segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ipea lança portal de mapas

Notícias
Ipea lança portal de mapas
9/2/2010

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou o portal Mapas Ipea, que permite a visualização, no mapa brasileiro, de diversas informações sobre os municípios do país.

A ferramenta possibilita a consulta de grande número de dados, incluindo população, área, Produto Interno Bruto (PIB), rodovias, estatísticas de educação e quantidade de servidores públicos nos municípios.

Elaborado a partir do software livre I3Geo, o Mapas Ipea reúne em um só portal informações públicas que têm como fonte ministérios e outros órgãos federais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – alguns dos quais utilizam há mais tempo a mesma plataforma.

Os mapas permitem também consultar, por exemplo, quais municípios têm acesso mais rápido a aeroportos e quais têm mais famílias em situação de pobreza. A ferramenta permite que qualquer pessoa monte seu próprio mapa, sobrepondo as camadas de dados que lhe interessam, permitindo novos cruzamentos de dados.

Utilizando a ferramenta de buscas, ou a partir de ampliação no mapa do Brasil, o usuário chega à cidade que deseja pesquisar. A interface está disponível em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e italiano. De acordo com o Ipea, o portal será constantemente atualizado com novas bases de dados.

Mais informações: http://mapas.ipea.gov.br

USP de Ribeirão Preto tem vaga para docente

USP de Ribeirão Preto tem vaga para docente
19/2/2010

Agência FAPESP – O Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, abriu processo seletivo para a contratação de um professor doutor (MS-3), em regime de dedicação exclusiva à docência e à pesquisa, com salário de R$ 6.707,99. A inscrição vai até 8 de março.

O selecionado atuará na área de macroeconomia cujo programa envolve “Capital físico (modelo de Solow-Swan)”, “Teorias de crescimento endógeno”, “Contabilidade do crescimento/desenvolvimento e aplicações empíricas”, “Crescimento em economia aberta” e “Distribuição de renda”, entre outros temas.

O concurso será composto de julgamento do memorial com prova pública de arguição e prova didática, ambos com peso três, e arguição sobre o projeto de pesquisa, com peso quatro.

As inscrições podem ser feitas na Seção de Apoio Acadêmico da FEA-RP/USP, Bloco A, sala 27, localizado na Avenida Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto (SP).

Mais informações: www.fearp.usp.br/concursos/docentes/info.php?edital=002-2010 ou pelos telefones (16) 3602-3910 / 4742.

Ceará e Piauí podem aumentar exportações de mel para Europa

Ceará e Piauí podem aumentar exportações de mel para Europa

O mel produzido pela Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), que tem sede em Picos (PI), ganhou a certificação Fairtrade – ou de comércio justo – por meio de um projeto do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A Casa Apis é a primeira empresa do setor na América Latina a receber este selo concedido pela certificadora alemã Flo-Cert. A empresa reúne nove cooperativas do Piauí e uma do Ceará.

O selo Fairtrade é baseado em um conceito de parceria comercial transparente e de respeito, buscando maior igualdade internacional. A auditoria leva em conta também critérios como respeito à legislação trabalhista e preservação ambiental.

A Casa Apis possui cerca de 1000 apicultores, sendo 600 certificados. Em 2009, a empresa exportou 350 toneladas de mel, e agora com a certificação, o grupo espera dobrar este volume.

Fonte: O POVO Online com informações da Agência Estado

Unifesp busca docentes

Unifesp busca docentes
22/2/2010

Agência FAPESP – A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus de Diadema, publicou edital para contratação de docentes. São 20 vagas na classe de Professor Adjunto – Nível I, em regime de trabalho de quarenta horas semanais e dedicação exclusiva.

Os processos ocorrerão por meio de concurso público de títulos e provas. As vagas são para as áreas de: Análise e Controle de Processos (1); Controle de Qualidade Físico-Químico de Medicamentos e Cosméticos (1); Ensino de Física (2); Ensino de Matemática (1); Ensino de Química (2); Ética, Sociedade e Meio Ambiente (1); Farmacognosia e Farmacobotânica (1); Filosofia (1); Geologia (1); Geoquímica (1); Matemática e Estatística (3); Paleontologia (1); Projeto de Processos Químicos e Instalações Químicas Industriais (1); Química Ambiental (1); e Química Analítica (2).

As atribuições gerais do cargo são docência de nível superior na área do concurso e participação em atividades de graduação, pesquisa, extensão, assistência e administração da Unifesp. A remuneração será de R$ 6.722,84.

Podem se candidatar detentores do título de doutor, outorgado por instituição brasileira ou outorgado por instituição estrangeira e revalidado conforme legislação vigente.

A inscrição deve ser feita até o dia 12 de março, com preenchimento de formulário no site da Unifesp e entrega da documentação no Campus Diadema, R. Prof. Artur Riedel 275, Jardim Eldorado, de segunda à sexta das 9h às 12h e das 13h às 16h.

Mais informações e oportunidades em outras unidades da Unifesp: http://concurso.unifesp.br

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Padre Cícero é o ´Padroeiro das Florestas/DIÁRIO DO NORDESTE

Padre Cícero é o ´Padroeiro das Florestas´
Formatação
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delicous digg Google Reader Facebook MySpace Twitter Foto da matéria
Imagem do padre Cícero em artesanato do Centro Mestre Noza. O sacerdote já recomendava aos seus fiéis cuidados básicos para preservar as matas e os animais
19/2/2010



Mais um reconhecimento é feito para o Padre Cícero. Desta vez, parte da ONG ambiental Greenpeace

Juazeiro do Norte. O Greenpeace recorre ao "Padim". De patriarca dos nordestinos ao "Padroeiro das Florestas". Esta é uma nova denominação dada pelos ecologistas do Greenpeace, Organização Não Governamental (ONG) de caráter internacional. Semana passada, o destaque no site do órgão, na versão nacional, chamou a atenção para os preceitos do Padre Cícero, trazendo mais uma denominação para o sacerdote, além de destacar o projeto "Árvore do Centenário", adotado a partir deste ano até o aniversário de 100 anos da cidade de Juazeiro do Norte, em julho de 2011. Até lá, será distribuído um milhão de mudas da árvore Juazeiro, para todo o Nordeste.

