terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Observatório Seções OI na TV Vídeos OI OI no Rádio Blogs OI Serviços Contato  Terça-feira, 31 de Janeiro de 2012 | ISSN 1519-7670 - Ano 16 - nº 679 JORNAL DE DEBATES IMPRENSA GAÚCHA Vitória da truculência. O jornal JÁ fechou Por Luiz Cláudio Cunha em 25/01/2012 na edição 678


O ex-governador gaúcho Germano Rigotto e sua família, enfim, conseguiram: o , um bravo e pequeno mensário de 5 mil exemplares e 26 anos de vida em Porto Alegre (RS), fechou as portas. Sucumbiu aos dez anos de uma longa, pertinaz perseguição judicial movida pelos Rigotto, que asfixiaram financeiramente um jornal de resistência que chegou a ter 22 profissionais numa redação que hoje se resume a dois jornalistas.
A nota de falecimento do jornal foi dada por seu editor, Elmar Bones da Costa, em amarga entrevista concedida (em 16/1) aos repórteres Felipe Prestes e Samir Oliveira, do site Sul21 (ver aqui). “O caminho natural seria que eu tivesse feito um acordo. Teria resolvido isso e até voltado ao mercado. Mas, eu não tinha feito nada de errado. Fazer um acordo com Rigotto seria trair os próprios princípios do jornal”, explicou Bones, sempre altivo aos 67 anos, com passagens por grandes órgãos da imprensa brasileira (Veja, IstoÉ, O Estado de S.Paulo Gazeta Mercantil) e pelo comando do CooJornal, o heroico mensário da pioneira Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre. Na ditadura, Bones enfrentou o cerco implacável da censura e dos militares ao jornal alternativo que incomodava o regime. Na democracia, Bones não resistiu ao assédio sufocante das ações judiciais de Rigotto incomodado pelo bom jornalismo.
Generais e políticos, nos governos de exceção ou nos Estados de Direito, são exatamente iguais quando confrontados com as verdades incômodas que sustentam e justificam a boa imprensa. O JÁ ousou fazer isso, em plena democracia, contando a história da maior fraude com dinheiro público na história do Rio Grande do Sul, que carregava nos ombros o sobrenome ilustre de Germano Rigotto. O seu irmão mais esperto, Lindomar, é o principal implicado entre as 22 pessoas e as 11 empresas denunciadas pelo Ministério Público e arroladas em 1995 pela CPI da Assembleia Legislativa gaúcha que investigou uma falcatrua na construção de 11 subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
O choque de Dilma
Na época, foi um rombo de US$ 65 milhões, que em valores corrigidos correspondem hoje a R$ 840 milhões – mais de 15 vezes o valor do mensalão do governo Lula, o triplo dos desvios atribuídos ao clã Maluf em São Paulo, 21 vezes maior do que o escândalo do Detran que triscou a governadora Yeda Crusius com uma ameaça de impeachment. Em março de 1987, Lindomar Rigotto ganhou na estatal o posto de “assistente da diretoria financeira”, um cargo especialmente criado para acomodar o irmão de Germano. “Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul”, confessou na CPI o secretário de Minas e Energia da época, Alcides Saldanha. O líder do governo de Pedro Simon na Assembleia e chefe da base serrana era o deputado caxiense Germano Rigotto.Mais explícito, um assessor de Saldanha reforçou a paternidade ao jornal de Bones: “Houve resistência ao seu nome [Lindomar], mas o irmão [Germano] exigiu”.
Treze pessoas ouvidas pela CPI apontaram Lindomar como “o verdadeiro gerente das negociações” com os dois consórcios, agilizando em apenas oito dias a burocracia que se arrastava havia meses. Uma investigação da área técnica da CEEE percebeu que havia problemas na papelada – documentos adulterados, folhas numeradas a lápis, licitação sem laudo técnico provando a necessidade da obra. Em fins de 1989, Lindomar decidiu sair para cuidar da “iniciativa privada”, comandando com o irmão Julius a trepidante Ibiza Club, uma rede de quatro casas noturnas no Rio Grande e Santa Catarina. A sindicância interna na CEEE recomendou a revisão dos contratos, mas nada foi feito.
A recomendação chegou ao governo seguinte, o de Alceu Collares, e à sucessora de Saldanha na secretaria de Minas e Energia, uma economista chamada Dilma Rousseff. “Eu nunca tinha visto nada igual”, diria Dilma, eletrificada com o que leu, pouco depois de botar o dedo na tomada e pedir uma nova investigação. Ela não falou mais no assunto porque, em nome da santa governabilidade, o PDT de Collares precisava dos votos do PMDB de Rigotto para aprovar seus pleitos na Assembleia. Mesmo assim, antes de deixar a secretaria, em dezembro de 1994, Dilma Rousseff teve o cuidado de encaminhar o resultado da sindicância para a Contadoria e Auditoria Geral do Estado (CAGE), que passou a rastrear as fagulhas da CEEE com auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público.
O primo sem perdão
O então deputado estadual Vieira da Cunha, do PDT do governador Collares e da secretária Dilma, hoje deputado federal e forte candidato a ministro do Trabalho da presidente Dilma, propôs em 1995 a CPI que jogaria mais luzes sobre a fraude na CEEE. Vinte e cinco auditores quebraram sigilos bancários, fiscais e patrimoniais dos envolvidos. Em 13 depoimentos, Lindomar Rigotto foi apontado como a figura central do esquema, acusação reforçada pelo chefe dele na CEEE, o diretor-financeiro Silvino Marcon. A CPI constatou que os vencedores, gerenciados por Rigotto, apresentaram propostas “em combinação e, talvez, até ao mesmo tempo e pelas mesmas pessoas”.
