BEBA água com estômago vazio. Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente após levantar, na parte da manhã. Além disso, a evidência científica tem demonstrado os valores que seguem em baixo. Para idosos com doenças graves e doenças em tratamento médico, a água tem sido muito bem sucedida. Para a sociedade médica japonesa, tem-se verificado a cura de até 100% para as seguintes doenças: Dores de cabeça, corpo ferido, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, aparelho urinário e doenças renais, vomitos, gastrite, diarréia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta. Método de tratamento: 1. Na parte da manhã e antes de escovar os dentes, beber 4 x 160ml copos de água.
2. Lavar e limpar a boca, mas não comer ou beber nada durante 45 minutos.
3. Após 45 minutos, você pode comer e beber normalmente.
4. Após os 15 minutos do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.
5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 4 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente a quantidade para 4 copos por dia.
6. O método de tratamento cura doenças e os não doentes podem desfrutar de uma vida mais saudável. A lista que se segue apresenta o número de dias que requer tratamento para curar / controle / reduzir as principais doenças: 1. Pressão Alta - 30 dias 2. Gastrite - 10 dias 3. Diabetes - 30 dias 4. Obstipação - 10 dias 5. Câncer - 180 dias 6. Tuberculose - 90 dias 7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento para apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diáriamente. Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente. É melhor continuarmos com o tratamento, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia. Isto faz sentido: os chineses e os japoneses bebem líquido quente com as refeições e não água fria. Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água potável para água quente enquanto come. Nada a perder, tudo a ganhar .! Para quem gosta de beber água fria, esta secção aplica-se a eles. É agradável beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição, porém, a água fria ou bebida fria solidifica o alimento gorduroso que acabou de comer. Isso retarda a digestão. Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto danificada o intestino. Muito em breve isso vai-se transformar em gordura e pode nos levar ao câncer. É melhor tomar uma sopa quente ou água quente após cada refeição. Nota muito importante - perigoso para o coração: As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos são uma dor no braço esquerdo. Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco. Náuseas e sudorese intensa são sintomas muito comuns. 60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo. Sejamos cuidadosos e estamos vigilantes. Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência ... Um cardiologista diz que se todos os que receberem esta mensagem a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhece, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida. Seja um verdadeiro amigo e envie este artigo para todos os seus amigos e conhecidos.
Blog da Associação dos Servidores da SOHIDRA - ASSO, destinado à troca de informações com nossos colegas, colaboradores e população em geral.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Pré-sal e os Brasileiros
Pré-sal e os Brasileiros
12-08-2009
Arte, sob gráfico da Petrobrás: Alessandra Bandeira.
O Brasil é um país de dimensões continentais e detém as maiores reservas de recursos naturais.
O país possui uma das maiores reservas florestais e uma das maiores reservas de água doce e também uma das maiores reservas de minérios de ferro. Sim, mas e daí? E nós brasileiros que nela habitamos e executamos um trabalho árduo para sobreviver? Nós temos os maiores problemas sociais: temos as maiores favelas, um dos maiores índices de analfabetismo, uma das maiores cargas tributárias etc. Enfim, temos as maiores desigualdades sociais: um dos menores índices de saneamento básico e de distribuição de água potável, faltam hospitais públicos com equipamentos para dar uma assistência médica aos mais necessitados, faltam moradias decentes para os mais pobres, faltam escolas decentemente equipadas e professores suficientemente preparados e remunerados para suprir uma boa educação aos jovens.Por outro lado, o Brasil possui uma classe política das mais corruptas e aliadas a uma completa falta de ética e a comportamentos imorais. Os indivíduos integrantes dessa classe política estão muito mais preocupados em preservar os seus privilégios do que em promover oportunidades para os eleitores que os elegeram; o lema desse grupo parece ser o de tirar dos pobres e aumentar o seu patrimônio pessoal.Os eleitores, por sua vez, estão se comportando como meros espectadores; estão apáticos em relação ao que acontece na política, não participando de debates e nem tampouco se revoltando com os fatos deprimentes que ocorrem na esfera política, como se nada lhes dissesse respeito. O povo brasileiro está anestesiado com tantos escândalos que nem se importa mais com tanta falta de dever cívico dos políticos; parece que se esqueceu da noção de poder que tem na voz e nas mãos para mudar o comportamento antiético da classe política. A sociedade civil representada pelos eleitores individualmente está se comportando de uma forma fragmentada cujo único beneficiário é a classe política e outros interesses estranhos ao desenvolvimento do Brasil e de seus habitantes.Agora temos o petróleo do pré-sal: é a última fronteira com uma das maiores reservas de ouro negro, que `pode levar` o Brasil a um desenvolvimento sustentável e os brasileiros a um nível sócio-econômico à altura dos demais países desenvolvidos. Por que `pode levar`? Não é uma certeza? Não!Para que o sonho se torne realidade torna-se necessário a erradicação da corrupção em todos os níveis e o combate à apatia política dos eleitores brasileiros.Nós brasileiros não suportamos ser independentes? Gostamos de viver e trabalhar a mando dos outros? Gostamos de pagar impostos somente para beneficiar a corrupção política? Estamos satisfeitos com as fraudes na aposentadoria pública e na seguridade social em geral? Ficaremos de braços cruzados vendo o petróleo do pré-sal esvair-se do subsolo indo para os confins deste planeta em prol do benefício dos países mais ricos?A erradicação da corrupção e o combate à apatia política dos cidadãos brasileiros só depende da postura de uma sociedade civil mais esclarecida e atuante, levando informações aos mais desfavorecidos e participando ativamente das manifestações em prol do benefício de todos, indistintamente de raça, cor ou classe social.A realidade do momento é outra e o petróleo do pré-sal é um momento histórico e uma oportunidade única para que o Brasil pegue a nave rumo ao início de um futuro promissor e sustentável. A porta da nave está aberta e os brasileiros devem embarcar nela mostrando aos políticos que o atual comportamento na forma de governar sem ética e com corrupção não será mais tolerado e tampouco que a sua riqueza seja esquartejada e distribuída visando interesses estranhos, que não sejam o desenvolvimento sustentável desta grande nação. Nós podemos e devemos reequilibrar direitos e obrigações de toda a classe política. É um direito que nos cabe; as eleições de 2010 estão chegando e a exploração do pré-sal deve visar o desenvolvimento sustentável sócio-econômico, seja na distribuição de empregos, seja no nível de impostos e na distribuição de renda e riqueza para todos os estados do Brasil e em prol dos brasileiros.Vamos ficar atentos aos movimentos dos políticos e mostrar que não estamos mortos e que estamos cansados de vê-los deitados em berço esplêndido. Petroleiros e brasileiros antes de tudo, vamos todos à luta!O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!Henrique Sotoma é diretor administrativo da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás). Correio da Cidadania - 07-Ago-2009.
12-08-2009
Arte, sob gráfico da Petrobrás: Alessandra Bandeira.
O Brasil é um país de dimensões continentais e detém as maiores reservas de recursos naturais.
O país possui uma das maiores reservas florestais e uma das maiores reservas de água doce e também uma das maiores reservas de minérios de ferro. Sim, mas e daí? E nós brasileiros que nela habitamos e executamos um trabalho árduo para sobreviver? Nós temos os maiores problemas sociais: temos as maiores favelas, um dos maiores índices de analfabetismo, uma das maiores cargas tributárias etc. Enfim, temos as maiores desigualdades sociais: um dos menores índices de saneamento básico e de distribuição de água potável, faltam hospitais públicos com equipamentos para dar uma assistência médica aos mais necessitados, faltam moradias decentes para os mais pobres, faltam escolas decentemente equipadas e professores suficientemente preparados e remunerados para suprir uma boa educação aos jovens.Por outro lado, o Brasil possui uma classe política das mais corruptas e aliadas a uma completa falta de ética e a comportamentos imorais. Os indivíduos integrantes dessa classe política estão muito mais preocupados em preservar os seus privilégios do que em promover oportunidades para os eleitores que os elegeram; o lema desse grupo parece ser o de tirar dos pobres e aumentar o seu patrimônio pessoal.Os eleitores, por sua vez, estão se comportando como meros espectadores; estão apáticos em relação ao que acontece na política, não participando de debates e nem tampouco se revoltando com os fatos deprimentes que ocorrem na esfera política, como se nada lhes dissesse respeito. O povo brasileiro está anestesiado com tantos escândalos que nem se importa mais com tanta falta de dever cívico dos políticos; parece que se esqueceu da noção de poder que tem na voz e nas mãos para mudar o comportamento antiético da classe política. A sociedade civil representada pelos eleitores individualmente está se comportando de uma forma fragmentada cujo único beneficiário é a classe política e outros interesses estranhos ao desenvolvimento do Brasil e de seus habitantes.Agora temos o petróleo do pré-sal: é a última fronteira com uma das maiores reservas de ouro negro, que `pode levar` o Brasil a um desenvolvimento sustentável e os brasileiros a um nível sócio-econômico à altura dos demais países desenvolvidos. Por que `pode levar`? Não é uma certeza? Não!Para que o sonho se torne realidade torna-se necessário a erradicação da corrupção em todos os níveis e o combate à apatia política dos eleitores brasileiros.Nós brasileiros não suportamos ser independentes? Gostamos de viver e trabalhar a mando dos outros? Gostamos de pagar impostos somente para beneficiar a corrupção política? Estamos satisfeitos com as fraudes na aposentadoria pública e na seguridade social em geral? Ficaremos de braços cruzados vendo o petróleo do pré-sal esvair-se do subsolo indo para os confins deste planeta em prol do benefício dos países mais ricos?A erradicação da corrupção e o combate à apatia política dos cidadãos brasileiros só depende da postura de uma sociedade civil mais esclarecida e atuante, levando informações aos mais desfavorecidos e participando ativamente das manifestações em prol do benefício de todos, indistintamente de raça, cor ou classe social.A realidade do momento é outra e o petróleo do pré-sal é um momento histórico e uma oportunidade única para que o Brasil pegue a nave rumo ao início de um futuro promissor e sustentável. A porta da nave está aberta e os brasileiros devem embarcar nela mostrando aos políticos que o atual comportamento na forma de governar sem ética e com corrupção não será mais tolerado e tampouco que a sua riqueza seja esquartejada e distribuída visando interesses estranhos, que não sejam o desenvolvimento sustentável desta grande nação. Nós podemos e devemos reequilibrar direitos e obrigações de toda a classe política. É um direito que nos cabe; as eleições de 2010 estão chegando e a exploração do pré-sal deve visar o desenvolvimento sustentável sócio-econômico, seja na distribuição de empregos, seja no nível de impostos e na distribuição de renda e riqueza para todos os estados do Brasil e em prol dos brasileiros.Vamos ficar atentos aos movimentos dos políticos e mostrar que não estamos mortos e que estamos cansados de vê-los deitados em berço esplêndido. Petroleiros e brasileiros antes de tudo, vamos todos à luta!O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!Henrique Sotoma é diretor administrativo da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás). Correio da Cidadania - 07-Ago-2009.
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Saúde perto de um apagão.Fonte: MOVA-SE
Saúde perto de um apagão
17-08-2009
A secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, admitiu em reunião no Conselho Nacional de Saúde, que não há recursos para fechar o ano...
A secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, admitiu em reunião no Conselho Nacional de Saúde, que não há recursos para fechar o ano e que em outubro, no mais tardar em novembro, começará a faltar dinheiro para o Sistema Único de Saúde - SUS. Segundo ela, a saúde vive a pior crise dos últimos anos e o déficit chega a R$ 3,6 bilhões em 2009. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde, afirmou que este é o momento de o Congresso Nacional entrar nessa guerra e fazer pressão para que a regulamentação da Emenda Constitucional 29 seja enfim votada pela Câmara e possa seguir para a casa de origem, o Senado. Do contrário, a saúde vai sofrer um novo "apagão", disse.A pandemia da gripe Influenza A H1N1 vem se alastrando pelo País neste inverno levando muita preocupação a todos os brasileiros e o Ministério da Saúde vai precisar de pelo menos mais R$ 1 bilhão para enfrentá-la. A solução definitiva, explicou Perondi, passa pela regulamentação da EC 29. Resta apenas um Destaque, justamente o que cria a CSS, a Contribuição Social para a Saúde. Perondi revelou que tem conversado com vários parlamentares e que a oposição não deve obstruir a votação, que pode acontecer já na próxima semana. O Ministério da Saúde conta com a aprovação da CSS para engordar seu orçamento em 2010. Espera arrecadar mais R$ 12,5 bilhões. Sem a CSS, a correção do orçamento da saúde, de acordo com a variação nominal do PIB, será de apenas 5,6%, percentual bem menor que os 12%, em média, registrados nos últimos anos.O deputado Darcísio Perondi ressalta que, além da regulamentação da EC 29, os parlamentares precisam buscar recursos mais imediatos, objeto de compromissos assumidos pelo Governo e que ainda não foram cumpridos. No dia 18 de dezembro último, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para 2009, no valor de R$ 1,3 trilhão. O relatório do senador Delcídio Amaral (PT-MS), seguindo orientação do Ministério do Planejamento, trouxe cortes vultosos de R$ 10,3 bilhões, sendo R$ 1,850 bilhão só do setor de saúde. Na ocasião, o deputado Perondi obteve a garantia dos líderes governistas, o deputado Gilmar Machado (PT-MG) e a então senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), de que os cortes seriam recompostos até o mês de março, o que ainda não aconteceu.A Frente Parlamentar da Saúde também vai cobrar uma suplementação de R$ 2,1 bilhões, que é, segundo Perondi, o tamanho do buraco que existe nos setores de UTI e média e alta complexidade. "Ainda não há qualquer sinalização do Ministério do Planejamento em conceder essa suplementação. Eles precisam ter consciência de que o SUS, para atender um mínimo possível este ano, precisa de quase R$ 4 bilhões", afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Saúde.O Ministério da Saúde pode ter suas preocupações amenizadas, caso o Governo cumpra uma recomendação do Ministério Público Federal, encaminhada no último mês de maio aos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. De acordo com o documento, o Governo precisa fazer uma recomposição de R$ 5,4 bilhões ao orçamento do Sistema Único de Saúde, por descumprimento da Emenda Constitucional 29.Fonte: Boletim Informativo da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB
17-08-2009
A secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, admitiu em reunião no Conselho Nacional de Saúde, que não há recursos para fechar o ano...
A secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, admitiu em reunião no Conselho Nacional de Saúde, que não há recursos para fechar o ano e que em outubro, no mais tardar em novembro, começará a faltar dinheiro para o Sistema Único de Saúde - SUS. Segundo ela, a saúde vive a pior crise dos últimos anos e o déficit chega a R$ 3,6 bilhões em 2009. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde, afirmou que este é o momento de o Congresso Nacional entrar nessa guerra e fazer pressão para que a regulamentação da Emenda Constitucional 29 seja enfim votada pela Câmara e possa seguir para a casa de origem, o Senado. Do contrário, a saúde vai sofrer um novo "apagão", disse.A pandemia da gripe Influenza A H1N1 vem se alastrando pelo País neste inverno levando muita preocupação a todos os brasileiros e o Ministério da Saúde vai precisar de pelo menos mais R$ 1 bilhão para enfrentá-la. A solução definitiva, explicou Perondi, passa pela regulamentação da EC 29. Resta apenas um Destaque, justamente o que cria a CSS, a Contribuição Social para a Saúde. Perondi revelou que tem conversado com vários parlamentares e que a oposição não deve obstruir a votação, que pode acontecer já na próxima semana. O Ministério da Saúde conta com a aprovação da CSS para engordar seu orçamento em 2010. Espera arrecadar mais R$ 12,5 bilhões. Sem a CSS, a correção do orçamento da saúde, de acordo com a variação nominal do PIB, será de apenas 5,6%, percentual bem menor que os 12%, em média, registrados nos últimos anos.O deputado Darcísio Perondi ressalta que, além da regulamentação da EC 29, os parlamentares precisam buscar recursos mais imediatos, objeto de compromissos assumidos pelo Governo e que ainda não foram cumpridos. No dia 18 de dezembro último, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para 2009, no valor de R$ 1,3 trilhão. O relatório do senador Delcídio Amaral (PT-MS), seguindo orientação do Ministério do Planejamento, trouxe cortes vultosos de R$ 10,3 bilhões, sendo R$ 1,850 bilhão só do setor de saúde. Na ocasião, o deputado Perondi obteve a garantia dos líderes governistas, o deputado Gilmar Machado (PT-MG) e a então senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), de que os cortes seriam recompostos até o mês de março, o que ainda não aconteceu.A Frente Parlamentar da Saúde também vai cobrar uma suplementação de R$ 2,1 bilhões, que é, segundo Perondi, o tamanho do buraco que existe nos setores de UTI e média e alta complexidade. "Ainda não há qualquer sinalização do Ministério do Planejamento em conceder essa suplementação. Eles precisam ter consciência de que o SUS, para atender um mínimo possível este ano, precisa de quase R$ 4 bilhões", afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Saúde.O Ministério da Saúde pode ter suas preocupações amenizadas, caso o Governo cumpra uma recomendação do Ministério Público Federal, encaminhada no último mês de maio aos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. De acordo com o documento, o Governo precisa fazer uma recomposição de R$ 5,4 bilhões ao orçamento do Sistema Único de Saúde, por descumprimento da Emenda Constitucional 29.Fonte: Boletim Informativo da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB
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Saúde perto de um apagão
Os dezenove por cento
Os dezenove por cento
19-08-2009
A cobrança dos servidores pelos resultados das ações sobre os 19% tem sido freqüente e os comentários a respeito do assunto são infundados. Saiba qual o resultado atual das ações!
Tem sido freqüente a cobrança dos servidores pelos resultados das ações sobre os 19%. Surgem comentários que o governo irá implantar o percentual sem pagar o retroativo e outros vão mais além: que outros advogados tiveram ganho de causa e que tem servidor já recebendo. Tudo não passa de comentários infundados. O RESULTADO atual destas ações é o seguinte:As ações julgadas pelo Juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública foram procedentes, porém o Estado apelou para o Tribunal de Justiça-TJ, em segunda instancia. As ações julgadas pela 5ª e 7ª Vara da Fazenda Pública foram improcedentes. As partes prejudicadas apresentaram recurso de Apelação para o Tribunal de Justiça. O Juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública julgou improcedentes as ações tendo como argumento a Prescrição. A Juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública julgou improcedentes as ações e argumentou a incompetência do Poder Judiciário para conceder aumento ao servidor público, por esta competência ser apenas do Poder Executivo.Os recursos que já foram julgados pelo Tribunal de Justiça seguiram a seguinte ordem: 1. Reformaram as sentenças da 3ª Vara tornando-as improcedentes e as sentenças da 5ª e 7ª Vara foram mantidas Improcedentes. 2. O argumento do Tribunal de Justiça é de que não houve a revisão geral da remuneração dos professores de 1º 2º e graus, o que contraria os princípios constitucionais. Insinuam que houve apenas uma recompensa àqueles servidores em razão da relevância do serviço, podendo o Estado assim proceder em virtude do Poder Discricionário da Administração Pública (que tem o Administrador Púbico para administrar).3. Das decisões do Tribunal de Justiça (Acordões) foram interpostos Recursos Ordinários para o Superior Tribunal de Justiça-STJ e Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal-STF, instancia superiores. 4. Ainda não se sabe a decisão destes Tribunais, até porque o tempo não permite, são atos considerados recentes (promovidos em 2008). Convém ressaltar que em ações desta natureza o transito em julgado (final dos trâmites processuais) até a execução do julgado, em razão da estrutura do Poder Judiciário e da morosidade processual, gira em tomo de, no mínimo, 10 anos. Como as ações foram promovidas em julho de 2003, temos infelizmente que esperar pelos resultados finais por um bom tempo. Assessoria Jurídica do MOVA-SE
19-08-2009
A cobrança dos servidores pelos resultados das ações sobre os 19% tem sido freqüente e os comentários a respeito do assunto são infundados. Saiba qual o resultado atual das ações!
Tem sido freqüente a cobrança dos servidores pelos resultados das ações sobre os 19%. Surgem comentários que o governo irá implantar o percentual sem pagar o retroativo e outros vão mais além: que outros advogados tiveram ganho de causa e que tem servidor já recebendo. Tudo não passa de comentários infundados. O RESULTADO atual destas ações é o seguinte:As ações julgadas pelo Juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública foram procedentes, porém o Estado apelou para o Tribunal de Justiça-TJ, em segunda instancia. As ações julgadas pela 5ª e 7ª Vara da Fazenda Pública foram improcedentes. As partes prejudicadas apresentaram recurso de Apelação para o Tribunal de Justiça. O Juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública julgou improcedentes as ações tendo como argumento a Prescrição. A Juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública julgou improcedentes as ações e argumentou a incompetência do Poder Judiciário para conceder aumento ao servidor público, por esta competência ser apenas do Poder Executivo.Os recursos que já foram julgados pelo Tribunal de Justiça seguiram a seguinte ordem: 1. Reformaram as sentenças da 3ª Vara tornando-as improcedentes e as sentenças da 5ª e 7ª Vara foram mantidas Improcedentes. 2. O argumento do Tribunal de Justiça é de que não houve a revisão geral da remuneração dos professores de 1º 2º e graus, o que contraria os princípios constitucionais. Insinuam que houve apenas uma recompensa àqueles servidores em razão da relevância do serviço, podendo o Estado assim proceder em virtude do Poder Discricionário da Administração Pública (que tem o Administrador Púbico para administrar).3. Das decisões do Tribunal de Justiça (Acordões) foram interpostos Recursos Ordinários para o Superior Tribunal de Justiça-STJ e Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal-STF, instancia superiores. 4. Ainda não se sabe a decisão destes Tribunais, até porque o tempo não permite, são atos considerados recentes (promovidos em 2008). Convém ressaltar que em ações desta natureza o transito em julgado (final dos trâmites processuais) até a execução do julgado, em razão da estrutura do Poder Judiciário e da morosidade processual, gira em tomo de, no mínimo, 10 anos. Como as ações foram promovidas em julho de 2003, temos infelizmente que esperar pelos resultados finais por um bom tempo. Assessoria Jurídica do MOVA-SE
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Os dezenove por cento
Médicos viajam por 'Brasil de baixo IDH
São Paulo, 13/08/2009Médicos viajam por 'Brasil de baixo IDH'Entre 2007 e 2009, casal partiu pelo país para atender a população carente de municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano-->
Os Médicos da Terra
Possuem uma página na internet com mais informações sobre o projeto original da expedição. Eles relataram o cotidiano da viagem com textos e fotos em um blog. Veja também o roteiro de cidades seguido por Danielle e Carlos em seu jipe entre 2007 e 2009.
FÁBIO BRANDTda PrimaPagina
O casal de médicos Carlos Alberto Maknavicius e Danielle Bouhid Bertolini chegou a Manari em abril de 2008 pela BR-300, estrada de asfalto esburacado, alagada pela chuva e tomada por cabritos e urubus. A cidade de 16,5 mil habitantes fica no agreste pernambucano, perto de Caetés, onde nasceu o presidente Lula em 1945. Com o pior IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Brasil, Manari foi a trigésima parada de uma expedição que o casal manteve por quase dois anos (entre 2007 e 2009), oferecendo atendimento médico gratuito aos moradores de áreas isoladas e carentes do país.
“A gente não sabia como escolher as cidades e surgiu a idéia de usar o IDH que é um bom parâmetro. Como você vai saber que cidade está precisando?", explica Danielle, contando que, após relacionar as cidades de IDH mais baixo, ela e Carlos pararam naquelas que estavam na rota que desejavam seguir pelo país.
Os dois cortaram 23 estados – só não passaram por Roraima, Amapá e Acre – e, segundo Danielle, a BR-300 não foi das piores estradas pelas quais passaram. Ao todo, eles atenderam mais de 4 mil pessoas, contando os beneficiados pelas consultas e pelas palestras sobre cuidados básicos de saúde e higiene que os médicos ministraram em escolas públicas.
Danielle faz questão de ressaltar: números grandiosos nunca foram objetivos da dupla. “Queríamos prestar um atendimento mais humano”, diz, explicando que o interior do país carece de médicos com disponibilidade e condições de trabalho para atender nas casas dos pacientes. “Os médicos do Programa Saúde da Família estão sempre distantes, ganham pouco, acabam tendo outros trabalhos e não ficam disponíveis em horário integral. O programa não funciona como deveria, atendendo nas casas”, avalia Danielle, apoiando-se na experiência da expedição.
Ela e Carlos criaram a ONG Médicos da Terra para colocar em prática seus ideais de medicina. “Não fiz medicina para ficar dentro de um consultório no centro de São Paulo. Medicina é para ajudar as pessoas necessitadas”, afirma Danielle. Com um mês e meio de namoro, em 2006, os dois descobriram que uma de suas vontades em comum era partir pelo Brasil aplicando seus conhecimentos médicos. Menos de um ano depois, em meados de 2007, caíam na estrada – ele com 37 anos e ela 32. Cada um pediu demissão de quatro empregos, todos “de carteira assinada”. “Não era ‘sou recém-formado, não tenho nada fixo e vou embora’. Eu não estava contente com a medicina que estava fazendo”, relata Danielle, que, como o companheiro, hoje é funcionária da Santa Casa de Fernandópolis, no interior de São Paulo.
Na estrada
A bordo de um jipe Land Rover Defender 110 o casal partiu de São Paulo em direção ao Nordeste com a ideia de parar nas cidades de baixo IDH e ensinar primeiros socorros para as pessoas. “Pensávamos que tinha muita gente para pouco médico, somos só dois. Mas não dá para não atender”, afirma Danielle. Acrescentaram os atendimentos no seu plano de ação o que, no entanto, não foi o impacto mais forte sofrido pelos médicos durante a viagem. “A gente tinha uma idéia de Brasil muito diferente daquilo que encontrou”, diz Danielle, explicando: “Falta médico e tudo o mais, mas de certa forma o atendimento de saúde existe, mesmo que precário. O que nem imaginávamos é a deficiência de higiene e saneamento. Mais de 95% [das comunidades visitadas] não tinha nem fossa, era a céu aberto. Não tem filtro de água”. Assim, eles alteraram o conteúdo das palestras, direcionadas a crianças do primário, e passaram a falar de temas como a importância de lavar as mãos, escovar os dentes e filtrar a água.
Depois do Nordeste, eles percorreram o Norte, o Centro-Oeste, o Sudeste e encerraram a viagem rodando o Sul do país. A princípio, Danielle e Carlos estavam dispostos a gastar todas suas economias para bancar a expedição, sem nem fundar entidade alguma. Mas os amigos sugeriram buscar patrocínio e eles acabaram recebendo diversos apoios, como o de uma empresa que cedeu material cirúrgico, de outras que contribuíram com equipamento para o carro e das secretarias de saúde dos municípios que aceitavam a visita dos médicos. “As secretarias nos recebiam e cediam os medicamentos que distribuíamos quando estávamos no local. O que sobrava, devolvíamos antes de ir embora”, detalha Danielle. No final, não gastaram dinheiro do próprio bolso para manter a expedição. “Mas gastamos tudo o que recebemos”, ressalta a médica.
Além do apoio com os medicamentos, as secretarias de saúde foram cruciais para a realização da viagem porque designavam os agentes de saúde para ir com os Médicos da Terra aos locais mais carentes das cidades. “Isso torna o trabalho mais efetivo, porque você vai onde realmente precisa”, avalia Danielle.
Resultados
O final da imersão Brasil adentro ocorreu em abril de 2009, conta Danielle, garantindo que valeu a pena. “Também fizemos grandes amigos com quem nos comunicamos até hoje”. Apesar de carregar a tenda no teto do jipe, não era em todos os lugares que se podia erguer acampamento e aí valia a hospitalidade dos locais e o apoio dos secretários de saúde. Uma das demonstrações mais marcantes de solidariedade, que a médica faz questão de relatar, foi o da travessia da BR-319, entre Manaus e Porto Velho. “Ela é perigosa mesmo em comboio e nós íamos sozinhos. Não tem posto de gasolina, não tem hotel e a floresta está cobrindo metade da estrada”. Quando eles já haviam aceitado o desafio solitário, dois casais de jipeiros decidiram os acompanhar no trajeto. “Atravessaram com a gente e logo em seguida fizeram o caminho de volta”, relembra Danielle, sem esquecer que, no meio do caminho, as companhias os ajudaram a consertar uma ponte para seguir viagem.
