não obteve sucesso. Outra empresa, a Palm, acabou desenvolvendo esse mercado. O Newton foi lançado na época em que Steve Jobs estava fora da companhia, o que pode ser parte da explicação de seu fracasso.
Mesmo sob a administração de Jobs, no entanto, houve revoluções anunciadas que não se concretizaram. É o caso da Apple TV, um equipamento que serve para assistir vídeos da internet e do computador na televisão de alta definição. Muitos consumidores gostaram, mas o impacto foi muito menor que do iPod ou do iPhone. (Renato Cruz)
Blog da Associação dos Servidores da SOHIDRA - ASSO, destinado à troca de informações com nossos colegas, colaboradores e população em geral.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Arce fiscalizará a qualidade da água fornecida pela CAGECE em vários municípios do interior do Estado.
Arce fiscalizará a qualidade da água fornecida pela CAGECE em vários municípios do interior do Estado.
Durante o mês de janeiro, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, realizará, no setor de saneamento básico, ações de fiscalização no Sistema Público de Abastecimento de Água em seis municípios cearenses. O objetivo comum das ações é obter um diagnóstico das condições técnico-operacionais e da qualidade do atendimento. As atividades de fiscalização se desenvolverão nos municípios de Barroquinha (de 11 a 15 de janeiro), Chaval (de 11 a 15 de janeiro), Aratuba (de 18 a 22 de janeiro), Tauá (de 18 a 22 de janeiro), Caridade e Itatira (25 a 29 de janeiro).
Os municípios fiscalizados devem repassar informações sobre laudos de qualidade da água distribuída e água bruta nos últimos 12 meses; relatório de análise da situação operacional do sistema (o mais atual); relatório de controle operacional dos últimos doze meses; relatório de dados operacionais de 2009; registros de atendimento comercial com dados consolidados de reclamações e solicitações de serviços; croqui esquemático do sistema de abastecimento de água da região e, ainda, relação de usuários não hidrometrados que tenham consumo maior que 20m³.
A atuação da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará é definda pela Lei 14.394/2009. Desde 2001, a ARCE opera na regulação e fiscalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) . Em 148 municípios cearenses atendidos pela Cagece, agência pode realizar auditorias técnicas sistematicas e periódicas, julgamento e mediação de conflitos entre usuários e a concessionária, edição de regulamentos e análise de propostas de reajuste, além de revisão tarifária.
Vale ressaltar que, também neste mês de janeiro, o município de Aquiraz terá o sistema de esgotamento sanitário fiscalizado por técnicos da ARCE. A fiscalização será a partir desta segunda-feira, dia onze, devendo estender-se até o próximo dia 15.
Assessoria de Imprensa da ARCE
Angélica Martins (85) 3101.1020
angelica.martins@arce.ce.gov.br
Durante o mês de janeiro, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, realizará, no setor de saneamento básico, ações de fiscalização no Sistema Público de Abastecimento de Água em seis municípios cearenses. O objetivo comum das ações é obter um diagnóstico das condições técnico-operacionais e da qualidade do atendimento. As atividades de fiscalização se desenvolverão nos municípios de Barroquinha (de 11 a 15 de janeiro), Chaval (de 11 a 15 de janeiro), Aratuba (de 18 a 22 de janeiro), Tauá (de 18 a 22 de janeiro), Caridade e Itatira (25 a 29 de janeiro).
Os municípios fiscalizados devem repassar informações sobre laudos de qualidade da água distribuída e água bruta nos últimos 12 meses; relatório de análise da situação operacional do sistema (o mais atual); relatório de controle operacional dos últimos doze meses; relatório de dados operacionais de 2009; registros de atendimento comercial com dados consolidados de reclamações e solicitações de serviços; croqui esquemático do sistema de abastecimento de água da região e, ainda, relação de usuários não hidrometrados que tenham consumo maior que 20m³.
A atuação da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará é definda pela Lei 14.394/2009. Desde 2001, a ARCE opera na regulação e fiscalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) . Em 148 municípios cearenses atendidos pela Cagece, agência pode realizar auditorias técnicas sistematicas e periódicas, julgamento e mediação de conflitos entre usuários e a concessionária, edição de regulamentos e análise de propostas de reajuste, além de revisão tarifária.
Vale ressaltar que, também neste mês de janeiro, o município de Aquiraz terá o sistema de esgotamento sanitário fiscalizado por técnicos da ARCE. A fiscalização será a partir desta segunda-feira, dia onze, devendo estender-se até o próximo dia 15.
Assessoria de Imprensa da ARCE
Angélica Martins (85) 3101.1020
angelica.martins@arce.ce.gov.br
Novo presidente do CNPq toma posse
Novo presidente do CNPq toma posse
28/1/2010
Agência FAPESP – O físico Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho tomou posse como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A cerimônia de posse foi realizada nesta quarta-feira (27/1) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, no edifício sede do CNPq, em Brasília.
Aragão substitui o médico Marco Antônio Zago, que presidiu o CNPq por dois anos e meio, e agora irá compor a nova direção da Universidade de São Paulo (USP), onde será pró-reitor de pesquisa.
Em seu discurso de posse, Aragão afirmou que dará continuidade à gestão de Zago e implantará novas ações para promover o crescimento do CNPq e sua atuação como agência fomentadora da pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Apontou também o incentivo à produtividade em pesquisa como um dos principais focos para o órgão federal.
O novo presidente do CNPq é graduado em física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tem mestrado pela mesma instituição, fez doutorado na Universidade de Princeton (Estados Unidos) e pós-doutorado no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), todos em física das partículas elementares e campos.
Aragão tem experiência na área de física, com ênfase em física das partículas elementares e campos, atuando principalmente em temas relacionados às teorias quânticas de campos e suas aplicações, teorias quânticas de campos a temperatura finita, métodos semiclássicos em geral.
É professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia de Ciência de Países em Desenvolvimento (Twas).
Mais informações: www.cnpq.br
28/1/2010
Agência FAPESP – O físico Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho tomou posse como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A cerimônia de posse foi realizada nesta quarta-feira (27/1) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, no edifício sede do CNPq, em Brasília.
Aragão substitui o médico Marco Antônio Zago, que presidiu o CNPq por dois anos e meio, e agora irá compor a nova direção da Universidade de São Paulo (USP), onde será pró-reitor de pesquisa.
Em seu discurso de posse, Aragão afirmou que dará continuidade à gestão de Zago e implantará novas ações para promover o crescimento do CNPq e sua atuação como agência fomentadora da pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Apontou também o incentivo à produtividade em pesquisa como um dos principais focos para o órgão federal.
O novo presidente do CNPq é graduado em física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tem mestrado pela mesma instituição, fez doutorado na Universidade de Princeton (Estados Unidos) e pós-doutorado no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), todos em física das partículas elementares e campos.
Aragão tem experiência na área de física, com ênfase em física das partículas elementares e campos, atuando principalmente em temas relacionados às teorias quânticas de campos e suas aplicações, teorias quânticas de campos a temperatura finita, métodos semiclássicos em geral.
É professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia de Ciência de Países em Desenvolvimento (Twas).
Mais informações: www.cnpq.br
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Rotina desastrosa
Especiais
Rotina desastrosa
26/1/2010
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – A cada ano, em períodos de chuvas mais intensas, repetem-se pelo Brasil as cenas de tragédias provocadas por enchentes e deslizamentos de terra. Esses desastres periódicos são, muitas vezes, indevidamente atribuídos apenas à intensidade dos fenômenos naturais. No entanto, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), um grupo de especialistas no tema adota uma perspectiva mais crítica: os desastres são recorrentes no país por falta de uma cultura de prevenção e proteção civil.
Essa é uma das principais conclusões do livro Sociologia dos Desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil, lançado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped), do Departamento de Sociologia da UFSCar. A obra é fruto dos estudos realizados no núcleo desde 2003 e reúne artigos de 12 especialistas diferentes.
Organizado pela coordenadora do Neped, Norma Valêncio, e pelos pesquisadores Mariana Siena, Victor Marchezini e Juliano Costa Gonçalves, o livro tem o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Defesa Civil.
De acordo com Mariana, o foco do grupo é a relação entre desastres, direitos humanos, defesa civil e dimensões políticas e institucionais. “Estudamos também as dimensões psicossociais dessa associação. Para isso, trabalhamos com entrevistas in loco, por exemplo, com moradores que perdem suas casas em desastres”, disse Mariana à Agência FAPESP.
Sob a orientação de Norma, a pesquisadora desenvolve atualmente, com auxílio da FAPESP, um estudo de doutorado com o tema “Vulnerabilidade diante dos eventos extremos relacionados às mudanças climáticas: uma análise sociológica do discurso e prática da assistência social em cenário de desastre associado às chuvas”.
Segundo Mariana, praticamente todos os estudos realizados pelo Neped convergem para a constatação de que não há, no Brasil, uma cultura relacionada à prevenção e à proteção civil em relação a desastres. De acordo com a pesquisadora, o caso dos desastres ocorridos recentemente em Angra dos Reis (RJ) é um exemplo atual de uma constatação feita pelos especialistas no livro: os órgãos públicos têm dificuldades para reagir aos desastres.
"Se houvesse prevenção, a espacialização da população não geraria desastres. Se há fatores que caracterizam ameaça, é preciso preparar a população. E, após o resgate, é preciso buscar maneiras de reabilitar a população imediatamente e fazer uma reconstrução resiliente", disse.
A ineficiência do sistema de defesa civil, segundo Mariana, não se resume à incapacidade de resposta imediata. Ela é percebida especialmente no trabalho de prevenção quase inexistente. “A falta de prevenção é generalizada e o ente público está sistematicamente ausente. As lições aprendidas com as falhas na prevenção quase nunca são incorporadas”, afirmou Mariana.
Sempre os mesmos
Cerca de 25% dos municípios brasileiros são afetados por desastres relacionados a chuvas e seca a cada ano, de acordo com dados levantados pela equipe do Neped. Segundo Mariana, os estudos feitos pelo grupo mostram que, nos últimos sete anos, a existência de desastres é verificada nos mesmos estados e municípios.
“Entre 2003 e 2007, observamos em estudos de caso que os mesmos locais e as mesmas famílias haviam sido atingidas diversas vezes. Tudo se repete periodicamente, com as mesmas características e os mesmos prejuízos. E eventualmente em situação pior, já que pessoas que mal tiveram tempo para se recuperar são atingidas novamente”, afirmou.
De acordo com Mariana, há uma estreita relação entre desigualdade social e exposição ao risco. “Os fenômenos naturais, ainda que extremos, não são desastres. Entendemos por desastre uma combinação da ameaça natural com a alta vulnerabilidade. É o que temos visto no caso dos terremotos no Haiti. O país tem grande vulnerabilidade econômica, social e institucional dos mais diversos matizes. Quando ocorre um terremoto, nesse caso temos de fato um desastre”, explicou.
Os estudos constataram, segundo Mariana, que o processo de vulnerabilidade está relacionado à indiferença social em relação ao direito de territorialização das populações empobrecidas. “É essa indiferença e o descomprometimento dos órgãos de defesa civil que tornam essas pessoas vítimas fáceis dos impactos dos desastres naturais”, disse.
Embora a vulnerabilidade tenha um componente inequívoco ligado à pobreza, a parte mais rica da população também é afetada por desastres, de acordo com Mariana. “Todos são atingidos. Mas quem tem mais poder aquisitivo dispõe também de mais facilidade para suplantar essas adversidades, reconstruir o que foi destruído e garantir a prevenção para que o desastre não se repita”, afirmou.
Os pesquisadores do Neped, segundo Mariana, realizaram nos últimos anos estudos dedicados aos diferentes grupos sociais que apresentam vulnerabilidade aos desastres. “Esses grupos são submetidos a um expressivo sofrimento social em situações de desastre. Na maioria dos casos, essas vulnerabilidades se combinam com políticas sociais precárias. Estudamos como os desastres afetam as populações de baixa renda, mulheres, idosos e crianças, por exemplo”, declarou.
Atualmente, o grupo se dedica a estudar também a vulnerabilidade a eventos extremos associados às mudanças climáticas globais. “O nosso núcleo tem hoje 18 profissionais de diversas áreas, sendo que a maior parte vem da sociologia”, disse a pesquisadora.
O livro, segundo a pesquisadora, está dividido em quatro seções. A primeira trata de políticas institucionais da defesa civil, a segunda aborda as dimensões sociais da vulnerabilidade e a terceira discute o tema “Educação para redução de desastres”.
A última seção é a única que trata de estudos feitos fora do Brasil, abordando as pesquisas feitas por Norma Valêncio na África, nas quais avaliou os impactos das mudanças climáticas sobre países do continente. “Essa seção faz uma reflexão sobre a contribuição das ciências humanas para pensar o sofrimento social no continente africano”, disse Mariana.
Sociologia dos Desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil
Autor: Norma Valêncio e outros
Lançamento: 2010
Preço: Distribuição gratuita
Páginas: 268
Mais informações:
Mais informações: desastres@terra.com.br
Rotina desastrosa
26/1/2010
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – A cada ano, em períodos de chuvas mais intensas, repetem-se pelo Brasil as cenas de tragédias provocadas por enchentes e deslizamentos de terra. Esses desastres periódicos são, muitas vezes, indevidamente atribuídos apenas à intensidade dos fenômenos naturais. No entanto, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), um grupo de especialistas no tema adota uma perspectiva mais crítica: os desastres são recorrentes no país por falta de uma cultura de prevenção e proteção civil.
Essa é uma das principais conclusões do livro Sociologia dos Desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil, lançado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped), do Departamento de Sociologia da UFSCar. A obra é fruto dos estudos realizados no núcleo desde 2003 e reúne artigos de 12 especialistas diferentes.
Organizado pela coordenadora do Neped, Norma Valêncio, e pelos pesquisadores Mariana Siena, Victor Marchezini e Juliano Costa Gonçalves, o livro tem o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Defesa Civil.
De acordo com Mariana, o foco do grupo é a relação entre desastres, direitos humanos, defesa civil e dimensões políticas e institucionais. “Estudamos também as dimensões psicossociais dessa associação. Para isso, trabalhamos com entrevistas in loco, por exemplo, com moradores que perdem suas casas em desastres”, disse Mariana à Agência FAPESP.
Sob a orientação de Norma, a pesquisadora desenvolve atualmente, com auxílio da FAPESP, um estudo de doutorado com o tema “Vulnerabilidade diante dos eventos extremos relacionados às mudanças climáticas: uma análise sociológica do discurso e prática da assistência social em cenário de desastre associado às chuvas”.
Segundo Mariana, praticamente todos os estudos realizados pelo Neped convergem para a constatação de que não há, no Brasil, uma cultura relacionada à prevenção e à proteção civil em relação a desastres. De acordo com a pesquisadora, o caso dos desastres ocorridos recentemente em Angra dos Reis (RJ) é um exemplo atual de uma constatação feita pelos especialistas no livro: os órgãos públicos têm dificuldades para reagir aos desastres.
"Se houvesse prevenção, a espacialização da população não geraria desastres. Se há fatores que caracterizam ameaça, é preciso preparar a população. E, após o resgate, é preciso buscar maneiras de reabilitar a população imediatamente e fazer uma reconstrução resiliente", disse.
A ineficiência do sistema de defesa civil, segundo Mariana, não se resume à incapacidade de resposta imediata. Ela é percebida especialmente no trabalho de prevenção quase inexistente. “A falta de prevenção é generalizada e o ente público está sistematicamente ausente. As lições aprendidas com as falhas na prevenção quase nunca são incorporadas”, afirmou Mariana.
Sempre os mesmos
Cerca de 25% dos municípios brasileiros são afetados por desastres relacionados a chuvas e seca a cada ano, de acordo com dados levantados pela equipe do Neped. Segundo Mariana, os estudos feitos pelo grupo mostram que, nos últimos sete anos, a existência de desastres é verificada nos mesmos estados e municípios.
“Entre 2003 e 2007, observamos em estudos de caso que os mesmos locais e as mesmas famílias haviam sido atingidas diversas vezes. Tudo se repete periodicamente, com as mesmas características e os mesmos prejuízos. E eventualmente em situação pior, já que pessoas que mal tiveram tempo para se recuperar são atingidas novamente”, afirmou.
De acordo com Mariana, há uma estreita relação entre desigualdade social e exposição ao risco. “Os fenômenos naturais, ainda que extremos, não são desastres. Entendemos por desastre uma combinação da ameaça natural com a alta vulnerabilidade. É o que temos visto no caso dos terremotos no Haiti. O país tem grande vulnerabilidade econômica, social e institucional dos mais diversos matizes. Quando ocorre um terremoto, nesse caso temos de fato um desastre”, explicou.
Os estudos constataram, segundo Mariana, que o processo de vulnerabilidade está relacionado à indiferença social em relação ao direito de territorialização das populações empobrecidas. “É essa indiferença e o descomprometimento dos órgãos de defesa civil que tornam essas pessoas vítimas fáceis dos impactos dos desastres naturais”, disse.
Embora a vulnerabilidade tenha um componente inequívoco ligado à pobreza, a parte mais rica da população também é afetada por desastres, de acordo com Mariana. “Todos são atingidos. Mas quem tem mais poder aquisitivo dispõe também de mais facilidade para suplantar essas adversidades, reconstruir o que foi destruído e garantir a prevenção para que o desastre não se repita”, afirmou.
Os pesquisadores do Neped, segundo Mariana, realizaram nos últimos anos estudos dedicados aos diferentes grupos sociais que apresentam vulnerabilidade aos desastres. “Esses grupos são submetidos a um expressivo sofrimento social em situações de desastre. Na maioria dos casos, essas vulnerabilidades se combinam com políticas sociais precárias. Estudamos como os desastres afetam as populações de baixa renda, mulheres, idosos e crianças, por exemplo”, declarou.
Atualmente, o grupo se dedica a estudar também a vulnerabilidade a eventos extremos associados às mudanças climáticas globais. “O nosso núcleo tem hoje 18 profissionais de diversas áreas, sendo que a maior parte vem da sociologia”, disse a pesquisadora.
O livro, segundo a pesquisadora, está dividido em quatro seções. A primeira trata de políticas institucionais da defesa civil, a segunda aborda as dimensões sociais da vulnerabilidade e a terceira discute o tema “Educação para redução de desastres”.
A última seção é a única que trata de estudos feitos fora do Brasil, abordando as pesquisas feitas por Norma Valêncio na África, nas quais avaliou os impactos das mudanças climáticas sobre países do continente. “Essa seção faz uma reflexão sobre a contribuição das ciências humanas para pensar o sofrimento social no continente africano”, disse Mariana.
Sociologia dos Desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil
Autor: Norma Valêncio e outros
Lançamento: 2010
Preço: Distribuição gratuita
Páginas: 268
Mais informações:
Mais informações: desastres@terra.com.br
Canal crítico a Chávez é tirado do ar
VENEZUELA
Canal crítico a Chávez é tirado do ar
Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 26/1/2010
A emissora venezuelana Radio Caracas Television (RCTV) ficou famosa internacionalmente em 2007, quando o presidente da Venezuela Hugo Chávez se negou a renovar sua licença de funcionamento. Na ocasião, o canal era acusado de ter participado de um golpe, cinco anos antes, para tentar tirar Chávez do poder. Depois de deixar a TV aberta, a RCTV passou a ser transmitida por cabo e satélite – até o último domingo [24/1], quando foi tirada novamente do ar. Desta vez, por se negar a cumprir nova regra governamental que a obrigaria a transmitir os discursos do presidente.
Os serviços de cabo e satélite interromperam a programação da RCTV depois que ela não exibiu um discurso de Chávez no sábado durante uma manifestação de partidários em apoio ao líder. Em nota, a emissora afirmou que a agência estatal de telecomunicações "não tem qualquer autoridade para dar esta ordem aos provedores de TV a cabo". "O governo os está pressionando de maneira inapropriada a tomar decisões acima de suas responsabilidades." Diosdado Cabello, diretor da agência de telecomunicações, afirmou no sábado que todos os canais nacionais por assinatura do país devem obedecer à lei e que não pode haver exceções.
Interrupção do sinal
Pelas novas regras impostas pelo governo, dezenas de canais locais transmitidos por cabo devem exibir discursos de Chávez e outros eventos oficiais quando as autoridades considerarem necessário. A mesma norma já era aplicada aos canais da TV aberta. O presidente é conhecido pelos longos discursos, que podem durar até sete horas.
Roger Santodomingo, secretário-geral da associação nacional de jornalistas, classificou o novo fechamento da RCTV como uma violação dos direitos humanos, da liberdade de expressão e da democracia. Uma agência de notícias estatal informou que a interrupção do sinal incluiu quatro canais, que poderão voltar a funcionar se decidirem respeitar a lei. Com informações da Associated Press [24/1/10].