A quebra do sigilo bancário de Lindomar revelou um crédito em sua conta de R$ 1,17 milhão, de fonte não esclarecida. O relatório final da CPI caiu nas mãos de outro caxiense, que não poupou ninguém, apesar do parentesco. O petista Pepe Vargas, que foi prefeito de Caxias do Sul e hoje é deputado federal pelo PT, é primo de Lindomar e Germano Vargas Rigotto. “De tudo o que se apurou, tem-se como comprovada a prática de corrupção passiva e enriquecimento ilícito de Lindomar Vargas Rigotto”, escreveu o primo Pepe no relatório final sobre o mano de Germano.
Pela primeira vez, entre as 139 CPIs criadas no Rio Grande do Sul desde 1947, eram apontados os corruptos e os corruptores. Além de Lindomar Rigotto e outras 12 pessoas, a Assembleia gaúcha aprovou o indiciamento pela CPI de 11 empresas, sem poupar nomes poderosos como os da Alstom, Camargo Corrêa, Brown Boveri, Coemsa, Sultepa e Lorenzetti. As 260 caixas de papelão da CPI foram remetidas no final de 1996 ao Ministério Público, transformando-se no processo n° 011960058232 da 2ª Vara Cível da Fazenda Pública em Porto Alegre. Os autos somam 100 volumes e 80 anexos e envolvem 41 réus – 12 empresas e 29 pessoas físicas. E tudo isso corre ainda hoje num inacreditável “segredo de Justiça”. Em fevereiro próximo, o Rio Grande do Sul poderá comemorar os 16 anos de completo sigilo sobre a maior fraude de sua história – até o dia em que um magistrado com a coragem da corregedora Eliana Calmon apareça para acabar com este desatino.
A queda e o tiro
Duas mortes tornaram ainda mais turbulenta a biografia de Lindomar. A primeira morta foi uma garota de programa, Andréa Viviane Catarina, 24 anos, que despencou nua em setembro de 1998 do 14º andar de um prédio no centro de Porto Alegre, a duas quadras do Palácio Piratini, sede do governo estadual, que Germano Rigotto ocuparia cinco anos mais tarde. O dono do apartamento era Lindomar, que ali estava na hora do incidente. Ele contou à polícia que a garota tinha bebido uísque e ingerido cocaína. Os exames de laboratório, porém, não encontraram vestígios de álcool ou droga no sangue da jovem. A autópsia indicou que a vítima apresentava três lesões – duas nas costas, uma no rosto – sem ligação com a queda, indicando que ela estava ferida antes de cair. Três meses depois, Rigotto foi denunciado à Justiça por homicídio culposo e omissão de socorro. No relatório, o delegado Cláudio Barbedo achou relevante citar o depoimento de uma testemunha descrevendo o réu Lindomar como “usuário e traficante de cocaína”.
A segunda morte é a do próprio Lindomar, aos 47 anos, baleado no olho em fevereiro de 1999, quando perseguia o carro dos assaltantes que levaram a renda do baile de carnaval de sua boate, na praia de Atlântida. A bala certeira arquivou o processo pela morte da garota de programa e engavetou para sempre o seu indiciamento na CPI da CEEE. Ficou no ar o mistério de duas mortes que levantaram mais perguntas do que respostas, terreno fértil para o bom jornalismo. O  contou esta intrigante história, sem adjetivos, baseado apenas no inquérito da polícia e nas atas da CPI, compondo uma densa reportagem de quatro páginas retumbantes que ocupou a capa da edição de maio de 2001 sob um título envolvente: “O Caso Rigotto – Um golpe de US$ 65 milhões e duas mortes não esclarecidas”.
O resultado foi tão bom que ganhou os dois principais prêmios jornalísticos daquele ano no sul: o Esso Regional e o ARI, da Associação Riograndense de Imprensa. Todo mundo gostou, menos a família Rigotto. O político ilustre da família, Germano, preparava seu voo como candidato do PMDB ao Piratini e aquele tipo de reportagem, com certeza, não trazia bons ventos. Mas, quem entrou na Justiça contra Bones e o JÁ foi dona Julieta Rigotto, hoje com 90 anos, a mãe do futuro governador e do finado réu da CEEE. Uma ação de calúnia e difamação atribuía a Bones o que era uma conclusão do delegado Barbedo: o envolvimento de Lindomar com o tráfico de drogas. Outra ação, contra o jornal, pedia indenização por dano moral.
Coisa da mamãe
Bones ganhou todas as ações contra ele, em todas as instâncias. Até o promotor Ubaldo Alexandre Licks Flores rebateu o pedido de dona Julieta, em novembro de 2002: “[não houve] qualquer intenção de ofensa à honra do falecido Lindomar Rigotto. Por outro lado é indiscutível que os três temas [a CEEE e as duas mortes] estavam e ainda estão impregnados de interesse público”. Duas semanas depois, a juíza Isabel de Borba Luca, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre, deu a sentença que absolvia Bones: “(...) analisando os três tópicos da reportagem conclui-se pela inexistência de dolo (...) em nenhum momento tem por intenção ofender (...) não se afastou da linha narrativa (...) teve por finalidade o interesse público”. Em agosto de 2003, por unanimidade dos sete votos, os desembargadores do Tribunal de Justiça negaram o recurso da bravíssima dona Julieta. E o caso foi encerrado na área criminal.
Na área cível, contudo, dona Julieta nunca mais perdeu, a partir de 2003, quando Rigotto já era governador. Bones foi condenado em 2003 a indenizar a matriarca em R$ 17 mil. Ele reagiu e, em 2005, a Justiça ordenou a penhora dos bens da empresa. Em 2009, quando a pena já estava em R$ 55 mil, um perito foi nomeado para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo. Cinco meses depois o perito foi embora, sem um tostão, penalizado com a visível indigência financeira do jornal. Em 2010, os advogados de Rigotto conseguiram na justiça o bloqueio das contas pessoais de Bones e seu sócio, o jornalista Kenny Braga.