Um dos motivos para o encerramento da missão, conta Danielle, foi a doença que acometeu Carlos ainda na primeira metade da expedição e que ele suportou durante muito tempo. “Por isso ele não gosta de falar muito sobre a viagem”, explica.
Após os dois terem uma diarreia no sertão do Ceará, o organismo de Carlos manifestou uma doença auto-imune (que desencadeia anti-corpos que combatem o próprio corpo) chamada Síndrome de Raiter. “Isso causou artrite no joelho, na mão e no tornozelo, além de conjuntivite e outras doenças”, diz a companheira. “Há risco de perca de visão e descolamento de retina”, diz.
Durante três meses o projeto dos Médicos da Terra foi interrompido com o retorno dos dois a São Paulo – Carlos numa cadeira de rodas – onde ele foi submetido a fisioterapias e tratamento. “A doença pode voltar diante do stress físico e emocional. Mas decidimos correr o risco e terminar o que estávamos determinados a fazer”, recorda Danielle.
A segunda etapa do projeto – que seria realizada nos outros continentes – fica adiada indeterminadamente. “Esperamos retomar, mas não dessa forma. Ficamos consumidos. A forma como a gente fez foi efetiva, mas desgastante”, declara Danielle. Além da doença de Carlos, ela menciona o inevitável comprometimento da saúde mental e física dos dois perante a vontade de “fazer um trabalho social decente”. Trabalhavam de segunda à sexta, das sete ou oito horas da manhã até às dezessete ou dezoito horas. Ela acrescenta que os dois agora querem descansar e ficar próximo aos familiares e amigos, algo que a viagem lhes mostrou ser “a coisa mais importante”.
Agora, os Médicos da Terra esperam a hora certa para retornar aos municípios que já visitaram e ver como o resultado de seu trabalho repercutiu no longo prazo. Mas as condições da viagem devem ser melhores, admite Danielle. Ela ressalta uma crítica ao Conselho Federal de Medicina e aos Conselhos regionais: “Não nos apoiaram”, lamenta, explicando que, inscrita no Conselho de São Paulo, precisa de autorização do Conselho de cada um dos outros Estados onde quer trabalhar para exercer sua profissão de médica, mesmo que por poucos dias. “Chegamos a ficar uma semana parados em Feira de Santana, na Bahia, sem fazer nada, esperando autorização. É má vontade”, conclui.
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Os Médicos da Terra
Possuem uma página na internet com mais informações sobre o projeto original da expedição. Eles relataram o cotidiano da viagem com textos e fotos em um blog. Veja também o roteiro de cidades seguido por Danielle e Carlos em seu jipe entre 2007 e 2009.
FÁBIO BRANDTda PrimaPagina
O casal de médicos Carlos Alberto Maknavicius e Danielle Bouhid Bertolini chegou a Manari em abril de 2008 pela BR-300, estrada de asfalto esburacado, alagada pela chuva e tomada por cabritos e urubus. A cidade de 16,5 mil habitantes fica no agreste pernambucano, perto de Caetés, onde nasceu o presidente Lula em 1945. Com o pior IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Brasil, Manari foi a trigésima parada de uma expedição que o casal manteve por quase dois anos (entre 2007 e 2009), oferecendo atendimento médico gratuito aos moradores de áreas isoladas e carentes do país.
“A gente não sabia como escolher as cidades e surgiu a idéia de usar o IDH que é um bom parâmetro. Como você vai saber que cidade está precisando?", explica Danielle, contando que, após relacionar as cidades de IDH mais baixo, ela e Carlos pararam naquelas que estavam na rota que desejavam seguir pelo país.
Os dois cortaram 23 estados – só não passaram por Roraima, Amapá e Acre – e, segundo Danielle, a BR-300 não foi das piores estradas pelas quais passaram. Ao todo, eles atenderam mais de 4 mil pessoas, contando os beneficiados pelas consultas e pelas palestras sobre cuidados básicos de saúde e higiene que os médicos ministraram em escolas públicas.
Danielle faz questão de ressaltar: números grandiosos nunca foram objetivos da dupla. “Queríamos prestar um atendimento mais humano”, diz, explicando que o interior do país carece de médicos com disponibilidade e condições de trabalho para atender nas casas dos pacientes. “Os médicos do Programa Saúde da Família estão sempre distantes, ganham pouco, acabam tendo outros trabalhos e não ficam disponíveis em horário integral. O programa não funciona como deveria, atendendo nas casas”, avalia Danielle, apoiando-se na experiência da expedição.
Ela e Carlos criaram a ONG Médicos da Terra para colocar em prática seus ideais de medicina. “Não fiz medicina para ficar dentro de um consultório no centro de São Paulo. Medicina é para ajudar as pessoas necessitadas”, afirma Danielle. Com um mês e meio de namoro, em 2006, os dois descobriram que uma de suas vontades em comum era partir pelo Brasil aplicando seus conhecimentos médicos. Menos de um ano depois, em meados de 2007, caíam na estrada – ele com 37 anos e ela 32. Cada um pediu demissão de quatro empregos, todos “de carteira assinada”. “Não era ‘sou recém-formado, não tenho nada fixo e vou embora’. Eu não estava contente com a medicina que estava fazendo”, relata Danielle, que, como o companheiro, hoje é funcionária da Santa Casa de Fernandópolis, no interior de São Paulo.
Na estrada
A bordo de um jipe Land Rover Defender 110 o casal partiu de São Paulo em direção ao Nordeste com a ideia de parar nas cidades de baixo IDH e ensinar primeiros socorros para as pessoas. “Pensávamos que tinha muita gente para pouco médico, somos só dois. Mas não dá para não atender”, afirma Danielle. Acrescentaram os atendimentos no seu plano de ação o que, no entanto, não foi o impacto mais forte sofrido pelos médicos durante a viagem. “A gente tinha uma idéia de Brasil muito diferente daquilo que encontrou”, diz Danielle, explicando: “Falta médico e tudo o mais, mas de certa forma o atendimento de saúde existe, mesmo que precário. O que nem imaginávamos é a deficiência de higiene e saneamento. Mais de 95% [das comunidades visitadas] não tinha nem fossa, era a céu aberto. Não tem filtro de água”. Assim, eles alteraram o conteúdo das palestras, direcionadas a crianças do primário, e passaram a falar de temas como a importância de lavar as mãos, escovar os dentes e filtrar a água.
Depois do Nordeste, eles percorreram o Norte, o Centro-Oeste, o Sudeste e encerraram a viagem rodando o Sul do país. A princípio, Danielle e Carlos estavam dispostos a gastar todas suas economias para bancar a expedição, sem nem fundar entidade alguma. Mas os amigos sugeriram buscar patrocínio e eles acabaram recebendo diversos apoios, como o de uma empresa que cedeu material cirúrgico, de outras que contribuíram com equipamento para o carro e das secretarias de saúde dos municípios que aceitavam a visita dos médicos. “As secretarias nos recebiam e cediam os medicamentos que distribuíamos quando estávamos no local. O que sobrava, devolvíamos antes de ir embora”, detalha Danielle. No final, não gastaram dinheiro do próprio bolso para manter a expedição. “Mas gastamos tudo o que recebemos”, ressalta a médica.
Além do apoio com os medicamentos, as secretarias de saúde foram cruciais para a realização da viagem porque designavam os agentes de saúde para ir com os Médicos da Terra aos locais mais carentes das cidades. “Isso torna o trabalho mais efetivo, porque você vai onde realmente precisa”, avalia Danielle.
Resultados
O final da imersão Brasil adentro ocorreu em abril de 2009, conta Danielle, garantindo que valeu a pena. “Também fizemos grandes amigos com quem nos comunicamos até hoje”. Apesar de carregar a tenda no teto do jipe, não era em todos os lugares que se podia erguer acampamento e aí valia a hospitalidade dos locais e o apoio dos secretários de saúde. Uma das demonstrações mais marcantes de solidariedade, que a médica faz questão de relatar, foi o da travessia da BR-319, entre Manaus e Porto Velho. “Ela é perigosa mesmo em comboio e nós íamos sozinhos. Não tem posto de gasolina, não tem hotel e a floresta está cobrindo metade da estrada”. Quando eles já haviam aceitado o desafio solitário, dois casais de jipeiros decidiram os acompanhar no trajeto. “Atravessaram com a gente e logo em seguida fizeram o caminho de volta”, relembra Danielle, sem esquecer que, no meio do caminho, as companhias os ajudaram a consertar uma ponte para seguir viagem.
Um dos motivos para o encerramento da missão, conta Danielle, foi a doença que acometeu Carlos ainda na primeira metade da expedição e que ele suportou durante muito tempo. “Por isso ele não gosta de falar muito sobre a viagem”, explica.
Após os dois terem uma diarreia no sertão do Ceará, o organismo de Carlos manifestou uma doença auto-imune (que desencadeia anti-corpos que combatem o próprio corpo) chamada Síndrome de Raiter. “Isso causou artrite no joelho, na mão e no tornozelo, além de conjuntivite e outras doenças”, diz a companheira. “Há risco de perca de visão e descolamento de retina”, diz.
Durante três meses o projeto dos Médicos da Terra foi interrompido com o retorno dos dois a São Paulo – Carlos numa cadeira de rodas – onde ele foi submetido a fisioterapias e tratamento. “A doença pode voltar diante do stress físico e emocional. Mas decidimos correr o risco e terminar o que estávamos determinados a fazer”, recorda Danielle.
A segunda etapa do projeto – que seria realizada nos outros continentes – fica adiada indeterminadamente. “Esperamos retomar, mas não dessa forma. Ficamos consumidos. A forma como a gente fez foi efetiva, mas desgastante”, declara Danielle. Além da doença de Carlos, ela menciona o inevitável comprometimento da saúde mental e física dos dois perante a vontade de “fazer um trabalho social decente”. Trabalhavam de segunda à sexta, das sete ou oito horas da manhã até às dezessete ou dezoito horas. Ela acrescenta que os dois agora querem descansar e ficar próximo aos familiares e amigos, algo que a viagem lhes mostrou ser “a coisa mais importante”.
Agora, os Médicos da Terra esperam a hora certa para retornar aos municípios que já visitaram e ver como o resultado de seu trabalho repercutiu no longo prazo. Mas as condições da viagem devem ser melhores, admite Danielle. Ela ressalta uma crítica ao Conselho Federal de Medicina e aos Conselhos regionais: “Não nos apoiaram”, lamenta, explicando que, inscrita no Conselho de São Paulo, precisa de autorização do Conselho de cada um dos outros Estados onde quer trabalhar para exercer sua profissão de médica, mesmo que por poucos dias. “Chegamos a ficar uma semana parados em Feira de Santana, na Bahia, sem fazer nada, esperando autorização. É má vontade”, conclui.
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ANA recebe visita de prefeitos gaúchos
ANA recebe visita de prefeitos gaúchos
Rosana Hessel A Agência Nacional das Águas (ANA) e a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), do Rio Grande do Sul (RS), demonstraram hoje a intenção de firmar um acordo de cooperação técnica para a elaboração de projetos de preservação dos recursos hídricos da região e atender a política de recursos hídricos nacional. A previsão é que ele seja assinado em outubro após a criação, em breve, de um consórcio municipal entre os integrantes da Azonasul como forma de atrair recursos para o programa de preservação dos mananciais daquela região de forma a explorar também o turismo e a capacidade de irrigação, especialmente de arroz.O presidente da ANA, José Machado, recebeu na manhã desta terça-feira (18) um grupo de 19 prefeitos do sul do RS associados da Azonasul, que estão em uma missão em Brasília. A Azonasul reúne as cidades de Aceguá, Arroio Grande, Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Encruzilhada do Sul, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pedro Osório, Pedras Altas, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santana da Boa Vista, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Turuçu.Machado destacou a necessidade de acordos também com o governo estadual, o Ministério das Cidades e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ele afirmou que tem intenção de visitar a região do sul do RS e sugeriu a realização de um seminário conjunto em outubro com a participação de técnicos de três áreas da ANA - Outorga, Planejamento e Gestão de Planejamento - para que os problemas e as soluções de cada município sejam apresentados para dar subsídios para a elaboração e assinatura do acordo de cooperação.As autoridades demonstraram bastante entusiasmo com a possibilidade do acordo e reforçaram o convite para que o seminário seja realizado assim como a visita do presidente da ANA à região. O presidente da associação e prefeito de São Lourenço do Sul, José Sidney Nunes de Almeida, afirmou ainda que os prefeitos estão preocupados com a preservação do estuário da região e buscam descobrir todos os potenciais da região, especialmente o turístico. Ele também sinalizou a intenção de convidar o governo do Estado do RS para a mesa de discussões do acordo e do programa de preservação daquela região.
Data: 18 de agosto de 2009
Assessoria de Comunicação – ANAFones: 61.2109.5129/5103 Fax: 61 2109.5129Email: imprensa@ana.gov.br
Rosana Hessel A Agência Nacional das Águas (ANA) e a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), do Rio Grande do Sul (RS), demonstraram hoje a intenção de firmar um acordo de cooperação técnica para a elaboração de projetos de preservação dos recursos hídricos da região e atender a política de recursos hídricos nacional. A previsão é que ele seja assinado em outubro após a criação, em breve, de um consórcio municipal entre os integrantes da Azonasul como forma de atrair recursos para o programa de preservação dos mananciais daquela região de forma a explorar também o turismo e a capacidade de irrigação, especialmente de arroz.O presidente da ANA, José Machado, recebeu na manhã desta terça-feira (18) um grupo de 19 prefeitos do sul do RS associados da Azonasul, que estão em uma missão em Brasília. A Azonasul reúne as cidades de Aceguá, Arroio Grande, Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Encruzilhada do Sul, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pedro Osório, Pedras Altas, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santana da Boa Vista, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Turuçu.Machado destacou a necessidade de acordos também com o governo estadual, o Ministério das Cidades e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ele afirmou que tem intenção de visitar a região do sul do RS e sugeriu a realização de um seminário conjunto em outubro com a participação de técnicos de três áreas da ANA - Outorga, Planejamento e Gestão de Planejamento - para que os problemas e as soluções de cada município sejam apresentados para dar subsídios para a elaboração e assinatura do acordo de cooperação.As autoridades demonstraram bastante entusiasmo com a possibilidade do acordo e reforçaram o convite para que o seminário seja realizado assim como a visita do presidente da ANA à região. O presidente da associação e prefeito de São Lourenço do Sul, José Sidney Nunes de Almeida, afirmou ainda que os prefeitos estão preocupados com a preservação do estuário da região e buscam descobrir todos os potenciais da região, especialmente o turístico. Ele também sinalizou a intenção de convidar o governo do Estado do RS para a mesa de discussões do acordo e do programa de preservação daquela região.