Canal crítico a Chávez é tirado do ar
Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 26/1/2010
A emissora venezuelana Radio Caracas Television (RCTV) ficou famosa internacionalmente em 2007, quando o presidente da Venezuela Hugo Chávez se negou a renovar sua licença de funcionamento. Na ocasião, o canal era acusado de ter participado de um golpe, cinco anos antes, para tentar tirar Chávez do poder. Depois de deixar a TV aberta, a RCTV passou a ser transmitida por cabo e satélite – até o último domingo [24/1], quando foi tirada novamente do ar. Desta vez, por se negar a cumprir nova regra governamental que a obrigaria a transmitir os discursos do presidente.
Os serviços de cabo e satélite interromperam a programação da RCTV depois que ela não exibiu um discurso de Chávez no sábado durante uma manifestação de partidários em apoio ao líder. Em nota, a emissora afirmou que a agência estatal de telecomunicações "não tem qualquer autoridade para dar esta ordem aos provedores de TV a cabo". "O governo os está pressionando de maneira inapropriada a tomar decisões acima de suas responsabilidades." Diosdado Cabello, diretor da agência de telecomunicações, afirmou no sábado que todos os canais nacionais por assinatura do país devem obedecer à lei e que não pode haver exceções.
Interrupção do sinal
Pelas novas regras impostas pelo governo, dezenas de canais locais transmitidos por cabo devem exibir discursos de Chávez e outros eventos oficiais quando as autoridades considerarem necessário. A mesma norma já era aplicada aos canais da TV aberta. O presidente é conhecido pelos longos discursos, que podem durar até sete horas.
Roger Santodomingo, secretário-geral da associação nacional de jornalistas, classificou o novo fechamento da RCTV como uma violação dos direitos humanos, da liberdade de expressão e da democracia. Uma agência de notícias estatal informou que a interrupção do sinal incluiu quatro canais, que poderão voltar a funcionar se decidirem respeitar a lei. Com informações da Associated Press [24/1/10].
O pátio do hospício-PLANETA TWITTER
PLANETA TWITTER
O pátio do hospício
Por Washington Araújo em 26/1/2010
Acessar a internet está ficando tão ou mais rotineiro que escovar os dentes logo de manhã cedo. Enquanto dormimos o mundo continua acontecendo e se acontece há que haver registro em algum portal de notícias ou em algum blog.
Gente famosa parece que morre primeiro na internet. Situação vexaminosa envolvendo celebridade ganha ares de tragédia nacional primeiro na internet. E se pensarmos um pouco, a internet está para o século 21 como a língua da vizinha para a primeira metade do século 20. Todo mundo da rua sabia tudo: a que horas o fulano chegou pelas tabelas, carregado por quem, como se deu a recepção no meio familiar. Hoje todo mundo sabe rapidinho que Nizan Guanaes esteve detonando a Bahia, o Chiclete com Banana e sabe que Xuxa foi malcriada com quem se atreveu a questionar o domínio da língua pátria por sua filha Sacha. Em mais dois ou três cliques sabemos que o Brasil perdeu Zilda Arns e o mundo uma Cidadã do Mundo, com diploma e tudo, em recente terremoto no Haiti.
Realmente a língua da vizinha (por que não do vizinho?) não daria conta de tanta coisa nova para comentar. O Brasil é um país que se conecta cada vez mais e alcança todas as classes sociais. Ao invés de nos perder nos imensos alagamentos de São Paulo, que tal nos afogar um pouquinho... em números?
Pois bem, o Brasil tinha 64,8 milhões de internautas segundo o Ibope Nielsen Online em julho de 2009 (ver aqui), um aumento de 2,5 milhões de pessoas em relação ao mês anterior. Em junho de 2008, o Ibope/NetRatings contabilizava 41,5 milhões, mas não contabilizava os acessos públicos (LAN houses, bibliotecas, escolas e telecentros), que agora passou a somar aos acessos do trabalho e de casa.
O Brasil é o quinto país com o maior número de conexões à internet (ver aqui). Nas áreas urbanas, 44% da população está conectada à internet (ver aqui): 97% das empresas e 23,8% dos domicílios brasileiros estão conectados à internet (ver aqui).
Nunca antes neste país...
E nunca se produziu tanto conteúdo, tanta informação acessível a tão grande contingente populacional como nos dias que correm. Não somos uma ilha de conectividade surgida no mar alto do mundo tecnológico. O fenômeno é planetário e mais do que nunca somos um só planeta e um só povo conectado e em vias de conexão. Prova disso é que prevê-se que em 2013, o número total de pessoas "conectadas" à internet passará a marca dos 2 bilhões, mais precisamente na casa dos 2,2 bilhões, significando um aumento de 45%, segundo o Forrester Research.
Este grande aumento se deve principalmente aos novos usuários da Ásia, com a China representando 17% da população online global. África e Oriente Médio também somam a fatia de 13%. Abarca todas as faixas etárias. Mas os jovens brasileiros podem falar com todas as letras que "estão ligados". Aqui, a gíria "tá ligado" poderia ser muito bem substituída por "tá conectado" sem alterar o sentido da simpática expressão remanescente dos últimos anos do século passado. Isso porque, uma pesquisa realizada em 12 países, mostrou que os adolescentes brasileiros podem ficar, em média, 70 horas por mês em frente a um monitor navegando na rede mundial. Fica informado das notícias de seus times, acompanha os seriados, lê os jornais, escutas as rádios, vê os vídeos mais interessantes ou que estejam causando sensação. Além disso, arrasta para seu computador músicas e filmes, fotos e charges.
Adultos na rede
Mas o que não apenas os jovens, mas também os adultos em geral mais fazem é criar relacionamentos sociais e expor-se na vitrine virtual, apresentando-se como isso e aquilo, procurando amizades ou algo mais, descobrindo por onde andam seus amigos de infância, de colégio, de faculdade, de trabalho. É para isso que milhões de pessoas se cadastram em sítios como Facebook, Orkut, Hi5, LinkedIn, MSN. Uma vez ingressados vão logo buscando sua turma, gente com que tenha afinidades, gostos, percepções, estilos de vida.
Vivemos, então, em um admirável mundo novo. Um mundo nem mesmo intuído por Aldous Huxley que cunhou a expressão como título de seu mais famoso livro. No meio de tudo isso os blogues cresceram mais que plantação de cogumelo. Todo mundo tem algo a dizer de si mesmo ou sobre o que outras pessoas pensam. E espera que alguém comente seus pensamentos.
Piados na web
A grande novidade deste século se chama Twitter (piado, em inglês). Trata-se de algo mais que uma ferramenta social de relacionamento. Seu criador Evan Williams acredita que microblogging traz dinamismo ao usuário e as possibilidades são imensas e diferenciadas. A conferir.
Como não quero ficar sabendo dez anos depois que o homem pisou na Lua também não quero ser dos retardatários que ingressam em uma onda quando esta já perdeu boa parte de seu impulso inicial, impulso sempre criativo, sempre surpreendente, sempre com gosto de futuro. Foi então que há dois meses entrei no Twitter. As regras são bem simples, é como o esperanto das redes sociais: textos de até 140 caracteres incluindo espaços, possibilidades de acompanhar a vida de outras pessoas cadastradas no sistema e também de ser acompanhado. São criados então conceitos como "seguidor" (de alguém) e "seguido" (por alguém), podemos reencaminhar para "nossos seguidores" a alguém, o texto legal que encontramos e receber, vez por outra, comentário de alguém sobre algo que expressamos no Twitter.
O uso do microblog foi logo incorporado à atividade jornalística. Jornais e revistas, emissoras de tevê, jornalistas, escritores, além das indefectíveis celebridades passaram a usar a tal ferramenta. Para alguns é um exercício de vaidade poder dizer quantos "seguidores" têm. E há narcisismo a dar com o pau. Muitos textos são para dizer que está na hora de ir dormir porque o dia foi cansativo. Outros aproveitam para endeusar suas preferências políticas e demonizar seus desafetos. E existem também as listas. Um jornal que é seguido por uma lista significa que é "acompanhado" por aqueles que assinam a lista. É um efeito multiplicador.
"Audiência" no Twitter
Apresento ao leitor os números de seguidores de alguns jornais e revistas e de alguns dos jornalistas renomados, mencionando também quantas listas os seguem: O Globo (29.946 seguidores, 1.104 listas), Folha de S.Paulo (43.806, 1.793 listas), Estado de S.Paulo (14.406, 701 listas), Jornal do Brasil (3.623, 194 listas).
Agora vamos para as revistas no Twitter: Veja (119.912 seguidores, 3.250 listas), Época (22.304, 1.058 listas), Carta Capital (17.803, 879 listas) e IstoÉ (6.805, 280 listas).
Outros veículos também chamam a atenção: Observatório da Imprensa (13.752 seguidores, 785 listas), BBC Brasil (24.046, 1.169 listas).
Como é a performance de alguns dos jornalistas mais acessados na internet brasileira no uso do Twitter? William Bonner (335.624 seguidores, 8.004 listas), Diogo Mainardi (12.617 seguidores, 184 listas), Blog do Josias (505, 31 listas), Ricardo Kotscho (100, 5 listas), Ricardo Noblat (24.700, 1.136 listas). Calma! Alguns já estão trabalhando o Twitter há anos, meses, enquanto outros faz apenas algumas semanas ou dias. E nesse caso tempo é determinante para ter uma presença forte ou fraca no Twitter. Os que são vistos em programas líderes de audiência na TV aberta levam vantagem avassaladora. O mesmo para os que escrevem em jornais e revistas de circulação nacional.
Questão de estilo
É comum que os veículos de comunicação e seus profissionais divulguem manchetes e títulos de suas matérias e forneçam de forma abreviada o hipertexto para acesso ao teor completo da matéria. William Bonner, apresentador do Jornal Nacional (TV Globo) não faz isso, cria amizade, é leve nos comentários, trata do cotidiano e parece sempre bem disposto e bem-humorado. Alguns exemplos:
** "Santo Deus! Como é que tem tanta gente nesse troço a essa hora? Eu só vim aqui descarregar fotos da viagem em vez de ficar rolando na cama." (22/1/2010)
** "Sobrinhada, como vocês todos sabem, REJUVENESCER se escreve assim - e não como o tio cometeu, só com C, né? Ocêis tudo perdoarão, espero." (21/1/2010)
** "Propaganda boa surpreende. Quando o recurso se repete, você já não sabe mais quem está anunciando. Marcas e produtos de perdem na mesmice." (19/1/2010)
Diogo Mainardi (colunista da revista Veja) extravasa comparações entre coisas que se encaixam e outras que se desencaixam. Mas são sempre comparações. Exemplos do Mainardi:
** "A embaixada brasileira em Tegucigalpa é o BBB2 sem a Cida." (1/10/2009)
** "O novo acordo ortográfico é o AI-5 da língua portuguesa."
** "Battisti é a von Richthofen que não deu certo."
** "CQC é o Pânico na UTI."
** "Joaquim Barbosa é o Sivuca do Supremo."
** "Nizan é o Repórter Vesgo da propaganda."
** "Dimenstein é o Derico da Folha."
Ricardo Kotscho mantêm o estilo que o consagrou na imprensa escrita e também no seu Balaio. Exemplos:
** "Direita vive, mostra a reação a programa de direitos humanos http://bit.ly/8liLxE"
** "Excelências em recesso, notícias saem de férias http://bit.ly/75lkue"
** "Inclusão digital: o copo está meio cheio ou meio vazio? http://bit.ly/8SrZeH"
Danilo Gentili, o jovem mestre do stand up comedy é hoje um dos mestres do Twitter. Ele é seguido por 518.233 e por 8.374 listas. A seguir algumas das melhores "twittadas" do comediante:
** "São Paulo Fashion Week começou. A profecia de José no Egito finalmente se concretiza: a época das vacas magras chegou."
** "O Otávio Mesquita foi no show hoje e disse `Danilo, quando comecei a carreira era assim igual você´ eu disse `Por favor. Não me desanima´."
** "Eu queria muito que o Datena apresentasse o Miss Brasil. Quando a miss Maranhão passasse ele ia dizer: `Mas isso é uma calamidade´."
** "À todos desejo Feliz Natal... E aos que estão assistindo o especial da Xuxa desejo meus pêsames."
** "Atenção vocês que ficam me seguindo: Se não pararem vou chamar a polícia."
Qual a graça?
Minha filha Lara, 11, me perguntou o que é o Twitter. Expliquei que era algo como pátio de hospício: todo mundo falando sozinho e eventualmente alguém responde... Ela sorriu e me perguntou: "Mas, pai, qual é a graça disso?" Repliquei que não sabia ainda direito, que estava testando esta rede social que parece estar sempre fazendo dieta: os textos são curtos, os retornos são escassos e o ambiente é sedutor para quem tem humor ácido ou sarcástico, típico de quem prefere perder o amigo, mas não o twitter, ou melhor, a piada.
Quase 60 dias gritando no pátio, descubro que já sou seguido por mais que uma centena de outros loucos. Estes são sempre simpáticos, mansos mesmo e chegam mesmo a ficar amigos, com expressões de afeto e tudo. Quem não nos segue, mas nos visita ocasionalmente, nem chega a perceber que somos (todos) estranhos no ninho. No Twitter descobri outras facetas que até então pareciam estar submersas, algo do meu lado sombra (atenção estudiosos de Jung). Fui muitas vezes irônico. Alguns exemplos:
** "São Paulo parece Atlântida do Platão e autoridades dizem que vai tudo bem, tudo ótimo. Cidadãos precisam ser.. anfíbios!"
** "Viver a Vida da Globo lembra Ari em `esse coqueiro que dá coco´... e haja encheção de linguiça que vira a abobrinha no BBB do Bial. É dose."
** "É de lascar. O cônsul (ou cômico) do Haiti acredita que o terremoto é coisa de vodoo e aproveita pra destilar racismo. Me lembrou o Boris."
** "Cônsul do Haiti em São Paulo, racista e parlapatão, deveria ser expulso do Brasil. E logo. Olha as sandices: http://br4.in/SCRn1"
** "Os votos de feliz 2010 dos dois garis na Band foram os mais sinceros que recebi nos últimos 30 dias... e vocês? Não perguntem ao Boris."
** "OESP: `Beyoncé confirma quatro shows no Brasil´. Você não pode deixar de perder!"
** "Cristiane Pelajo no JG apresenta notícias como quem estivesse revelando a todo o momento novo segredo de Fátima!"
** "Na Final do Juízo: Judas (já está advertido para não entregar o jogo), Moisés (abrir caminho na defesa), Davi (lançar à distância)."
"Drummond: `Só aceito um de cada vez. Passa uns tempos comigo, depois mando embora, e o outro fica no lugar. 2 anjos ao mesmo tempo é demais´."
Toques de pura filosofia
Descobri que ficar olhando aquela placa em branco, aquela lacuna a ser preenchida com as 14 dezenas de caracteres era um convite quase irrecusável à filosofia. E quando me dei conta estava espalhando filosofia. Exemplos:
** "Memória é uma maneira de guardar as coisas que não queremos perder nunca."
** "Que cada manhã seja melhor do que sua véspera e cada novo dia mais rico que o dia anterior. "
** "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela. (Joseph Pulitzer)"
** "Eu te amo, disse seu olhar para uma pedra... (Clarice Lispector)"
** "`Morri e fui diagnosticado no céu´ disse House, após checar sintomas de novo paciente que acabou de despertar numa cama do hospital..."
** "Como diria Jung `todos nascemos originais e morremos cópias...´"
** "Temos que fazer tudo o melhor possível, pois não sabemos o que é pequeno aos olhos de Deus (Martha Root)"
** "Repórter: `Clarice, o Recife aparece em seus livros?´ Resposta: `O Recife está todo em mim´. Bonito ver a insuspeitada paixão pelo Recife."
** "Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida. (Drummond)"
** "Vi Avatar com Lara. Ótima releitura do que aconteceu nas Américas a partir de 1492. Desejo a todos em 2010 um bom Avatar!"
** "Qdo ensinamos ética em Brasília corremos o risco de os alunos sempre terem algo de muito grave a delatar."
Observação da imprensa
Trabalhar com crítica da imprensa é como criar pulgas em cativeiro. Estamos sempre buscando o que está por trás daquela informação ou imagem, daquela frase ou decisão editorial. Observei que emitir comentários vários sobre suculentos pratos do dia (i.e. polêmicas) encontrava no formato do Twitter um meio ambiente igualmente sedutor. Mergulhei de ponta em alguns dos espinhosos temas. Exemplos:
** "Não seria o caso de agora a Folha e a Veja entrevistarem o cineasta Silvio Tendler que conhece por dentro o surto do Cesar Benjamin?"
** "Brasília precisa ser resgatada. Está soterrada em grossa corrupção. Em abril faz 50 anos. Aqui meu texto: http://br4.in/waqef"
** "Mensalão do Arruda e Mensalão Mineiro estão para os Diários Associados assim como a Kriptonita está para o Super Homem."
** "Kindle DX chega ao Brasil – http://migre.me/fJGM – A engenhoca está para o livro como Knorr está pra galinha!"
** "Boris Casoy deveria ficar ouvindo seu áudio vazado ao longo de todo o ano de 2010, sempre antes de pegar no sono. Seria sua pena!"
** "Brickmann: De filmes sobre líderes providenciais, Os Dez Mandamentos foi o suficiente."
** "Tenho pena do Sean Goldman: ninguém merece ter pai (USA) e avó (BRA) tão descompensados. Menino tem família infernal."
** "Brasil enviou USD 15 milhões ao Haiti. O Japão USD 5 milhões. A força de um povo se mede por sua generosidade com o sofrimento alheio."
** "Celebridades estrangeiras são super solidárias com infelizes da Terra. Já as do Brasil... Escrevi sobre isso aqui: http://br4.in/zmMiy"
** "Os 10 piores barracos políticos – http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/politica/os-10-piores-barracos-protagonizados-por-politicos/
Polêmicas na rede
Há também a síndrome do pensamento vazado. Algumas vezes a pessoa se empolga muito e começa a dizer sandices. A coisa se espalha como fogo em floresta canadense. Aconteceu com o publicitário Nizan Guanaes. Ele desconcertou seus 15 mil seguidores no Twitter com uma onda de ataques a Salvador e ao grupo de axé Chiclete com Banana, um ícone, na sua visão, da decadência da cidade.
Nizan publicou entre a noite de segunda-feira (11/1) e a manhã de terça (12/1) quase trinta comentários, falando mal da capital baiana. "Salvador não tem praia pro turista, não tem hotel e a orla é uma favelão", escreveu Guanaes no microblog. Aproveitou para expor seu imenso amor ao Rio de Janeiro e a Florianópolis. Sentindo cheiro de edifício em chamas o publicitário baiano tenta de todas as formas se desculpar pela confusão já descontrolada, pedindo perdão via Twitter e elogiando a música doChiclete: "A musica do chiclete é uma delicia O problema é o que o twitter é uma briga de marido e mulher, pai e filho,transmitidas ao vivo."
Um exemplo do uso inusitado da ferramenta foi o desenvolvimento da campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. Obama utilizou o microblogging exaustivamente e criou o slogan tão conhecido pelo mundo: Yes, We Can (sim, nós podemos). O uso como propaganda política não estava nos planos, nas possibilidades que o Twitter poderia cobrir. Mas foi usado de forma tão intensiva e exitosa que só encontra paralelo na campanha presidencial que nos anos 1960 contrapôs Nixon a Kennedy usando o novo meio de comunicação moderna e eficiente conhecido como... televisão.
Mas quem sai bem mesmo no Twitter se a métrica for a quantidade de seguidores não é nenhum político, nem estadista, nem candidato a alguma coisa, nem gente com dezenas de anos lidando com o público. É o apresentador de tevê Luciano Huck. Ele tem 1.686.502 seguidores e é acompanhado por 9.675 listas.
No mais... o pátio do hospício só faz aumentar e nunca tantos falaram tanto ao mesmo tempo.
O pátio do hospício
Por Washington Araújo em 26/1/2010
Acessar a internet está ficando tão ou mais rotineiro que escovar os dentes logo de manhã cedo. Enquanto dormimos o mundo continua acontecendo e se acontece há que haver registro em algum portal de notícias ou em algum blog.