No site, também foi incluída para consulta matéria publicada no Caderno Regional do Diário do Nordeste, sobre o início da distribuição das mudas, na Romaria de Nossa Senhora das Candeias, no último dia 2. No texto, publicado no espaço Greenblog, cita Juazeiro como não só o nome de uma cidade, mas da árvore que se tornou símbolo do sertão e da terra do Padre Cícero.

O sacerdote é citado como defensor das matas e de Juazeiro. E esse ideal de defesa da natureza, que era repassado de forma tão simplificada para os romeiros, é divulgado pelo Greenpeace, por meio dos preceitos que o Padre Cícero deixou para os simples agricultores de todo o Nordeste brasileiro.

A ideia dos que fazem o Greenpeace no Brasil é vir também para Juazeiro do Norte, no segundo semestre, para espalhar os ´santinhos´ do sacerdote. Foram confeccionados mais de 20 mil deles com a imagem do Padre Cícero como "Padroeiro das Florestas", durante as festas religiosas do município. E é no segundo semestre, durante a segunda maior romaria do ano, a Romaria de Nossa Senhora das Dores, em setembro, que a ONG pretende distribuir cerca de 200 mil mudas de Juazeiro. Esta é a perspectiva, já que a campanha começou com um pouco de atraso, distribuindo apenas 3 mil, durante a Romaria das Candeias, no fim de janeiro.

Segundo divulgou na imprensa paulista, o diretor das campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão, a ONG começou a distribuir os preceitos ecológicos com a imagem do Padre Cícero no intuito de conscientizar a população sobre a importância de preservar a natureza.

O material também vem sendo repassado durante audiências públicas que discutem mudanças no Código Florestal no Brasil. "Em vários lugares no mundo, a religião ajuda a criar essa relação com o meio ambiente. A força desses ensinamentos é muito importante", disse Leitão. O Greenpeace pretende levar a campanha para outras regiões do Brasil.

O escritor Daniel Walker, integrante da Comissão do Centenário, aplaude a campanha. O novo título dado ao Padre Cícero é mais um que chega, segundo o escritor, e muito bem vindo. Ele considera importante envolver o "Padim" com as campanhas do Greenpeace em defesa da natureza, já que é um órgão internacional. "É um ideal de defesa da natureza que se espalha para mundo", comemora.


FIQUE POR DENTRO
Cuidados ecológicos

Preceitos ecológicos do Padre Cícero adotados pelo Greenpeace:
"1 - Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau; 2 - Não toque fogo no roçado nem na Caatinga; 3 - Não cace mais e deixe os bichos viverem;

4 - Não crie o boi nem o bode soltos, faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;

5 - Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé, deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza; 6 - Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar a água da chuva; 7 - Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;

8 - Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só; 9 - Aprenda a tirar proveito das plantas da Caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema, elas podem ajudar você a conviver com a seca; 10 - Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;

11 - Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só".


MAIS INFORMAÇÕES
Greenpeace no Brasil:
São Paulo: (11) 3035.1155/ 3817.4600
Manaus: (92) 4009.8000/ (92) 4009.8004


ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter

Padre Cícero é o ´Padroeiro das Florestas/DIÁRIO DO NORDESTE

Padre Cícero é o ´Padroeiro das Florestas´
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Imagem do padre Cícero em artesanato do Centro Mestre Noza. O sacerdote já recomendava aos seus fiéis cuidados básicos para preservar as matas e os animais
19/2/2010



Mais um reconhecimento é feito para o Padre Cícero. Desta vez, parte da ONG ambiental Greenpeace

Juazeiro do Norte. O Greenpeace recorre ao "Padim". De patriarca dos nordestinos ao "Padroeiro das Florestas". Esta é uma nova denominação dada pelos ecologistas do Greenpeace, Organização Não Governamental (ONG) de caráter internacional. Semana passada, o destaque no site do órgão, na versão nacional, chamou a atenção para os preceitos do Padre Cícero, trazendo mais uma denominação para o sacerdote, além de destacar o projeto "Árvore do Centenário", adotado a partir deste ano até o aniversário de 100 anos da cidade de Juazeiro do Norte, em julho de 2011. Até lá, será distribuído um milhão de mudas da árvore Juazeiro, para todo o Nordeste.

No site, também foi incluída para consulta matéria publicada no Caderno Regional do Diário do Nordeste, sobre o início da distribuição das mudas, na Romaria de Nossa Senhora das Candeias, no último dia 2. No texto, publicado no espaço Greenblog, cita Juazeiro como não só o nome de uma cidade, mas da árvore que se tornou símbolo do sertão e da terra do Padre Cícero.

O sacerdote é citado como defensor das matas e de Juazeiro. E esse ideal de defesa da natureza, que era repassado de forma tão simplificada para os romeiros, é divulgado pelo Greenpeace, por meio dos preceitos que o Padre Cícero deixou para os simples agricultores de todo o Nordeste brasileiro.

A ideia dos que fazem o Greenpeace no Brasil é vir também para Juazeiro do Norte, no segundo semestre, para espalhar os ´santinhos´ do sacerdote. Foram confeccionados mais de 20 mil deles com a imagem do Padre Cícero como "Padroeiro das Florestas", durante as festas religiosas do município. E é no segundo semestre, durante a segunda maior romaria do ano, a Romaria de Nossa Senhora das Dores, em setembro, que a ONG pretende distribuir cerca de 200 mil mudas de Juazeiro. Esta é a perspectiva, já que a campanha começou com um pouco de atraso, distribuindo apenas 3 mil, durante a Romaria das Candeias, no fim de janeiro.

Segundo divulgou na imprensa paulista, o diretor das campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão, a ONG começou a distribuir os preceitos ecológicos com a imagem do Padre Cícero no intuito de conscientizar a população sobre a importância de preservar a natureza.