Data: 18 de agosto de 2009
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ANA ainda recebe inscrições para o I Seminário Internacional do Programa Produtor de Água
ANA ainda recebe inscrições para o I Seminário Internacional do Programa Produtor de Água
Raylton AlvesCerca de 300 pessoas são esperadas no I Seminário Internacional do Programa Produtor de Água entre 26 e 28 de agosto na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. Devido ao grande número de interessados em participar do Seminário, a ANA segue recebendo fichas de inscrição pelo e-mail produtordeagua@ana.gov.br. Mais informações podem ser obtidas pelo (61) 2109-5470. Caso haja lotação do evento, os interessados serão colocados numa da lista de espera. O evento tem como objetivo discutir a metodologia de pagamento por serviços ambientais e os diversos projetos Brasil afora que estão no âmbito do Produtor de Água.O Programa foi concebido pela Agência e é desenvolvido com instituições parceiras com o objetivo de estimular os produtores rurais a reduzirem a erosão e o assoreamento de mananciais no meio rural, o que melhora a qualidade da água e o aumento das vazões dos rios em bacias hidrográficas de importância estratégica para o Brasil, como a dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que abastece a região metropolitana de São Paulo. O Seminário começará com o lançamento do sítio do Produtor de Água, além da assinatura de acordos de cooperação técnica para a execução da iniciativa Brasil afora. Além disso, haverá a apresentação de experiências internacionais – da Colômbia e da Costa Rica – e jornalísticas sobre o tema. Em 27 de agosto, será a vez das exposições e dos debates acerca dos projetos do Produtor de Água que estão sendo desenvolvidos e dos que serão praticados. No último dia de evento, ocorrerá uma saída de campo opcional limitada a 40 pessoas para a bacia do ribeirão Pipiripau, que abrange o Distrito Federal e Goiás, onde o Produtor de Água será aplicado. A ANA realiza o Seminário e conta com o apoio da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), ONG The Nature Conservancy (TNC), Universidade de Brasília (UnB), Fundação Banco do Brasil, Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).
Ficha de inscrição
Programação do Seminário
Data: 19 de agosto de 2009
Assessoria de Comunicação – ANAFones: 61.2109.5129/5103 Fax: 61 2109.5129Email: imprensa@ana.gov.br
Raylton AlvesCerca de 300 pessoas são esperadas no I Seminário Internacional do Programa Produtor de Água entre 26 e 28 de agosto na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. Devido ao grande número de interessados em participar do Seminário, a ANA segue recebendo fichas de inscrição pelo e-mail produtordeagua@ana.gov.br. Mais informações podem ser obtidas pelo (61) 2109-5470. Caso haja lotação do evento, os interessados serão colocados numa da lista de espera. O evento tem como objetivo discutir a metodologia de pagamento por serviços ambientais e os diversos projetos Brasil afora que estão no âmbito do Produtor de Água.O Programa foi concebido pela Agência e é desenvolvido com instituições parceiras com o objetivo de estimular os produtores rurais a reduzirem a erosão e o assoreamento de mananciais no meio rural, o que melhora a qualidade da água e o aumento das vazões dos rios em bacias hidrográficas de importância estratégica para o Brasil, como a dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que abastece a região metropolitana de São Paulo. O Seminário começará com o lançamento do sítio do Produtor de Água, além da assinatura de acordos de cooperação técnica para a execução da iniciativa Brasil afora. Além disso, haverá a apresentação de experiências internacionais – da Colômbia e da Costa Rica – e jornalísticas sobre o tema. Em 27 de agosto, será a vez das exposições e dos debates acerca dos projetos do Produtor de Água que estão sendo desenvolvidos e dos que serão praticados. No último dia de evento, ocorrerá uma saída de campo opcional limitada a 40 pessoas para a bacia do ribeirão Pipiripau, que abrange o Distrito Federal e Goiás, onde o Produtor de Água será aplicado. A ANA realiza o Seminário e conta com o apoio da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), ONG The Nature Conservancy (TNC), Universidade de Brasília (UnB), Fundação Banco do Brasil, Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).
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Programação do Seminário
Data: 19 de agosto de 2009
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Reserva de argila é descoberta em São Paulo
Notícias
Reserva de argila é descoberta em São Paulo
6/8/2009
Agência FAPESP – Um relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) aponta a descoberta, no oeste do Estado de São Paulo, da quarta maior reserva de argila do Brasil, calculada em torno de 135 milhões de toneladas.
A quantidade é suficiente para abastecer as indústrias cerâmicas do Arranjo Produtivo Local (APL) da região por 85 anos, para fabricação de blocos, lajes e telhas. O relatório final foi entregue pelo secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, na semana passada, no município de Panorama, a 687 km da capital.
A matéria-prima encontrada tem grande espessura da camada de minério e pequena espessura da camada de solo que cobre o minério, o que a torna muito atrativa para as minas produtoras de argila para a indústria cerâmica.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento, a nova reserva, dividida entre dois campos localizados nos municípios de Castilho e Presidente Epitácio, poderá transformar a produção de argila em um dos principais fatores de desenvolvimento da região. Os próximos passos serão o licenciamento ambiental das áreas pela Secretaria do Meio Ambiente e a concessão dos direitos de extração pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.
Os estudos do IPT foram financiados pela Secretaria de Desenvolvimento por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem). Os levantamentos desenvolvidos incluíram o reconhecimento geológico das áreas de pesquisas, nos campos de Castilho e Campinal (Presidente Epitácio); a execução sistemática de sondagens; a coleta de amostras e a caracterização tridimensional dos depósitos de argila encontrados.
Foram realizados 186 furos de sondagem a trado (rotação de um dispositivo cortante) na área Castilho e outros 119 na área Campinal, além de análises granulométricas (tamanho dos grãos), ensaios cerâmicos, análises químicas e raio X. As informações coletadas foram reunidas, consolidadas e tratadas, permitindo a elaboração de mapas e do relatório final.
A região do vale do rio Paraná abriga 236 pequenas e microempresas especializadas na produção de peças de cerâmica vermelha, que geram cerca de 1,5 mil postos de trabalho. Com a construção da usina hidrelétrica Sérgio Motta e o enchimento do reservatório de Porto Primavera, as águas cobriram as jazidas de argila tradicionalmente lavradas pelos ceramistas locais, o que inviabilizou seu uso.
A partir daí, o abastecimento do APL vinha sendo feito por meio do estoque edificado em local seco pela antiga Companhia Energética de São Paulo (Cesp), mas o local está próximo à exaustão, o que coloca em risco a atividade ceramista da região atingida.
As prefeituras de Junqueirópolis, Panorama e Pauliceia recorreram à Secretaria de Desenvolvimento, por meio do Patem, para a realização de estudos que indicassem a viabilização de novos campos para produção sustentável de argila e que culminaram com o dimensionamento e a caracterização tecnológica dos dois novos campos.
A Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, por intermédio do Patem, financia serviços especializados do IPT para obtenção de laudos técnicos em municípios de pequeno e médio porte.
Mais informações: www.desenvolvimento.sp.gov.br
Reserva de argila é descoberta em São Paulo
6/8/2009
Agência FAPESP – Um relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) aponta a descoberta, no oeste do Estado de São Paulo, da quarta maior reserva de argila do Brasil, calculada em torno de 135 milhões de toneladas.
A quantidade é suficiente para abastecer as indústrias cerâmicas do Arranjo Produtivo Local (APL) da região por 85 anos, para fabricação de blocos, lajes e telhas. O relatório final foi entregue pelo secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, na semana passada, no município de Panorama, a 687 km da capital.
A matéria-prima encontrada tem grande espessura da camada de minério e pequena espessura da camada de solo que cobre o minério, o que a torna muito atrativa para as minas produtoras de argila para a indústria cerâmica.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento, a nova reserva, dividida entre dois campos localizados nos municípios de Castilho e Presidente Epitácio, poderá transformar a produção de argila em um dos principais fatores de desenvolvimento da região. Os próximos passos serão o licenciamento ambiental das áreas pela Secretaria do Meio Ambiente e a concessão dos direitos de extração pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.
Os estudos do IPT foram financiados pela Secretaria de Desenvolvimento por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem). Os levantamentos desenvolvidos incluíram o reconhecimento geológico das áreas de pesquisas, nos campos de Castilho e Campinal (Presidente Epitácio); a execução sistemática de sondagens; a coleta de amostras e a caracterização tridimensional dos depósitos de argila encontrados.
Foram realizados 186 furos de sondagem a trado (rotação de um dispositivo cortante) na área Castilho e outros 119 na área Campinal, além de análises granulométricas (tamanho dos grãos), ensaios cerâmicos, análises químicas e raio X. As informações coletadas foram reunidas, consolidadas e tratadas, permitindo a elaboração de mapas e do relatório final.
A região do vale do rio Paraná abriga 236 pequenas e microempresas especializadas na produção de peças de cerâmica vermelha, que geram cerca de 1,5 mil postos de trabalho. Com a construção da usina hidrelétrica Sérgio Motta e o enchimento do reservatório de Porto Primavera, as águas cobriram as jazidas de argila tradicionalmente lavradas pelos ceramistas locais, o que inviabilizou seu uso.
A partir daí, o abastecimento do APL vinha sendo feito por meio do estoque edificado em local seco pela antiga Companhia Energética de São Paulo (Cesp), mas o local está próximo à exaustão, o que coloca em risco a atividade ceramista da região atingida.
As prefeituras de Junqueirópolis, Panorama e Pauliceia recorreram à Secretaria de Desenvolvimento, por meio do Patem, para a realização de estudos que indicassem a viabilização de novos campos para produção sustentável de argila e que culminaram com o dimensionamento e a caracterização tecnológica dos dois novos campos.
A Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, por intermédio do Patem, financia serviços especializados do IPT para obtenção de laudos técnicos em municípios de pequeno e médio porte.
Mais informações: www.desenvolvimento.sp.gov.br
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Earthquake Hazard Along the San Andreas Fault
Newly discovered faults transfer tectonic strain below the Salton SeaRepublished from a July, 2009 press release by University of California, San Diego and Scripps Institution of Oceanography.
Faults Beneath the Salton SeaNew research by a team of scientists from Scripps Institution of Oceanography at UC San Diego and the U.S. Geological Survey (USGS) offers new insight into the San Andreas Fault as it extends beneath Southern California's Salton Sea. The team discovered a series of prominent faults beneath the sea, which transfer motion away from the San Andreas Fault as it disappears beneath the Salton Sea. The study provides new understanding of the intricate earthquake faults system beneath the sea and what role it may play in the earthquake cycle along the southern San Andreas Fault.
Deformation Transfer to the Imperial Fault"The stretch of the San Andreas Fault that extends into the Salton Sea is an important part of the overall fault system but it remains poorly understood," said Danny Brothers, a Scripps graduate student and lead author on the study. "Our results provide crucial information on how deformation is transferred from the San Andreas Fault to the Imperial Fault and how young basins along strike-slip faults, such as the Salton Sea, evolve through time." In a study published in the July 26 early online edition of the journal Nature Geoscience, the Scripps-led research team including Brothers, Neal Driscoll, Graham Kent, Alistair Harding, Jeff Babcock and Rob Baskin, from the USGS, used geophysical methods to image the faults beneath the Salton Sea. This study offers new information on the location of faults and how they communicate tectonic deformation with neighboring faults located onshore.
San Andreas & San Jacinto Faults Flank the SeaThe Salton Sea is flanked by two major faults – the San Andreas and San Jacinto – and recent studies have revealed that the region has experienced magnitude-7 earthquakes roughly every 200 years for the last thousand years. Previous studies conducted by researchers at San Diego State University and Cal Tech indicate that it has been approximately 300 years since the last rupture.
San Andreas Fault Map
San Andreas Fault Article
Earthquakes & Homeowner's Insurance"We discovered a series of prominent faults near Bombay Beach during pilot studies in 2006 and 2007, and went on to survey the area more comprehensively in 2008 and 2009," researchers stated in the journal’s "backstory" commentary section. The highlight of the expedition was when the team discovered the first previously unknown fault in the Salton Sea, just miles offshore from Bombay Beach, Calif.
High Resolution Seismic ImagingThe research team used a high-resolution seismic imaging technique, known as CHIRP, to image the layers of sediments beneath the lake that have been offset by the motion of faults. Scripps' Neal Driscoll developed the digital CHIRP profiler to provide high-quality imagery of the sediments below oceans and lakes to offer a comprehensive view of underwater faults. Funding for the research study was provided by the California Department of Water Resources, California Department of Fish and Game, UC San Diego Academic Senate, Scripps Institution of Oceanography at UC San Diego, National Science Foundation and Southern California Earthquake Center.
San Andreas Fault Article
San Andreas Fault Map
Earthquake Articles
World Record Shake Table Test
Earthquakes and Homeowner's Insurance
California Earthquake Maps
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"Surfando em oportunidades"
"Surfando em oportunidades"
Data: 12/08/2009 • Horário: 9h - 10h30 (Welcome Coffee 8h30) • Local: Insper (ver mapa)
Você sabe por que o empreendedor é sempre a principal referência quando falamos de "Empreendedorismo"?
Entender o que é importante para se tornar um empreendedor, é fundamental para qualquer ideia dar certo ou para aproveitar oportunidades de fazer um sonho se tornar real e gerar frutos.
No Workshop Endeavor desta semana teremos uma visão de como oportunidade, equipe e recursos podem te ajudar a se tornar um grande empreendedor!
Muitas vezes ser o "cara certo na hora certa" não é o suficiente. Participe!O evento é gratuito e as vagas limitadas.