Gente famosa parece que morre primeiro na internet. Situação vexaminosa envolvendo celebridade ganha ares de tragédia nacional primeiro na internet. E se pensarmos um pouco, a internet está para o século 21 como a língua da vizinha para a primeira metade do século 20. Todo mundo da rua sabia tudo: a que horas o fulano chegou pelas tabelas, carregado por quem, como se deu a recepção no meio familiar. Hoje todo mundo sabe rapidinho que Nizan Guanaes esteve detonando a Bahia, o Chiclete com Banana e sabe que Xuxa foi malcriada com quem se atreveu a questionar o domínio da língua pátria por sua filha Sacha. Em mais dois ou três cliques sabemos que o Brasil perdeu Zilda Arns e o mundo uma Cidadã do Mundo, com diploma e tudo, em recente terremoto no Haiti.
Realmente a língua da vizinha (por que não do vizinho?) não daria conta de tanta coisa nova para comentar. O Brasil é um país que se conecta cada vez mais e alcança todas as classes sociais. Ao invés de nos perder nos imensos alagamentos de São Paulo, que tal nos afogar um pouquinho... em números?
Pois bem, o Brasil tinha 64,8 milhões de internautas segundo o Ibope Nielsen Online em julho de 2009 (ver aqui), um aumento de 2,5 milhões de pessoas em relação ao mês anterior. Em junho de 2008, o Ibope/NetRatings contabilizava 41,5 milhões, mas não contabilizava os acessos públicos (LAN houses, bibliotecas, escolas e telecentros), que agora passou a somar aos acessos do trabalho e de casa.
O Brasil é o quinto país com o maior número de conexões à internet (ver aqui). Nas áreas urbanas, 44% da população está conectada à internet (ver aqui): 97% das empresas e 23,8% dos domicílios brasileiros estão conectados à internet (ver aqui).
Nunca antes neste país...
E nunca se produziu tanto conteúdo, tanta informação acessível a tão grande contingente populacional como nos dias que correm. Não somos uma ilha de conectividade surgida no mar alto do mundo tecnológico. O fenômeno é planetário e mais do que nunca somos um só planeta e um só povo conectado e em vias de conexão. Prova disso é que prevê-se que em 2013, o número total de pessoas "conectadas" à internet passará a marca dos 2 bilhões, mais precisamente na casa dos 2,2 bilhões, significando um aumento de 45%, segundo o Forrester Research.
Este grande aumento se deve principalmente aos novos usuários da Ásia, com a China representando 17% da população online global. África e Oriente Médio também somam a fatia de 13%. Abarca todas as faixas etárias. Mas os jovens brasileiros podem falar com todas as letras que "estão ligados". Aqui, a gíria "tá ligado" poderia ser muito bem substituída por "tá conectado" sem alterar o sentido da simpática expressão remanescente dos últimos anos do século passado. Isso porque, uma pesquisa realizada em 12 países, mostrou que os adolescentes brasileiros podem ficar, em média, 70 horas por mês em frente a um monitor navegando na rede mundial. Fica informado das notícias de seus times, acompanha os seriados, lê os jornais, escutas as rádios, vê os vídeos mais interessantes ou que estejam causando sensação. Além disso, arrasta para seu computador músicas e filmes, fotos e charges.
Adultos na rede
Mas o que não apenas os jovens, mas também os adultos em geral mais fazem é criar relacionamentos sociais e expor-se na vitrine virtual, apresentando-se como isso e aquilo, procurando amizades ou algo mais, descobrindo por onde andam seus amigos de infância, de colégio, de faculdade, de trabalho. É para isso que milhões de pessoas se cadastram em sítios como Facebook, Orkut, Hi5, LinkedIn, MSN. Uma vez ingressados vão logo buscando sua turma, gente com que tenha afinidades, gostos, percepções, estilos de vida.
Vivemos, então, em um admirável mundo novo. Um mundo nem mesmo intuído por Aldous Huxley que cunhou a expressão como título de seu mais famoso livro. No meio de tudo isso os blogues cresceram mais que plantação de cogumelo. Todo mundo tem algo a dizer de si mesmo ou sobre o que outras pessoas pensam. E espera que alguém comente seus pensamentos.
Piados na web
A grande novidade deste século se chama Twitter (piado, em inglês). Trata-se de algo mais que uma ferramenta social de relacionamento. Seu criador Evan Williams acredita que microblogging traz dinamismo ao usuário e as possibilidades são imensas e diferenciadas. A conferir.
Como não quero ficar sabendo dez anos depois que o homem pisou na Lua também não quero ser dos retardatários que ingressam em uma onda quando esta já perdeu boa parte de seu impulso inicial, impulso sempre criativo, sempre surpreendente, sempre com gosto de futuro. Foi então que há dois meses entrei no Twitter. As regras são bem simples, é como o esperanto das redes sociais: textos de até 140 caracteres incluindo espaços, possibilidades de acompanhar a vida de outras pessoas cadastradas no sistema e também de ser acompanhado. São criados então conceitos como "seguidor" (de alguém) e "seguido" (por alguém), podemos reencaminhar para "nossos seguidores" a alguém, o texto legal que encontramos e receber, vez por outra, comentário de alguém sobre algo que expressamos no Twitter.
O uso do microblog foi logo incorporado à atividade jornalística. Jornais e revistas, emissoras de tevê, jornalistas, escritores, além das indefectíveis celebridades passaram a usar a tal ferramenta. Para alguns é um exercício de vaidade poder dizer quantos "seguidores" têm. E há narcisismo a dar com o pau. Muitos textos são para dizer que está na hora de ir dormir porque o dia foi cansativo. Outros aproveitam para endeusar suas preferências políticas e demonizar seus desafetos. E existem também as listas. Um jornal que é seguido por uma lista significa que é "acompanhado" por aqueles que assinam a lista. É um efeito multiplicador.
"Audiência" no Twitter
Apresento ao leitor os números de seguidores de alguns jornais e revistas e de alguns dos jornalistas renomados, mencionando também quantas listas os seguem: O Globo (29.946 seguidores, 1.104 listas), Folha de S.Paulo (43.806, 1.793 listas), Estado de S.Paulo (14.406, 701 listas), Jornal do Brasil (3.623, 194 listas).
Agora vamos para as revistas no Twitter: Veja (119.912 seguidores, 3.250 listas), Época (22.304, 1.058 listas), Carta Capital (17.803, 879 listas) e IstoÉ (6.805, 280 listas).
Outros veículos também chamam a atenção: Observatório da Imprensa (13.752 seguidores, 785 listas), BBC Brasil (24.046, 1.169 listas).
Como é a performance de alguns dos jornalistas mais acessados na internet brasileira no uso do Twitter? William Bonner (335.624 seguidores, 8.004 listas), Diogo Mainardi (12.617 seguidores, 184 listas), Blog do Josias (505, 31 listas), Ricardo Kotscho (100, 5 listas), Ricardo Noblat (24.700, 1.136 listas). Calma! Alguns já estão trabalhando o Twitter há anos, meses, enquanto outros faz apenas algumas semanas ou dias. E nesse caso tempo é determinante para ter uma presença forte ou fraca no Twitter. Os que são vistos em programas líderes de audiência na TV aberta levam vantagem avassaladora. O mesmo para os que escrevem em jornais e revistas de circulação nacional.
Questão de estilo
É comum que os veículos de comunicação e seus profissionais divulguem manchetes e títulos de suas matérias e forneçam de forma abreviada o hipertexto para acesso ao teor completo da matéria. William Bonner, apresentador do Jornal Nacional (TV Globo) não faz isso, cria amizade, é leve nos comentários, trata do cotidiano e parece sempre bem disposto e bem-humorado. Alguns exemplos:
** "Santo Deus! Como é que tem tanta gente nesse troço a essa hora? Eu só vim aqui descarregar fotos da viagem em vez de ficar rolando na cama." (22/1/2010)
** "Sobrinhada, como vocês todos sabem, REJUVENESCER se escreve assim - e não como o tio cometeu, só com C, né? Ocêis tudo perdoarão, espero." (21/1/2010)
** "Propaganda boa surpreende. Quando o recurso se repete, você já não sabe mais quem está anunciando. Marcas e produtos de perdem na mesmice." (19/1/2010)
Diogo Mainardi (colunista da revista Veja) extravasa comparações entre coisas que se encaixam e outras que se desencaixam. Mas são sempre comparações. Exemplos do Mainardi:
** "A embaixada brasileira em Tegucigalpa é o BBB2 sem a Cida." (1/10/2009)
** "O novo acordo ortográfico é o AI-5 da língua portuguesa."
** "Battisti é a von Richthofen que não deu certo."
** "CQC é o Pânico na UTI."
** "Joaquim Barbosa é o Sivuca do Supremo."
** "Nizan é o Repórter Vesgo da propaganda."
** "Dimenstein é o Derico da Folha."
Ricardo Kotscho mantêm o estilo que o consagrou na imprensa escrita e também no seu Balaio. Exemplos:
** "Direita vive, mostra a reação a programa de direitos humanos http://bit.ly/8liLxE"
** "Excelências em recesso, notícias saem de férias http://bit.ly/75lkue"
** "Inclusão digital: o copo está meio cheio ou meio vazio? http://bit.ly/8SrZeH"
Danilo Gentili, o jovem mestre do stand up comedy é hoje um dos mestres do Twitter. Ele é seguido por 518.233 e por 8.374 listas. A seguir algumas das melhores "twittadas" do comediante:
** "São Paulo Fashion Week começou. A profecia de José no Egito finalmente se concretiza: a época das vacas magras chegou."
** "O Otávio Mesquita foi no show hoje e disse `Danilo, quando comecei a carreira era assim igual você´ eu disse `Por favor. Não me desanima´."
** "Eu queria muito que o Datena apresentasse o Miss Brasil. Quando a miss Maranhão passasse ele ia dizer: `Mas isso é uma calamidade´."
** "À todos desejo Feliz Natal... E aos que estão assistindo o especial da Xuxa desejo meus pêsames."
** "Atenção vocês que ficam me seguindo: Se não pararem vou chamar a polícia."
Qual a graça?
Minha filha Lara, 11, me perguntou o que é o Twitter. Expliquei que era algo como pátio de hospício: todo mundo falando sozinho e eventualmente alguém responde... Ela sorriu e me perguntou: "Mas, pai, qual é a graça disso?" Repliquei que não sabia ainda direito, que estava testando esta rede social que parece estar sempre fazendo dieta: os textos são curtos, os retornos são escassos e o ambiente é sedutor para quem tem humor ácido ou sarcástico, típico de quem prefere perder o amigo, mas não o twitter, ou melhor, a piada.
Quase 60 dias gritando no pátio, descubro que já sou seguido por mais que uma centena de outros loucos. Estes são sempre simpáticos, mansos mesmo e chegam mesmo a ficar amigos, com expressões de afeto e tudo. Quem não nos segue, mas nos visita ocasionalmente, nem chega a perceber que somos (todos) estranhos no ninho. No Twitter descobri outras facetas que até então pareciam estar submersas, algo do meu lado sombra (atenção estudiosos de Jung). Fui muitas vezes irônico. Alguns exemplos:
** "São Paulo parece Atlântida do Platão e autoridades dizem que vai tudo bem, tudo ótimo. Cidadãos precisam ser.. anfíbios!"
** "Viver a Vida da Globo lembra Ari em `esse coqueiro que dá coco´... e haja encheção de linguiça que vira a abobrinha no BBB do Bial. É dose."
** "É de lascar. O cônsul (ou cômico) do Haiti acredita que o terremoto é coisa de vodoo e aproveita pra destilar racismo. Me lembrou o Boris."
** "Cônsul do Haiti em São Paulo, racista e parlapatão, deveria ser expulso do Brasil. E logo. Olha as sandices: http://br4.in/SCRn1"
** "Os votos de feliz 2010 dos dois garis na Band foram os mais sinceros que recebi nos últimos 30 dias... e vocês? Não perguntem ao Boris."
** "OESP: `Beyoncé confirma quatro shows no Brasil´. Você não pode deixar de perder!"
** "Cristiane Pelajo no JG apresenta notícias como quem estivesse revelando a todo o momento novo segredo de Fátima!"
** "Na Final do Juízo: Judas (já está advertido para não entregar o jogo), Moisés (abrir caminho na defesa), Davi (lançar à distância)."
"Drummond: `Só aceito um de cada vez. Passa uns tempos comigo, depois mando embora, e o outro fica no lugar. 2 anjos ao mesmo tempo é demais´."
Toques de pura filosofia
Descobri que ficar olhando aquela placa em branco, aquela lacuna a ser preenchida com as 14 dezenas de caracteres era um convite quase irrecusável à filosofia. E quando me dei conta estava espalhando filosofia. Exemplos:
** "Memória é uma maneira de guardar as coisas que não queremos perder nunca."
** "Que cada manhã seja melhor do que sua véspera e cada novo dia mais rico que o dia anterior. "
** "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela. (Joseph Pulitzer)"
** "Eu te amo, disse seu olhar para uma pedra... (Clarice Lispector)"
** "`Morri e fui diagnosticado no céu´ disse House, após checar sintomas de novo paciente que acabou de despertar numa cama do hospital..."
** "Como diria Jung `todos nascemos originais e morremos cópias...´"
** "Temos que fazer tudo o melhor possível, pois não sabemos o que é pequeno aos olhos de Deus (Martha Root)"
** "Repórter: `Clarice, o Recife aparece em seus livros?´ Resposta: `O Recife está todo em mim´. Bonito ver a insuspeitada paixão pelo Recife."
** "Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida. (Drummond)"
** "Vi Avatar com Lara. Ótima releitura do que aconteceu nas Américas a partir de 1492. Desejo a todos em 2010 um bom Avatar!"
** "Qdo ensinamos ética em Brasília corremos o risco de os alunos sempre terem algo de muito grave a delatar."
Observação da imprensa
Trabalhar com crítica da imprensa é como criar pulgas em cativeiro. Estamos sempre buscando o que está por trás daquela informação ou imagem, daquela frase ou decisão editorial. Observei que emitir comentários vários sobre suculentos pratos do dia (i.e. polêmicas) encontrava no formato do Twitter um meio ambiente igualmente sedutor. Mergulhei de ponta em alguns dos espinhosos temas. Exemplos:
** "Não seria o caso de agora a Folha e a Veja entrevistarem o cineasta Silvio Tendler que conhece por dentro o surto do Cesar Benjamin?"
** "Brasília precisa ser resgatada. Está soterrada em grossa corrupção. Em abril faz 50 anos. Aqui meu texto: http://br4.in/waqef"
** "Mensalão do Arruda e Mensalão Mineiro estão para os Diários Associados assim como a Kriptonita está para o Super Homem."
** "Kindle DX chega ao Brasil – http://migre.me/fJGM – A engenhoca está para o livro como Knorr está pra galinha!"
** "Boris Casoy deveria ficar ouvindo seu áudio vazado ao longo de todo o ano de 2010, sempre antes de pegar no sono. Seria sua pena!"
** "Brickmann: De filmes sobre líderes providenciais, Os Dez Mandamentos foi o suficiente."
** "Tenho pena do Sean Goldman: ninguém merece ter pai (USA) e avó (BRA) tão descompensados. Menino tem família infernal."
** "Brasil enviou USD 15 milhões ao Haiti. O Japão USD 5 milhões. A força de um povo se mede por sua generosidade com o sofrimento alheio."
** "Celebridades estrangeiras são super solidárias com infelizes da Terra. Já as do Brasil... Escrevi sobre isso aqui: http://br4.in/zmMiy"
** "Os 10 piores barracos políticos – http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/politica/os-10-piores-barracos-protagonizados-por-politicos/
Polêmicas na rede
Há também a síndrome do pensamento vazado. Algumas vezes a pessoa se empolga muito e começa a dizer sandices. A coisa se espalha como fogo em floresta canadense. Aconteceu com o publicitário Nizan Guanaes. Ele desconcertou seus 15 mil seguidores no Twitter com uma onda de ataques a Salvador e ao grupo de axé Chiclete com Banana, um ícone, na sua visão, da decadência da cidade.
Nizan publicou entre a noite de segunda-feira (11/1) e a manhã de terça (12/1) quase trinta comentários, falando mal da capital baiana. "Salvador não tem praia pro turista, não tem hotel e a orla é uma favelão", escreveu Guanaes no microblog. Aproveitou para expor seu imenso amor ao Rio de Janeiro e a Florianópolis. Sentindo cheiro de edifício em chamas o publicitário baiano tenta de todas as formas se desculpar pela confusão já descontrolada, pedindo perdão via Twitter e elogiando a música doChiclete: "A musica do chiclete é uma delicia O problema é o que o twitter é uma briga de marido e mulher, pai e filho,transmitidas ao vivo."
Um exemplo do uso inusitado da ferramenta foi o desenvolvimento da campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. Obama utilizou o microblogging exaustivamente e criou o slogan tão conhecido pelo mundo: Yes, We Can (sim, nós podemos). O uso como propaganda política não estava nos planos, nas possibilidades que o Twitter poderia cobrir. Mas foi usado de forma tão intensiva e exitosa que só encontra paralelo na campanha presidencial que nos anos 1960 contrapôs Nixon a Kennedy usando o novo meio de comunicação moderna e eficiente conhecido como... televisão.
Mas quem sai bem mesmo no Twitter se a métrica for a quantidade de seguidores não é nenhum político, nem estadista, nem candidato a alguma coisa, nem gente com dezenas de anos lidando com o público. É o apresentador de tevê Luciano Huck. Ele tem 1.686.502 seguidores e é acompanhado por 9.675 listas.
No mais... o pátio do hospício só faz aumentar e nunca tantos falaram tanto ao mesmo tempo.
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Observatório da Imprensa
Consignados e o servidor público-MOVA-SE
Consignados e o servidor público
26-01-2010
José Airton Lucena – Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (MOVA-SE), Diretor de comunicação da CUT-CE.O governo decidiu sozinho estabelecer regras para controlar o dinheiro do servidor e o servidor está mais endividado agora do que estava antes.
A decisão de contratar uma empresa para controlar a margem para desconto em folha não resolveu o problema. Sessenta por cento, em média, dos trabalhadores do serviço público estão com a renda comprometida por empréstimos e começaram o ano preocupados.
No Bradesco, são 30 mil servidores com empréstimos. Mas há servidores com consignado também no BIC, Banco Rural e Oboé, dentre outros, que não sabem se seus empréstimos estão sendo pagos. A empresa contratada pelo Governo para controlar a margem a Administradora Brasileira de Cartões (ABC) não tem suporte técnico para atender a demanda de 140 mil servidores.
Diariamente presenciamos tumulto diante da empresa Único Cartão, terceirizada pela ABC Card que transferiu a ela a responsabilidade de administrar os empréstimos consignados. Muitas filas, falta de informação e reclamações é o que enfrenta quem tenta recebe valores já acordados, renovar empréstimos ou simplesmente entender as novas regras, que preveem margem de até 40%
Realidade bem diferente da prometida. Os funcionários da ABC que foram aos órgãos oferecer o cartão Único diziam que com ele o servidor poderia refinanciar todas as suas contas em 72 parcelas. O servidor acreditou que poderia refinanciar todas as suas dívidas. No entanto, só consegue renegociar empréstimo no Bradesco porque tem convênio com a ABC, ainda assim enfrentando a demora na liberação dos empréstimos.
Outro ponto: os prazos mais elásticos para o crédito consignado não são necessariamente benéficos para quem contrai empréstimo consignado. Isto porque o que poderia ser uma facilidade, implica também em juros mais altos, além do que isto significa que o trabalhador vai passar mais tempo com sua renda comprometida para poder quitar a dívida. Na verdade, essa ampliação do prazo significa um efeito devastador mais na frente sobre a renda do trabalhador, diluída no tempo pelos juros.
Discordamos de prazos maiores que 24 ou 36 meses. Quanto mais parcelas, maiores serão as taxas de juros praticadas. Taxas essas que já são bem elevadas diante do fato de os bancos não terem o menor prejuízo com este tipo de empréstimo, já que os descontos das parcelas são feitos diretamente na folha. Ainda assim, continuam a cobrar juros absurdos para uma operação que não traz o menor risco para elas. Com isso, instituições financeiras e governo demonstram não ter a menor preocupação com o trabalhador.
Além disso, não se pode esquecer que o trabalhador tem outras despesas correntes com alimentação, medicamentos entre outros gastos, que podem ficar inviabilizados pelo comprometimento da renda futura por um período tão extenso.
José Airton Lucena – Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (MOVA-SE), Diretor de comunicação da CUT-CE.
26-01-2010
José Airton Lucena – Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (MOVA-SE), Diretor de comunicação da CUT-CE.O governo decidiu sozinho estabelecer regras para controlar o dinheiro do servidor e o servidor está mais endividado agora do que estava antes.
A decisão de contratar uma empresa para controlar a margem para desconto em folha não resolveu o problema. Sessenta por cento, em média, dos trabalhadores do serviço público estão com a renda comprometida por empréstimos e começaram o ano preocupados.