O material também vem sendo repassado durante audiências públicas que discutem mudanças no Código Florestal no Brasil. "Em vários lugares no mundo, a religião ajuda a criar essa relação com o meio ambiente. A força desses ensinamentos é muito importante", disse Leitão. O Greenpeace pretende levar a campanha para outras regiões do Brasil.

O escritor Daniel Walker, integrante da Comissão do Centenário, aplaude a campanha. O novo título dado ao Padre Cícero é mais um que chega, segundo o escritor, e muito bem vindo. Ele considera importante envolver o "Padim" com as campanhas do Greenpeace em defesa da natureza, já que é um órgão internacional. "É um ideal de defesa da natureza que se espalha para mundo", comemora.


FIQUE POR DENTRO
Cuidados ecológicos

Preceitos ecológicos do Padre Cícero adotados pelo Greenpeace:
"1 - Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau; 2 - Não toque fogo no roçado nem na Caatinga; 3 - Não cace mais e deixe os bichos viverem;

4 - Não crie o boi nem o bode soltos, faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;

5 - Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé, deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza; 6 - Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar a água da chuva; 7 - Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;

8 - Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só; 9 - Aprenda a tirar proveito das plantas da Caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema, elas podem ajudar você a conviver com a seca; 10 - Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;

11 - Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só".


MAIS INFORMAÇÕES
Greenpeace no Brasil:
São Paulo: (11) 3035.1155/ 3817.4600
Manaus: (92) 4009.8000/ (92) 4009.8004


ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter

OPORTUNIDADE DE EMPREGO 1

OPORTUNIDADE DE EMPREGO 1




Oportunidade de emprego em empresa de importação de tecidos.




8 horas de trabalho, necessário inglês.


Salário: R$ 862,00 + aux combustível + aux alimentação.




Interessados enviar currículo para franciane_fernandes @hotmail.com.

OPORTUNIDADE DE EMPREGO 2

OPORTUNIDADE DE EMPREGO 2




Empresa importadora / exportadora contrata analista com os seguintes pré-requisitos:




- Experiência nas rotinas de exportação/Importação;

- Habilidade com pacote Oficce (Excel intermediário);

- Conhecimentos de matemática financeira (nível intermediário);

- Habilidade na cobrança de clientes;

- Espanhol intermediário;

- Nivel de escolaridade: superior.




Interessados devem enviar currículos para cin@sfiec.org.br.

VAGAS PARA ESTÁGIO

VAGAS PARA ESTÁGIO




O CIN abre seleção para contratação de estagiários de administração, economia, comércio exterior, estatística e jornalismo.




Requisitos: alunos a partir do 3º semestre, bom conhecimento de informática e inglês desejável.




Interessados enviar currículo para cin@sfiec.org.br.

CHAMADA PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA

REVISTA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS



A Revista Águas Subterrâneas editada e publicada pela ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, publicação científica e um de seus pontos de prestígio, foi totalmente reformulada. Desde 22 de dezembro último uma nova equipe editorial assumiu a revista das mãos dos professores Ernani da Rosa Filho e Eduardo Hindi, a quem somos gratos.

Toda a documentação existente foi revisada, reorganizada e passada para o Sistema Eletrônico de Revistas (SER – www.ser.ufpr.br/asubterraneas). Todos os artigos submetidos que ainda necessitam de avaliação já foram distribuídos para os avaliadores e estamos fazendo um esforço concentrado para acelerar sua avaliação. Aumentamos nosso grupo de avaliadores de aproximadamente 30 para mais de 100 colaboradores, todos já cadastrados e participando do processo de revisão dos artigos.

A partir de fevereiro de 2010, todo o processo editorial (submissões, avaliação pelos pares, incorporação de comentários e sugestões, edição de texto, edição de layout, revisão de provas e publicação, troca de emails), será feito exclusivamente pelo SER. Nenhum documento será enviado por correio normal ou diretamente para o email pessoal dos editores. Todo o procedimento ficará gravado e documentado, garantindo a legitimidade do processo.

A resposta de todos os colegas em apoio e dedicação à revitalização da Revista Águas Subterrâneas foi impressionante. Estão todos de parabéns. Essa pronta resposta nos torna otimistas em relação ao futuro da revista.

Dentro de nosso panorama atual, temos 10 artigos recebidos dos editores anteriores em fase de diagramação para publicação. Estes 10 artigos comporão o Vol.21 n.2, de 2007. Temos ainda 25 artigos em processo de avaliação, que, com algum otimismo, poderão compor os dois volumes de 2008 (Vol.22 n.1 e n.2). Faltarão ainda ao menos 20 artigos para serem avaliados e aceitos para publicação com a data de 2009 (Vol.23 n.1 e n.2) e ao menos mais 20 para 2010 (Vol.24 n.1 e n.2).

É importante que todos participem da revista, submetendo artigos. Com a participação de todos, teremos a regularidade da revista assegurada. E a sua qualidade só dependerá de nós mesmos.

Convidamos a todos para que participem da revista, seja como autores, seja, como leitores.

SUBMETAM ARTIGOS PARA A REVISTA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

CONTAMOS COM TODOS VOCÊS.





Editor-Gerente

Everton de Oliveira



Editores de Seção

Hung Kiang Chang

Ricardo Hirata

Suzana Montenegro

Congresso Latino-Americano sobre Controvérsias e Consensos a Respeito de Diabetes, Obesidade e Hipertensão

Agenda
Congresso Latino-Americano sobre Controvérsias e Consensos a Respeito de Diabetes, Obesidade e Hipertensão
18/2/2010

De 13/3/2010 a 14/3/2010

Faltam 22 dias para o início do evento. Duração: 2 dias

Agência FAPESP – O Congresso Latino-Americano sobre Controvérsias e Consensos a Respeito de Diabetes, Obesidade e Hipertensão (CODHy) será realizado no Hilton Hotel de Buenos Aires, na Argentina, entre os dias 11 e 14 de março.