Antes disso, em novembro de 2009, a família Rigotto fizera uma proposta indecente a Bones. Um acordo para pagar os R$ 55 mil em módicas 100 (cem) prestações mensais, a retirada das bancas da edição do JÁ que contava a história de suas desventuras e a publicação de uma nota fundada em duas premissas: “Dona Julieta nunca teve intenção de fechar o jornal” e “a ação não é da família, mas apenas de dona Julieta”. Germano Rigotto, o filho inocente, não aceitava a paternidade do processo. “Isso é coisa da minha mãe”, repetia ele, indignado, replicando o mesmo que dizia José Sarney quando questionado sobre a ação de censura que impede o jornal O Estado de S.Paulo há dois anos e meio de noticiar supostas traficâncias de Fernando Sarney no submundo das verbas federais: “Isso é coisa do meu filho”, repetia Sarney, injuriado, replicando o mesmo que dizia Germano Rigotto...
A censura do bolso
Essa cansativa lenga-lenga jurídica esvaiu a energia que restava do jornal. “A condenação por dano moral é uma coisa completamente absurda”, lembrou Bones na entrevista aoSul21. “A reportagem que gerou a condenação produziu uma outra sentença, na área criminal do mesmo tribunal, dizendo que a reportagem era correta, de interesse social e não ofendia ninguém. Mas, ao se arrastar, o processo foi gerando efeitos colaterais políticos. Quando começou, em 2002, o Rigotto era candidato ao governo do Estado. Quando houve a decisão, em 2003, ele já era governador. E aí as coisas mudam de figura, porque o jornal foi condenado em função de uma ação movida pela mãe do governador, uma senhora [então] octogenária”.
Bones conta: “Ninguém queria saber os detalhes. Pensavam: ‘o jornal foi condenado, gerou dano moral à mãe do governador, é um jornal desaforado’. Quando fui à audiência, a juíza me tratou como o editor de um pasquim qualquer. Ela nem tinha lido a matéria. Levei os papéis, expliquei, e ela então mudou de postura. Assim, esse efeito se propagou no meio jornalístico e publicitário. No governo, automaticamente, o jornal e a editora foram banidos. Como o governo é o principal anunciante do Estado, estar mal com ele é estar mal com todas as maiores agências de publicidade. Sentimos isso pesadamente. Isso foi somado a um conjunto de fatores conjunturais que nos levou a uma situação de insolvência”.
Bones pega no osso da questão quando lembra o efeito de intimidação generalizada que um processo cível provoca sobre a pauta das redações, um efeito perverso sentido cada vez mais na imprensa brasileira, sufocada pelo que ela chama de “censura pecuniária” de quem recorre cada vez mais aos tribunais para calar eventuais denúncias que contrariam interesses de agentes, políticos e governantes desonestos. “Inicialmente, o objetivo [de Rigotto] era ter uma sentença favorável para poder desqualificar o conteúdo da reportagem e tentar regular a produção de outras... Resolvi entrar com recursos e até hoje não paguei nada. E hoje o jornal não tem mais chão nenhum para negociar”, conta Bones, que tinha conseguido refinanciar suas dívidas pelo Refis da Receita Federal.
“Estava pagando normalmente. Mas aí, com os apertos financeiros em decorrência do processo da família Rigotto, houve atraso no pagamento de algumas parcelas e fomos excluídos do Refis. Entramos na Justiça, ganhamos em primeira e em segunda instância e voltamos para o Refis. Mas houve um recurso da União ao STJ, passados mais de dois anos, e uma outra sentença nos excluiu do Refis. Toda a dívida renegociada venceu e o que voltou para ser quitado, mesmo após cinco anos de pagamentos, com juros, correção monetária e multas, aumentou em dez vezes o valor”.
Uma pauta maldita
Somando e multiplicando tudo, o resultado final dessa conta é o fechamento do , vítima talvez da mais longa ação judicial contra a liberdade de expressão no Brasil da democracia. Todo esse drama do  e de Elmar Bones, como a roubalheira da CEEE, ainda está envolto num espantoso “sigilo de imprensa”. Ninguém fala, ninguém comenta os detalhes e os antecedentes suspeitos e criminosos que levaram à maior fraude da história do Rio Grande do Sul e à incrível punição de quem a denunciou, não de quem a praticou.
O processo da CEEE se arrasta há 16 anos sob um manto de segredo incompatível com a transparência, a rapidez e a lisura que se exige da Justiça.
Estranhamente, esta é uma pauta que ninguém abraça na imprensa gaúcha e brasileira. Curiosamente, o desfecho final da saga de Elmar Bones e do JÁ não mereceram uma única nota de apoio, mero desconforto ou formal solidariedade de jornais, jornalistas, blogueiros ou entidades antes vigilantes na defesa da liberdade de expressão como ANJ, Abert, ABI, Fenaj, Abraji, ARI, sindicatos e assemelhados.
O que aconteceu com Bones e o , pelo jeito, não lhes diz respeito. Ou jamais acontecerá com eles.
O que aconteceu com Germano Rigotto, o filho inocente de dona Julieta, todos sabem. Sobreviveu a duas recentes, retumbantes derrotas na sua declinante carreira política.
Em 2006, quando tentava a reeleição como governador, ficou num surpreendente terceiro lugar, perdendo por míseros 16.342 votos a vaga no segundo turno para a noviça tucana Yeda Crusius, que acabaria vencendo o petista Olívio Dutra por 300 mil votos de vantagem.
Em 2010, Rigotto sofreu um baque ainda maior. Disputando uma das duas vagas ao Senado como favorito, acabou ultrapassado por outra novata em política, a jornalista Ana Amélia Lemos, do PP, eleita com 3,4 milhões de votos, um milhão a mais do que Rigotto. O senador mais votado, com quase 4 milhões, foi Paulo Paim, do PT.
Germano Rigotto ainda não informou se tentará algum cargo municipal nas eleições de 2012.
***
[Luiz Cláudio Cunha é jornalista]