No Bradesco, são 30 mil servidores com empréstimos. Mas há servidores com consignado também no BIC, Banco Rural e Oboé, dentre outros, que não sabem se seus empréstimos estão sendo pagos. A empresa contratada pelo Governo para controlar a margem a Administradora Brasileira de Cartões (ABC) não tem suporte técnico para atender a demanda de 140 mil servidores.
Diariamente presenciamos tumulto diante da empresa Único Cartão, terceirizada pela ABC Card que transferiu a ela a responsabilidade de administrar os empréstimos consignados. Muitas filas, falta de informação e reclamações é o que enfrenta quem tenta recebe valores já acordados, renovar empréstimos ou simplesmente entender as novas regras, que preveem margem de até 40%
Realidade bem diferente da prometida. Os funcionários da ABC que foram aos órgãos oferecer o cartão Único diziam que com ele o servidor poderia refinanciar todas as suas contas em 72 parcelas. O servidor acreditou que poderia refinanciar todas as suas dívidas. No entanto, só consegue renegociar empréstimo no Bradesco porque tem convênio com a ABC, ainda assim enfrentando a demora na liberação dos empréstimos.
Outro ponto: os prazos mais elásticos para o crédito consignado não são necessariamente benéficos para quem contrai empréstimo consignado. Isto porque o que poderia ser uma facilidade, implica também em juros mais altos, além do que isto significa que o trabalhador vai passar mais tempo com sua renda comprometida para poder quitar a dívida. Na verdade, essa ampliação do prazo significa um efeito devastador mais na frente sobre a renda do trabalhador, diluída no tempo pelos juros.
Discordamos de prazos maiores que 24 ou 36 meses. Quanto mais parcelas, maiores serão as taxas de juros praticadas. Taxas essas que já são bem elevadas diante do fato de os bancos não terem o menor prejuízo com este tipo de empréstimo, já que os descontos das parcelas são feitos diretamente na folha. Ainda assim, continuam a cobrar juros absurdos para uma operação que não traz o menor risco para elas. Com isso, instituições financeiras e governo demonstram não ter a menor preocupação com o trabalhador.
Além disso, não se pode esquecer que o trabalhador tem outras despesas correntes com alimentação, medicamentos entre outros gastos, que podem ficar inviabilizados pelo comprometimento da renda futura por um período tão extenso.
José Airton Lucena – Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (MOVA-SE), Diretor de comunicação da CUT-CE.
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Sindicato dos Servidores-MOVA-SE
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Usina de ondas começa a operar até fim do ano no Porto do Pecém
Usina de ondas começa a operar até fim do ano no Porto do Pecém
A primeira usina de ondas do País, a ser instalada no Pecém, deve começar a operar até o fim do ano. A projeção, do coordenador do Energia e Comunicações da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Renato Rolim, é dada diante do andamento das obras de preparação da área de 200 metros quadrados no quebra-mar do Terminal de Múltiplas Utilidades do Pecém (TMUT) para abrigar a usina-piloto de produção de energia elétrica a partir das ondas do mar.
Para isso, está sendo feito um "engordamento" de uma área na parte leste do quebra-mar que receberá as estacas nas quais serão montadas as pás da usina. A obra deve ficar pronta em junho próximo, segundo Rolim. "Atualmente, o projeto passa pela fase de aquisição e contratação de empresas que vão fabricar os materiais", explica. "A partir de julho, deve começar a implantação da usina".
O investimento no equipamento é de cerca de R$ 12 milhões, sendo R$ 1 milhão de contrapartida do Governo do Estado (em parceria com a Universidade Federal do Ceará) e R$ 11 milhões da Aneel, oriundos do item Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias da Tractebel, a serem investidos na fabricação, instalação e monitoramento das duas células da Usina de Ondas e de mais um braço para o dessalinizador. A detentora do projeto é a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participam também a Seinfra, Cearaportos e a multinacional Tractbel. O equipamento também acoplará um protótipo de uma usina de dessalinização de água do mar.
A previsão da Seinfra é de que o protótipo funcione por três anos para avaliação da tecnologia que aproveita a regularidade dos ventos e frequência das ondas do mar para a produção de energia elétrica. A produção de 100 kW é o equivalente ao consumo de 60 casas do padrão médio de consumo de energia elétrica no Estado e, mesmo em fase de pesquisa gerará, energia suficiente para ser aproveitada para ser aproveita pelas instalações do Porto do Pecém. "O projeto é pioneiro no País", afirmou Rolim. O projeto busca dinamizar a matriz energética cearense.
Uma das vantagens da usina de ondas é o baixo impacto ambiental, pois se trata de uma fonte limpa de energia e não necessita represar a água.
Fonte: Diário do Nordeste
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Cid busca apoio para estaleiro no Serviluz
Em uma primeira ação política explícita em defesa da instalação do Estaleiro Promar Ceará, no Bairro do Serviluz, mais precisamente na Praia do Titanzinho, o governador Cid Gomes reuniu ontem, no Palácio Iracema, sete, dos dez vereadores mais votados na área do Porto do Mucuripe, para apresentar o projeto do estaleiro e defender a importância econômica do empreendimento para a comunidade e para o Estado. A reunião foi a portas fechadas no gabinete do governador, que já vem, há tempos, trabalhando nos bastidores para assegurar que o Promar Ceará seja concretizado.
A iniciativa, que contou com o apoio do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), o vereador Salmito Filho, para reunir e levar os colegas, teve o objetivo de expor o projeto, tirar dúvidas e colher propostas, além, claro de conquistar apoio político para o empreendimento.
Conforme relato de um dos vereadores presentes, Cid Gomes apresentou o projeto em vídeo, defendeu a oportunidade do Estado de receber um grande estaleiro, com estrutura para construir navios gaseiros de médio porte para a Transpetro, além da perspectiva de geração de 1.200 empregos diretos para residentes na área do Serviluz. Para tanto, a empresa PJMR, se propõe a realizar cursos com duração de dois meses para treinar e capacitar jovens e adultos do bairro para trabalharem como serralheiros, soldadores, pintores, artífices, dentre outras atividades inerentes à indústria naval.
Na ocasião, o governador teria garantido aos parlamentares que apenas cinco casas, das cerca de dez mil existentes hoje na área, terão que ser removidas, além do que o bairro será urbanizado, receberá sistema de esgotamento sanitário e terá o antigo farol do Mucuripe, totalmente reformado.
Fábrica de pranchas
Presente à reunião, o vereador Plácido Filho confirmou as informações acima e disse ainda que o governador teria assegurado que a obra não irá gerar impactos ambientais. Segundo ele, Cid Gomes explicou que o transporte de aço e demais insumos necessários à construção do estaleiro seria todo feito por via marítima, além do que ruas e avenidas na área serão alargadas e pavimentadas.
De acordo com Plácido Filho o governador defendeu a tese de instalação do Estaleiro na Praia do Titanzinho, informando, inclusive, que os surfistas não perderão as ondas e que a escola de surfe da área será dinamizada. "O governador disse que irá investir entre R$ 300 mil e R$ 400 mil na construção de uma fábrica de pranchas na área e que os surfistas poderão pegar suas ondas na ponta do espigão", contou o vereador. Para Plácido Filho, com a exposição, Cid Gomes teria dirimido as dúvidas e os receios que alguns vereadores ainda nutriam sobre o projeto e que vai ajudar a levar as informações à comunidade do bairro. "Com saneamento e emprego, o povo (do Serviluz) terá novas oportunidades de melhoria de vida", defendeu o vereador, após o encontro.
Também presente à reunião, Salmito Filho disse que apoia a instalação do Estaleiro na Praia do Titanzinho. "Agora que conheço o projeto, estou pessoalmente convencido de que é importante para o Ceará e que a comunidade (do Serviluz) é quem mais vai ganhar", acrescentou Salmito Filho. Como ação de apoio ao projeto, ele disse que iria propor nova audiência pública na CMF, reunindo todos os responsáveis pelo empreendimento, vereadores e representantes da comunidade, para debater o tema.
Posição contrária
O secretário da Regional II, que administra também a área do Mucuripe, Francisco Humberto de Carvalho Júnior, disse que, até o momento, comunga com a posição da prefeita Luizianne Lins, contrária a instalação do estaleiro na Praia do Titanzinho. "Não somos contra o estaleiro, mas contra a instalação naquela área", ressaltou Carvalho Júnior. Posição semelhante, defendeu o vereador Acrísio sena, líder da prefeita na Câmara. "O Plano Diretor de Fortaleza não aceita a construção de um estaleiro dentro da cidade", alertou o vereador.
Fonte: Diário do Nordeste
A primeira usina de ondas do País, a ser instalada no Pecém, deve começar a operar até o fim do ano. A projeção, do coordenador do Energia e Comunicações da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Renato Rolim, é dada diante do andamento das obras de preparação da área de 200 metros quadrados no quebra-mar do Terminal de Múltiplas Utilidades do Pecém (TMUT) para abrigar a usina-piloto de produção de energia elétrica a partir das ondas do mar.
Para isso, está sendo feito um "engordamento" de uma área na parte leste do quebra-mar que receberá as estacas nas quais serão montadas as pás da usina. A obra deve ficar pronta em junho próximo, segundo Rolim. "Atualmente, o projeto passa pela fase de aquisição e contratação de empresas que vão fabricar os materiais", explica. "A partir de julho, deve começar a implantação da usina".
O investimento no equipamento é de cerca de R$ 12 milhões, sendo R$ 1 milhão de contrapartida do Governo do Estado (em parceria com a Universidade Federal do Ceará) e R$ 11 milhões da Aneel, oriundos do item Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias da Tractebel, a serem investidos na fabricação, instalação e monitoramento das duas células da Usina de Ondas e de mais um braço para o dessalinizador. A detentora do projeto é a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participam também a Seinfra, Cearaportos e a multinacional Tractbel. O equipamento também acoplará um protótipo de uma usina de dessalinização de água do mar.
A previsão da Seinfra é de que o protótipo funcione por três anos para avaliação da tecnologia que aproveita a regularidade dos ventos e frequência das ondas do mar para a produção de energia elétrica. A produção de 100 kW é o equivalente ao consumo de 60 casas do padrão médio de consumo de energia elétrica no Estado e, mesmo em fase de pesquisa gerará, energia suficiente para ser aproveitada para ser aproveita pelas instalações do Porto do Pecém. "O projeto é pioneiro no País", afirmou Rolim. O projeto busca dinamizar a matriz energética cearense.
Uma das vantagens da usina de ondas é o baixo impacto ambiental, pois se trata de uma fonte limpa de energia e não necessita represar a água.
Fonte: Diário do Nordeste
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Cid busca apoio para estaleiro no Serviluz
Em uma primeira ação política explícita em defesa da instalação do Estaleiro Promar Ceará, no Bairro do Serviluz, mais precisamente na Praia do Titanzinho, o governador Cid Gomes reuniu ontem, no Palácio Iracema, sete, dos dez vereadores mais votados na área do Porto do Mucuripe, para apresentar o projeto do estaleiro e defender a importância econômica do empreendimento para a comunidade e para o Estado. A reunião foi a portas fechadas no gabinete do governador, que já vem, há tempos, trabalhando nos bastidores para assegurar que o Promar Ceará seja concretizado.
A iniciativa, que contou com o apoio do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), o vereador Salmito Filho, para reunir e levar os colegas, teve o objetivo de expor o projeto, tirar dúvidas e colher propostas, além, claro de conquistar apoio político para o empreendimento.
Conforme relato de um dos vereadores presentes, Cid Gomes apresentou o projeto em vídeo, defendeu a oportunidade do Estado de receber um grande estaleiro, com estrutura para construir navios gaseiros de médio porte para a Transpetro, além da perspectiva de geração de 1.200 empregos diretos para residentes na área do Serviluz. Para tanto, a empresa PJMR, se propõe a realizar cursos com duração de dois meses para treinar e capacitar jovens e adultos do bairro para trabalharem como serralheiros, soldadores, pintores, artífices, dentre outras atividades inerentes à indústria naval.
Na ocasião, o governador teria garantido aos parlamentares que apenas cinco casas, das cerca de dez mil existentes hoje na área, terão que ser removidas, além do que o bairro será urbanizado, receberá sistema de esgotamento sanitário e terá o antigo farol do Mucuripe, totalmente reformado.
Fábrica de pranchas
Presente à reunião, o vereador Plácido Filho confirmou as informações acima e disse ainda que o governador teria assegurado que a obra não irá gerar impactos ambientais. Segundo ele, Cid Gomes explicou que o transporte de aço e demais insumos necessários à construção do estaleiro seria todo feito por via marítima, além do que ruas e avenidas na área serão alargadas e pavimentadas.
De acordo com Plácido Filho o governador defendeu a tese de instalação do Estaleiro na Praia do Titanzinho, informando, inclusive, que os surfistas não perderão as ondas e que a escola de surfe da área será dinamizada. "O governador disse que irá investir entre R$ 300 mil e R$ 400 mil na construção de uma fábrica de pranchas na área e que os surfistas poderão pegar suas ondas na ponta do espigão", contou o vereador. Para Plácido Filho, com a exposição, Cid Gomes teria dirimido as dúvidas e os receios que alguns vereadores ainda nutriam sobre o projeto e que vai ajudar a levar as informações à comunidade do bairro. "Com saneamento e emprego, o povo (do Serviluz) terá novas oportunidades de melhoria de vida", defendeu o vereador, após o encontro.
Também presente à reunião, Salmito Filho disse que apoia a instalação do Estaleiro na Praia do Titanzinho. "Agora que conheço o projeto, estou pessoalmente convencido de que é importante para o Ceará e que a comunidade (do Serviluz) é quem mais vai ganhar", acrescentou Salmito Filho. Como ação de apoio ao projeto, ele disse que iria propor nova audiência pública na CMF, reunindo todos os responsáveis pelo empreendimento, vereadores e representantes da comunidade, para debater o tema.
Posição contrária
O secretário da Regional II, que administra também a área do Mucuripe, Francisco Humberto de Carvalho Júnior, disse que, até o momento, comunga com a posição da prefeita Luizianne Lins, contrária a instalação do estaleiro na Praia do Titanzinho. "Não somos contra o estaleiro, mas contra a instalação naquela área", ressaltou Carvalho Júnior. Posição semelhante, defendeu o vereador Acrísio sena, líder da prefeita na Câmara. "O Plano Diretor de Fortaleza não aceita a construção de um estaleiro dentro da cidade", alertou o vereador.
Fonte: Diário do Nordeste
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NOTICIAS ENVIADAS PELA FIEC
Tsunamis in the Caribbean? It's Possible.
The Haiti earthquake epicenter is marked by the star along the displaced portion (shown in red) of the Enriquillo-Plantain Garden Fault. The 7.0 magnitude quake struck along about one-tenth of the 500-km-long strike-slip fault. The region sits on a complex seismic area made up of numerous faults and plates. The fault lines with small arrows denote a different kind of fault called thrust faults, where one plate dives under another. Strike-slip faults grind past one another. The dotted lines at bottom denote complex seafloor formations.
(Source: Jansma, P. and Mattioli, G., 2005, GPS results from Puerto Rico and the Virgin Islands: constraints on tectonic setting and rates of active faulting, Geol. Soc. Amer. Spec. Paper 385 (ed. Paul Mann), 13-30.)
Related Links
» Stress interaction between subduction earthquakes and forearc strike-slip faults: Modeling and application to the northern Caribbean plate boundary
» Tsunamis in the Caribbean? It's Possible.
» Earthquake Resources on WHOI.edu
On January 12 a magnitude 7.0 earthquake struck near Port-au-Prince, Haiti causing major destruction. Learn more about WHOI earthquake research and the scientists studying them.
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GEOLOGY.COM
WHOI Expert: Haiti quake occurred in complex, active seismic region
January 14, 2010
Source: Media Relations
The magnitude 7.0 earthquake that triggered disastrous destruction and mounting death tolls in Haiti this week occurred in a highly complex tangle of tectonic faults near the intersection of the Caribbean and North American crustal plates, according to a quake expert at the Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) who has studied faults in the region and throughout the world.
Jian Lin, a WHOI senior scientist in geology and geophysics, said that even though the quake was “large but not huge,” there were three factors that made it particularly devastating: First, it was centered just 10 miles southwest of the capital city, Port au Prince; second, the quake was shallow—only about 10-15 kilometers below the land’s surface; third, and more importantly, many homes and buildings in the economically poor country were not built to withstand such a force and collapsed or crumbled.
All of these circumstances made the Jan. 12 earthquake a “worst-case scenario,” Lin said. Preliminary estimates of the death toll ranged from thousands to hundreds of thousands. “It should be a wake-up call for the entire Caribbean,” Lin said.
The quake struck on a 50-60-km stretch of the more than 500-km-long Enriquillo-Plantain Garden Fault, which runs generally east-west through Haiti, to the Dominican Republic to the east and Jamaica to the west.
It is a “strike-slip” fault, according to the U.S. Geological Survey, meaning the plates on either side of the fault line were sliding in opposite directions. In this case, the Caribbean Plate south of the fault line was sliding east and the smaller Gonave Platelet north of the fault was sliding west.
But most of the time, the earth’s plates do not slide smoothly past one another. They stick in one spot for perhaps years or hundreds of years, until enough pressure builds along the fault and the landmasses suddenly jerk forward to relieve the pressure, releasing massive amounts of energy throughout the surrounding area. A similar, more familiar, scenario exists along California’s San Andreas Fault.
Such seismic areas “accumulate stresses all the time,” says Lin, who has extensively studied a nearby, major fault , the Septentrional Fault, which runs east-west at the northern side of the Hispaniola island that makes up Haiti and Dominican Republic. In 1946, an 8.1 magnitude quake, more than 30 times more powerful than this week’s quake, struck near the northeastern corner of the Hispaniola.
Compounding the problem, he says, is that in addition to the Caribbean and North American plates, , a wide zone between the two plates is made up of a patchwork of smaller “block” plates, or “platelets”—such as the Gonave Platelet—that make it difficult to assess the forces in the region and how they interact with one another. “If you live in adjacent areas, such as the Dominican Republic, Jamaica and Puerto Rico, you are surrounded by faults.”
Residents of such areas, Lin says, should focus on ways to save their lives and the lives of their families in the event of an earthquake. “The answer lies in basic earthquake education,” he says.
Those who can afford it should strengthen the construction and stability of their houses and buildings, he says. But in a place like Haiti, where even the Presidential Palace suffered severe damage, there may be more realistic solutions.
Some residents of earthquake zones know that after the quake’s faster, but smaller, primary, or “p” wave hits, there is usually a few-second-to-one-minute wait until a larger, more powerful surface, or “s” wave strikes, Lin says. P waves come first but have smaller amplitudes and are less destructive; S waves, though slower, are larger in amplitude and, hence, more destructive.
“At least make sure you build a strong table somewhere in your house and school,” said Lin. When a quake comes, “duck quickly under that table.”
Lin said the Haiti quake did not trigger an extreme ocean wave such as a Tsunami, partly because it was large but not huge and was centered under land rather than the sea.
The geologist says that aftershocks, some of them significant, can be expected in the coming days, weeks, months, years, “even tens of years.” But now that the stress has been relieved along that 50-60-km portion of the Enriquillo-Plantain Garden Fault, Lin says this particular fault patch should not experience another quake of equal or greater magnitude for perhaps 100 years.
However, the other nine-tenths of that fault and the myriad networks of faults throughout the Caribbean are, definitely, “active.”
“A lot of people,” Lin says, “forget [earthquakes] quickly and do not take the words of geologists seriously. But if your house is close to an active fault, it is best that you do not forget where you live.”
The Woods Hole Oceanographic Institution is a private, independent organization in Falmouth, Mass., dedicated to marine research, engineering, and higher education. Established in 1930 on a recommendation from the National Academy of Sciences, its primary mission is to understand the oceans and their interaction with the Earth as a whole, and to communicate a basic understanding of the oceans’ role in the changing global environment.
Last updated: January 20, 2010
Source: Media Relations
The magnitude 7.0 earthquake that triggered disastrous destruction and mounting death tolls in Haiti this week occurred in a highly complex tangle of tectonic faults near the intersection of the Caribbean and North American crustal plates, according to a quake expert at the Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) who has studied faults in the region and throughout the world.
Jian Lin, a WHOI senior scientist in geology and geophysics, said that even though the quake was “large but not huge,” there were three factors that made it particularly devastating: First, it was centered just 10 miles southwest of the capital city, Port au Prince; second, the quake was shallow—only about 10-15 kilometers below the land’s surface; third, and more importantly, many homes and buildings in the economically poor country were not built to withstand such a force and collapsed or crumbled.