O evento pretende ser um fórum de debates especializados que abranjam amplos aspectos sobre diabetes, hipertensão e obesidade.

Entre os temas de mesas-redondas estão: “Qual é o maior risco cardiovascular em diabetes?”, “Os diferentes fenótipos da diabetes” e “Danos vasculares em diabetes e hipertensão”.

Informações e inscrições: www.comtecmed.com/codhy/argentina/en-US/Default.aspx

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Acesso a água alivia carga horária feminina

Reportagens


Gana, 12/02/2010
Acesso a água alivia carga horária feminina
Com fonte de recurso próxima de casa, mulher perde menos tempo buscando água e dedica-se a outras atividades, remuneradas ou não



Leia mais

Íntegra do estudo do IPC-IG

Resumo



MARCELO OSAKABE
da PrimaPagina

A oferta de serviços públicos básicos pode ajudar a diminuir a carga de trabalho das mulheres, ainda que não necessariamente implique melhoria de renda, aponta um artigo divulgado pelo CIP-IG (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), órgão do PNUD em parceria com o governo brasileiro. Baseado em extensa pesquisa sobre a rotina em lares no Gana, país do oeste da África, o paper indica que o acesso a água encanada e diminui o tempo gasto pelas mulheres em afazeres domésticos e as libera para outras atividades — nem sempre remuneradas como (lazer e estudos, por exemplo).


Intitulado Oferta de água da Gana rural: as mulheres se beneficiam? , o texto parte de um estudando de 11 meses sobre a rotina de trabalho de 3.799 lares da zona rural de Gana. Os dados mostram que, nas comunidades que têm acesso a água, as mulheres passam menos tempo em trabalhos domésticos, e as que já exercem tarefa remunerada dedicam mais horas para isso.


Não é difícil entender a razão disso. Os autores do estudo — Joana Costa, Degol Hailu, Elydia Silva e Raquel Tsukada, todos do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo — observam que em sociedades tradicionais cabe às mulheres cuidar da casa, dos filhos e de outros membros da família. E tarefas como buscar água em locais distantes, carregá-la e torná-la potável são parte considerável desse esforço. Nos lares pesquisados, 66% das mulheres fazem isso, muitas das quais despendem até 15 horas semanais com essa atividade — contra 16,5% dos homens. A dupla jornada de trabalho (atividades domésticas e remuneradas) somava pelo menos 84 horas semanais (12 horas diárias) de 37% das mulheres analisadas no estudo — metade delas trabalhava mais de 112 horas por semana (16 horas diárias).


O estudo verificou que o acesso mais fácil à água reduz o fardo doméstico e, portanto, o total de horas trabalhadas. Ao mesmo tempo, as mulheres que já exercem atividade remunerada fazem isso por mais tempo. No entanto, a oferta do benefício não aumenta a proporção de mulheres trabalhando.


“O total de horas trabalhadas pelas mulheres é menor nas comunidades com acesso a água, e menor para as que moram perto de uma fonte de água. Logo, ter acesso a água pode reduzir a carga de trabalho das mulheres. Isso não implica, todavia, que o tempo que as mulheres economizam coletando água seja direcionado a atividades remuneradas”, constatam os autores. “Para atingir essa meta, são necessárias políticas públicas adicionais, especialmente políticas relacionadas a incremento do capital humano e oferta de creches”.


A versão mais ampla do estudo também avalia o impacto do acesso a eletricidade. Esse benefício aumenta as horas dedicadas a serviços remunerados, em especial para aquelas que já participam do mercado de trabalho. Nesse caso, o fato de a luz elétrica poder alongar o dia de trabalho também contribui para a mudança.




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Primeira exportação de minério tem saída programada

Primeira exportação de minério tem saída programada

O Ceará ingressa definitivamente no seleto grupo dos estados exploradores e exportadores de minério de ferro do País, a exemplo de Minas Gerais e do Pará. Na próxima semana, o navio Apóstolos zarpa do Porto do Pecém, com 70 mil toneladas de minério de ferro granulado, com destino à China, em uma viagem que deve durar cerca de 25 dias. A carga, a primeira do tipo a ser produzida e transportada no Ceará, é parte de um projeto piloto desenvolvido pela empresa chinesa Globest, que vem desde meados der 2009, extraindo e beneficiando minério de ferro, no distrito de São José do Torto, em Sobral, no Norte do Ceará.

"No mapa de navios, o embarque do minério está previsto para o próximo dia 20, sábado", sinaliza o presidente da Ceará Portos - empresa que administra o Porto do Pecém - Mário Lima Júnior. Fonte da Globest confirma o embarque, mas prefere não precisar a data, diante da possibilidade de atrasos, de três a quatro dias, para a chegada e atracação da embarcação, no Porto do Pecém.

"Esses navios, (graneleiros) em geral, atrasam três dias, porque param em vários portos", explica a fonte. Ele confirma que 90% da carga já está estocada no pátio de minério do terminal portuário, em uma área de 100 mil metros quadrados, destinados especificamente a essa finalidade.

"O restante da carga continua chegando por via ferroviária, com o transporte de cerca de duas mil toneladas por dia", acrescenta a fonte da Globest, confirmando matéria, divulgada com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, na edição do dia 20 de outubro de 2009.

Sem apontar valores, nem quanto o carregamento pode representar de divisas para o Estado do Ceará, a fonte informa que as primeiras pesquisas apontam para um potencial de exploração de cinco anos, para a jazida de São José do Torto. "Acreditamos que pode chegar até dez anos", estima a fonte da Globest. Ele explica que esta é a primeira experiência de mineração da empresa, que opera na China, nas áreas comercial e de pesquisas de minérios.

Perspectivas positivas

Diante do potencial de produção da mina, Lima Júnior, já trabalha com a perspectiva de exportação de, pelo menos, mais quatro carregamentos de minério de ferro, até o fim do ano. "Se tudo correr bem vamos exportar uma carga dessa a cada dois meses. Nossa meta operacional agendada é de 350 mil toneladas", antecipa o presidente da Cearáportos.