Marcelo Salim. Bacharel em Matemática pela UFRJ, M.Sc. Engenharia de Sistemas pela COPPE, com cursos de especialização em Empreendedorismo pelo MIT e por Babson College. Marcelo foi pesquisador na COPPE e no Centro Científico IBM. Após alguns anos na multinacional, iniciou sua trajetória empreendedora fundando empresas no Brasil e nos EUA. Foi selecionado "Empreendedor Endeavor " (2000) e eleito "Entrepreneur of the Year" (2001) entre toda a comunidade Endeavor no mundo. Foi escolhido "Empreendedor do Novo Brasil" (2002) em concurso nacional da revista Você S.A.. Atualmente é sócio de empresas em diferentes segmentos do mercado e professor do Ibmec RJ, onde criou e coordena o CEI – Centro de Empreendedorismo Ibmec. É membro do conselho de administração de empresas nacionais e membro do Conselho de Jovens Empresários da FIRJAN.
Este evento é gratuito. Faça sua inscrição clicando aqui.
Traga seu
agasalho!
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Master: Banco RealGold: Sebrae NacionalGold: TecnisaEspecial: Companhia de IdiomasEspecial: Produtos Vovó LelaEspecial: Só MarcasSilver: AllisEducacional: InsperOperacional: Sirin & Haguiara Marketing de Eventos
Data: 12/08/2009 • Horário: 9h - 10h30 (Welcome Coffee 8h30) • Local: Insper (ver mapa)
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O silêncio de Gilmar
O silêncio de Gilmar
Por Alberto Dines em 4/8/2009
O paladino da liberdade de expressão, o ministro Gilmar Mendes, preferiu não se manifestar na segunda-feira (3/8) a respeito da decisão do desembargador Dácio Vieira de proibir o Estado de S.Paulo de continuar a veiculação de informações sobre a Operação Boi Barrica que enredou o filho do senador José Sarney e gerenciador dos seus negócios.
O ministro tinha um bom pretexto: na condição de presidente do Conselho Nacional de Justiça, deveria comandar a solenidade de recepção dos novos conselheiros. Contrariando os seus hábitos, foi extremamente comedido: saudou protocolarmente os novos conselheiros, anunciou em termos sucintos as metas do CNJ e louvou o planejamento estratégico "como instrumento indispensável à administração da justiça".
O processo político em frangalhos, o Legislativo achincalhado pelo fisiologismo, o Estado de Direito ameaçado por magistrados ineptos e o presidente da suprema corte adota a postura de um CEO preocupado com a administração dos seus negócios, esquecido dos valores que estão sendo destroçados.
Irrelevâncias, modismos
A censura togada mostra, mais uma vez, que veio para ficar. Um quarto de século depois da redemocratização voltamos ao vale-tudo. Desta vez expresso em juridiquês. Os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, igualmente acusados de improbidade, são proprietários de currais midiáticos em Alagoas, o estado que dividiram entre si. E, no entanto, não pouparam ataques à mídia na vergonhosa sessão de reabertura dos trabalhos legislativos. Como se a imprensa fosse culpada pelos vexames produzidos na Cidadela da Devassidão, também chamada de Senado.
O senador José Sarney declara que em sua longa carreira política jamais processou um jornalista e, em seguida, lê uma nota em que designa o trabalho jornalístico do Estadão como "infamante campanha". Tenta demarcar-se da ação patrocinada pelo filho, o empresário de mídia Fernando Sarney, e, ao mesmo tempo, endossa o ato censório promulgado por um magistrado ligado ao seu clã.
A República vive um de seus piores momentos – a única instituição capaz de salvá-la é a imprensa. Só ela é capaz de despertar a sociedade diante das emergências. Ao mesmo tempo em que distrai o cidadão com a enxurrada de irrelevâncias e modismos, também é capaz de embargar esta avalanche de hipocrisia e cinismo.
Coluna semanal
A censura ao Estado de S.Paulo foi anunciada na sexta-feira (31/7), véspera do vácuo do fim de semana. O jornal agredido protestou com veemência na segunda (3/8), em editorial (ver "Afronta à democracia"). O Globo e Folha de S.Paulo preferiram esperar, não querem valorizar o competidor.
O triunvirato de jornalões sabe irmanar-se em questões monetárias ou quando investe contra os moinhos de vento da regulamentação. Foi uníssono na liquidação da exigência do diploma e da especificidade do ofício jornalístico, mas não consegue marchar unido em defesa da democracia. Ao recusar a imediata solidariedade a um concorrente revela o seu lado menos nobre, mais corporativo e oportunista.
Neste mesmo triunvirato o papel pior está sendo desempenhado pela Folha. É doloroso perceber que o jornal que em apenas 34 anos tornou-se o mais influente do país sem recorrer a espalhafatosas reformas, apoiado apenas em suas páginas de opinião, em seis meses entregou os pontos. A manutenção da coluna semanal de José Sarney confronta o seu garbo e a sua intransigência em favor do jornalismo independente, livre de compromissos políticos, de rabo preso no leitor.
Haraquiri coletivo
Na sexta-feira (31/7), a Folha foi novamente pisoteada por Sarney ao publicar – pela primeira vez nesta crise – um artigo claramente parcial, demagógico, impertinente, hostil à imprensa e ao clamor da sociedade. O libertário Sarney investiu contra a empresa que edita a Folha de S.Paulo, contra o jornal onde se abriga, contra seus colegas de página e contra os leitores que abominam a sua hipocrisia. Trechos:
** "Hoje com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde. O adversário deve ser morto pela tortura moral..."
** "Como julgar uma democracia em que não se tem uma lei de responsabilidade da mídia, nem direito de resposta, diante deste tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito à pessoa humana?"
Impossível ignorar a óbvia existência de um pacto entre o jornal e o seu colunista: ele manteria a sua coluna desde que não a usasse para defender os seus interesses pessoais ou políticos. O pacto funcionou desde o início de fevereiro até a sexta-feira, 31/7.
O político amapo-maranhense, mais uma vez, passou a perna no parceiro, não cumpriu a palavra: usou o jornal para satanizar a imprensa e para vitimizar-se. A esta altura, Sarney faz com a Folha o que bem entende. Acreditou na campanha de assinaturas do jornal pela TV e acha que todos são moscas.
Neste haraquiri coletivo, às vésperas dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, conviria parafrasear Winston Churchill: "Nunca tantos se imolaram tanto por tão pouco".
Leia também
O presidente do STF com a palavra — A.D.
Por Alberto Dines em 4/8/2009
O paladino da liberdade de expressão, o ministro Gilmar Mendes, preferiu não se manifestar na segunda-feira (3/8) a respeito da decisão do desembargador Dácio Vieira de proibir o Estado de S.Paulo de continuar a veiculação de informações sobre a Operação Boi Barrica que enredou o filho do senador José Sarney e gerenciador dos seus negócios.
O ministro tinha um bom pretexto: na condição de presidente do Conselho Nacional de Justiça, deveria comandar a solenidade de recepção dos novos conselheiros. Contrariando os seus hábitos, foi extremamente comedido: saudou protocolarmente os novos conselheiros, anunciou em termos sucintos as metas do CNJ e louvou o planejamento estratégico "como instrumento indispensável à administração da justiça".
O processo político em frangalhos, o Legislativo achincalhado pelo fisiologismo, o Estado de Direito ameaçado por magistrados ineptos e o presidente da suprema corte adota a postura de um CEO preocupado com a administração dos seus negócios, esquecido dos valores que estão sendo destroçados.
Irrelevâncias, modismos
A censura togada mostra, mais uma vez, que veio para ficar. Um quarto de século depois da redemocratização voltamos ao vale-tudo. Desta vez expresso em juridiquês. Os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, igualmente acusados de improbidade, são proprietários de currais midiáticos em Alagoas, o estado que dividiram entre si. E, no entanto, não pouparam ataques à mídia na vergonhosa sessão de reabertura dos trabalhos legislativos. Como se a imprensa fosse culpada pelos vexames produzidos na Cidadela da Devassidão, também chamada de Senado.
O senador José Sarney declara que em sua longa carreira política jamais processou um jornalista e, em seguida, lê uma nota em que designa o trabalho jornalístico do Estadão como "infamante campanha". Tenta demarcar-se da ação patrocinada pelo filho, o empresário de mídia Fernando Sarney, e, ao mesmo tempo, endossa o ato censório promulgado por um magistrado ligado ao seu clã.
A República vive um de seus piores momentos – a única instituição capaz de salvá-la é a imprensa. Só ela é capaz de despertar a sociedade diante das emergências. Ao mesmo tempo em que distrai o cidadão com a enxurrada de irrelevâncias e modismos, também é capaz de embargar esta avalanche de hipocrisia e cinismo.
Coluna semanal
A censura ao Estado de S.Paulo foi anunciada na sexta-feira (31/7), véspera do vácuo do fim de semana. O jornal agredido protestou com veemência na segunda (3/8), em editorial (ver "Afronta à democracia"). O Globo e Folha de S.Paulo preferiram esperar, não querem valorizar o competidor.
O triunvirato de jornalões sabe irmanar-se em questões monetárias ou quando investe contra os moinhos de vento da regulamentação. Foi uníssono na liquidação da exigência do diploma e da especificidade do ofício jornalístico, mas não consegue marchar unido em defesa da democracia. Ao recusar a imediata solidariedade a um concorrente revela o seu lado menos nobre, mais corporativo e oportunista.
Neste mesmo triunvirato o papel pior está sendo desempenhado pela Folha. É doloroso perceber que o jornal que em apenas 34 anos tornou-se o mais influente do país sem recorrer a espalhafatosas reformas, apoiado apenas em suas páginas de opinião, em seis meses entregou os pontos. A manutenção da coluna semanal de José Sarney confronta o seu garbo e a sua intransigência em favor do jornalismo independente, livre de compromissos políticos, de rabo preso no leitor.
Haraquiri coletivo
Na sexta-feira (31/7), a Folha foi novamente pisoteada por Sarney ao publicar – pela primeira vez nesta crise – um artigo claramente parcial, demagógico, impertinente, hostil à imprensa e ao clamor da sociedade. O libertário Sarney investiu contra a empresa que edita a Folha de S.Paulo, contra o jornal onde se abriga, contra seus colegas de página e contra os leitores que abominam a sua hipocrisia. Trechos:
** "Hoje com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde. O adversário deve ser morto pela tortura moral..."
** "Como julgar uma democracia em que não se tem uma lei de responsabilidade da mídia, nem direito de resposta, diante deste tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito à pessoa humana?"
Impossível ignorar a óbvia existência de um pacto entre o jornal e o seu colunista: ele manteria a sua coluna desde que não a usasse para defender os seus interesses pessoais ou políticos. O pacto funcionou desde o início de fevereiro até a sexta-feira, 31/7.
O político amapo-maranhense, mais uma vez, passou a perna no parceiro, não cumpriu a palavra: usou o jornal para satanizar a imprensa e para vitimizar-se. A esta altura, Sarney faz com a Folha o que bem entende. Acreditou na campanha de assinaturas do jornal pela TV e acha que todos são moscas.
Neste haraquiri coletivo, às vésperas dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, conviria parafrasear Winston Churchill: "Nunca tantos se imolaram tanto por tão pouco".
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terça-feira, 4 de agosto de 2009
Geógrafo elabora catálogo com principais dados sobre cavernas brasileiras
Geógrafo elabora catálogo com principais dados sobre cavernas brasileiras
Brasília, 29 de julho de 2009.
Foto: Isabela Lyrio/UnB AgênciaCatálogo nacional de cavernas ajudará na tomada de decisão do setor produtivo, especialmente nas áreas de mineração e de pesquisa. O geógrafo Ricardo Marra, em sua tese de doutorado, estudou 1.169 das 6.522 cavidades naturais subterrâneas (CNSs) cadastradas na base de dados do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Cecav/Ibama) no período de seu estudo (2005-2008). “O estudo tem diversas aplicabilidades, propiciando o conhecimento das regiões que detêm o potencial de ocorrência de cavidades. Essas informações, cruzadas com as de litologia, biomas e potencialidade agrícola, pode corroborar na tomada de decisão com segurança e isenção de erros”, afirmou o pesquisador. O estudo de Marra, que tem por objetivo subsidiar ações para preservação e exploração das cavernas, poderá auxiliar no desenvolvimento da metodologia para classificação do grau de relevância das CNSs, conforme previsto no Decreto nº 6.640/08 editado pelo governo federal em novembro do ano passado. Até a edição do decreto, as cavernas eram consideradas áreas de proteção especial e nenhuma delas poderia sofrer impactos ambientais irreversíveis. Agora, a legislação prevê a classificação das cavidades existentes no país pelo seu grau de relevância e permite atividades produtivas que causem impactos ambientais somente nas que não sejam consideradas como de “máxima relevância”. “Minha pesquisa não se baseou nesse decreto, portanto não se aplica a dizer se uma caverna é ou não relevante”, afirmou. A tese, intitulada Critérios de relevância para classificação de cavernas no Brasil, foi realizada no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) e considerou os 16 critérios de relevância definidos pela Resolução Conama Nº 347/04: dimensão, morfologia, valores paisagísticos, peculiaridades geológicas, peculiaridades geomorfológicas, peculiaridades mineralógicas, vestígios arqueológicos, vestígios paleontológicos, recursos hídricos, ecossistemas frágeis, espécies endêmicas, espécies raras, espécies ameaçadas de extinção, diversidade biológica, relevância histórico-cultural e relevância socioeconômica. Além dos critérios de relevância, considerou atributos de qualidade (ecológico, ambiental, cênico, científico, histórico-cultural e socioeconômico) e de contexto exigidos pela legislação ambiental (local, regional, nacional e internacional). ResultadosSegundo Marra, as regiões sudeste e centro-oeste são suficientes para que se compreenda a dimensão do Patrimônio Espeleológico Nacional (PEN). “Essas duas regiões são dominantes pela ocorrência de cavernas, atingindo 3.916 cavidades, ou seja, 65%. O estado de Minas Gerais sozinho abriga 2.535 unidades espeleológicas e representa 38,87% das cavernas do país, superando, de maneira isolada, o somatório de sete estados: Pará, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul”, afirmou. Quanto aos municípios, a tese revela que Iporanga (SP) e Pains (MG), Felipe Guerra (RN) e Arcos (MG) destacam-se no que se refere à espeleologia, reunindo mais de 41% das CNSs amostradas. O município de Pains detém o maior número de cavidades naturais subterrâneas conhecidas no país, com 804 cavernas. “Esse município, com 419,2km², possui aproximadamente duas CNSs/km², índice extremamente alto se comparado com outros municípios brasileiros, o que exige dos órgãos do governo atenção redobrada sobre a região, com vistas ao monitoramento constante”, destacou. O universo de CNSs em rocha calcária corresponde a 3.229 cavernas (49,51%). As rochas carbonáticas pesquisadas representam 95% das cavernas do país. No que se refere ao potencial agrícola, 30,97% podem estar susceptíveis à erosão, deficiência de drenagem, nutrientes e com teores elevados de alumínio. Segundo o estudo de Marra, 92,73% das cavidades podem sofrer algum tipo de externalidade em função da agricultura, pois estão situadas na linha de frente da expansão da fronteira agrícola que tradicionalmente já sofreu alteração ou está em vias da mecanização. Do ponto de vista do bioma, o Cerrado abriga 4.054 CNSs (62,16%) do total do país, seguido pela Mata Atlântica, com 12,84%. “A Caatinga, historicamente desprezada no Brasil, demonstrou apresentar feições ambientais importantes, pois acolhe aproximadamente 22% de CNSs”, disse Marra. Tânia Carolina Machado e Mariana SilvaAssessoria de Comunicação do Confea
Brasília, 29 de julho de 2009.