All of these circumstances made the Jan. 12 earthquake a “worst-case scenario,” Lin said. Preliminary estimates of the death toll ranged from thousands to hundreds of thousands. “It should be a wake-up call for the entire Caribbean,” Lin said.
The quake struck on a 50-60-km stretch of the more than 500-km-long Enriquillo-Plantain Garden Fault, which runs generally east-west through Haiti, to the Dominican Republic to the east and Jamaica to the west.
It is a “strike-slip” fault, according to the U.S. Geological Survey, meaning the plates on either side of the fault line were sliding in opposite directions. In this case, the Caribbean Plate south of the fault line was sliding east and the smaller Gonave Platelet north of the fault was sliding west.
But most of the time, the earth’s plates do not slide smoothly past one another. They stick in one spot for perhaps years or hundreds of years, until enough pressure builds along the fault and the landmasses suddenly jerk forward to relieve the pressure, releasing massive amounts of energy throughout the surrounding area. A similar, more familiar, scenario exists along California’s San Andreas Fault.
Such seismic areas “accumulate stresses all the time,” says Lin, who has extensively studied a nearby, major fault , the Septentrional Fault, which runs east-west at the northern side of the Hispaniola island that makes up Haiti and Dominican Republic. In 1946, an 8.1 magnitude quake, more than 30 times more powerful than this week’s quake, struck near the northeastern corner of the Hispaniola.
Compounding the problem, he says, is that in addition to the Caribbean and North American plates, , a wide zone between the two plates is made up of a patchwork of smaller “block” plates, or “platelets”—such as the Gonave Platelet—that make it difficult to assess the forces in the region and how they interact with one another. “If you live in adjacent areas, such as the Dominican Republic, Jamaica and Puerto Rico, you are surrounded by faults.”
Residents of such areas, Lin says, should focus on ways to save their lives and the lives of their families in the event of an earthquake. “The answer lies in basic earthquake education,” he says.
Those who can afford it should strengthen the construction and stability of their houses and buildings, he says. But in a place like Haiti, where even the Presidential Palace suffered severe damage, there may be more realistic solutions.
Some residents of earthquake zones know that after the quake’s faster, but smaller, primary, or “p” wave hits, there is usually a few-second-to-one-minute wait until a larger, more powerful surface, or “s” wave strikes, Lin says. P waves come first but have smaller amplitudes and are less destructive; S waves, though slower, are larger in amplitude and, hence, more destructive.
“At least make sure you build a strong table somewhere in your house and school,” said Lin. When a quake comes, “duck quickly under that table.”
Lin said the Haiti quake did not trigger an extreme ocean wave such as a Tsunami, partly because it was large but not huge and was centered under land rather than the sea.
The geologist says that aftershocks, some of them significant, can be expected in the coming days, weeks, months, years, “even tens of years.” But now that the stress has been relieved along that 50-60-km portion of the Enriquillo-Plantain Garden Fault, Lin says this particular fault patch should not experience another quake of equal or greater magnitude for perhaps 100 years.
However, the other nine-tenths of that fault and the myriad networks of faults throughout the Caribbean are, definitely, “active.”
“A lot of people,” Lin says, “forget [earthquakes] quickly and do not take the words of geologists seriously. But if your house is close to an active fault, it is best that you do not forget where you live.”
The Woods Hole Oceanographic Institution is a private, independent organization in Falmouth, Mass., dedicated to marine research, engineering, and higher education. Established in 1930 on a recommendation from the National Academy of Sciences, its primary mission is to understand the oceans and their interaction with the Earth as a whole, and to communicate a basic understanding of the oceans’ role in the changing global environment.
Last updated: January 20, 2010
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Uma proposta para o programa de governo
Uma proposta para o programa de governo
21-01-2010
Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais.
Chega a ser desolador o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) se ele não se constituísse numa oportunidade de ouro para buscarmos o reverso dessa situação: a possibilidade dele ser um dos pontos básicos do programa de governo de Dilma Rousseff, embutido na proposta de universalização do ensino médio e de generalização de seu caráter profissional e não apenas técnico.
De certa forma, esses programas já foram iniciados no período Lula, representados pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), as escolas técnicas e os centros federais de educação tecnológica (CEFTs). Mas precisam ser vastamente ampliados e consolidados com programas de bolsas de estudo para custear as despesas dos estudantes de baixa renda no ensino médio com transportes, alimentação, moradia e material escolar. Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais para criar 2 milhões de empregos por ano e dar condições para os que não têm renda estudar.
O drama do jovem no nosso dia-a-dia
O estudo do IPEA mostra que o desemprego entre jovens de 16 a 20 anos triplicou de 7% em 1987, para mais de 20% em 2007, ano em que o Brasil contava 4,8 milhões de jovens desempregados. No mesmo período, na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% com uma agravante: metade dos jovens que trabalha no país o faz sem carteira assinada. Pior, o estudo mostra que mais da metade dos jovens de 15 a 17 anos não está cursando o ensino médio - a etapa adequada na educação para esta faixa etária - e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam a faculdade/universidade em 2007.
O estudo também aponta que houve avanços no acesso dos jovens à educação. Em 2007, por exemplo, 82% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% do segmento já havia passado e estava no ensino médio.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
21-01-2010
Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais.
Chega a ser desolador o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) se ele não se constituísse numa oportunidade de ouro para buscarmos o reverso dessa situação: a possibilidade dele ser um dos pontos básicos do programa de governo de Dilma Rousseff, embutido na proposta de universalização do ensino médio e de generalização de seu caráter profissional e não apenas técnico.
De certa forma, esses programas já foram iniciados no período Lula, representados pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), as escolas técnicas e os centros federais de educação tecnológica (CEFTs). Mas precisam ser vastamente ampliados e consolidados com programas de bolsas de estudo para custear as despesas dos estudantes de baixa renda no ensino médio com transportes, alimentação, moradia e material escolar. Se queremos manter os jovens nas escolas precisamos urgentemente adotar políticas econômicas e sociais para criar 2 milhões de empregos por ano e dar condições para os que não têm renda estudar.
O drama do jovem no nosso dia-a-dia
O estudo do IPEA mostra que o desemprego entre jovens de 16 a 20 anos triplicou de 7% em 1987, para mais de 20% em 2007, ano em que o Brasil contava 4,8 milhões de jovens desempregados. No mesmo período, na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% com uma agravante: metade dos jovens que trabalha no país o faz sem carteira assinada. Pior, o estudo mostra que mais da metade dos jovens de 15 a 17 anos não está cursando o ensino médio - a etapa adequada na educação para esta faixa etária - e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam a faculdade/universidade em 2007.
O estudo também aponta que houve avanços no acesso dos jovens à educação. Em 2007, por exemplo, 82% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% do segmento já havia passado e estava no ensino médio.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
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Chuvas podem ficar abaixo da média em 2010
Chuvas podem ficar abaixo da média em 2010
O consenso entre os meteorologistas reunidos durante o XII Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino foi de que, durante os meses de fevereiro, março e abril de 2010, há 45% de chances de chover abaixo da média histórica na região, incluindo o Ceará, 35% de probabilidades de precipitações em torno da média e a possibilidade de chuvas acima da média é de 20%. Nos últimos 30 anos, (1980 a 2009) a média de precipitações no Estado, durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio) tem sido de 629 milímetros.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 21 de janeiro, no auditório da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Estiveram presentes representantes da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará (Ematerce) e das Defesas Civis do Estado e de Fortaleza. “Este ano, diferentemente do que fizemos em anos anteriores, divulgamos a previsão climática apenas para o trimestre, e não para a quadra chuvosa. Isso aconteceu porque ainda temos uma indefinição quanto a temperatura das águas do atlântico, que influenciam na qualidade das chuvas no Ceará. Vamos atualizar este prognóstico no fim de fevereiro”, informou Eduardo Sávio Marins, presidente da Funceme.
Para o presidente da Cogerh, Francisco Coelho Teixeira, esse indicativo de chuvas abaixo da média histórica não preocupa. “Em 15 anos de monitoramento, nunca tivemos um início de ano com os níveis dos reservatórios tão cheios como em 2010. Atualmente, antes do início das chuvas, estamos com mais de 78% da capacidade de armazenamento. É importante dizer que, mesmo com o prognóstico apontando pouca precipitação durante os três meses, é possível termos dias de muita chuva, inclusive com alguns açudes voltando a sangrar”.
Segundo Alísio Santiago, coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, independentemente do prognóstico, o órgão estará preparado para situações de emergência. “Ainda temos problemas em áreas de risco e não está descartada a possibilidade de chover forte na Capital”, comentou.
El Niño
O principal fator a determinar a previsão de chuvas abaixo da média histórica no Ceará é a atuação do fenômeno El Niño. “A superfície do Oceano Pacífico equatorial ainda está com temperatura maior que o normal, o que caracteriza o fenômeno. Em dez anos de El Niño, oito são de poucas chuvas no Nordeste. A população também precisa saber que o prognóstico dando maior probabilidade de menos chuvas não significa que não choverá. Haverá, inclusive, chuvas fortes em algumas cidades, mas, em todo o Estado, durante os meses de fevereiro março e abril, a tendência é de precipitação abaixo da média. As indefinições da superfície do Atlântico não nos permite apontar qual região deve chover mais. Além, disso, não há como indicar quando exatamente vai começar a quadra chuvosa, somente acompanhando as previsões diária do tempo”, explicou David Ferran, gerente do Departamento de Meteorologia da Funceme.
Assessoria de Imprensa da Funceme:
Guto Castro Neto (comunicacao@funceme.br - (85) 3101-1102 / 8814-4194)
O consenso entre os meteorologistas reunidos durante o XII Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino foi de que, durante os meses de fevereiro, março e abril de 2010, há 45% de chances de chover abaixo da média histórica na região, incluindo o Ceará, 35% de probabilidades de precipitações em torno da média e a possibilidade de chuvas acima da média é de 20%. Nos últimos 30 anos, (1980 a 2009) a média de precipitações no Estado, durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio) tem sido de 629 milímetros.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 21 de janeiro, no auditório da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Estiveram presentes representantes da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará (Ematerce) e das Defesas Civis do Estado e de Fortaleza. “Este ano, diferentemente do que fizemos em anos anteriores, divulgamos a previsão climática apenas para o trimestre, e não para a quadra chuvosa. Isso aconteceu porque ainda temos uma indefinição quanto a temperatura das águas do atlântico, que influenciam na qualidade das chuvas no Ceará. Vamos atualizar este prognóstico no fim de fevereiro”, informou Eduardo Sávio Marins, presidente da Funceme.
Para o presidente da Cogerh, Francisco Coelho Teixeira, esse indicativo de chuvas abaixo da média histórica não preocupa. “Em 15 anos de monitoramento, nunca tivemos um início de ano com os níveis dos reservatórios tão cheios como em 2010. Atualmente, antes do início das chuvas, estamos com mais de 78% da capacidade de armazenamento. É importante dizer que, mesmo com o prognóstico apontando pouca precipitação durante os três meses, é possível termos dias de muita chuva, inclusive com alguns açudes voltando a sangrar”.
Segundo Alísio Santiago, coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, independentemente do prognóstico, o órgão estará preparado para situações de emergência. “Ainda temos problemas em áreas de risco e não está descartada a possibilidade de chover forte na Capital”, comentou.
El Niño
O principal fator a determinar a previsão de chuvas abaixo da média histórica no Ceará é a atuação do fenômeno El Niño. “A superfície do Oceano Pacífico equatorial ainda está com temperatura maior que o normal, o que caracteriza o fenômeno. Em dez anos de El Niño, oito são de poucas chuvas no Nordeste. A população também precisa saber que o prognóstico dando maior probabilidade de menos chuvas não significa que não choverá. Haverá, inclusive, chuvas fortes em algumas cidades, mas, em todo o Estado, durante os meses de fevereiro março e abril, a tendência é de precipitação abaixo da média. As indefinições da superfície do Atlântico não nos permite apontar qual região deve chover mais. Além, disso, não há como indicar quando exatamente vai começar a quadra chuvosa, somente acompanhando as previsões diária do tempo”, explicou David Ferran, gerente do Departamento de Meteorologia da Funceme.
Assessoria de Imprensa da Funceme:
Guto Castro Neto (comunicacao@funceme.br - (85) 3101-1102 / 8814-4194)
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CHUVAS NO CEARÁ
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Presidente Cogerh Recebe Comenda ASSO A Associação dos Servidores da Sohidra, ASSO, através do seu presidente Said Gonçalves concedeu ao presidente da Cogerh, Francisco José Coelho Teixeira, a Comenda das Águas e o título de Sócio Honorário da ASSO...
por ascom — 21/12/2009 09:42
A Associação dos Servidores da Sohidra, ASSO, através do seu presidente Said Gonçalves concedeu ao presidente da Cogerh, Francisco José Coelho Teixeira, a Comenda das Águas e o título de Sócio Honorário da ASSO em solenidade realizada hoje, 18 de dezembro no Auditório do Espaço das Águas.
A mesa foi composta pelo Superintendente da Sohidra Leão Montezuma, presidente da Cogerh Francisco Teixeira, Francisco Saíd Gonçalves, presidente da Associação dos Servidores da SOHIDRA e Mônica Holanda, coordenadora da Unidade de Gerenciamento de Projetos Especiais da Secretaria dos Recursos Hídricos. A Comenda das Águas foi entregue ao presidente da Companhia pelo diretor de Águas Superficiais da Sohidra, Antônio Madeira de Lucena e de Sócio Honorário, pelo chefe de gabinete da Cogerh, Antônio Treze de Melo Lima. Durante o evento foram destacadas as realizações e o apoio da Cogerh em prol dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Na ocasião o presidente da Cogerh falou do trabalho realizado pelo superintendente Leão Montezuma e da luta pela não extinção da Sohidra em 2003. “Fiz a minha obrigação como Servidor Público mostrando o valor da Sohidra e do empenho dos profissionais em prol da melhoria da qualidade de vida da população cearense, desde a construção de pequenas cisternas, até as obras de Adutoras, o Eixão, o Canal do Trabalhador e a construção de Açudes”, afirmou Teixeira. Durante as homenagens foi ressaltado pelo presidente da Cogerh, o valioso apoio do Governador do Estado, Cid Gomes que sempre atende aos pleitos da instituição, fortalecendo cada vez mais os três órgãos: SRH, Cogerh e Sohidra. A solenidade foi bastante prestigiada por funcionários da SRH, Cogerh e Sohidra.
Vanja Boaventura-vanja.boaventura@cogerh.com.br
Assessoria de Comunicação e Marketing (ASCOM)-Cogerh
Fones: 3218.7024 / 8895.9225.
São Luiz do Paraitinga tem laudo do IPT
São Luiz do Paraitinga tem laudo do IPT
11/1/2010
Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) divulgou parecer técnico sobre edificações em São Luiz do Paraitinga, atingidas por enchentes no dia 1ª de janeiro.
Segundo a análise, cerca de 300 edificações foram afetadas pela enchente. O IPT está com quatro técnicos na cidade desde o dia 1º, prestando auxílio à Prefeitura e à Defesa Civil do Estado.
Das 80 construções já avaliadas que pertenciam ao patrimônio histórico, cerca de metade precisará passar por obras de restauração, incluindo 28 casas que ficavam na área de entorno do coreto da cidade.
O IPT pretende analisar todo o conjunto arquitetônico histórico de Paraitinga, com cerca de 470 edificações tombadas como patrimônio histórico. A igreja matriz e a capela das Mercês foram destruídas.
Além disso, o prédio da Prefeitura terá que ser restaurado em cerca de 50% da edificação. A construção que abrigava a biblioteca da cidade também ruiu completamente.
De acordo com a avaliação dos técnicos, o nível do rio Paraitinga chegou a subir 10 metros com os 160 milímetros de chuvas que caíram no intervalo de 24 horas. Com a inundação do Fórum e do cartório da cidade, os registros históricos de São Luiz do Paraitinga correm o risco de serem perdidos.
No momento, a prioridade é com a segurança estrutural das construções remanescentes e das encostas e taludes nas áreas urbana e rural. O IPT fará também um relatório com recomendações para a recuperação das edificações da área urbana.
Mais informações: http://www.ipt.br/
11/1/2010
Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) divulgou parecer técnico sobre edificações em São Luiz do Paraitinga, atingidas por enchentes no dia 1ª de janeiro.
Segundo a análise, cerca de 300 edificações foram afetadas pela enchente. O IPT está com quatro técnicos na cidade desde o dia 1º, prestando auxílio à Prefeitura e à Defesa Civil do Estado.
Das 80 construções já avaliadas que pertenciam ao patrimônio histórico, cerca de metade precisará passar por obras de restauração, incluindo 28 casas que ficavam na área de entorno do coreto da cidade.
O IPT pretende analisar todo o conjunto arquitetônico histórico de Paraitinga, com cerca de 470 edificações tombadas como patrimônio histórico. A igreja matriz e a capela das Mercês foram destruídas.
Além disso, o prédio da Prefeitura terá que ser restaurado em cerca de 50% da edificação. A construção que abrigava a biblioteca da cidade também ruiu completamente.
De acordo com a avaliação dos técnicos, o nível do rio Paraitinga chegou a subir 10 metros com os 160 milímetros de chuvas que caíram no intervalo de 24 horas. Com a inundação do Fórum e do cartório da cidade, os registros históricos de São Luiz do Paraitinga correm o risco de serem perdidos.
No momento, a prioridade é com a segurança estrutural das construções remanescentes e das encostas e taludes nas áreas urbana e rural. O IPT fará também um relatório com recomendações para a recuperação das edificações da área urbana.
Mais informações: http://www.ipt.br/
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São Luiz do Paraitinga tem laudo do IPT
Amapá cria FAP
Amapá cria FAP
13/1/2010
Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá, ou Fundação Tumucumaque, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Setec) do Estado, foi criada oficialmente no último dia 7.
É a 24ª fundação estadual de amparo à pesquisa (FAP) no país. Agora, somente os governos dos Estados de Tocantins, Rondônia e Roraima não contam com FAP.
O governo amapaense destinou um crédito inicial de R$ 300 mil à nova instituição, que começa com um quadro de 16 funcionários e contará com um conselho diretor formado por pesquisadores e doutores do Estado.
Tumucumaque significa “a pedra no alto da montanha” e também dá nome à região da Floresta Amazônica localizada entre o Amapá e o Pará que compõe o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.
O modelo brasileiro das fundações de amparo à pesquisa foi lançado em 1960 com a criação da FAPESP, que começou a operar em 1962 com um orçamento referente a 0,5% da receita tributária do Estado de São Paulo, garantido pela Constituição Estadual. Em 1989, esse percentual subiu para 1%.
13/1/2010
Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá, ou Fundação Tumucumaque, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Setec) do Estado, foi criada oficialmente no último dia 7.
É a 24ª fundação estadual de amparo à pesquisa (FAP) no país. Agora, somente os governos dos Estados de Tocantins, Rondônia e Roraima não contam com FAP.
O governo amapaense destinou um crédito inicial de R$ 300 mil à nova instituição, que começa com um quadro de 16 funcionários e contará com um conselho diretor formado por pesquisadores e doutores do Estado.
Tumucumaque significa “a pedra no alto da montanha” e também dá nome à região da Floresta Amazônica localizada entre o Amapá e o Pará que compõe o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.
O modelo brasileiro das fundações de amparo à pesquisa foi lançado em 1960 com a criação da FAPESP, que começou a operar em 1962 com um orçamento referente a 0,5% da receita tributária do Estado de São Paulo, garantido pela Constituição Estadual. Em 1989, esse percentual subiu para 1%.
Proteção pós-AVC
Divulgação Científica
Proteção pós-AVC
13/1/2010
Agência FAPESP – Bloquear a função de uma enzima-chave no cérebro com uma forma específica de vitamina E pode prevenir a morte de neurônios após um acidente vascular cerebral (AVC), indica uma nova pesquisa.
Um grupo de cientistas nos Estados Unidos, em estudo com células cerebrais de camundongos, descobriu que o tipo de vitamina E conhecido como tocotrienol bloqueou a liberação de ácidos graxos pela enzima, responsáveis pela morte de neurônios.
Coordenado por Chandan Sen, professor e vice-presidente do conselho de pesquisa do Departamento de Cirurgia da Universidade do Estado de Ohio, o grupo tem estudado há uma década como essa forma particular e menos comum de vitamina E pode proteger o cérebro em modelos celulares e animais.
O novo estudo, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) do governo norte-americano, foi publicado na edição on-line e sairá em breve na edição impressa do periódico Journal of Neurochemistry.
“Nosso trabalho indica que as diferentes formas naturais de vitamina E têm funções distintas. O pouco estudado tocotrienol é capaz de se direcionar a caminhos específicos de modo a evitar a morte de neurônios e proteger o cérebro após um AVC. Identificamos um novo alvo para o tocotrienol que explica como as células nervosas são protegidas”, disse Sen.