Caso essa projeção se confirme, avalia Lima Júnior, o Porto do Pecém poderá fechar 2010 com movimentação (exportação e importação) de quase 2,5 milhões de toneladas este ano, quantidade 25% superior a registrada em 2009.

Além de granel sólido, como o minério de ferro e lingotes de alumínio, ele informa que o Porto do Pecém já opera com produtos siderúrgicos, contêineiros e Gás Liquefeito de Petróleo .

Fonte: Diário do Nordeste

Projeto da SOHIDRA em destaque em Coreaú

Projeto da SOHIDRA em destaque em Coreaú
No último dia 5 de fevereiro, a SOHIDRA recebeu congratulações pelo trabalho desenvolvido pela gerência de pequenas obras hídricas, coordenada pelo engenheiro agrônomo Joaquim Favela Neto.



Segundo o documento, a Fundação Centro de Ecologia e Integração Social -CIS, representado pelo seu presidente Benedito Francisco Moreira Lourenço, da cidade de Coreaú, agradece o apoio técnico prestado pelo órgão através do PRODHAM (Projeto de Desenvolvimento Hidroambiental) no Projeto Unidade Demostrativa São Bento de Convivência com a Seca e Combate a Desertificação que atende as localidades de São Bento e Sítio Belém.

Precisamos de cerca de 300 geólogos por ano

Nova Deli 17 de fevereiro

A Índia está enfrentando uma falta de geólogos num momento em que o Governo elaborou planos ambiciosos para introduzir reformas mais no setor de mineração e atrair grandes investimentos.

A trituração de-obra é atribuída principalmente à crescente preferência entre os estudantes a optar por cursos de engenharia que prometem empregos ameixa no sector dos serviços, tais como a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Analistas da indústria estimam que o défice conjunto dos setores público e privado poderia ser tão elevada como 600 geólogos por ano e crescendo.


"Precisamos de cerca de 300 geólogos por ano, mas a disponibilidade é inferior a 100", disse a Senhora Shantha Sheela Nascimento, Secretário, Ministério das Minas. O Ministério está investindo pesadamente em programas de formação para melhorar as qualificações dos recursos humanos existentes.

"Precisamos de instituições de ensino para a produção de geólogos, mesmo para atender à demanda atual", Sra. Nair, acrescentando geólogos indianos estão em grande demanda em todo o mundo.

Além do mineral sector privado e as empresas petrolíferas que empregam geólogos para mapear e explorar os recursos, as entidades públicas como o Serviço Geológico do Brasil (GSI), a Secretaria indiano de Minas, o Conselho Central Ground Water, Oil India Ltd e ONGC contratar geólogos no grandes números.

"Não é só a geologia. Estudantes não estão optando até mesmo para os cursos de ciência básica", disse Balachandran, director do Hyderabad baseado GSI Training Institute (GSITI). "Diversas universidades têm mesmo retirado a cursos de pós-graduação, por falta de demanda", disse ele.

No entanto, com a implementação da Nova Política Mineral (NMP), as perspectivas de trabalho para os geólogos do setor privado espera-se melhorar, o Sr. Balachandran acrescentou.

A Nova Política Mineral deverá ajudar a atrair grandes investimentos no setor de mineração do país. Um projecto de lei para dar efeito ao NMP é susceptível de ser colocado na sessão do próximo orçamento do Parlamento.

Ciente da escassez de mão de obra, o Governo, em colaboração com a CII, encomendou ICRA Gestão e Serviços de Consultoria (IMACS) para realizar um estudo que deverá ser concluído em breve.

"Não é só na Índia, há um mundo de escassez de largura de geólogos", disse RK Sharma, secretário-geral da Federação Indiana das Indústrias Minerais (FIMI). "Com a liberalização e mais investimentos nos próximos, as pessoas podem achar difícil operar", disse ele.

We need some 300 geologists

New Delhi Feb. 17

India is facing a shortage of geologists at a time when the Government has drawn up ambitious plans to introduce more reforms in the mining sector and attract large investments.

The manpower crunch is mainly attributed to the growing preference among students to opt for engineering courses that promise plum jobs in the services sector, such as Information and Communication Technology (ICT). Industry watchers estimate that the combined shortfall in public and private sectors could be as high as 600 geologists a year and growing.


"We need some 300 geologists a year, but the availability is less than 100," said Ms Shantha Sheela Nair, Secretary, Ministry of Mines. The Ministry is investing heavily in training programmes to upgrade the skills of existing manpower.

"We need educational institutions to produce geologists even to meet the current demand," Ms Nair said adding Indian geologists are in huge demand the world over.

Besides the private sector mineral and oil companies that employ geologists to map and explore resources, public entities such as the Geological Survey of India (GSI), the Indian Bureau of Mines, the Central Ground Water Board, Oil India Ltd and ONGC hire geologists in large numbers.

"It is not only geology. Students are not opting for even the basic science courses," said Mr Balachandran, Director of the Hyderabad-based GSI Training Institute (GSITI). "Several universities have even withdrawn the post-graduate courses for lack of demand," he said.

However, with the implementation of the New Mineral Policy (NMP), job prospects for geologists in the private sector are expected to improve, Mr Balachandran added.

The New Mineral Policy is expected to help attract large investments in the country's mining sector. A draft legislation to give effect to the NMP is likely to be placed in the forthcoming Budget session of Parliament.

Aware of the manpower shortage, the Government, in collaboration with CII, has commissioned ICRA Management and Consultancy Services (IMaCS) to conduct a study that is likely to be completed soon.