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dissidentes cubanos dão versão "não oficial" sobre morte de dissidente


Dissidentes cubanos dão versão "não oficial" sobre morte de dissidente

30/01/2012 - 21h29
Lucas Rodrigues
Repórter da TV Brasil
Havana - Dissidentes cubanos aproveitaram a presença da imprensa brasileira em Cuba, para a cobertura da visita da presidenta Dilma Rousseff à ilha caribenha hoje (30), a fim de passar uma versão "não oficial" sobre a morte do ativista Wilman Villar. Em uma entrevista coletiva de imprensa organizada pelo grupo dissidente União Patriótica de Cuba, a viúva de Villar, Maritza Pelegrino, disse rejeitar a versão do governo cubano que considerou Villar um "preso comum", condenado por violência doméstica.
"Ele não era um bandido", declarou várias vezes a viúva, que negou ter sofrido violência doméstica. Villar foi preso em julho de 2011 quando os dois estavam em uma disputa judicial e libertado três dias depois. Ele morreu no último dia 19 de janeiro após uma greve de fome que iniciou na prisão.
O governo cubano nega a greve de forma e que Villar era um dissidente. No entanto, de acordo com Maritza Pelegrino, o seu marido era contra o governo cubano por causa da morte de seu pai em uma prisão, ocorrida há cinco anos.
Durante a entrevista, o líder do grupo dissidente José Daniel Ferrer disse não acreditar que a presidenta Dilma Rousseff irá tratar de assuntos relacionados aos Direitos Humanos. Segundo ele, a presidenta sabe dos problemas existentes em relação às liberdades individuais em Cuba, mas que não falará sobre o assunto com as autoridades cubanas.
"Acho que, no pessoal, ela pode estar preocupada com o que acontece em Cuba em matéria de direitos humanos. Mas não espero que ela trate o caso de Wilman Villar abertamente", disse Ferrer. "Há outros interesses, outras questões envolvidas, e acho que isso ficará para trás”, completou.
A presidenta Dilma Rousseff chegou há pouco em Havana. Amanhã (31), ela vai se encontrar com o presidente Raul Castro e também com Fidel Castro, em horário ainda não confirmado pelo Palácio do Planalto. Além das reuniões, Dilma levará flores ao monumento em homenagem ao herói da revolução cubana, José Marti, e visitará o Porto de Mariel, onde o Brasil faz investimentos de ampliação e modernização.
Dilma chega a Cuba em um momento de mudanças no cenário político do país, após o pacote com cerca de 300 alterações anunciadas pelo governo. Entre essas alterações está a que permite a venda e compra de casas e carros, além da decisão do Partido Comunista de limitar em no máximo dez anos o mandato presidencial. O presidente Raul Castro também vem adotando um discurso de combate à corrupção.
Colaborou a repórter Luciana Lima
Edição: Aécio Amado

Mais de 3 mil professores temporários serão contratados para universidades federais | Agência Brasil

Mais de 3 mil professores temporários serão contratados para universidades federais | Agência Brasil

‘Minha Casa’ é importante para que o País cresça mais em 2012, diz Mantega


Ricardo Leopoldo e Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida é um elemento muito importante para colaborar na expansão do setor habitacional no País. "A missão do governo e do setor privado é viabilizar o Minha casa, Minha Vida 2, com mais dois milhões de unidades (até 2014) e completar o Minha Casa, Minha Vida 1", comentou o ministro, após reunião de duas horas com empreendedores do setor privado da construção civil.
Segundo Mantega, o setor de habitação é muito importante para a expansão dos investimentos e do Produto Interno Bruto do País. "Trabalhamos com a expectativa de crescimento do PIB acima de 4% em 2012", destacou o ministro. "Para isso, é importante um grande programa de investimentos em várias áreas. O governo vai viabilizar todas elas e o destaque é para o setor habitacional, é um dos programas mais fortes. Serão vários bilhões de reais que estão colocados neste programa, diretamente no Minha Casa e Minha Vida", comentou.
O ministro chegou a afirmar que somente a Caixa vai dedicar R$ 80 bilhões em crédito habitacional em 2012. Logo em seguida, porém, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, corrigiu de forma elegante que o montante total a ser disponibilizado subiu e chegará a R$ 90 bilhões neste ano.
De acordo com Mantega, o crédito habitacional no País está em plena expansão, pois registrou um crescimento de 44% em 2011. "E neste ano, o crédito do setor deve manter a velocidade", destacou.