A vitamina E ocorre naturalmente em oito formas diferentes. A mais conhecida pertence a uma variedade chamada tocoferol. O tocotrienol (ou TCT) não é abundante na dieta norte-americana nem na brasileira, mas pode ser encontrada na forma de suplemento. No Sudeste Asiático é comum, extraído do óleo de palma, da cevada ou do arroz.
Sen e colegas administraram tocotrienol a células que já tinham sido expostas a glutamato (tipo de aminoácido) em excesso. A presença da vitamina diminuiu a liberação de ácidos graxos em 60% em comparação a células expostas apenas ao glutamato.
Os pesquisadores relacionaram os efeitos do tocotrienol a várias substâncias que são ativadas no cérebro após um AVC e concluíram que uma enzima específica poderia servir como um alvo terapêutico importante. A enzima é conhecida como cPLA2.
Em seguida ao trauma causado pela interrupção do fluxo sanguíneo associado com um AVC, uma quantidade excessiva de glutamato é liberada no cérebro. O glutamato é um neurotransmissor que, em pequenas quantidades, tem papel importante no aprendizado e na memória. Mas seu excesso desencadeia uma sequência de reações que leva à morte de neurônios, efeito devastador de um AVC.
Apesar de a cPLA2 existir naturalmente no organismo, tanto de camundongos como do homem, os cientistas verificaram que o bloqueio de sua função não é danoso. Camundongos geneticamente modificados de modo a não ativar a enzima tiveram expectativa de vida semelhante à de outras cobaias, mas com menor risco de ter AVC.
Os pesquisadores também destacam que a quantidade de tocotrienol necessária para atingir os efeitos desejados é pequena, cerca de dez vezes menos do que a quantia comumente encontrada em humanos que consomem regularmente esse tipo de vitamina E.
O artigo Nanomolar vitamin E alpha-tocotrienol inhibits glutamate-induced activation of phospholipase A2 and causes neuroprotection (10.1111/j.1471-4159.2009.06550.x), de Chandan Sen e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Neurochemistry em www3.interscience.wiley.com/journal/123217269/abstract .
Proteção pós-AVC
13/1/2010
Agência FAPESP – Bloquear a função de uma enzima-chave no cérebro com uma forma específica de vitamina E pode prevenir a morte de neurônios após um acidente vascular cerebral (AVC), indica uma nova pesquisa.
Um grupo de cientistas nos Estados Unidos, em estudo com células cerebrais de camundongos, descobriu que o tipo de vitamina E conhecido como tocotrienol bloqueou a liberação de ácidos graxos pela enzima, responsáveis pela morte de neurônios.
Coordenado por Chandan Sen, professor e vice-presidente do conselho de pesquisa do Departamento de Cirurgia da Universidade do Estado de Ohio, o grupo tem estudado há uma década como essa forma particular e menos comum de vitamina E pode proteger o cérebro em modelos celulares e animais.
O novo estudo, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) do governo norte-americano, foi publicado na edição on-line e sairá em breve na edição impressa do periódico Journal of Neurochemistry.
“Nosso trabalho indica que as diferentes formas naturais de vitamina E têm funções distintas. O pouco estudado tocotrienol é capaz de se direcionar a caminhos específicos de modo a evitar a morte de neurônios e proteger o cérebro após um AVC. Identificamos um novo alvo para o tocotrienol que explica como as células nervosas são protegidas”, disse Sen.
A vitamina E ocorre naturalmente em oito formas diferentes. A mais conhecida pertence a uma variedade chamada tocoferol. O tocotrienol (ou TCT) não é abundante na dieta norte-americana nem na brasileira, mas pode ser encontrada na forma de suplemento. No Sudeste Asiático é comum, extraído do óleo de palma, da cevada ou do arroz.
Sen e colegas administraram tocotrienol a células que já tinham sido expostas a glutamato (tipo de aminoácido) em excesso. A presença da vitamina diminuiu a liberação de ácidos graxos em 60% em comparação a células expostas apenas ao glutamato.
Os pesquisadores relacionaram os efeitos do tocotrienol a várias substâncias que são ativadas no cérebro após um AVC e concluíram que uma enzima específica poderia servir como um alvo terapêutico importante. A enzima é conhecida como cPLA2.
Em seguida ao trauma causado pela interrupção do fluxo sanguíneo associado com um AVC, uma quantidade excessiva de glutamato é liberada no cérebro. O glutamato é um neurotransmissor que, em pequenas quantidades, tem papel importante no aprendizado e na memória. Mas seu excesso desencadeia uma sequência de reações que leva à morte de neurônios, efeito devastador de um AVC.
Apesar de a cPLA2 existir naturalmente no organismo, tanto de camundongos como do homem, os cientistas verificaram que o bloqueio de sua função não é danoso. Camundongos geneticamente modificados de modo a não ativar a enzima tiveram expectativa de vida semelhante à de outras cobaias, mas com menor risco de ter AVC.
Os pesquisadores também destacam que a quantidade de tocotrienol necessária para atingir os efeitos desejados é pequena, cerca de dez vezes menos do que a quantia comumente encontrada em humanos que consomem regularmente esse tipo de vitamina E.
O artigo Nanomolar vitamin E alpha-tocotrienol inhibits glutamate-induced activation of phospholipase A2 and causes neuroprotection (10.1111/j.1471-4159.2009.06550.x), de Chandan Sen e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Neurochemistry em www3.interscience.wiley.com/journal/123217269/abstract .
As Grandes Epidemias
As Grandes Epidemias
12/1/2010
De 12/1/2010 a 31/12/2010
O evento está em andamento e faltam 352 dias para o término. Duração: 354 dias
Agência FAPESP – Com a finalidade de informar e alertar o público sobre as ameaças e o perigo das epidemias, o Instituto Butantan, que é vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, inaugura nesta terça-feira (12/1) a exposição itinerante “As Grandes Epidemias”.
A iniciativa do Museu de Microbiologia do Butantan tem apoio da FAPESP por meio do projeto “Divulgação Científica no Museu de Microbiologia do Instituto Butantan: Pesquisa e Prática”, apoiado por meio da chamada FAPESP-Vitae (Chamada FAPESP 03/2006).
A exposição abrange as epidemias de varíola, peste, meningite no Brasil na década de 1970, Aids e gripe. São cinco vídeos de sete minutos, que retratam cada uma das doenças, e painéis explicativos ricamente ilustrados.
Não há data definida para o término da exposição. A entrada é gratuita, aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 16 horas, no Centro de Difusão Científica do Butantan, localizado na Av. Vital Brasil, 1.500, na capital paulista.
Mais informações: www.butantan.gov.br/ ou pelo telefone 3726-7222 - ramal 2155
12/1/2010
De 12/1/2010 a 31/12/2010
O evento está em andamento e faltam 352 dias para o término. Duração: 354 dias
Agência FAPESP – Com a finalidade de informar e alertar o público sobre as ameaças e o perigo das epidemias, o Instituto Butantan, que é vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, inaugura nesta terça-feira (12/1) a exposição itinerante “As Grandes Epidemias”.
A iniciativa do Museu de Microbiologia do Butantan tem apoio da FAPESP por meio do projeto “Divulgação Científica no Museu de Microbiologia do Instituto Butantan: Pesquisa e Prática”, apoiado por meio da chamada FAPESP-Vitae (Chamada FAPESP 03/2006).
A exposição abrange as epidemias de varíola, peste, meningite no Brasil na década de 1970, Aids e gripe. São cinco vídeos de sete minutos, que retratam cada uma das doenças, e painéis explicativos ricamente ilustrados.
Não há data definida para o término da exposição. A entrada é gratuita, aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 16 horas, no Centro de Difusão Científica do Butantan, localizado na Av. Vital Brasil, 1.500, na capital paulista.
Mais informações: www.butantan.gov.br/ ou pelo telefone 3726-7222 - ramal 2155
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Arce fiscalizará qualidade de água fornecida
Arce fiscalizará qualidade de água fornecida
Durante o mês de janeiro, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), realizará, no setor de saneamento básico, ações de fiscalização no Sistema Público de Abastecimento de Água em seis municípios cearenses. O objetivo comum das ações é obter um diagnóstico das condições técnico-operacionais e da qualidade do atendimento. As atividades de fiscalização se desenvolverão nos municípios de Barroquinha (de 11 a 15 de janeiro), Chaval (de 11 a 15 de janeiro), Aratuba (de 18 a 22 de janeiro), Tauá (de 18 a 22 de janeiro), Caridade e Itatira (25 a 29 de janeiro).
Os municípios fiscalizados devem repassar informações sobre laudos de qualidade da água distribuída e água bruta nos últimos 12 meses; relatório de análise da situação operacional do sistema (o mais atual); relatório de controle operacional dos últimos doze meses; relatório de dados operacionais de 2009; registros de atendimento comercial com dados consolidados de reclamações e solicitações de serviços; croqui esquemático do sistema de abastecimento de água da região e, ainda, relação de usuários não hidrometrados que tenham consumo maior que 20m³.
A atuação da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará é definda pela Lei 14.394/2009. Desde 2001, a Arce opera na regulação e fiscalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) . Em 148 municípios cearenses atendidos pela Cagece, agência pode realizar auditorias técnicas sistematicas e periódicas, julgamento e mediação de conflitos entre usuários e a concessionária, edição de regulamentos e análise de propostas de reajuste, além de revisão tarifária.
Vale ressaltar que, também neste mês de janeiro, o município de Aquiraz terá o sistema de esgotamento sanitário fiscalizado por técnicos da Arce. A fiscalização será a partir desta segunda-feira, dia 11, devendo estender-se até o próximo dia 15.
Assessoria de Imprensa da ARCE
Angélica Martins (angelica.martins@arce.ce.gov.br / 85 3101.1020)
Durante o mês de janeiro, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), realizará, no setor de saneamento básico, ações de fiscalização no Sistema Público de Abastecimento de Água em seis municípios cearenses. O objetivo comum das ações é obter um diagnóstico das condições técnico-operacionais e da qualidade do atendimento. As atividades de fiscalização se desenvolverão nos municípios de Barroquinha (de 11 a 15 de janeiro), Chaval (de 11 a 15 de janeiro), Aratuba (de 18 a 22 de janeiro), Tauá (de 18 a 22 de janeiro), Caridade e Itatira (25 a 29 de janeiro).
Os municípios fiscalizados devem repassar informações sobre laudos de qualidade da água distribuída e água bruta nos últimos 12 meses; relatório de análise da situação operacional do sistema (o mais atual); relatório de controle operacional dos últimos doze meses; relatório de dados operacionais de 2009; registros de atendimento comercial com dados consolidados de reclamações e solicitações de serviços; croqui esquemático do sistema de abastecimento de água da região e, ainda, relação de usuários não hidrometrados que tenham consumo maior que 20m³.
A atuação da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará é definda pela Lei 14.394/2009. Desde 2001, a Arce opera na regulação e fiscalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) . Em 148 municípios cearenses atendidos pela Cagece, agência pode realizar auditorias técnicas sistematicas e periódicas, julgamento e mediação de conflitos entre usuários e a concessionária, edição de regulamentos e análise de propostas de reajuste, além de revisão tarifária.
Vale ressaltar que, também neste mês de janeiro, o município de Aquiraz terá o sistema de esgotamento sanitário fiscalizado por técnicos da Arce. A fiscalização será a partir desta segunda-feira, dia 11, devendo estender-se até o próximo dia 15.
Assessoria de Imprensa da ARCE
Angélica Martins (angelica.martins@arce.ce.gov.br / 85 3101.1020)
Abertas as inscrições para o Prêmio ANA 2010
Abertas as inscrições para o Prêmio ANA 2010
21/12/2009
Raylton Alves/Banco de Imagens ANA“Água: o Desafio do Desenvolvimento Sustentável” é o tema da terceira edição do Prêmio ANA, cujas inscrições já estão abertas. Em sua terceira edição, a premiação bienal tem o objetivo de reconhecer iniciativas em sete categorias: governo; empresas; organizações não governamentais; pesquisa e inovação tecnológica; organismos de bacia; ensino e imprensa, que se destacam pela excelência e contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do país. O troféu do Prêmio ANA (foto ao lado) é uma escultura do mestre vidreiro Mário Seguso.
O prêmio ANA também busca identificar ações que estimulam o combate à poluição e ao desperdício e apontar caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento das atuais e futuras gerações. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 31 de maio de 2010.
Assim como ocorreu na edição de 2008, o Prêmio ANA 2010 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à ANA e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; potencial de difusão/replicação; aderência social; originalidade e impactos social, cultural e ambiental.
A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das sete categorias, que serão conhecidas em solenidade de premiação marcada para 1º de dezembro de 2010 em local a ser definido. Os sete vencedores receberão o Troféu Prêmio ANA, concebido pelo mestre vidreiro italiano Mário Seguso.
Inscrições
Até 31 de maio, os interessados em participar da premiação poderão enviar seus trabalhos por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2010 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 222, Brasília-DF, CEP: 70610-200. A data de postagem será considerada como a de entrega. Os concorrentes poderão inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.
Cronograma
· Inscrições: de 18 de dezembro de 2009 a 31 de maio de 2010;
· Prazo de julgamento: de 2 de agosto a 10 de setembro e de 4 a 8 de outubro de 2010;
· Comunicação aos finalistas: de 25 a 29 de outubro de 2010;
· Cerimônia de premiação: 1º de dezembro de 2010.
Histórico
Em sua primeira edição, em 2006, o Prêmio ANA teve três temas em disputa: “Gestão de Recursos Hídricos”, “Uso Racional de Recursos Hídricos” e “Água para a Vida”. À época, 284 trabalhos se inscreveram. No segundo Prêmio ANA, em 2008, o tema foi único: “Conservação e Uso Racional da Água”. Na ocasião, participaram 272 iniciativas de seis categorias: governo, empresas, organizações não governamentais, organismos de bacia, imprensa e academia.
Informações
Para mais informações acesse o hotsite www.ana.gov.br/premio, envie e-mail para premioana@ana.gov.br ou ligue para (61) 2109-5412.
Raylton Alves
21/12/2009
Raylton Alves/Banco de Imagens ANA“Água: o Desafio do Desenvolvimento Sustentável” é o tema da terceira edição do Prêmio ANA, cujas inscrições já estão abertas. Em sua terceira edição, a premiação bienal tem o objetivo de reconhecer iniciativas em sete categorias: governo; empresas; organizações não governamentais; pesquisa e inovação tecnológica; organismos de bacia; ensino e imprensa, que se destacam pela excelência e contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do país. O troféu do Prêmio ANA (foto ao lado) é uma escultura do mestre vidreiro Mário Seguso.
O prêmio ANA também busca identificar ações que estimulam o combate à poluição e ao desperdício e apontar caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento das atuais e futuras gerações. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 31 de maio de 2010.
Assim como ocorreu na edição de 2008, o Prêmio ANA 2010 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à ANA e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; potencial de difusão/replicação; aderência social; originalidade e impactos social, cultural e ambiental.
A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das sete categorias, que serão conhecidas em solenidade de premiação marcada para 1º de dezembro de 2010 em local a ser definido. Os sete vencedores receberão o Troféu Prêmio ANA, concebido pelo mestre vidreiro italiano Mário Seguso.
Inscrições
Até 31 de maio, os interessados em participar da premiação poderão enviar seus trabalhos por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2010 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 222, Brasília-DF, CEP: 70610-200. A data de postagem será considerada como a de entrega. Os concorrentes poderão inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.
Cronograma
· Inscrições: de 18 de dezembro de 2009 a 31 de maio de 2010;
· Prazo de julgamento: de 2 de agosto a 10 de setembro e de 4 a 8 de outubro de 2010;
· Comunicação aos finalistas: de 25 a 29 de outubro de 2010;
· Cerimônia de premiação: 1º de dezembro de 2010.
Histórico
Em sua primeira edição, em 2006, o Prêmio ANA teve três temas em disputa: “Gestão de Recursos Hídricos”, “Uso Racional de Recursos Hídricos” e “Água para a Vida”. À época, 284 trabalhos se inscreveram. No segundo Prêmio ANA, em 2008, o tema foi único: “Conservação e Uso Racional da Água”. Na ocasião, participaram 272 iniciativas de seis categorias: governo, empresas, organizações não governamentais, organismos de bacia, imprensa e academia.
Informações
Para mais informações acesse o hotsite www.ana.gov.br/premio, envie e-mail para premioana@ana.gov.br ou ligue para (61) 2109-5412.
Raylton Alves
2010 é declarado Ano da Biodiversidade pela ONUPostado por Moderador do Banco do Planeta em 8 janeiro 2010 às 5:00
2010 é declarado Ano da Biodiversidade pela ONUPostado por Moderador do Banco do Planeta em 8 janeiro 2010 às 5:00
Exibir blog de Moderador do Banco do Planeta
A ocupação desordenada de áreas naturais, a exploração predatória de recursos da natureza e a poluição são algumas ações humanas que têm trazido sérias consequências, levando o planeta a perder cada vez mais espécies animais e vegetais.
Para chamar a atenção ao problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. Um dos eventos que abre oficialmente o programa acontece em Curitiba, nesta sexta-feira (8/1): a Convenção em Diversidade Biológica: http://www.cbd.int/2010/. O evento é abrangente e inclui discussões de como agir para defender a diversidade de espécies, também em áreas urbanas.
Ela reúne autoridades governamentais do Brasil e do exterior, representantes da ONU e pesquisadores. O Programa Biota-FAPESP participa, representado pelo professor Roberto Gomes de Sousa Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo.
“A natureza é uma rede extremamente intrincada que precisa ser mantida para a vida existir. Porém, essa harmonia tem sido cada vez mais ameaçada”, disse Berlinck sobre a importância da coexistência das espécies.
Com informações da Agência Fapesp
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A ocupação desordenada de áreas naturais, a exploração predatória de recursos da natureza e a poluição são algumas ações humanas que têm trazido sérias consequências, levando o planeta a perder cada vez mais espécies animais e vegetais.
Para chamar a atenção ao problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. Um dos eventos que abre oficialmente o programa acontece em Curitiba, nesta sexta-feira (8/1): a Convenção em Diversidade Biológica: http://www.cbd.int/2010/. O evento é abrangente e inclui discussões de como agir para defender a diversidade de espécies, também em áreas urbanas.
Ela reúne autoridades governamentais do Brasil e do exterior, representantes da ONU e pesquisadores. O Programa Biota-FAPESP participa, representado pelo professor Roberto Gomes de Sousa Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo.
“A natureza é uma rede extremamente intrincada que precisa ser mantida para a vida existir. Porém, essa harmonia tem sido cada vez mais ameaçada”, disse Berlinck sobre a importância da coexistência das espécies.
Com informações da Agência Fapesp
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BANCO PLANETA
China ultrapassa a Alemanha e se torna o maior exportador do mundo
China ultrapassa a Alemanha e se torna o maior exportador do mundo
A China deixou a Alemanha para trás em 2009 no posto de maior exportador do mundo, com um total vendido ao exterior de US$ 1,2 trilhão, informou ontem o governo chinês.
A associação de exportadores alemã estima que as vendas externas do país tenham atingido US$ 1,17 trilhão no ano passado. O novo status da China é simbólico, mas chama a atenção para sua presença cada vez mais forte no setor industrial e como comprador de petróleo, minério de ferro e outras commodities, aumentando seu poder na economia global. O país já era o maior mercado mundial de automóveis e o maior fabricante de aço.
Em 2007, a China já passara Alemanha como a terceira maior economia. A expectativa é que este ano o país avance ao segundo lugar, atualmente ocupado pelo Japão, perdendo apenas para os Estados Unidos. As reservas internacionais chinesas estão hoje acima de US$ 2 trilhões e a economia cresceu 8,9% no terceiro trimestre de 2009. Para o ano, o governo prevê expansão de 8,3%.
O fato de destronar a Alemanha, por muito tempo líder mundial em exportações, reflete a capacidade da indústria chinesa, conhecida por seus baixos preços, de manter as exportações em alta enquanto outros países amargavam a forte queda na demanda mundial.
Também pesou o pacote de estímulo contra a crise global, de 4 trilhões de yuans (US$ 585 bilhões).
— Se a China cresce, puxa a economia global, e isso também beneficia a Alemanha, voltada para exportações — afirmou, no mês passado, o economista da Câmara Alemã de Comércio, Volker Treier.
Mas os EUA reclamam que parte do sucesso das exportações chinesas se deve ao câmbio controlado — está congelado desde 2008 — e a subsídios governamentais, que garante aos exportadores vantagens sobre seus concorrentes.