"It is not only in India, there is a world-wide shortage of geologists," said Mr R. K. Sharma, secretary-general of Federation of Indian Mineral Industries (FIMI). "With liberalisation and more investments coming in, people could find it difficult to operate," he said.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Câmara pode votar dois projetos do Pré-Sal esta semana

Câmara pode votar dois projetos do Pré-Sal esta semana
Ideia é começar com leis sobre capitalização da Petrobrás e sobre criação do Fundo Social

Renato Andrade, BRASÍLIA
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Os projetos de lei sobre a capitalização da Petrobrás e a criação do Fundo Social, que fazem parte do arcabouço regulatório do pré-sal, podem ser os primeiros a serem apreciados pelos deputados no retorno dos trabalhos do Congresso esta semana.

A ideia é evitar que a retomada das discussões sobre o tema seja feita pelo projeto que define o novo modelo de exploração e estabelece a divisão de receitas obtidas com a cobrança de royalties, que provocou um embate entre os deputados em dezembro.

A proposta ainda tem que ser discutida pelos líderes dos partidos. "A ideia é não votar o modelo de partilha e começar pelos outros dois projetos", afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais articuladores da bancada fluminense nas questões sobre o pré-sal. Segundo ele, a proposta foi apresentada ao novo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) que, em princípio, teria achado "boa" a iniciativa.

Oficialmente, dos quatro projetos encaminhados pelo governo em setembro para a Câmara, apenas um foi aprovado, o que cria a Petro-Sal, estatal que será responsável pela gestão dos novos contratos.

O projeto mais importante, que estabelece o mecanismo de partilha como novo modelo exploratório, teve seu texto base aprovado no início de dezembro, mas a conclusão da votação ficou travada por conta de uma emenda, de autoria dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG).

O problema desta única pendência é que ela propõe uma divisão igualitária entre todos os Estados e municípios das receitas que serão obtidas com a cobrança de royalties - uma compensação devida pelas empresas que exploram petróleo - tanto nas áreas que ainda serão exploradas, quanto nos campos do pré-sal que já foram licitados. Se aprovada, a proposta alteraria todo o modelo previsto no texto do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), relator da matéria, e provocaria perdas significativas para os cofres do Rio de Janeiro e Espírito Santo, maiores produtores de petróleo do País.

ARTICULAÇÕES

O embate sobre a questão tomou conta das últimas sessões da Câmara no ano passado. Adiar a conclusão da votação desse projeto abriria mais tempo para que os líderes governistas articulassem apoio dentro da base para derrubar a emenda. Para o deputado Rodrigo Rollemberg (DF), líder do PSB, o governo deveria aproveitar as duas primeiras semanas de fevereiro para fazer uma "nova rodada de negociações".

A possibilidade de uma derrota do governo na votação da emenda de Ibsen e Souto é concreta, considerando o atrativo que a proposta tem para representantes de Estados que recebem pouco ou quase nada em termos de royalties de petróleo atualmente.

Rollemberg lembra que apesar do "conceito correto" da medida, a formulação adotada foi "inadequada" e pode acabar prejudicando os Estados não produtores, porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode vetar a proposta e, com isso, manter a distribuição de royalties como é feita hoje, o que representa uma concentração de recursos na mão dos produtores.

Eduardo Cunha vai mais além e argumenta que se o destaque for aprovado poderá ir à Justiça.

A ressaca do mercado de água

DIRETO DA FONTE
A ressaca do mercado de água
O mercado de água mineral começa a ser minado pelos ambientalistas
- A A +Editado por Ana Luiza Herzog*
Revista Exame - 29/08/2007

Na década de 90, empresas de bebidas, como Coca-Cola e Pepsi, começaram a investir para entrar no mercado de água mineral. O motivo foi a queda vertiginosa nas vendas de refrigerantes, que passaram a ser vistos pelos consumidores como inimigos da saúde e da boa forma física.

Hoje, quem diria, é o próprio mercado de água mineral que está sob forte ataque. O argumento é que seu consumo excessivo é nocivo ao planeta. No ano passado, os americanos beberam quase 11 bilhões de dólares de água mineral.

Segundo o Pacific Institute, instituição de pesquisa com sede na Califórnia, a produção e o transporte do produto no país lançaram na atmosfera 8,4 milhões de toneladas de carbono - o mesmo que 2,2 milhões de veículos.

A outra crítica é que o mercado de água mineral produz 50 bilhões de garrafas PET - e apenas 23% delas são recicladas. Isso significa que o país deposita em aterros cerca de 1 bilhão de dólares de plástico por ano.

Por isso, os ambientalistas têm trazido à tona um fato até agora pouco lembrado: ao contrário de habitantes de outros países, os americanos têm água potável de qualidade saindo das torneiras.

Algumas conseqüências desse movimento pró-torneira começam a ser sentidas. A cidade de Nova York lançou recentemente uma campanha para inibir o consumo de água mineral e o prefeito de São Francisco proibiu que o dinheiro do governo seja usado para comprar o produto.

*Com reportagem de Larissa Santana

Na década de 90, empresas de bebidas, como Coca-Cola e Pepsi, começaram a investir para entrar no mercado de água mineral. O motivo foi a queda vertiginosa nas vendas de refrigerantes, que passaram a ser vistos pelos consumidores como inimigos da saúde e da boa forma física.

Hoje, quem diria, é o próprio mercado de água mineral que está sob forte ataque. O argumento é que seu consumo excessivo é nocivo ao planeta. No ano passado, os americanos beberam quase 11 bilhões de dólares de água mineral.

Segundo o Pacific Institute, instituição de pesquisa com sede na Califórnia, a produção e o transporte do produto no país lançaram na atmosfera 8,4 milhões de toneladas de carbono - o mesmo que 2,2 milhões de veículos.

A outra crítica é que o mercado de água mineral produz 50 bilhões de garrafas PET - e apenas 23% delas são recicladas. Isso significa que o país deposita em aterros cerca de 1 bilhão de dólares de plástico por ano.

Por isso, os ambientalistas têm trazido à tona um fato até agora pouco lembrado: ao contrário de habitantes de outros países, os americanos têm água potável de qualidade saindo das torneiras.

Algumas conseqüências desse movimento pró-torneira começam a ser sentidas. A cidade de Nova York lançou recentemente uma campanha para inibir o consumo de água mineral e o prefeito de São Francisco proibiu que o dinheiro do governo seja usado para comprar o produto.