Após 17 anos, pai e filho se conhecem na cadeia no interior de São Paulo


Chico Siqueira - especial para O Estado de S.Paulo
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - Um pai e um filho, que não se viam há mais de 17 anos, se reencontraram na cadeia da delegacia de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, no sábado. O pai, o motorista Orival Raimundo de Souza, de 54 anos, foi detido em mandado de prisão por crime de ameaça, enquanto o filho é acusado de roubar um posto de combustível.
O desempregado Orival Raimundo de Souza Júnior, de 19 anos, foi levado ao plantão ainda na manhã de sábado pelos PMs. Enquanto aguardava numa cela do plantão ficou sabendo que seu pai, que ele não conhecia, estava sendo preso por um crime de ameaça. Minutos depois, os dois se encontraram na delegacia. O pai tinha visto o filho pela última vez em 1994, quando ele tinha um ano e meio de idade.
Durante o encontro, o motorista chegou a pedir a desculpas para o filho e tentou explicar os motivos que o levaram a não procurá-lo, mas o rapaz não aceitou as justificativas, embora o tenha perdoado. "Ele matou minha mãe e o perdoo por isso. Mas cada um que procure seu caminho", disse o rapaz.
Chorando, o pai ainda prometeu recompensar o filho. "Foi por ciúmes que tudo aconteceu, mas já estive preso e paguei pelo meu crime. Agora vou arranjar um jeito de recompensá-lo, vou mandar um carro para ele", prometeu o pai. Segundo ele, a família de sua ex-mulher impediu que o filho o conhecesse.
Souza matou a mãe do seu filho, Rita de Cássia Giule, a facadas, em 1994. Ele cumpriu seis anos e meio de prisão. Agora estava sendo preso por ter ameaçado um enteado em 2008, cujo mandado expedido pela 3ª Vara Criminal de Rio Preto estabelece pena de três anos de prisão em regime semiaberto.
Hoje o pai foi transferido para uma cela da carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) enquanto o filho, por não ter sido preso em flagrante, foi colocado em liberdade.

domingo, 29 de janeiro de 2012

NOTA DA ABGE

Caro Associado,

Comunicamos que no dia 13 de janeiro de 2012 ocorreu, na sede da ANA, reunião  das associações (CBDB, ABMS, ABGE, ABRH e IBRACON) com representantes da ANA, sobre a  elaboração das resoluções que consolidam a regulamentação da lei no. 12.334/2010 e apoio da ANA nas atividades correlatas de capacitaçâo e disseminaçâo do conhecimento.

Veja a nota completa no site da ABGE!
Atenciosamente

Secretaria ABGE

sábado, 28 de janeiro de 2012

Carnaval: pediatra alerta para cuidados com as crianças


Carnaval: pediatra alerta para cuidados com as crianças

Lugares lotados, calor, fantasias e produtos de pele fazem parte de algumas realidades durante o Carnaval. No entanto, é preciso estar atento à saúde, especialmente das crianças, que são mais vulneráveis, segundo avalia o pediatra Paulo Borchert, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Para o especialista, é fundamental manter a criança bem hidratada, principalmente em função do calor, além de evitar alimentos gordurosos. Os pais devem vestir seus filhos com calçados, roupas e fantasias leves e arejados. No que diz respeito à segurança, onde houver aglomerações, os responsáveis devem manter as crianças sob vigilância constante.

A entrevista na íntegra está disponível no site do IFF/Fiocruz.
Versão para impressão: Envie esta matéria:

Padre Cícero


Vida de Padre Cícero em exposição na CeartPDF
Os principais movimentos que marcaram a saga de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, estão expostos na Central Cearense de Artesanato (Ceart), na Praça Luiza Távora, em peças de argila, confeccionadas pelo artesão José Travassos Filho. Intitulada de “ As veias do Salgadinho” numa referência ao rio de onde foi retirado o barro que gerou a argila usada nas peças, a exposição foi concebida em homenagem ao Centenário do Município e ficará aberta ao público no horário de até o final deste mês, das 9 às 21 horas.

As peças, num total de 30, contam a história, as lutas e conquistas políticas, sociais e religiosas de Padre Cícero Romão Batista, que marcaram aquela região: o processo da Beata Maria do Egito, a expulsão e reconciliação do padre com a Igreja Católica, a eleição para prefeito, a Guerra do Rosário, a amizade com Lampião e o Beato José Lourenço, são algumas das peças que ficarão expostas à visitação.

José Travassos tem 48 anos, e é um apaixonado pelas artes, tanto, que deu o nome de Pablo Picasso ao primeiro filho que teve com a esposa Elba. O segundo, ganhou o nome de Fábio Nicássio, pra se assemelhar ao nome do pintor famoso e do irmão. “Interessante é que o dom artístico veio com o Fábio”, diz o pai orgulhoso, que também teve seu encontro com a arte ainda na infância.