Foto: Isabela Lyrio/UnB AgênciaCatálogo nacional de cavernas ajudará na tomada de decisão do setor produtivo, especialmente nas áreas de mineração e de pesquisa. O geógrafo Ricardo Marra, em sua tese de doutorado, estudou 1.169 das 6.522 cavidades naturais subterrâneas (CNSs) cadastradas na base de dados do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Cecav/Ibama) no período de seu estudo (2005-2008). “O estudo tem diversas aplicabilidades, propiciando o conhecimento das regiões que detêm o potencial de ocorrência de cavidades. Essas informações, cruzadas com as de litologia, biomas e potencialidade agrícola, pode corroborar na tomada de decisão com segurança e isenção de erros”, afirmou o pesquisador. O estudo de Marra, que tem por objetivo subsidiar ações para preservação e exploração das cavernas, poderá auxiliar no desenvolvimento da metodologia para classificação do grau de relevância das CNSs, conforme previsto no Decreto nº 6.640/08 editado pelo governo federal em novembro do ano passado. Até a edição do decreto, as cavernas eram consideradas áreas de proteção especial e nenhuma delas poderia sofrer impactos ambientais irreversíveis. Agora, a legislação prevê a classificação das cavidades existentes no país pelo seu grau de relevância e permite atividades produtivas que causem impactos ambientais somente nas que não sejam consideradas como de “máxima relevância”. “Minha pesquisa não se baseou nesse decreto, portanto não se aplica a dizer se uma caverna é ou não relevante”, afirmou. A tese, intitulada Critérios de relevância para classificação de cavernas no Brasil, foi realizada no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) e considerou os 16 critérios de relevância definidos pela Resolução Conama Nº 347/04: dimensão, morfologia, valores paisagísticos, peculiaridades geológicas, peculiaridades geomorfológicas, peculiaridades mineralógicas, vestígios arqueológicos, vestígios paleontológicos, recursos hídricos, ecossistemas frágeis, espécies endêmicas, espécies raras, espécies ameaçadas de extinção, diversidade biológica, relevância histórico-cultural e relevância socioeconômica. Além dos critérios de relevância, considerou atributos de qualidade (ecológico, ambiental, cênico, científico, histórico-cultural e socioeconômico) e de contexto exigidos pela legislação ambiental (local, regional, nacional e internacional). ResultadosSegundo Marra, as regiões sudeste e centro-oeste são suficientes para que se compreenda a dimensão do Patrimônio Espeleológico Nacional (PEN). “Essas duas regiões são dominantes pela ocorrência de cavernas, atingindo 3.916 cavidades, ou seja, 65%. O estado de Minas Gerais sozinho abriga 2.535 unidades espeleológicas e representa 38,87% das cavernas do país, superando, de maneira isolada, o somatório de sete estados: Pará, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul”, afirmou. Quanto aos municípios, a tese revela que Iporanga (SP) e Pains (MG), Felipe Guerra (RN) e Arcos (MG) destacam-se no que se refere à espeleologia, reunindo mais de 41% das CNSs amostradas. O município de Pains detém o maior número de cavidades naturais subterrâneas conhecidas no país, com 804 cavernas. “Esse município, com 419,2km², possui aproximadamente duas CNSs/km², índice extremamente alto se comparado com outros municípios brasileiros, o que exige dos órgãos do governo atenção redobrada sobre a região, com vistas ao monitoramento constante”, destacou. O universo de CNSs em rocha calcária corresponde a 3.229 cavernas (49,51%). As rochas carbonáticas pesquisadas representam 95% das cavernas do país. No que se refere ao potencial agrícola, 30,97% podem estar susceptíveis à erosão, deficiência de drenagem, nutrientes e com teores elevados de alumínio. Segundo o estudo de Marra, 92,73% das cavidades podem sofrer algum tipo de externalidade em função da agricultura, pois estão situadas na linha de frente da expansão da fronteira agrícola que tradicionalmente já sofreu alteração ou está em vias da mecanização. Do ponto de vista do bioma, o Cerrado abriga 4.054 CNSs (62,16%) do total do país, seguido pela Mata Atlântica, com 12,84%. “A Caatinga, historicamente desprezada no Brasil, demonstrou apresentar feições ambientais importantes, pois acolhe aproximadamente 22% de CNSs”, disse Marra. Tânia Carolina Machado e Mariana SilvaAssessoria de Comunicação do Confea
FIEC/CIN - Mailclipping
NOTÍCIAS
Inscrições abertas para o curso de Marketing no Comércio Internacional
O Centro Internacional de Negócios – CIN-CE em parceria com a Aduaneiras, oferece o curso de Marketing no Comércio Internacional. A ser realizado no dia 27 de agosto, o curso objetiva proporcionar aos participantes conhecimentos sobre negociação, operacionalização e administração das importações, com ênfase para as normas e práticas nacionais e internacionais.
Com 8h/a, o curso será ministrado pela professora Marilza Gama Pereira da Silva. Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Marilza possui longa atuação em comércio exterior, tendo exercido diversas funções na Cacex e na Secex/MDIC. Além disso, a ministrante é co-autora do livro “Comércio Exterior Competitivo”, 3ª ed., Aduaneiras, 2007.
O curso de Marketing no Comércio Internacional destina-se a profissionais e estudantes que desejem aprofundar seus conhecimentos sobre as ferramentas do marketing voltadas para os negócios internacionais.
As inscrições encontram-se abertas no CIN/CE e no site (www.fiec.org.br/cin) e estão com preço promocional até o dia 12 de agosto a R$ 150,00 para estudantes e R$ 250,00 para profissionais. Após esta data, R$200,00 para estudantes e R$300,00 para profissionais. Os valores podem ainda ser parcelados em até 3 vezes no cheque.
ServiçoMarketing no Comércio Internacional, 27/08, 8:30h às 17:30h, na FIEC (Av. Barão de Studart, 1980). Mais informações: 85 3421.5420 (Marlene) ou 5419 (Filipe).
Fonte: Centro Internacional de Negócios do Ceará - 03/08/09
Investir na crise foi aposta correta e obteve retornoInvestimento em plena crise econômica global. Este foi o caminho de algumas empresas cearenses, quando o mercado se retraia. A aposta trouxe resultados positivos. Alguns exemplos vêm de setores como comunicação, cosméticos, habitação, transportes, óptico e têxtil.
O estudante de publicidade e propaganda, Rodrigo Canuto, conseguiu formalizar sua empresa, a agência Kangasso, especializada em marketing de guerrilha, há cinco meses, Apesar do cenário recessivo no mercado, cujo ápice ocorreu entre setembro e outubro passados, ele saiu do “escritório em casa” para uma sala comercial.
O negócio, que era gerido por ele e outro sócio, hoje conta com seis funcionários e tem metas de expansão do espaço físico e do quadro de pessoal. “Até o fim do ano, vamos reavaliar a situação da empresa. Precisamos, pelo menos, de mais três profissionais na criação até o início de 2010”, diz Canuto.
Este desempenho, segundo ele, pegou carona no crescimento de seus clientes, mas também, na dificuldade de outros clientes que tentavam driblar a crise. “Algumas pequenas empresas estavam crescendo e queriam divulgar o serviço, enquanto outros queriam vender mais para reverter os efeitos da crise”, explica o empresário.
O grupo Santana Textiles relembra que o período de crise causou uma retração da demanda no varejo de confecção. Segundo o diretor de marketing e vendas do grupo, Delfino Neto, a produção foi ajustada para que correspondesse com a queda de demanda, obrigando a empresa a adotar fortes medidas de redução de custos operacionais a fim de atenuar o impacto deste ajuste.
Com isso, em 2009, diz ele, “a Santana Textiles consolidou a fábrica da Argentina, que está operando em sua capacidade máxima. E, ainda este ano, iniciou a produção de fios Open End em novo galpão da unidade Rondonópolis (MT), considerada a mais moderna fiação Open End do Brasil. Para 2010, será inaugurada uma planta industrial completamente nova, também em Mato Grosso, para a produção de fios convencionais de algodão destinados a malharias.
Todos estes investimentos em fiação visam a atender ao crescimento do mercado de malharia no Brasil, principalmente na substituição de importações”. A Santana produz mais de oito milhões de metros de denim por mês em suas unidades (Brasil e Argentina). Além disso, espera produzir, até o fim de 2010, mais de 1.200 toneladas mensais de fios de algodão entre Open End e convencionais para o mercado de malharia. No total, mais de 2.500 colaboradores empregarão seus esforços para a concretização destes números.
A diretora de marketing da Itamaraty, Luiziane Cavalcante, garante que do último trimestre de 2008 até o primeiro trimestre de 2009 não sentimos o impacto da crise, pelo contrário, o consumo foi crescente. A empresa investe na abertura de três novas lojas até o fim de 2009, sendo duas em Fortaleza e uma em Teresina.
“Estaremos em pontos comerciais estratégicos que nos deixarão ainda mais próximos do nosso público”, diz a executiva. São, atualmente, 18 lojas e 280 funcionários. Este pessoal deve crescer em 10% com as novas unidades.
Fonte: Diário do Nordeste - 03/08/09
Pecém terá fábrica alemã de aerogeradores
Boa notícia! A maior fabricante mundial de aerogeradores de energia eólica — a alemã Führlander — acaba de celebrar Protocolo de Intenções com o Governo do Ceará para implantar uma fábrica no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, retornou ontem da Alemanha, trazendo em sua companhia ´o sorriso do dever cumprido´. A esta coluna, Balhmann anunciou: ´Até julho do próximo ano, a fábrica da Führlander em Pecém estará produzindo aerogeradores de 2,5 MW´.
O investimento alemão, que na primeira fase do empreendimento será de R$ 25 milhões, dará emprego direto a 550 pessoas. Além da fábrica de aerogeradores, a Führlander construirá outra, na mesma área, para a produção de pás. O terreno onde se localizará o empreendimento já foi comprado pela empresa alemã — tem 22 hectares: 11 hectares para a fábrica de aerogeradores, 11 para a de pás.
Com a chegada da Fürhlander, a cearense Tecnomacq, que fabrica no Brasil as torres de aço para os aerogeradores da empresa alemã, será ampliada para atender à demanda dos futuros parques eólicos do Ceará e do Nordeste. Eis aí o progresso em cadeia.
Para o presidente da Adece, Antonio Balhmann, tudo está mesmo a indicar que o primeiro leilão de energia eólica a ser promovido pelo Governo Federal no dia 25 de novembro terá mesmo potência em torno de 3 mil MW. Na opinião de Balhmann, enquanto não sai o plano estratégico de longo prazo para todo o setor de energias alternativas, a Empresa de Planejamento Estratégico (EPE) dará, com esse leilão, potência e tempo que orientarão os atuais e os futuros investimentos.
Fonte: Diário do Nordeste (Egídio Serpa) - 03/08/09
Cid Gomes participará de 1º Fórum de ZPEs
O governador Cid Gomes participará na próxima segunda-feira, às 9 horas, no Rio de Janeiro (RJ), do 1º Fórum Brasileiro de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). Durante o evento, que será realizado na Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro (Firjan), Cid ministrará uma palestra para empresários e industriais sobre as principais características da ZPE cearense que será implantada no Pecém e quais as oportunidades de negócios que ela vai gerar para empresas, industrias e para o próprio Estado.
A solenidade contará com as presenças do presidente da Federação Mundial de Zonas Francas (Femoza), Juan Torrents, do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Vargas, e do presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação, Helson Braga.
As ZPEs foram regulamentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. O projeto do Pecém já foi entregue ao Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), que é presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e deverá ser aprovado até o final do ano, podendo operar a partir de 2010.
Assim que o CZPE aprovar o projeto do Ceará e a mesma for sancionada pelo presidente da República, o Governo do Estado constituirá em 90 dias uma empresa administradora da ZPE, que ficará responsável por implantar e administrar o empreendimento. Além disso, essa empresa formatará um plano diretor, elaborará um projeto de Alfandegamento que será submetido à Receita Federal e produzirá os estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA).
Fonte: O Povo - 03/08/09
Exportação para mais países ajuda superávit
Uma diversificação maior nos destinos das exportações brasileiras deu aos embarques um fôlego adicional que ajudou a amenizar a queda nas vendas ao exterior. Mesmo com diminuição de 22,8% no valor das exportações de janeiro a junho, na comparação com o primeiro semestre de 2008, os embarques brasileiros apresentaram variação positiva para 70 países no mesmo período, segundo levantamento do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco. A diversificação amenizou a queda de demanda dos "clientes" tradicionais e é vista por alguns setores como uma estratégia para manter o volume de vendas ao exterior no segundo semestre, compensando a perspectiva de dólar abaixo de R$ 2 ao fim do ano.