Os EUA criaram tarifas antidumping para importações de produtos siderúrgicos chineses e outros setores, enquanto a União Europeia limitou as compras de sapatos produzidos no país asiático.
Pequim promete lutar contra bolha no setor imobiliário A China também afirmou ontem que não deixará que o investimento especulativo estrangeiro afete o mercado imobiliário, onde se teme o surgimento de uma bolha. O Conselho Estatal (o gabinete do governo chinês) disse que entidades como o Banco Central e a Comissão Reguladora Bancária da China precisam “melhorar a supervisão de empréstimos e investimentos estrangeiros para evitar fluxos ilegais de capital ao mercado imobiliário”.
Em 2009, cerca de um sexto dos 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) em novos empréstimos foram para o setor imobiliário.
O governo também pediu que autoridades locais aumentem a oferta de imóveis
Fonte: O Globo - 11/01/10
A China deixou a Alemanha para trás em 2009 no posto de maior exportador do mundo, com um total vendido ao exterior de US$ 1,2 trilhão, informou ontem o governo chinês.
A associação de exportadores alemã estima que as vendas externas do país tenham atingido US$ 1,17 trilhão no ano passado. O novo status da China é simbólico, mas chama a atenção para sua presença cada vez mais forte no setor industrial e como comprador de petróleo, minério de ferro e outras commodities, aumentando seu poder na economia global. O país já era o maior mercado mundial de automóveis e o maior fabricante de aço.
Em 2007, a China já passara Alemanha como a terceira maior economia. A expectativa é que este ano o país avance ao segundo lugar, atualmente ocupado pelo Japão, perdendo apenas para os Estados Unidos. As reservas internacionais chinesas estão hoje acima de US$ 2 trilhões e a economia cresceu 8,9% no terceiro trimestre de 2009. Para o ano, o governo prevê expansão de 8,3%.
O fato de destronar a Alemanha, por muito tempo líder mundial em exportações, reflete a capacidade da indústria chinesa, conhecida por seus baixos preços, de manter as exportações em alta enquanto outros países amargavam a forte queda na demanda mundial.
Também pesou o pacote de estímulo contra a crise global, de 4 trilhões de yuans (US$ 585 bilhões).
— Se a China cresce, puxa a economia global, e isso também beneficia a Alemanha, voltada para exportações — afirmou, no mês passado, o economista da Câmara Alemã de Comércio, Volker Treier.
Mas os EUA reclamam que parte do sucesso das exportações chinesas se deve ao câmbio controlado — está congelado desde 2008 — e a subsídios governamentais, que garante aos exportadores vantagens sobre seus concorrentes.
Os EUA criaram tarifas antidumping para importações de produtos siderúrgicos chineses e outros setores, enquanto a União Europeia limitou as compras de sapatos produzidos no país asiático.
Pequim promete lutar contra bolha no setor imobiliário A China também afirmou ontem que não deixará que o investimento especulativo estrangeiro afete o mercado imobiliário, onde se teme o surgimento de uma bolha. O Conselho Estatal (o gabinete do governo chinês) disse que entidades como o Banco Central e a Comissão Reguladora Bancária da China precisam “melhorar a supervisão de empréstimos e investimentos estrangeiros para evitar fluxos ilegais de capital ao mercado imobiliário”.
Em 2009, cerca de um sexto dos 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) em novos empréstimos foram para o setor imobiliário.
O governo também pediu que autoridades locais aumentem a oferta de imóveis
Fonte: O Globo - 11/01/10
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NOTICIAS DA FIEC
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Uso Conjunto do AutoCAD, do EPANET e do SWMM para Traçado e Dimensionamento Hidráulico de Redes de Abastecimento de Água, Adutoras, Redes de Coleta d
Uso Conjunto do AutoCAD, do EPANET e do SWMM para Traçado e Dimensionamento Hidráulico de Redes de Abastecimento de Água, Adutoras, Redes de Coleta de Esgoto Sanitário e Redes de Drenagem Urbana
1- Professor (UFC): MARCO AURÉLIO HOLANDA DE CASTRO, Ph.D.
Local: Auditório da COGERH – SOHIDRA-Rua: Adualdo Batista 1550-Parque Iracema-Próximo ao Centro Administrativo no Cambeba
Fortaleza-Ceará. Telefone da ASSO:85-32181557.
2- Programação Geral:
1o Dia (Quarta, dia 17/03/2010), CURSO das 09 às 12:00 h e 14:00 às 17:00 h
2º Dia (Quinta, dia 18/03/2010): CURSO das 09 às 12:00 h e 14:00 às 17:00 h
3- Logística:
- Cada participante deve dispor de seu próprio laptop
- Em cada laptop deve estar instalado o AutoCAD versão 2002 ou Superior.(não roda em versões anteriores). Favor informar explicitamente aos participantes
4- Do Curso:
O Sistema Computacional é composto dos seguintes Módulos:
UFC2: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no AutoCAD.
UFC4: Módulo de Dimensionamento Otimizado da rede.
UFC5: Módulo de Seleção de Bombas Hidráulicas e Traçado da Linha
Piezométrica de Adutoras.
UFC6: Módulo para análise e simulação computacional do Golpe de Aríete em adutoras.
UFC9: Módulo de Traçado e Dimensionamento Hidráulico de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário
Programa:
O Sistema UFC é um conjunto de softwares escritos em diversas linguagens de programação, que realizam todas as tarefas referentes ao traçado e dimensionamento hidráulico de redes de abastecimento de água, adutoras e redes de esgoto sanitário (Figura 1).
São os seguintes os componentes do Sistema UFC:
UFC2: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no AutoCAD e de transferência de dados da rede/adutora para o EPANET.
UFC3: Módulo de traçado de ligações em redes de abastecimento de água.
UFC4: Módulo de dimensionamento hidráulico (determinação de diâmetros ótimos) de redes de abastecimento de água.
UFC5: Módulo de seleção de bombas hidráulicas e traçado da linha piezométrica de adutoras.
UFC6: Módulo que simula computacionalmente o Golpe de Aríete em adutoras.
UFC7: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no ArcGIS e de transferência de dados da rede/adutora para o EPANET.
UFC9: Módulo de traçado e dimensionamento de redes de Esgotamento Sanitário dentro do ambiente AutoCAD.
FIGURA 1
1- Professor (UFC): MARCO AURÉLIO HOLANDA DE CASTRO, Ph.D.
Local: Auditório da COGERH – SOHIDRA-Rua: Adualdo Batista 1550-Parque Iracema-Próximo ao Centro Administrativo no Cambeba
Fortaleza-Ceará. Telefone da ASSO:85-32181557.
2- Programação Geral:
1o Dia (Quarta, dia 17/03/2010), CURSO das 09 às 12:00 h e 14:00 às 17:00 h
2º Dia (Quinta, dia 18/03/2010): CURSO das 09 às 12:00 h e 14:00 às 17:00 h
3- Logística:
- Cada participante deve dispor de seu próprio laptop
- Em cada laptop deve estar instalado o AutoCAD versão 2002 ou Superior.(não roda em versões anteriores). Favor informar explicitamente aos participantes
4- Do Curso:
O Sistema Computacional é composto dos seguintes Módulos:
UFC2: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no AutoCAD.
UFC4: Módulo de Dimensionamento Otimizado da rede.
UFC5: Módulo de Seleção de Bombas Hidráulicas e Traçado da Linha
Piezométrica de Adutoras.
UFC6: Módulo para análise e simulação computacional do Golpe de Aríete em adutoras.
UFC9: Módulo de Traçado e Dimensionamento Hidráulico de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário
Programa:
O Sistema UFC é um conjunto de softwares escritos em diversas linguagens de programação, que realizam todas as tarefas referentes ao traçado e dimensionamento hidráulico de redes de abastecimento de água, adutoras e redes de esgoto sanitário (Figura 1).
São os seguintes os componentes do Sistema UFC:
UFC2: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no AutoCAD e de transferência de dados da rede/adutora para o EPANET.
UFC3: Módulo de traçado de ligações em redes de abastecimento de água.
UFC4: Módulo de dimensionamento hidráulico (determinação de diâmetros ótimos) de redes de abastecimento de água.
UFC5: Módulo de seleção de bombas hidráulicas e traçado da linha piezométrica de adutoras.
UFC6: Módulo que simula computacionalmente o Golpe de Aríete em adutoras.
UFC7: Módulo de desenho da rede e/ou Adutoras no ArcGIS e de transferência de dados da rede/adutora para o EPANET.
UFC9: Módulo de traçado e dimensionamento de redes de Esgotamento Sanitário dentro do ambiente AutoCAD.
FIGURA 1
Pesquisa traçará perfil da advocacia pública
Reportagens
Brasília, 05/01/2010
Pesquisa traçará perfil da advocacia pública
Estudo vai apontar estrutura federais, estaduais e municipais e verificar condições de trabalho dos 20 mil profissionais do setor
Conheça o projeto
Saiba mais sobre o Programa de Modernização da Gestão do Sistema Judiciário, do PNUD, ao qual está ligada a pesquisa sobre advocacia pública.
DANILO BUENO
da PrimaPagina
O Ministério da Justiça está conduzindo um estudo que vai traçar um perfil das cerca de 20 mil pessoas que atuam na defesa e no assessoramento do governo federal, dos estados e municípios e das instituições públicas, como as autarquias e fundações. O raio-x da advocacia pública vai incluir informações sobre a estrutura dos órgãos e as condições de trabalho dos profissionais do setor.
Os advogados e procuradores ligados à administração pública têm até o final de fevereiro para responder ao questionário que está disponível online. A divulgação dos resultados está prevista para abril, segundo a Secretaria de Reforma do Judiciário, braço do Ministério da Justiça que está á frente do processo.
O questionário vai recolher informações sobre a estrutura orçamentária, material e de recursos humanos da advocacia pública brasileira, fazendo também um diagnóstico do perfil dos profissionais, averiguando o nível de satisfação com as funções desempenhadas e com as condições salariais, além do nível de atualização profissional e perfil social.
“Nós queremos ver como a advocacia pública está aparelhada, se ela está mesmo defendendo o Estado da melhor forma possível e como poderia ser melhorada”, afirma Marcelo Vieira de Campos, assessor especial da Secretaria de Reforma do Judiciário. Ele destaca que é fundamental que a advocacia pública assegure que os atos da administração pública sejam feitos dentro da lei, evitando o imobilismo da atividade pública como decorrência de processos jurídicos desnecessários. “Um gestor bem assessorado vai agir dentro da legalidade, e o Estado vai receber menos processos”, afirma.
A partir dos resultados, diz o assessor, serão traçadas estratégias para diminuir a morosidade do judiciário, desafogando o sistema de processos contra o poder público. Para a ABRAPE (Associação Brasileira de Advogados Públicos), o diagnóstico é uma oportunidade para dar visibilidade às dificuldades da advocacia pública nos estados, principalmente em relação à administração direta. Athos Pedroso, diretor da entidade, ressalta a importância de o questionário abranger todos os advogados públicos, inclusive aqueles ligados a autarquias e fundações. “A advocacia é bem mais ampla do que o diagnostico pretendeu atingir”, afirma.
O estudo é uma iniciativa da Secretaria de Reforma do Judiciário em parceria com a Advocacia-Geral da União e com o PNUD, que apoia o diagnóstico por meio do Programa de Modernização da Gestão do Sistema Judiciário. O programa tem como objetivo ampliar o acesso à Justiça e aumentar a eficiência dos processos para evitar que as entidades deixem de recorrer ao Judiciário pelo excesso de burocracia.
Já foram realizados pela Secretaria de Reforma do Judiciário outros diagnósticos — sobre a Defensoria Pública, os Juizados Especiais Cíveis e o Ministério Público —, no entanto, este é o primeiro estudo em âmbito nacional sobre a atuação da advocacia pública.
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Brasília, 05/01/2010
Pesquisa traçará perfil da advocacia pública
Estudo vai apontar estrutura federais, estaduais e municipais e verificar condições de trabalho dos 20 mil profissionais do setor
Conheça o projeto
Saiba mais sobre o Programa de Modernização da Gestão do Sistema Judiciário, do PNUD, ao qual está ligada a pesquisa sobre advocacia pública.
DANILO BUENO
da PrimaPagina
O Ministério da Justiça está conduzindo um estudo que vai traçar um perfil das cerca de 20 mil pessoas que atuam na defesa e no assessoramento do governo federal, dos estados e municípios e das instituições públicas, como as autarquias e fundações. O raio-x da advocacia pública vai incluir informações sobre a estrutura dos órgãos e as condições de trabalho dos profissionais do setor.
Os advogados e procuradores ligados à administração pública têm até o final de fevereiro para responder ao questionário que está disponível online. A divulgação dos resultados está prevista para abril, segundo a Secretaria de Reforma do Judiciário, braço do Ministério da Justiça que está á frente do processo.
O questionário vai recolher informações sobre a estrutura orçamentária, material e de recursos humanos da advocacia pública brasileira, fazendo também um diagnóstico do perfil dos profissionais, averiguando o nível de satisfação com as funções desempenhadas e com as condições salariais, além do nível de atualização profissional e perfil social.
“Nós queremos ver como a advocacia pública está aparelhada, se ela está mesmo defendendo o Estado da melhor forma possível e como poderia ser melhorada”, afirma Marcelo Vieira de Campos, assessor especial da Secretaria de Reforma do Judiciário. Ele destaca que é fundamental que a advocacia pública assegure que os atos da administração pública sejam feitos dentro da lei, evitando o imobilismo da atividade pública como decorrência de processos jurídicos desnecessários. “Um gestor bem assessorado vai agir dentro da legalidade, e o Estado vai receber menos processos”, afirma.
A partir dos resultados, diz o assessor, serão traçadas estratégias para diminuir a morosidade do judiciário, desafogando o sistema de processos contra o poder público. Para a ABRAPE (Associação Brasileira de Advogados Públicos), o diagnóstico é uma oportunidade para dar visibilidade às dificuldades da advocacia pública nos estados, principalmente em relação à administração direta. Athos Pedroso, diretor da entidade, ressalta a importância de o questionário abranger todos os advogados públicos, inclusive aqueles ligados a autarquias e fundações. “A advocacia é bem mais ampla do que o diagnostico pretendeu atingir”, afirma.
O estudo é uma iniciativa da Secretaria de Reforma do Judiciário em parceria com a Advocacia-Geral da União e com o PNUD, que apoia o diagnóstico por meio do Programa de Modernização da Gestão do Sistema Judiciário. O programa tem como objetivo ampliar o acesso à Justiça e aumentar a eficiência dos processos para evitar que as entidades deixem de recorrer ao Judiciário pelo excesso de burocracia.
Já foram realizados pela Secretaria de Reforma do Judiciário outros diagnósticos — sobre a Defensoria Pública, os Juizados Especiais Cíveis e o Ministério Público —, no entanto, este é o primeiro estudo em âmbito nacional sobre a atuação da advocacia pública.
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Pós-tsunami ensina recuperação de tragédia
Nova York, 11/01/2010
Pós-tsunami ensina recuperação de tragédia
Processo bem-sucedido de reconstrução na região atingida por ondas gigantes em 2004 mostra que é essencial participação da comunidade
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da PrimaPagina
A recuperação de áreas atingidas por tragédias climáticas — como enchentes, deslizamentos e furacões — só pode ter sucesso se envolver a própria comunidade. Essa é, na avaliação das Nações Unidas, a principal lição da reconstrução bem-sucedida das regiões afetadas pelo tsunami — série de ondas gigantes no Oceano Índico que atingiram 14 países na Ásia e na África, em 26 de dezembro de 2004, matando cerca de 250 mil pessoas, deixando 2 milhões de desalojados e um exército de órfãos.
Logo que o desastre começou a mostrar sua magnitude, a comunidade internacional somou esforços e promoveu ação humanitária sem precedentes. Governos, agências da ONU e seus parceiros, equipes de salvamento e ONGs tiveram ação imediata, providenciando assistência médica, abrigo, água e alimentação às vitimas do desastre.
A urgência diante de uma situação em que milhões estavam desabrigados poderia levar a ações apressadas e desordenadas, apenas restaurando a estrutura anterior, prato cheio para novos desastres. O dilema que se colocou para as organizações envolvidas na reconstrução era: reconstruir rapidamente ou reconstruir melhor? O trabalho nas regiões afetadas pelo tsunami mostra, segundo o PNUD, a importância de “reconstruir melhor”, sob liderança da comunidade afetada, que tem informações mais precisas sobre o que as pessoas precisam.
Somente assim seria possível reverter a situação e abarcar problemas não somente de infraestrutura, mas também sociais. “A única forma de compensar esse tipo de perda é dando dignidade e capacidade de decisão às pessoas que sofreram”, afirma o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, enviado especial da ONU para os países afetados pelo tsunami.
Como resultado dessa conjugação de esforços, foram construídas 250 mil moradias, mais de 100 portos e aeroportos e milhares de escolas, e centenas de hospitais foram reestruturados. Como mostra um documentário sobre a reconstrução, produzido pelo PNUD e outras agencias internacionais, o processo incluiu também a reabilitação de grupos antes marginalizados, que passaram a ter crescente importância — principalmente as mulheres, muitas das quais receberam capacitação e conseguiram seu primeiro emprego devido nas tarefas de recuperação.
O relatório O legado do tsunami: inovação, avanços e mudanças, publicado em abril pela ONU, pela Cruz Vermelha e pelo Crescente Vermelho, apontou que o envolvimento das comunidades é tão importante quanto a previsão das catástrofes. Na lista de recomendações do texto para que sejam reduzidos os riscos, informação e treinamento da população figuram lado a lado à recomendação de aumento em investimentos para criar sistemas de prevenção mais seguros.
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Ajuda pós-tsunami rende prêmio ao Brasil
da PrimaPagina
A recuperação de áreas atingidas por tragédias climáticas — como enchentes, deslizamentos e furacões — só pode ter sucesso se envolver a própria comunidade. Essa é, na avaliação das Nações Unidas, a principal lição da reconstrução bem-sucedida das regiões afetadas pelo tsunami — série de ondas gigantes no Oceano Índico que atingiram 14 países na Ásia e na África, em 26 de dezembro de 2004, matando cerca de 250 mil pessoas, deixando 2 milhões de desalojados e um exército de órfãos.
Logo que o desastre começou a mostrar sua magnitude, a comunidade internacional somou esforços e promoveu ação humanitária sem precedentes. Governos, agências da ONU e seus parceiros, equipes de salvamento e ONGs tiveram ação imediata, providenciando assistência médica, abrigo, água e alimentação às vitimas do desastre.
A urgência diante de uma situação em que milhões estavam desabrigados poderia levar a ações apressadas e desordenadas, apenas restaurando a estrutura anterior, prato cheio para novos desastres. O dilema que se colocou para as organizações envolvidas na reconstrução era: reconstruir rapidamente ou reconstruir melhor? O trabalho nas regiões afetadas pelo tsunami mostra, segundo o PNUD, a importância de “reconstruir melhor”, sob liderança da comunidade afetada, que tem informações mais precisas sobre o que as pessoas precisam.
Somente assim seria possível reverter a situação e abarcar problemas não somente de infraestrutura, mas também sociais. “A única forma de compensar esse tipo de perda é dando dignidade e capacidade de decisão às pessoas que sofreram”, afirma o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, enviado especial da ONU para os países afetados pelo tsunami.
Como resultado dessa conjugação de esforços, foram construídas 250 mil moradias, mais de 100 portos e aeroportos e milhares de escolas, e centenas de hospitais foram reestruturados. Como mostra um documentário sobre a reconstrução, produzido pelo PNUD e outras agencias internacionais, o processo incluiu também a reabilitação de grupos antes marginalizados, que passaram a ter crescente importância — principalmente as mulheres, muitas das quais receberam capacitação e conseguiram seu primeiro emprego devido nas tarefas de recuperação.
O relatório O legado do tsunami: inovação, avanços e mudanças, publicado em abril pela ONU, pela Cruz Vermelha e pelo Crescente Vermelho, apontou que o envolvimento das comunidades é tão importante quanto a previsão das catástrofes. Na lista de recomendações do texto para que sejam reduzidos os riscos, informação e treinamento da população figuram lado a lado à recomendação de aumento em investimentos para criar sistemas de prevenção mais seguros.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Morre Oscar Sala, presidente da FAPESP de 1985 a 1995
Especiais
Morre Oscar Sala, presidente da FAPESP de 1985 a 1995
5/1/2010
Agência FAPESP – O físico Oscar Sala, diretor científico da FAPESP de 1969 a 1975 e presidente da Fundação de 1985 a 1995, morreu no sábado (2/1), em São Paulo, de parada cardíaca enquanto dormia. Foi cremado no dia seguinte. Tinha 87 anos.