27.01.2012
Assessoria de Imprensa da STDS
Volia Rocha ( volia.fonseca@stds.ce.gov.br / 85 3101.2089)

Designada comissão encarregada de apurar denúncias no Dnocs


Designada comissão encarregada de apurar denúncias no Dnocs

26/01/2012 - 13h17
Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Portaria do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), publicada hoje (26) no Diário Oficial da União designa os servidores que vão compor a comissão de sindicância encarregada de investigar denúncias de irregularidades na coordenadoria estadual do órgão no Ceará.
Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), as irregularidades causaram um prejuízo de R$ 312 milhões ao Dnocs. Até o momento, apenas Albert Brasil Gradvohl, diretor administrativo do órgão, foi exonerado.
Um dos servidores designados para compor a comissão de sindicância é a corregedora seccional do Ministério da Integração Nacional, Jussara Santos Mendes, servidora de carreira da Controladoria-Geral da União.
Edição: Talita Cavalcante

Exoneração de diretor do Dnocs é publicada no Diário Oficial


Exoneração de diretor do Dnocs é publicada no Diário Oficial

27/01/2012 - 8h09
Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Diário Oficial da União publica na edição de hoje (27) a exoneração de Elias Fernandes Neto do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Ramon Rodrigues, secretário nacional de Irrigação, assume interinamente o cargo.
Fernandes pediu exoneração após denúncias de irregularidades no órgão. O pedido foi feito ontem (26) ao ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional.
Fernandes é o terceiro diretor exonerado do Dnocs em menos de dois meses. Na segunda-feira (23), foi exonerado o diretor administrativo-financeiro do órgão, Albert Gradvhol. Em dezembro passado, o engenheiro Fernando Ciarlini assumiu a Diretora de Infraestrutura do Dnocs, em substituição a Cristina Peleteiro. Em nota, o ministério informou que está fazendo uma “reestruturação dos quadros das empresas vinculadas à pasta”.
Edição: Graça Adjuto
 

Em Davos, Patriota faz campanha para despertar o interesse internacional pela Rio+20


Em Davos, Patriota faz campanha para despertar o interesse internacional pela Rio+20

28/01/2012 - 10h59
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em Davos, na Suíça, onde partícia do 42º Fórum Econômico Mundial, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, aproveitou todas as oportunidades que teve para mencionar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para os dias 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
A cinco meses da conferência, o governo brasileiro intensifica a campanha para que a Rio+20 seja o maior evento mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor. Esses esforços ganharam o apoio do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que é um dos anfitriões da conferência ao lado do Brasil.
Na reunião com Patriota, Ki-moon disse estar bastante entusiasmado com a Rio+20. Ontem (27), ao discursar em Davos, o secretário-geral da ONU disse que a esperança dele é ver os muitos líderes que participarão da conferência no Rio anunciando compromissos para estimular o desenvolvimento de energias sustentáveis.
"Ao trabalharmos juntos, dedicando nossas energias e recursos para a nossa causa comum, temos a chance hoje de promover [um futuro melhor] para as gerações que virão. Podemos criar o futuro que queremos ", disse Ki-moon.
De acordo com os organizadores da Rio+20, a expectativa é que pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros participem dos debates em junho, além de cerca de 50 mil credenciados.
A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com o foco na melhoria da qualidade de vida, a partir da erradicação da pobreza por meio de programas sociais, da economia verde e do desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.
Edição: Vinicius Doria

sábado, 21 de janeiro de 2012

SÍNDROME DO ESGOTAMENTO

PARIS - O mundo vive hoje uma "síndrome do esgotamento". Foi assim que o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, apresentou ontem o que poderá ser um dos encontros anuais de Davos mais pessimistas. Em 41 anos de existência, o Fórum em Davos - que reúne os principais dirigentes e líderes políticos do Planeta - discutiu momentos de euforia e crise, mas nunca apresentou o mundo desta forma: como uma pane generalizada.
- Quando vemos o caminho de hoje, na política, economia e sociedade, temos a impressão de uma síndrome de esgotamento global - disse Schwab.
Por todo lado, há, segundo ele, "lacuna de moralidade", uma "superalavancagem", um descaso:
- Não investimentos o bastante no futuro, não demos bola suficiente para a coesão social. E estamos diante do perigo de perder completamente a confiança das futuras gerações.
E fez um alerta: o fato de as pessoas terem perdido a confiança nos líderes e estarem vendo a vida apenas como um sacrifício - o que ele chamou de "destopia" , isto é, o contrário da utopia - pode gerar conflitos sociais, protecionismo, nacionalismo e, com isso, "precipitar a espiral de queda da economia global".
O Fórum reunirá 2.600 pessoas este ano, entre elas, cerca de 40 chefes de estado e de governo e 18 presidentes de bancos centrais. A dívida e a crise europeia vão, certamente, mobilizar boa parte dos debates em Davos. Mas o Fórum também vai discutir um novo modelo para o capitalismo. Schwab cunhou uma nova expressão para definir o que ele acha que deve substituir o capitalismo: o "talentismo".
- O futuro não vais ser determinado pela escassez de capital, mas sim pela falta de talento. O modelo antigo era capitalismo. O novo é talentismo - acredita o presidente do Fórum.
Encontro deste ano também discutirá um novo modelo para as lideranças. Segundo Schwab, o líder do passado era determinado pelo poder, pura e simplesmente. O de hoje precisa ser determinado por um modelo mais colaborador, que ele chama de poder social:
- Tudo o que for criado, tem que ser codesenhado. A nova geração espera a democratização das decisões. É evidente que num mundo onde metade da população tem menos de 27 anos, os jovens têm que ser parte.
O encontro em Davos será aberto pela mulher que comanda hoje a Europa em crise: a chanceler alemã Angela Merkel. Entre as personalidades confirmadas estão o primeiro ministro britânico, David Cameron, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, o presidente israelense, Shimon Peres, o presidente do México, Felipe Calderon. Dilma Rousseff, não está na lista, assim como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, cujo país acaba de ser rebaixado por uma agência de classificação de risco. Do Brasil, estão confirmados Luciano Countinho, presidente do BNDES, os ministros Antonio Patriota, das Relações Exteriores, e Fernando Pimental, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Haverá um painel sobre a economia brasileira, mas, em geral, a América Latina está fora do foco do encontro. Inspirados pelo movimento de ocupação e protesto em várias cidades, como o "Occupy Wall Street", ativistas instalaram um iglu em Davos. A manifestação não garantiu um convite para os debates, mas os organizadores de Davos dizem que eles poderão participar de eventos paralelos.