Segundo cálculo do Bradesco, excluindo a China do total de exportações do Brasil, o índice de concentração nos destinos dos embarques caiu para 0,037 em junho de 2009. Esse indicador manteve-se em 0,055 em 2007 e 2008 e alcançou no fim do primeiro semestre o menor nível pelo menos desde janeiro de 2000. Quanto menor o índice de concentração, maior a diversificação das exportações (ver gráfico ao lado).
Octavio de Barros, diretor do departamento de pesquisas do Bradesco, lembra que as exportações de commodities para a China foi o fator que mais sustentou as exportações no primeiro semestre. Um segundo fator, porém, foi a diversificação de destino das exportações.
A variação de compradores no exterior, explica o economista, teve alvo principalmente nos países emergentes. Segundo seus cálculos, excluídas as vendas para a China, os países emergentes representaram 68,6% das exportações totais do primeiro semestre. Barros lembra que, dentro dos 70 países para os quais houve crescimento dos valores exportados nos primeiros seis meses do ano, há apenas quatro - Suíça, Áustria, Islândia e Irlanda - considerados desenvolvidos. Os demais 66 países são emergentes, com destaque para Índia, Iraque, Irã, Somália e Nepal. "Acredito que essa tendência de diversificação continuará no segundo semestre, dada a recuperação, ainda que moderada, da economia internacional", diz Barros.
Para alguns setores, a diversificação das exportações é considerada parte crucial de uma estratégia para elevar ou manter um nível de embarques sem maiores quedas no segundo semestre.
Heitor Klein, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), diz que a variação nos destinos dos embarques no primeiro semestre ajudou a impedir uma queda mais forte das exportações do setor. As vendas totais ao exterior do setor calçadista, segundo dados da Abicalçados, tiveram queda de 28,5% de janeiro a junho de 2009 na comparação com o primeiro semestre do ano passado. No mesmo período, cresceu a exportação de calçados para Angola, África do Sul e Egito, com aumentos respectivos de 52,2%, 6,7% e 18,6%. Para a Arábia Saudita, as vendas tiveram aumento de 18,9%.
Segundo Klein, o setor continuará apostando em novos destinos durante o segundo semestre. Para ele, a variação dos países compradores será importante para garantir o mesmo volume de exportação e até um crescimento em relação ao início do ano, mesmo com dólar a menos de R$ 2. "Nosso caminho é a exportação porque não podemos transferir toda a produção para o mercado interno", diz.
A Bibi Calçados diz que hoje exporta para 65 países e a diversificação foi importante no primeiro semestre. A empresa não quis revelar os valores, mas, entre os novos destinos, tem tentado contratos com países como Angola e Moçambique. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), o Brasil aumentou em 30% o valor das exportações de calçados, partes e componentes ao continente africano de janeiro a junho de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008.
A fabricante de calçados Via Uno também diz que a diversificação de mercados permitiu à empresa manter os mesmos valores de exportação do ano passado. Segundo Fábio de Oliveira, gerente de exportação da Via Uno, a empresa remete ao exterior 50% do volume vendido. "Nós reduzimos o número de pares destinados ao exterior, mas conseguimos manter em faturamento." A expectativa, diz, é fechar 2009 com o mesmo valor de exportação de 2008. Para isso, a empresa tem tentado vender para mais países do Oriente Médio, Leste Europeu e Ásia. A Via Uno manteve para 2009 os planos de abrir no sistema de franquias mais de 40 lojas no exterior para ampliar seu mercado.
Também do setor de calçados, a gaúcha Bottero, de Parobé, exporta 15% da produção estimada em 4,5 milhões de pares em 2009 (20% a mais do que no ano passado) e também recorre às operações de "hedge", principalmente Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC), e à ampliação dos mercados no exterior para suavizar os impactos das variações cambiais. "A diversificação de mercados torna a administração das vendas mais complicada, mas nos permite trabalhar com uma cesta mais equilibrada de moedas", disse o gerente-administrativo-financeiro, Marco Antônio Coutinho.
De acordo com ele, 35% das exportações destinam-se à América Latina, outros 35% à Europa e os 30% restantes para Estados Unidos, América Central e África. Há cerca de dez anos os EUA absorviam 70% dos volumes. A Argentina também tinha participação relevante, mas perdeu importância nos últimos quatro anos devido às dificuldades de exportar para o país, explicou Coutinho.
A diversificação também é considerada importante por outros setores. Com 30% do faturamento originado pelas exportações, considerando-se a receita bruta consolidada de R$ 374,5 milhões no ano passado, a Kepler Weber recorre às operações com derivativos e vem procurando aumentar o volume de insumos importados para enfrentar os efeitos das bruscas oscilações do câmbio. A fabricante de silos e equipamentos para armazenagem de grãos também pretende buscar novos mercados no exterior para dar mais estabilidade às vendas ao longo do ano.
"Temos que proteger nossas margens", diz o diretor-presidente da empresa, que tem sede em Porto Alegre e unidades industriais em Panambi (RS) e Campo Grande (MS), Anastácio Fernandes Filho.
Já a diversificação de mercados externos tem como objetivo preencher os períodos de baixa sazonalidade de vendas na América Latina, região que absorve hoje até 80% das exportações da empresa, explicou o executivo. Por isso a busca é por novos clientes no hemisfério norte, sobretudo na Europa Oriental, onde o período de safra agrícola é contrário ao do hemisfério sul, disse.
Durante o primeiro semestre, os países da África e do Oriente Médio estão entre os que ganharam participação nas exportações brasileiras. Para Octavio de Barros, o desempenho com os países africanos permite esperar para 2009 um superávit para a balança comercial entre o Brasil e o continente, resultado inédito desde 1995. Ele lembra que a queda no preço do petróleo contribuiu para reduzir os valores das importações originadas do bloco africano. Porém, mesmo excluindo o petróleo no comércio bilateral com o continente, calcula Barros, há um crescimento de US$ 900 milhões no superávit do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
O Oriente Médio também apresenta situação semelhante. A participação do bloco nas exportações do Brasil cresceu de 3,75% para 4,77%, com superávit de US$ 2,05 bilhões no primeiro semestre, bem superior aos US$ 464,37 milhões de saldo do mesmo período de 2008.
Salim Taufic Schahin, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, lembra que as exportações brasileiras aos 22 países árabes cresceram 4,1% no primeiro semestre, na comparação com janeiro a junho de 2008. No mesmo período as exportações brasileiras totais tiveram uma queda de 22%. Segundo Schahin, o que tem alavancado as vendas brasileiras aos árabes tem sido a ampliação da corrente de comércio com novos países.
Também contribuiu o aumento da pauta de exportações. Cerca de 61% das vendas brasileiras aos países árabes ainda estão concentradas em produtos tradicionais como açúcar, carnes e minério de ferro. Ele destaca, porém, o maior comércio bilateral com Líbano e Egito e a venda de produtos novos como gado em pé, aeronaves e manufaturados, como calçados e roupas. Schain acredita que o ritmo de exportações para os países árabes deve continuar forte no segundo semestre.
Rabih Nasser, professor do GV Law, explica que os contratos com novos parceiros comerciais têm sido assinados pelas empresas com base em pagamento antecipado ou carta de crédito irrevogável com bancos de primeira linha. "Isso neutraliza o risco de não receber, mais alto quando se trata de uma nova relação comercial", diz. "Mas os importadores geralmente são grandes empresas que não têm tido dificuldade em conseguir as linhas de crédito junto aos bancos." Segundo Nasser, com compradores tradicionais as condições de pagamento costumam ser mais flexíveis, com recebimentos a prazo, por exemplo.
José Augusto Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), não acredita muito num movimento de diversificação de negócios em momentos de crise, em que a demanda por produtos no mercado internacional ainda está fraca. "A diversificação de mercados só é aplicada quando se fala em manufaturados", diz. Para ele, o raciocínio não se aplica às commodities. "A compra de uma commodity agrícola, por exemplo, depende exclusivamente da vontade do importador. O exportador não tem controle de preço ou da quantidade", defende. Castro acredita que haja um esforço de diversificação mas, para ele, é uma possibilidade ainda mais remota com a valorização do real.
Fonte: Valor Econômico - 03/08/09
Banco exportador será criado por MP na volta do recesso
A criação do Ex-Im Bank brasileiro - banco dedicado exclusivamente a financiar exportações e a produção ao mercado exterior, deverá acontecer via Medida Provisória já no mês de agosto. Segundo fontes ouvidas pelo DCI, o o texto já está pronto e aguarda a volta do recesso parlamentar.
No comando da iniciativa está o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que conhece o ressentimento das empresas exportadoras pela falta de uma estrutura adequada de financiamento das exportações, assemelhada a um Ex-Im Bank, e pela perda de produtividade nominal decorrente do câmbio desfavorável.
Apesar de a iniciativa ser bem vista, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalva que o Banco não deve surgir com o mesmo aparato burocrático que já existe hoje, por exemplo, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Atualmente, o exportador brasileiro precisa percorrer uma jornada para obter crédito: primeiro procurar o Banco do Brasil para conseguir financiamento do Programa de Financiamento às Exportações e em seguida, deve recorrer ao Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, formado por vários ministérios e administrado pelo Tesouro Nacional, para obter seguro.
Dentro do governo, avalia-se que o momento para bancar o projeto do Ex-Im Bank é oportuno, porque além de atacar o problema de falta de crédito para o setor exportados - um dos mais combalidos pela turbulência econômica - não mexe na arrecadação, e por isso a proposta teria apoio no Congresso.
A idéia articulada é que a exemplo do que existe nos Estados Unidos e em países como Japão, Índia e China, o Brasil conte com uma estrutura administrativa, que reúna os recursos, as avaliações de risco e as garantias às operações e que ele funcione com um braço forte do BNDES. Esta semana o Brasil pode conhecer mais de perto o funcionamento de um Ex-Im Bank. Em missão no país, o presidente e o Chairman e Export-Import Bank of the United States vieram promover financiamento para a compra de bens e serviços norte-americanos por empresas brasileiras.
Fonte: DCI - 03/08/09
A exportação e a embalagemPor Nelson Ludovico*
Vai muito longe, no tempo e no espaço, o hábito de conservar os corpos dos mortos. No Ocidente, a funcionalidade tem um peso maior – a cremação, por exemplo, é prática cada vez mais difundida. No entanto, entre as muitas necessidades que perduraram com o passar dos séculos está a de conservar a matéria, protegendo-a dos efeitos do tempo e dos deslocamentos.
Assim, pode-se dizer que, desde o Egito Antigo, a função primordial da embalagem sempre foi a de preservar, e com o passar do tempo, a importância do ato de embalar tornou-se equivalente à dos próprios atos de produzir e vender. Mais modernamente, ampliou-se o conceito de embalagem, passando a abarcar também as funções de valorização, promoção e até mesmo representação do produto. A preservação, porém, nunca deixou de ser o grande requisito. No mercado moderno, essas regras de ouro aumentam o quilate quando se fala em exportação. Nesse caso, a embalagem, assim como o produto, deixa de ser apenas a identificação de um fabricante para transmitir, ao mesmo tempo, a imagem de um país.
Distinguir entre embalagens de comércio interno e de exportação é sabedoria de que não se pode mais prescindir. É preciso ter em conta que o comércio externo demanda transportes mais longos, manuseios mais intensos e concorrência mais forte, o que obviamente acarreta novas exigências em matéria de embalagens. No caso brasileiro, é bem verdade, as distâncias de exportação nem sempre são maiores que as interestaduais, nem a manipulação de cargas tão intensas, mas o fator concorrência determina uma grande diferença.
Não basta, portanto, atender a eventuais exigências expressas do importador. Sempre que se tem assegurado um volume regular de exportação, é importante fixar a imagem do produtor naquele determinado mercado consumidor. Fato é que nem sempre o produto parte para o exterior já embalado para consumo, pois grande parte das mercadorias exportadas pelo Brasil é acondicionada para consumo no país importador. Mesmo assim, a imagem do produto está em jogo, e a embalagem de transporte é decisiva.
De acordo com estimativas feitas algum tempo atrás pelas Nações Unidas, os exportadores dos países em desenvolvimento perdem receitas de exportação devido a defeitos e insuficiências de embalagem – isso principalmente pelo fato de desconhecerem o fluxo da carga entre os portos de origem e o destino final quanto aos meios utilizados. Por vezes, design pobre, materiais precários, fabricação inadequada e vulnerabilidades diversas têm sido as principais causas de avarias no transporte.
Claro está que, com o aumento dos navios que transportam contêineres, essas perdas diminuíram consideravelmente – contribuição que também ocorreu no sistema aéreo, com aeronaves utilizando contêineres específicos.
Hoje, naturalmente, a situação não é mais tão clamorosa. A etiqueta made in Brazil já conquistou respeitabilidade em muitos mercados e setores de produção. Contudo, diversas circunstâncias estão a cobrar dinamismo e capacidade de adaptação, como, aliás, é normal acontecer em qualquer país que diversifica rapidamente sua pauta de exportação.
---* Nelson Ludovico preside o LICEX - Ludovico Instituto de Comércio Exterior; é consultor, palestrante e autor de vários livros.
Fonte: NetMarinha - 03/08/09
Estudo analisa mudanças nas alíquotas de importação
Os efeitos do retorno da aplicação de impostos de importação de alguns tipos de aço a partir de junho, de zero para 12%, só vão ser vistos, de fato, na entrada de produtos no Brasil, a partir de setembro, mas a medida tomada pelo governo brasileiro já foi objeto de muita discussão. As siderúrgicas defendiam há mais de quatro anos a retirada desses produtos da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul. A maioria dos consumidores argumentava que tinha de ser mantida. Dizia que o aço nacional seria de 30% a 60% mais caro que no resto do mundo e que a volta das alíquotas seria mais um motivo para as usinas subirem seus preços.
Na avaliação do especialista Germano Mendes de Paula, professor-doutor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o governo agiu certo agora, quando trouxe as alíquotas aos níveis do início de 2005, e naquela época, quando baixou para zero os índices de uma cesta de produtos, tornando mais viável a importação. Mendes fala com conhecimento de causa desse tema que acirrou os ânimos de fabricantes, taxando de descabida a ação do governo, e de consumidores, temerosos de falta de produto e de uma onda altista de preços. A pressão foi liderada pelas indústrias automotiva e da construção civil, que respondem por cerca da metade do aço consumido no país.