A Missa de Sétimo Dia será realizada no sábado (9/1), às 12h, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, R. Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano, na capital paulista.
Professor emérito do Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP), foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (1968-1971), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC (1973-1979), da Associação Interciência das Américas (1975-1979) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (1985-1987). Era casado com Rosa Augusta Pompiglio, com quem teve três filhos: Luiz Roberto, Regina Maria e Thereza Cristina.
Como diretor científico e presidente da FAPESP, Sala foi fundamental na consolidação da instituição e na implantação de programas importantes como o Bioq-FAPESP, em 1970, o primeiro dos grandes projetos voltados ao desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de São Paulo apoiados pela Fundação, e a Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), que no fim da década de 1980 ajudou a ligar o Brasil à internet.
“Sala é um dos grandes nomes da ciência no país e um dos principais nomes associados à história da FAPESP, tendo sido inicialmente diretor científico em um período de consolidação da Fundação. Sua atuação foi decisiva nesse processo, nessa consolidação dos ideais da FAPESP, como, por exemplo, na implantação da sistemática de análise por pares, que possibilita a imparcialidade no processo de aprovação das propostas”, destacou Celso Lafer, presidente da FAPESP.
Sala nasceu em Milão, em 26 de março de 1922, e veio ao Brasil aos 2 anos. Em 1941 ingressou no curso de física da USP e deu início a trabalhos com Gleb Wataghin em pesquisas sobre raios cósmicos. No ano seguinte, os dois mediram pela primeira vez o coeficiente de absorção das radiações cósmicas geradoras dos chuveiros penetrantes de raios cósmicos.
Ainda estudante, participou do esforço de guerra em que se envolveu o Departamento de Física da USP, tendo construído transmissores portáteis para o Exército. Graduou-se em 1945, quando se tornou assistente da Cadeira de Física Geral e Experimental, dirigida por Marcello Damy.
Em 1946, com bolsa da Fundação Rockefeller, estagiou na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Em 1948, transferiu-se para a Universidade de Wisconsin para atuar no projeto do acelerador eletrostático encomendado pela USP, do tipo Van de Graaff, o primeiro a utilizar feixes pulsados para estudos sobre reações nucleares com nêutrons rápidos, importante para pesquisas na área de energia nuclear.
Posteriormente, desenvolveu novo tipo de voltímetro diferencial para altas tensões, usado para controlar a energia de Van de Graaff. “A construção e organização de laboratórios experimentais de pesquisas em física nuclear, desde o fim dos anos 1940 e começo da década de 1950, foi uma atividade constante de Sala”, destacou Amélia Império Hamburger, professora aposentada do IF-USP, que foi aluna de Sala.
Em 1962, conquistou a Cátedra de Física Nuclear e, em 1972, liderou a montagem do acelerador de partículas Pelletron. "O professor Oscar Sala foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da física nuclear no país, tendo sido o grande responsável pela instalação e operação do Pelletron no IF-USP", disse José Fernando Perez, diretor presidente da Recepta Biopharma e diretor científico da FAPESP de 1993 a 2004.
Em seguida, Sala participou do Grupo Científico Internacional de Trabalho sobre Dados Nucleares, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica em 1964, em Varsóvia, e em 1965, em Tóquio. Publicou grande número de artigos em revistas especializadas sobre raios cósmicos, física nuclear, instrumentação e física de aceleradores. Foi chefe do Departamento de Física Nuclear da USP nos períodos de 1970 a 1979 e de 1983 a 1987, tornando-se professor emérito em 1994.
Sala recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994), a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Bauru, cidade onde morou (1950), a Medalha Jubileu de Prata da SBPC (1973), a Medalha Jubileu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981), a medalha Carneiro Felipe da Comissão Nacional de Energia Nuclear (1987) e o prêmio Moinho Santista de Física (1981), entre outras distinções.
“Pesquisador emérito, o professor Sala muito contribuiu para o desenvolvimento científico do Estado de São Paulo e do Brasil. Tive oportunidade de conviver e de trabalhar com ele como conselheiro e, depois, como diretor administrativo, num relacionamento sempre muito cordial e respeitoso”, disse Joaquim José de Camargo Engler, diretor administrativo da FAPESP.
Grandes programas
Em 1969, o Conselho Superior da FAPESP decidiu apoiar projetos de grande porte, aprovando o plano de Sala, que havia assumido a diretoria científica, de “destinar 30% do total da verba de amparo à pesquisa ao custeio de projetos através dos quais possam ser resolvidos ou bem equacionados importantes problemas de determinadas áreas”, segundo ata do conselho.
No ano seguinte, como resultado do Plano para Desenvolvimento da Bioquímica na Cidade de São Paulo, entra em operação o Bioq-FAPESP, com 14 projetos científicos e investimento inicial de US$ 1 milhão, previsto para três anos.
“O projeto era fiscalizado por uma comissão de pesquisadores estrangeiros, presidida por um ganhador do Prêmio Nobel de Química, Marshall William, dele participando grupos da Bioquímica da USP e da Escola Paulista de Medicina”, relata Shozo Motoyama, diretor do Centro Interunidade de História da Ciência da USP, em FAPESP – Uma História de Política Científica e Tecnológica (1999).
“O Bioq-FAPESP eliminou hierarquias, principalmente a científica: elaborava projetos quem queria e ganhava quem podia ou fazia um bom projeto. Uma grande quantidade de jovens montou os seus laboratórios de pesquisa, elaborando relatórios e publicando trabalhos. Todos os que participaram do programa foram bem-sucedidos”, relembrou Walter Colli, então diretor do Instituto de Química da USP.
Outra iniciativa importante da FAPESP na gestão de Sala como diretor científico foi na área de meteorologia. “Era uma área que estava em situação tecnológica precária no país. Além da possibilidade de dar, com rapidez, previsões do tempo que permitissem à agricultura se programar, também importava criar um grupo que reproduzisse, que formasse pessoal, usando técnicas avançadas”, disse Motoyama.
Com apoio da Fundação, foi instalado um radar no Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Fundação Educacional de Bauru, que posteriormente foi integrado à Universidade Estadual Paulista. Um resultado direto do projeto, denominado RadaSP I, foi que os jornais paulistas passaram a usar os dados obtidos nas previsões do tempo publicadas.
“O professor Sala teve enorme influência no bom desenvolvimento da FAPESP, como diretor científico e como presidente da Fundação. Presidiu a SBPC com ousadia e habilidade em um período difícil da vida brasileira, resistindo ao arbítrio e defendendo o desenvolvimento da ciência no Brasil. Mais ainda, o professor Sala foi um dos grandes cientistas brasileiros, aliando excelência científica e liderança institucional, e sendo um modelo de carreira para gerações mais jovens”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
Brasil na internet
A partir de 1985, Oscar Sala esteve à frente do processo de informatização da FAPESP, com o desenvolvimento de bancos de dados e sistemas de gerenciamento de bolsas e auxílios concedidos. Apoiou também as discussões que começavam a respeito da conexão do Brasil às redes acadêmicas internacionais, precursoras da atual internet.
A FAPESP consolidou sua participação na história da internet no Brasil com a criação da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), um programa que hoje é um dos principais pontos de conexão da internet do Brasil com o exterior e responsável pela interligação das redes acadêmicas universitárias, institutos e centros de pesquisa paulistas.
“Inicialmente, foram inscritas as três universidades paulistas, o IPT e a FAPESP. Ao mesmo tempo, foram estabelecidos os contatos com o Fermilab [Fermi National Accelerator Laboratory] dos Estados Unidos, para acesso à Bitnet, e com a Embratel e a Secretaria Especial de Informática”, relembra Motoyama.
“O professor Sala foi fundamental em todo o processo de conexão do Brasil à internet por meio da FAPESP. A própria parceria com o Fermilab, que viabilizou a ligação, só foi possível graças aos contatos do professor. Foi ele quem bancou todo o projeto, quem montou a equipe, quem apoiou tudo aquilo”, disse Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Getschko estava no Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP quando foi convidado por Sala para assumir o Centro de Processamento de Dados da FAPESP, em 1986. “O professor Sala era absolutamente fora de série por sua capacidade, honestidade e integridade, além de seu inquestionável mérito científico. Tenho orgulho de poder ter sido seu amigo”, disse.
Da física à física
Como diretor científico da FAPESP e presidente da SBPC, nas décadas de 1960 e 1970 Sala teve participação de destaque no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil durante o regime militar.
“Sua atuação institucional foi exemplar na defesa da comunidade científica tanto na FAPESP como na SBPC, liderando grupos que se mantiveram unidos em um momento difícil de nossa história. Institucionalmente, o professor Sala soube defender os pesquisadores, não permitindo que houvesse, por exemplo, ingerência na FAPESP por parte dos militares”, destacou Motoyama.
"O professor Sala foi um campeão na permanente afirmação da autonomia da FAPESP, que soube protegê-la com sabedoria e firmeza de ingerências políticas. Cumpre mencionar que seu principal aliado nessa luta foi o professor Alberto Carvalho da Silva, outro pilar na história da Fundação", ressaltou Perez.
Além da destacada atuação na política científica e tecnológica no país, Motoyama lembra que a maior paixão de Sala, de quem foi aluno no IF-USP, parecia ser mesmo a física, que nunca abandonou. “Era um aficionado pela física nuclear. Passava horas no laboratório, mesmo aos sábados e domingos. Foi um excelente professor, sempre muito atencioso com seus alunos. Firme, mas também simpático. Ele introduziu as grandes máquinas para acelerar partículas e formou uma geração que estabeleceu a física nuclear em São Paulo. Ele sempre gostou muito do que fez”, disse.
“Sempre vimos Sala trabalhar dez horas por dia no laboratório, acompanhando todos os detalhes de organização, administrando impecavelmente as oficinas, o almoxarifado, as compras, a secretaria, os estudantes, os professores visitantes. Sempre prestigiou o trabalho dos funcionários, administrativos e técnicos, que dão apoio à pesquisa tanto no laboratório como na secretaria, e essa é uma postura que garante a qualidade dos serviços e assegura o ambiente de equipe de trabalho”, disse Amélia Hamburger.
Leia mais sobre o professor Sala:
www.canalciencia.ibict.br/notaveis/txt.php?id=72
www.tidia.fapesp.br/portal/entrevistas/oscar-sala-um-fisico-de-alta-energia
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Morre Oscar Sala, presidente da FAPESP de 1985 a 1995
5/1/2010
Agência FAPESP – O físico Oscar Sala, diretor científico da FAPESP de 1969 a 1975 e presidente da Fundação de 1985 a 1995, morreu no sábado (2/1), em São Paulo, de parada cardíaca enquanto dormia. Foi cremado no dia seguinte. Tinha 87 anos.
A Missa de Sétimo Dia será realizada no sábado (9/1), às 12h, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, R. Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano, na capital paulista.
Professor emérito do Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP), foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (1968-1971), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC (1973-1979), da Associação Interciência das Américas (1975-1979) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (1985-1987). Era casado com Rosa Augusta Pompiglio, com quem teve três filhos: Luiz Roberto, Regina Maria e Thereza Cristina.
Como diretor científico e presidente da FAPESP, Sala foi fundamental na consolidação da instituição e na implantação de programas importantes como o Bioq-FAPESP, em 1970, o primeiro dos grandes projetos voltados ao desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de São Paulo apoiados pela Fundação, e a Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), que no fim da década de 1980 ajudou a ligar o Brasil à internet.
“Sala é um dos grandes nomes da ciência no país e um dos principais nomes associados à história da FAPESP, tendo sido inicialmente diretor científico em um período de consolidação da Fundação. Sua atuação foi decisiva nesse processo, nessa consolidação dos ideais da FAPESP, como, por exemplo, na implantação da sistemática de análise por pares, que possibilita a imparcialidade no processo de aprovação das propostas”, destacou Celso Lafer, presidente da FAPESP.
Sala nasceu em Milão, em 26 de março de 1922, e veio ao Brasil aos 2 anos. Em 1941 ingressou no curso de física da USP e deu início a trabalhos com Gleb Wataghin em pesquisas sobre raios cósmicos. No ano seguinte, os dois mediram pela primeira vez o coeficiente de absorção das radiações cósmicas geradoras dos chuveiros penetrantes de raios cósmicos.
Ainda estudante, participou do esforço de guerra em que se envolveu o Departamento de Física da USP, tendo construído transmissores portáteis para o Exército. Graduou-se em 1945, quando se tornou assistente da Cadeira de Física Geral e Experimental, dirigida por Marcello Damy.
Em 1946, com bolsa da Fundação Rockefeller, estagiou na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Em 1948, transferiu-se para a Universidade de Wisconsin para atuar no projeto do acelerador eletrostático encomendado pela USP, do tipo Van de Graaff, o primeiro a utilizar feixes pulsados para estudos sobre reações nucleares com nêutrons rápidos, importante para pesquisas na área de energia nuclear.
Posteriormente, desenvolveu novo tipo de voltímetro diferencial para altas tensões, usado para controlar a energia de Van de Graaff. “A construção e organização de laboratórios experimentais de pesquisas em física nuclear, desde o fim dos anos 1940 e começo da década de 1950, foi uma atividade constante de Sala”, destacou Amélia Império Hamburger, professora aposentada do IF-USP, que foi aluna de Sala.
Em 1962, conquistou a Cátedra de Física Nuclear e, em 1972, liderou a montagem do acelerador de partículas Pelletron. "O professor Oscar Sala foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da física nuclear no país, tendo sido o grande responsável pela instalação e operação do Pelletron no IF-USP", disse José Fernando Perez, diretor presidente da Recepta Biopharma e diretor científico da FAPESP de 1993 a 2004.
Em seguida, Sala participou do Grupo Científico Internacional de Trabalho sobre Dados Nucleares, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica em 1964, em Varsóvia, e em 1965, em Tóquio. Publicou grande número de artigos em revistas especializadas sobre raios cósmicos, física nuclear, instrumentação e física de aceleradores. Foi chefe do Departamento de Física Nuclear da USP nos períodos de 1970 a 1979 e de 1983 a 1987, tornando-se professor emérito em 1994.
Sala recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994), a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Bauru, cidade onde morou (1950), a Medalha Jubileu de Prata da SBPC (1973), a Medalha Jubileu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981), a medalha Carneiro Felipe da Comissão Nacional de Energia Nuclear (1987) e o prêmio Moinho Santista de Física (1981), entre outras distinções.
“Pesquisador emérito, o professor Sala muito contribuiu para o desenvolvimento científico do Estado de São Paulo e do Brasil. Tive oportunidade de conviver e de trabalhar com ele como conselheiro e, depois, como diretor administrativo, num relacionamento sempre muito cordial e respeitoso”, disse Joaquim José de Camargo Engler, diretor administrativo da FAPESP.
Grandes programas
Em 1969, o Conselho Superior da FAPESP decidiu apoiar projetos de grande porte, aprovando o plano de Sala, que havia assumido a diretoria científica, de “destinar 30% do total da verba de amparo à pesquisa ao custeio de projetos através dos quais possam ser resolvidos ou bem equacionados importantes problemas de determinadas áreas”, segundo ata do conselho.
No ano seguinte, como resultado do Plano para Desenvolvimento da Bioquímica na Cidade de São Paulo, entra em operação o Bioq-FAPESP, com 14 projetos científicos e investimento inicial de US$ 1 milhão, previsto para três anos.
“O projeto era fiscalizado por uma comissão de pesquisadores estrangeiros, presidida por um ganhador do Prêmio Nobel de Química, Marshall William, dele participando grupos da Bioquímica da USP e da Escola Paulista de Medicina”, relata Shozo Motoyama, diretor do Centro Interunidade de História da Ciência da USP, em FAPESP – Uma História de Política Científica e Tecnológica (1999).
“O Bioq-FAPESP eliminou hierarquias, principalmente a científica: elaborava projetos quem queria e ganhava quem podia ou fazia um bom projeto. Uma grande quantidade de jovens montou os seus laboratórios de pesquisa, elaborando relatórios e publicando trabalhos. Todos os que participaram do programa foram bem-sucedidos”, relembrou Walter Colli, então diretor do Instituto de Química da USP.
Outra iniciativa importante da FAPESP na gestão de Sala como diretor científico foi na área de meteorologia. “Era uma área que estava em situação tecnológica precária no país. Além da possibilidade de dar, com rapidez, previsões do tempo que permitissem à agricultura se programar, também importava criar um grupo que reproduzisse, que formasse pessoal, usando técnicas avançadas”, disse Motoyama.
Com apoio da Fundação, foi instalado um radar no Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Fundação Educacional de Bauru, que posteriormente foi integrado à Universidade Estadual Paulista. Um resultado direto do projeto, denominado RadaSP I, foi que os jornais paulistas passaram a usar os dados obtidos nas previsões do tempo publicadas.
“O professor Sala teve enorme influência no bom desenvolvimento da FAPESP, como diretor científico e como presidente da Fundação. Presidiu a SBPC com ousadia e habilidade em um período difícil da vida brasileira, resistindo ao arbítrio e defendendo o desenvolvimento da ciência no Brasil. Mais ainda, o professor Sala foi um dos grandes cientistas brasileiros, aliando excelência científica e liderança institucional, e sendo um modelo de carreira para gerações mais jovens”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
Brasil na internet
A partir de 1985, Oscar Sala esteve à frente do processo de informatização da FAPESP, com o desenvolvimento de bancos de dados e sistemas de gerenciamento de bolsas e auxílios concedidos. Apoiou também as discussões que começavam a respeito da conexão do Brasil às redes acadêmicas internacionais, precursoras da atual internet.
A FAPESP consolidou sua participação na história da internet no Brasil com a criação da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), um programa que hoje é um dos principais pontos de conexão da internet do Brasil com o exterior e responsável pela interligação das redes acadêmicas universitárias, institutos e centros de pesquisa paulistas.
“Inicialmente, foram inscritas as três universidades paulistas, o IPT e a FAPESP. Ao mesmo tempo, foram estabelecidos os contatos com o Fermilab [Fermi National Accelerator Laboratory] dos Estados Unidos, para acesso à Bitnet, e com a Embratel e a Secretaria Especial de Informática”, relembra Motoyama.
“O professor Sala foi fundamental em todo o processo de conexão do Brasil à internet por meio da FAPESP. A própria parceria com o Fermilab, que viabilizou a ligação, só foi possível graças aos contatos do professor. Foi ele quem bancou todo o projeto, quem montou a equipe, quem apoiou tudo aquilo”, disse Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Getschko estava no Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP quando foi convidado por Sala para assumir o Centro de Processamento de Dados da FAPESP, em 1986. “O professor Sala era absolutamente fora de série por sua capacidade, honestidade e integridade, além de seu inquestionável mérito científico. Tenho orgulho de poder ter sido seu amigo”, disse.
Da física à física
Como diretor científico da FAPESP e presidente da SBPC, nas décadas de 1960 e 1970 Sala teve participação de destaque no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil durante o regime militar.
“Sua atuação institucional foi exemplar na defesa da comunidade científica tanto na FAPESP como na SBPC, liderando grupos que se mantiveram unidos em um momento difícil de nossa história. Institucionalmente, o professor Sala soube defender os pesquisadores, não permitindo que houvesse, por exemplo, ingerência na FAPESP por parte dos militares”, destacou Motoyama.
"O professor Sala foi um campeão na permanente afirmação da autonomia da FAPESP, que soube protegê-la com sabedoria e firmeza de ingerências políticas. Cumpre mencionar que seu principal aliado nessa luta foi o professor Alberto Carvalho da Silva, outro pilar na história da Fundação", ressaltou Perez.
Além da destacada atuação na política científica e tecnológica no país, Motoyama lembra que a maior paixão de Sala, de quem foi aluno no IF-USP, parecia ser mesmo a física, que nunca abandonou. “Era um aficionado pela física nuclear. Passava horas no laboratório, mesmo aos sábados e domingos. Foi um excelente professor, sempre muito atencioso com seus alunos. Firme, mas também simpático. Ele introduziu as grandes máquinas para acelerar partículas e formou uma geração que estabeleceu a física nuclear em São Paulo. Ele sempre gostou muito do que fez”, disse.
“Sempre vimos Sala trabalhar dez horas por dia no laboratório, acompanhando todos os detalhes de organização, administrando impecavelmente as oficinas, o almoxarifado, as compras, a secretaria, os estudantes, os professores visitantes. Sempre prestigiou o trabalho dos funcionários, administrativos e técnicos, que dão apoio à pesquisa tanto no laboratório como na secretaria, e essa é uma postura que garante a qualidade dos serviços e assegura o ambiente de equipe de trabalho”, disse Amélia Hamburger.
Leia mais sobre o professor Sala:
www.canalciencia.ibict.br/notaveis/txt.php?id=72
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