TURISMO CEARENSE


Turismo: Setur expõe atrativos cearenses em nove feirasPDF
Turismo_CearO Governo do Estado, através da Secretaria do Turismo (Setur), vai expor os atrativos dos destinos turísticos cearenses nas principais feiras de turismo do Brasil e do mundo. Até março são nove eventos, cinco deles na Europa. Nesta semana, as atrações do turismo cearense estão sendo apresentadas na Feira Internacional de Turismo em España (Fitur), que acontece até domingo, em Madri, na Espanha. A Borsa Internazionale del Turismo (BIT), vai ser realizada na maior cidade da Itália, Milão, entre 16 e 19 de fevereiro.

Em Portugal, o Ceará vai ter ainda mais destaque, pois o Brasil é o país convidado para a BTL, o maior evento turístico do país, em Lisboa, que acontece de 29 de fevereiro a quatro de março. De 7 a 11 de março, os atrativos do nosso estado serão expostos em Berlim, na Alemanha, durante a ITB. A primeira etapa de eventos internacionais se encerra no dia 31 de março, quando acontece a Mundo Abreu, em Portugal. O evento prossegue até o dia primeiro de abril.

No Brasil, o circuito de feiras do gênero começa pela Lacte e Workshop CVC, ambas em São Paulo, de 05 a 07 e 08 e 09 de fevereiro, respectivamente. Em seguida acontece a sétima edição da Minas Tur, dia 08 de março, em Belo Horizonte. Dia 22, a Setur volta pra São Paulo, onde vai participar da 37ª edição do Encontro Comercial Braztoa, em 22 e 23 de março.

Confira o Calendário

Eventos Nacionais

EVENTO
CIDADE
PERÍODO
Lacte 2012
São Paulo – SP
05 a 07/02
Workshop CVC
São Paulo – SP
08 e 09/02
7° Minas Tur
Belo Horizonte – MG
08/03/
37° Encontro Comercial Braz Toa
São Paulo – SP
22 e 23/03

Eventos Internacionais

EVENTO
CIDADE
PERÍODO
Fitur
Madri, Espanha
18 a 22/01
BIT
Milão, Itália
16 a 19/02
BTL
Lisboa, Portugal
29/02 a 04/03
ITB
Berlim, Alemanha
07 a 11/03
Mundo Abreu
Lisboa, Portugal
31/03 e 01/04


20.01.2012
Assessoria de Comunicação da Setur
Carmen Inês / Tunay Peixoto ( carmeninesm@hotmail.com / 85 3101.4654 - 8732.2041)

PREVISÃO DE CHUVAS NO ESTADO DO CEARÁ


Funceme prevê chuvas em torno da média até abrilPDF
banner_chuva_sertaoEntre fevereiro e abril de 2012, em todo o Ceará, as chuvas devem ficar em torno da média histórica. O prognóstico foi emitido pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), nesta sexta-feira (20), durante o  XIV Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino. Dessa maneira, a previsão indicou os índices de probabilidade atribuídos às categorias para o período analisado: normal (40%), acima da normal (25%), e abaixo da normal (35%).

Para chegar a este indicador, foram consideradas as análise dos padrões atmosféricos de grande escala (ventos em superfície e em 10km de altura, pressão ao nível do mar, entre outros), das temperaturas da superfície do mar sobre os oceanos Pacífico e Atlântico (indicativas de fenômenos como La Niña), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de instituições de pesquisa do Brasil (INMET, INPE) e do exterior (IRI, Uk MetOffice, ECMWF).

O presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, ressalta que, em função da variabilidade espacial e temporal, características normais da chuva no norte do Nordeste, é necessário um acompanhamento forte das previsões diárias, para saber com antecedência quando e onde deverá chover. “A situação das temperaturas do Oceano Atlântico não estão definidas, por isso, também vamos atualizar sistematicamente este prognóstico. Já na segunda quinzena de fevereiro, no Rio Grande do Norte, teremos mais uma reunião climática para avaliar a previsão climática”, explica.

Consequências

Para o secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, o indicador de chuvas em torno da média é confortável. “Precisamos ser otimistas. No ano passado foi assim e nós tivemos uma excelente safra. Nossa distribuição de sementes está pronta. Os grãos já chegaram em todas os escritórios regionais da Ematerce. Agora, também temos o planejamento emergencial, caso algumas regiões sofram com estiagem. Até hoje, dia 20 de janeiro, os agricultores podem aderir ao Seguro-Safra, onde ele paga R$ 6,80 e, em caso de perda de mais de 50% da safra, ele recebe R$ 680. Além disso, estamos com o programa de cisternas de placa em andamento. Construímos 23 mil cisternas em 2011 e devemos repetir isso em 2012”, destacou o Secretário.