*Com reportagem de Larissa Santana

Lixo na rua, lixo na mente

aterros lotados
Lixo na rua, lixo na mente
A situação no país sõ não é ainda mais grave graças aos catadores
- A A +Washington Novaes*
O Estado de S. Paulo - 09/10/2009
[img1] Desde o último domingo a cidade de São Paulo está mandando para aterros em outros municípios as 13 mil toneladas diárias de lixo domiciliar e comercial que produz, pois se esgotou a capacidade de seu último aterro em funcionamento e ainda não está licenciada a área adicional de 435 mil metros quadrados para onde se pretende expandir o São João (Estado, 2/10).

Mais de uma vez já foram mencionados neste espaço maus exemplos que o autor destas linhas documentou em Nova York (EUA) e Toronto (Canadá). Na primeira, deixou-se esgotar o aterro para onde iam 12 mil toneladas diárias de resíduos. E a solução foi transportá-las diariamente em caminhões para mais de 500 quilômetros de distância, no Estado da Virginia, e depositá-las num aterro privado, ao custo de US$ 720 mil por dia (US$ 30 por tonelada para o transporte, outro tanto para pagar o aterro). Em Toronto também se esgotou o aterro para onde iam 3 mil toneladas diárias. E se teve de implantar um comboio ferroviário para levá-las a 800 quilômetros de distância. São apenas dois de muitos exemplos. No Brasil mesmo, Belo Horizonte já está mandando lixo para dezenas de quilômetros de distância. O Rio de Janeiro tem de exportá-lo para a Baixada Fluminense. Curitiba esgotou o seu aterro, como muitas outras capitais.

Mas há boas notícias também. Uma delas foi anunciada pelo próprio ministro do Meio Ambiente: vai criar um programa de remuneração para os catadores de lixo no Brasil, que já são cerca de 1 milhão. É graças aos catadores que não temos uma situação ainda mais grave no País, já que são eles que encaminham para a reciclagem em empresas (em usinas públicas a porcentagem é insignificante) cerca de um terço do papel e papelão descartado, uns 20% do vidro, talvez outro tanto de plásticos e a quase totalidade das latas de bebidas.

Mas é preciso avançar mais: implantar coleta seletiva em toda parte, encarregar cooperativas de reciclagem de recolher os resíduos já separados, construir usinas de triagem operadas e administradas por elas, onde se pode reciclar cerca de 80% do lixo recolhido - transformando todo o lixo orgânico em composto para uso na jardinagem, contenção de encostas, etc.; todo o papel e papelão, em telhas revestidas de betume, capazes de substituir as de amianto com muitas vantagens; transformando todo o plástico PVC em pellets (para serem utilizados como matéria-prima) ou em mangueiras pretas; moendo o vidro e vendendo-o a recicladoras, assim como latas de alumínio e outros metais. Por esses caminhos se consegue reduzir para 20% o lixo destinado ao aterro. Gerando trabalho e renda para um contingente hoje sem nenhuma proteção.

Outra boa notícia (Estado, 2/10) é a de que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Cetesb concluíram a vistoria dos últimos 48 lixões em território paulista. Para 18 deles já há soluções apresentadas pelas prefeituras. Outros 22 apresentarão suas soluções ainda este mês e 7 já estão em processo de interdição; 13 lixões foram fechados nos últimos dois anos. É uma contribuição importante, já que quase metade do lixo domiciliar e comercial no País continua indo para lixões a céu aberto.

Não será fácil equacionar a questão. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), implantar um aterro capaz de receber 2 mil toneladas diárias de resíduos custa em média R$ 525,8 milhões; de médio porte, para 800 toneladas/dia, R$ 236,5 milhões; e de pequeno porte, para 100 toneladas/dia, R$ 52,4 milhões (Estado, 7/9). Quantas prefeituras têm capacidade financeira para esse investimento, lembrando que a produção média de lixo por pessoa no País já está acima de um quilo por dia? Não por acaso, o mercado da limpeza urbana, segundo estudo da Unesp, está em R$ 17 bilhões anuais. Mas não bastasse tanto lixo, ainda importamos desde janeiro de 2008 mais de 220 mil toneladas de lixo, pagando R$ 257,9 milhões, para ser reciclado e reutilizado em vários setores industriais (Estado, 26/7).

E há outros problemas. Diz, por exemplo, o noticiário deste jornal (16/8) que a Cetesb identificou 19 áreas contaminadas por lixo tóxico só no Bairro da Mooca, que ocupam 300 mil metros quadrados - herança de seu passado industrial. Será preciso descontaminar essas áreas, com altos custos. E encontrar depósitos para o lixo perigoso.

Talvez num deles se possa depositar também o altamente perigoso lixo político que está invadindo nossa vida pública e poderá ter consequências funestas. Pode-se começar lembrando as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, segundo quem "forças demoníacas" têm criado obstáculos ao licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Estado, 30/9). A referência era a ONGs, como o Conselho Indigenista Missionário, e vários outros movimentos sociais, além do Ministério Público Federal, que criticam o projeto. Mas atinge também estudos de universidades que têm demonstrado a precariedade das avaliações sobre consequências ambientais, sociais, políticas e econômicas daquela usina e pedido novos estudos, inclusive sobre o custo da implantação, ora estimado em R$ 9 bilhões, ora em R$ 30 bilhões. Sem argumentos, o ministro prefere demonizar os críticos - um caminho perigoso, porque o passo seguinte seria exorcizá-los, talvez bani-los da vida pública - ou coisa pior.

Na mesma linha, as afirmações do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, de que o ministro do Meio Ambiente é "maconheiro" e "homossexual" e que gostaria de "estuprá-lo em praça pública"(!). E, para completar, o presidente do PSC, Vitor Nósseis (O Popular, 3/10), que, para explicar a migração de políticos para outros partidos, comparou-a a "uma relação entre marido e mulher": "Se o dinheiro sai pela porta, a mulher sai pela janela."