Quanto ao armazenamento de água em açudes e barragens, Ricardo Adeodato, diretor de operações da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), informa que atualmente, o Estado conta com 70% da capacidade dos reservatórios. “São 12,7 bilhões de metros cúbicos de água armazenada bem distribuídos em todas as regiões cearenses, o que nos deixa tranquilos. Com o quadro de chuvas da forma que foi apresentado pela Funceme, vamos fazer a alocação dos recursos hídricos de forma inteligente, com os comitês de bacias e a sociedade em geral.

Defesa Civil

O prognóstico com precipitações em torno da média não descarta a ocorrência de chuvas intensas, com possibilidade de alagamentos e inundações. E ainda há uma tendência de que haja veranicos, períodos de uma ou duas semanas sem chuva, nas regiões com menores índices pluviométricos, como Inhamuns e Sertão Central. Dessa forma, a Defesa Civil do Estado, que já havia concluído o planejamento para situações emergenciais de cheias, agora, começa a planejar as ações em caso de estiagem no segundo semestre. “Com este prognóstico, vamos focar nosso trabalho no atendimento das ocorrências, seja para chuvas acima da média ou abaixo da média”, complementa o comandante do órgão, coronel Hélcio Queiroz.

Para a Defesa Civil de Fortaleza, a maior preocupação é com as áreas de risco. Alísio Santiago, coordenador do órgão, destaca que neste ano, houve uma inversão estratégica das ações. “Antes, nós monitorávamos, atendíamos às ocorrências, removíamos as famílias e depois reconstruíamos os bueiros, córregos e riachos. Agora, começamos pela última ação. Desde o ano passado, nós estamos desobstruindo lagoas e bueiros e construindo córregos. É uma ação preventiva, afinal, há 19 mil famílias em 89 áreas de risco na Capital cearense”.

20.01.2012
Assessor de Comunicação da Funceme
Guto Castro ( comunicacao@funceme.br / 85 3101.1099 - 8814.4194)

Governo manda reforço para atenção a crianças índias afetadas por doença diarreica aguda no Acre | Agência Brasil

Governo manda reforço para atenção a crianças índias afetadas por doença diarreica aguda no Acre | Agência Brasil

Instituto alerta para abusos na lista de material escolar | Agência Brasil

Instituto alerta para abusos na lista de material escolar | Agência Brasil

Curso "VLF com Métodos Elétricos"


Curso "VLF com Métodos Elétricos"

O Núcleo Ceará da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas promove de 5 a 8 de março, em Fortaleza, o Curso sobre VLF (very low frequency) com Métodos Elétricos, ministrado pelo. O curso ministrado pelo Prof. Carlos Tadeu Carvalho do Nascimento (UnB) é uma das atividades da ABAS que marcará a passagem do Dia Mundial das Águas, em 22 de março. Vagas limitadas a 20 alunos.

Local e data:

  • Fortaleza, Ceará, 05 a 08 de março de 2012.
  • Sede da FIEC: Av. Barão de Studart 1980 - Aldeota - Fortaleza/CE.

Investimento:

Sócios da ABAS / ABGE/ SBGf: R$ 400,00
Não-sócios: R$ 500,00
Estudantes sócios: R$ 300,00

Ementa:

  • Conceitos básicos sobre métodos geofísicos elétricos e eletromagnéticos.
  • Procedimentos para aquisição, processamento e interpretação de dados geofísicos, na investigação de alvos rasos.

Objetivo:

  • Recordação, atualização e complementação de conceitos e métodos em geofísica de superfície.

Plano de Curso:

  • 05/03/2012 - 2a. feira - manhã - fundamentos de métodos eletromagnéticos.
  • 05/03/2012 - 2a. feira - tarde - fundamentos de métodos elétricos.
  • 06/03/2012 - 3a. feira - manhã - aula prática VLF.
  • 06/03/2012 - 3a. feira - tarde - aula prática métodos elétricos.
  • 07/03/2012 - 4a. feira - manhã e tarde - processamento e interpretação de dados.
  • 08/03/2012 - 5a. feira - manhã e tarde - processamento e interpretação de dados.

Referências bibliográficas:

  • DOBRIN, M. B. 1976. Introduction to Geophysical Prospecting. 3.ed. New York, McGraw-Hill.
  • FERNANDES, C. E. M. 1984. Fundamentos de Prospecção Geofísica. Rio de Janeiro, Interciência.
  • PARASNIS, D. S. 1973. Mining Geophysics. 2.ed. Amsterdam, Elsevier.
  • TELFORD, W. M.; GELDART, L. P.; SHERIFF, R. E. Applied Geophysics. Cambridge University Press, Cambridge, 1990.

Currículo resumido do professor:

Carlos Tadeu Carvalho do Nascimento possui graduação em Geologia (UnB - 1993), mestrado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos (UnB - 1998) e doutorado em Geologia (UnB - 2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geofísica Aplicada, atuando principalmente na área de meio ambiente. E-mail: carlostadeu@unb.br - Tel.: (61) 3107-8052.

Informações adicionais

Geólogo Francisco Said Gonçalves - Presidente do Núcleo ABAS-CE - Tel: (85)9988-2178/3218-1557
Núcleo ABAS-CE