Como se pode avançar na política com tanto lixo?

*Washington Novaes é jornalista

Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S. Paulo, na seção Espaço Aberto



Desde o último domingo a cidade de São Paulo está mandando para aterros em outros municípios as 13 mil toneladas diárias de lixo domiciliar e comercial que produz, pois se esgotou a capacidade de seu último aterro em funcionamento e ainda não está licenciada a área adicional de 435 mil metros quadrados para onde se pretende expandir o São João (Estado, 2/10).

Mais de uma vez já foram mencionados neste espaço maus exemplos que o autor destas linhas documentou em Nova York (EUA) e Toronto (Canadá). Na primeira, deixou-se esgotar o aterro para onde iam 12 mil toneladas diárias de resíduos. E a solução foi transportá-las diariamente em caminhões para mais de 500 quilômetros de distância, no Estado da Virginia, e depositá-las num aterro privado, ao custo de US$ 720 mil por dia (US$ 30 por tonelada para o transporte, outro tanto para pagar o aterro). Em Toronto também se esgotou o aterro para onde iam 3 mil toneladas diárias. E se teve de implantar um comboio ferroviário para levá-las a 800 quilômetros de distância. São apenas dois de muitos exemplos. No Brasil mesmo, Belo Horizonte já está mandando lixo para dezenas de quilômetros de distância. O Rio de Janeiro tem de exportá-lo para a Baixada Fluminense. Curitiba esgotou o seu aterro, como muitas outras capitais.

Mas há boas notícias também. Uma delas foi anunciada pelo próprio ministro do Meio Ambiente: vai criar um programa de remuneração para os catadores de lixo no Brasil, que já são cerca de 1 milhão. É graças aos catadores que não temos uma situação ainda mais grave no País, já que são eles que encaminham para a reciclagem em empresas (em usinas públicas a porcentagem é insignificante) cerca de um terço do papel e papelão descartado, uns 20% do vidro, talvez outro tanto de plásticos e a quase totalidade das latas de bebidas.

Mas é preciso avançar mais: implantar coleta seletiva em toda parte, encarregar cooperativas de reciclagem de recolher os resíduos já separados, construir usinas de triagem operadas e administradas por elas, onde se pode reciclar cerca de 80% do lixo recolhido - transformando todo o lixo orgânico em composto para uso na jardinagem, contenção de encostas, etc.; todo o papel e papelão, em telhas revestidas de betume, capazes de substituir as de amianto com muitas vantagens; transformando todo o plástico PVC em pellets (para serem utilizados como matéria-prima) ou em mangueiras pretas; moendo o vidro e vendendo-o a recicladoras, assim como latas de alumínio e outros metais. Por esses caminhos se consegue reduzir para 20% o lixo destinado ao aterro. Gerando trabalho e renda para um contingente hoje sem nenhuma proteção.

Outra boa notícia (Estado, 2/10) é a de que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Cetesb concluíram a vistoria dos últimos 48 lixões em território paulista. Para 18 deles já há soluções apresentadas pelas prefeituras. Outros 22 apresentarão suas soluções ainda este mês e 7 já estão em processo de interdição; 13 lixões foram fechados nos últimos dois anos. É uma contribuição importante, já que quase metade do lixo domiciliar e comercial no País continua indo para lixões a céu aberto.

Não será fácil equacionar a questão. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), implantar um aterro capaz de receber 2 mil toneladas diárias de resíduos custa em média R$ 525,8 milhões; de médio porte, para 800 toneladas/dia, R$ 236,5 milhões; e de pequeno porte, para 100 toneladas/dia, R$ 52,4 milhões (Estado, 7/9). Quantas prefeituras têm capacidade financeira para esse investimento, lembrando que a produção média de lixo por pessoa no País já está acima de um quilo por dia? Não por acaso, o mercado da limpeza urbana, segundo estudo da Unesp, está em R$ 17 bilhões anuais. Mas não bastasse tanto lixo, ainda importamos desde janeiro de 2008 mais de 220 mil toneladas de lixo, pagando R$ 257,9 milhões, para ser reciclado e reutilizado em vários setores industriais (Estado, 26/7).

E há outros problemas. Diz, por exemplo, o noticiário deste jornal (16/8) que a Cetesb identificou 19 áreas contaminadas por lixo tóxico só no Bairro da Mooca, que ocupam 300 mil metros quadrados - herança de seu passado industrial. Será preciso descontaminar essas áreas, com altos custos. E encontrar depósitos para o lixo perigoso.

Talvez num deles se possa depositar também o altamente perigoso lixo político que está invadindo nossa vida pública e poderá ter consequências funestas. Pode-se começar lembrando as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, segundo quem "forças demoníacas" têm criado obstáculos ao licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Estado, 30/9). A referência era a ONGs, como o Conselho Indigenista Missionário, e vários outros movimentos sociais, além do Ministério Público Federal, que criticam o projeto. Mas atinge também estudos de universidades que têm demonstrado a precariedade das avaliações sobre consequências ambientais, sociais, políticas e econômicas daquela usina e pedido novos estudos, inclusive sobre o custo da implantação, ora estimado em R$ 9 bilhões, ora em R$ 30 bilhões. Sem argumentos, o ministro prefere demonizar os críticos - um caminho perigoso, porque o passo seguinte seria exorcizá-los, talvez bani-los da vida pública - ou coisa pior.

Na mesma linha, as afirmações do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, de que o ministro do Meio Ambiente é "maconheiro" e "homossexual" e que gostaria de "estuprá-lo em praça pública"(!). E, para completar, o presidente do PSC, Vitor Nósseis (O Popular, 3/10), que, para explicar a migração de políticos para outros partidos, comparou-a a "uma relação entre marido e mulher": "Se o dinheiro sai pela porta, a mulher sai pela janela."

Como se pode avançar na política com tanto lixo?

*Washington Novaes é jornalista

Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S. Paulo, na seção Espaço Aberto