O especialista participou em 2005 dos estudos que nortearam o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio, o MDIC, a rebaixar as alíquotas, de 12% a 14%, para zero, de 15 tipos de aço. Na época, explica ele, os preços estavam elevados sim, mas não só no Brasil. Era no mundo todo e isso estimulava o comércio internacional. E havia temor no governo, com aquecimento da demanda interna, de que houvesse desabastecimento. A indústria local do aço contestou essa avaliação. Os consumidores aplaudiram.
Mendes acaba de fazer um estudo, passados quatro anos e meio das duas medidas, no qual tece considerações sobre os dois momentos e os fatos que levaram à decisão do governo. Ele aborda desde as "dificuldades envolvendo as comparações de preços e produtos siderúrgicos" até a "crise financeira global e a siderurgia" para explicar a "decisão do governo brasileiro". Segundo diz, o intuito do artigo é contribuir para o debate sobre a política comercial e produtos siderúrgicos no Brasil. Trata-se de tema sempre recheado de muita polêmica.
Para Mendes, contratado pelo MDIC ainda em 2004, os argumentos dos envolvidos - usinas e consumidores -, via de regra, não são técnicos. "Prevalecem mais o lado emocional e os interesses de cada um". Ele mostra que a comparação dos preços de aço entre diferentes países é bem mais complexa do que se imagina. Por isso, foram levantados seis problemas principais (e dez lições) que deveriam ser considerados na decisão. "Sem isso, o debate, como tem sido feito, torna-se improdutivo aos interesses do país".
A seu ver, nos dois momentos as decisões do governo foram acertadas. "Foram coerentes, pois se havia motivos lá atrás, 2004/2005, para entrada de alguns aços na lista da TEC, agora, 2009, havia motivos para saírem", afirma. Na época, por conta do boom do mercado mundial de aço, a demanda estava aquecida. Desde outubro de 2008, com a crise, o consumo mundial passou a viver forte retração.
O especialista observa que a recente decisão do governo se deu em linha com a onda atual de políticas comerciais para o setor no mundo, o que ele denomina de contágios. Tanto em 2005 como agora, o Brasil tomou as medidas após várias nações. "Caracteriza-se uma postura predominantemente defensiva e visou, como nos diversos países, mitigar problemas locais; assim, à luz do contexto internacional, não é descabida", afirma.
Mendes observa que se enfrenta ainda um alto índice de ociosidade nas usinas, principalmente Europa e EUA. Estima-se algo acima de 30% da capacidade. Além disso, há dificuldades enormes para fechar fornos em muitos locais, as "steel towns". A demanda por aço no mundo, e no Brasil, continua muito retraída, com queda de 40% no fim de junho. E uma retomada da normalidade não é vista antes de 2011. "O contexto anterior era de exuberância; agora, é de crise", ilustra.
Fonte: Valor Econômico - 03/08/09
Logística disputa o setor de calçados
Apesar do baque sofrido pelos fabricantes de calçados com a crise econômica, o setor de logística confia na recuperação da atividade nos próximos meses e prepara uma série de estratégias para incrementar o atendimento do fluxo entre a indústria e os pontos de venda, especialmente no eixo sul-nordeste do País, conforme apurou o DCI.
Empresas como o Rapidão Cometa querem dobrar a participação do segmento nos negócios de transporte e logística, enquanto a Braspress crê que este se tornará o setor mais representativo dentro da companhia, nos próximos dois anos. Já o Expresso Araçatuba, recentemente adquirido pela TNT Mercurio, acaba de dobrar a capacidade de um centro de distribuição em Goiânia (GO), para atender esse setor.
"Os calçados têm sinergias com outras cargas, como as de confecções e os cosméticos", comentou Oswaldo Castro Jr., diretor geral do Expresso Araçatuba. Ele acrescentou ainda que o atendimento ao setor calçadista também complementa as operações da holandesa TNT - atual controladora do Expresso.
O segmento de calçados representa cerca de 20% dos negócios da empresa de entregas, que nasceu na região de um dos maiores pólos calçadistas do País, o interior paulista. O Expresso também tem forte atuação no Sul brasileiro, que concentra boa parte destas indústrias de vestuário.
A companhia mantém dois hubs (centros de distribuição de cargas), que atendem o setor em São Paulo e Goiânia - este último acaba de ser duplicado para intensificar a distribuição das mercadorias por todo o País, em especial para o Norte, Centro-Oeste e Nordeste brasileiros.
"A produção de calçados cresceu também no Nordeste e, por conta deste avanço, o hub em Goiânia teve sua capacidade duplicada", disse Castro Jr. Entre os clientes do Expresso no setor estão Azaléia, Beira Rio e Grendene.
Outros sete segmentos representam 80% do volume de negócios do Expresso Araçatuba, entre informática, eletrônicos, telecomunicações, autopeças e farmacêuticos. O operador atende ainda ao comércio internacional, nos fluxos de importação e exportação de produtos acabados e insumos para a Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai e Bolívia
Prioridade
Outra companhia que prioriza a distribuição da indústria calçadista para os pontos-de-venda é o Rapidão Cometa, que se diz o maior operador do Sul para o Nordeste, no segmento. "Esse setor responde por 15% dos negócios e vejo um upgrade em relação à ele", disse Edward Montarroyos, diretor de vendas do Rapidão, ao acrescentar que a intenção é saltar para 30% a participação do setor nos negócios até 2010.
Para o diretor, o setor calçadista tem muito potencial a ser explorado, e ele deseja captar isso. Ele contou que a empresa possui uma retaguarda no Nordeste, sendo que o centro de negociação ainda está no Sul, mesmo com algumas grandes fábricas operando em território nordestino.
O Rapidão também possui forte participação tanto em Franca, como em Birigui, disse Montarroyos. "Antes captávamos no Sul e Sudeste para trazer ao Nordeste.
Porém, hoje fazemos qualquer origem qualquer destino, dentro do objetivo do Rapidão que é se consolidar nacionalmente em todas as regiões brasileiras", explicou.
No setor calçadista, a empresa tem acesso a fábricas como as da Azaléia, Grendene e Vulcabras. O portfólio de setores inclui ainda áreas como farmacêutica, de informática, autopeças, telecomunicações, cosméticos, confecções e as vendas pela internet (e-commerce).
O Rapidão Cometa atende a quatro mil localidades, em todos os estados, além de mais de 214 países no mundo por meio de acordo operacional com a FedEx. São 12 mil clientes ativos e uma frota de 2,5 mil veículos. A empresa alcançou faturamento de R$ 700 milhões no ano passado.
Braspress
Giuseppe Lumare Jr., executivo de outra gigante nacional na distribuição de encomendas, a Braspress, faz coro com os executivos do segmento ao falar do potencial da prestação de serviços ao setor de calçados. "Já é o nosso terceiro segmento, hoje em franco crescimento, e para o qual estamos nos esforçando para captar mais clientes", falou.
Lumare afirmou que a Braspress é "líder na distribuição para as confecções" e tem boa atuação na informática, mas acredita que no prazo de dois anos o setor de calçados se torne o principal segmento atendido. "Temos sinergias nas rotas onde distribuímos os outros produtos, com concentração em regiões nos pontos comerciais. Além disso, as características dos volumes são parecidas, otimizando o processo de transporte", explicou.
A Braspress mantém 88 filiais, e pretende captar clientes da indústria calçadista no entorno de pólos como o de Novo Hamburgo, no Sul e nas paulistas Franca, Birigui e Araçatuba, além de Divinópolis (MG) para levar os produtos ao resto do País. No passado, a receita da Braspress atingiu R$ 440 milhões. A empresa acaba de investir R$ 35 milhões para inaugurar um terminal no Rio de Janeiro, com potencial de aumentar 10 vezes o potencial de distribuição naquele estado.
Fonte: DCI - 03/08/09
Estados Unidos finalizam revisão anual 2008 do SGP
O governo norte-americano encerrou, no mês de julho, a revisão anual 2008 do Sistema Geral de Preferências (SGP) e manteve todos os produtos brasileiros eleitos para receber o tratamento tarifário preferencial previsto no programa.
O SGP norte-americano, a partir dessa revisão, incluiu mais dois novos códigos tarifários à lista, dentre eles, batatas e espinafre. Por outro lado, todos os pleitos para re-inclusão de itens no sistema estadunidense foram negados. Alem disso, os Estados Unidos excluíram do programa outros 12 produtos, de seis países beneficiados, por considerá-los suficientemente competitivos no mercado norte-americano.
O país concedeu, ainda, de minimis waiver para 112 produtos oriundos de 16 países. Essa resolução beneficiou 13 produtos brasileiros, como melões, salsichas, melado de cana, produtos químicos, couros e turbinas. A revisão do SGP dos Estados Unidos é realizada anualmente pelo governo norte-americano, para determinar se há produtos elegíveis, que não necessitam mais do tratamento especial, porque se tornaram suficientemente competitivos.
A avaliação do governo norte-americano analisa os pedidos de concessão de dispensa (waiver) do limite de competitividade, realiza audiências públicas e solicita comentários públicos e revisam análises preparadas pela Comissão Internacional de Comércio dos Estados Unidos (U.S. International Trade Commission). A decisão leva em consideração o impacto econômico da decisão para as indústrias domésticas e para os consumidores norte-americanos.
Para avaliar se os produtos estão aptos a usufruir dos benefícios do SGP norte-americano, a regulamentação do país determina dois limites de competitividade (competitive need limitation-CNL). O primeiro avalia o CNL de valor, quando a importação de um produto procedente de determinado país atinge US$ 135 milhões (valor estipulado para 2008) e, no segundo, é avaliado o CNL percentual, ou seja, quando a importação de um produto procedente de determinado país atinge 50% do valor total de importações desse produto.
Nos casos em que o CNL percentual é alcançado ou excedido, mas o valor das importações norte-americanas procedentes do país beneficiário em questão não excederem o valor de US$ 19 milhões (valor estipulado para 2008), será concedida, sem necessidade de apresentação de petição, uma derrogação do limite de competitividade percentual por valor mínimo (de minimis waiver), mantendo-se, assim, o benefício para dito produto.
Fonte: MDIC - 03/08/09
Ano 10 - Edição 2401
cURSO: MARKETING NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
A Rede de Centros Internacionais de Negócios junatmente com a Aduaneiras e o Centro Internacional de Negócios do Ceará realizarão no dia 27 de agosto das 8h às 18h, o curso: Marketing no Comércio Internacional.
O curso faz parte do Programa de Capacitação Empresarial 2009 da Rede CIN e será ministrado por Marilza Gama Pereira da Silva, Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, com longa experiência no comércio exterior, tendo exercido diversas funções na Cacex e na Secex/MDIC. Além disso, é co-autora do livro “Comércio Exterior Competitivo”, 3ª ed., Aduaneiras, 2007.
O curso tem investimento de R$ 150,00 para estudantes e R$250,00 para profissionais, até o dia 12 de agosto. Após esta data, R$200,00 para estudantes e R$300,00 para profissionais, podendo ainda ser parcelado em até 3x no cheque.
Maiores informações: (85) 3421.5420 / 5419 ou clicando aqui.
Estão abertas as inscrições para o curso: Marketing no Comércio Internacional que será realizado em agosto, no dia 27 (das 8:30às 17:30h), com carga horária de 8 horas.
Para maiores informações sobre este e outros cursos, clique aqui ou ligue para 3421-5420 (Marlene)/ 3421-5419 (Filipe).
Torne sua empresa global -
ConheÇa o BalcÃo de NegÓcios do CIN/CE e a Unidade de Atendimento Apex-Brasil.
Conhecer os procedimentos para uma empresa ingressar ou progredir no mercado internacional ficou mais fácil. Para isto, o Centro Internacional de Negócios da FIEC mantém o Balcão de Negócios, um espaço de atendimento exclusivo às empresas, onde são fornecidas informações estratégicas e orientação adequada para o empresário que deseja incrementar seus negócios no comércio exterior.
Como forma de complementar o serviço prestado às empresas, O CIN/CE dispõe de uma Unidade de Atendimento da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O intuito da Unidade é aproximar a Apex-Brasil das empresas cearenses, visando inseri-las em projetos já existentes buscando novas possibilidades de fomentar as exportações através dos variados produtos disponibilizados ao empresariado brasileiro.
Visite o Centro Internacional de Negócios e descubra como aumentar a competitividade de sua empresa!
Maiores informações:
Balcão de Negócios: Marlene Albuquerque - Tel: 85 3421-5420
Unidade de Atendimento Apex-Brasil: João Kertch - Tel: 85 3421-5417
31/07
Bovespa
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Dow Jones
0,19%
Nasdaq
-0,29%
Merval - ARG
1,39%
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31/07
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Venda
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Compra
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Inscrições abertas para o curso de Marketing no Comércio Internacional
O Centro Internacional de Negócios – CIN-CE em parceria com a Aduaneiras, oferece o curso de Marketing no Comércio Internacional. A ser realizado no dia 27 de agosto, o curso objetiva proporcionar aos participantes conhecimentos sobre negociação, operacionalização e administração das importações, com ênfase para as normas e práticas nacionais e internacionais.
Com 8h/a, o curso será ministrado pela professora Marilza Gama Pereira da Silva. Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Marilza possui longa atuação em comércio exterior, tendo exercido diversas funções na Cacex e na Secex/MDIC. Além disso, a ministrante é co-autora do livro “Comércio Exterior Competitivo”, 3ª ed., Aduaneiras, 2007.
O curso de Marketing no Comércio Internacional destina-se a profissionais e estudantes que desejem aprofundar seus conhecimentos sobre as ferramentas do marketing voltadas para os negócios internacionais.
As inscrições encontram-se abertas no CIN/CE e no site (www.fiec.org.br/cin) e estão com preço promocional até o dia 12 de agosto a R$ 150,00 para estudantes e R$ 250,00 para profissionais. Após esta data, R$200,00 para estudantes e R$300,00 para profissionais. Os valores podem ainda ser parcelados em até 3 vezes no cheque.
ServiçoMarketing no Comércio Internacional, 27/08, 8:30h às 17:30h, na FIEC (Av. Barão de Studart, 1980). Mais informações: 85 3421.5420 (Marlene) ou 5419 (Filipe).
Fonte: Centro Internacional de Negócios do Ceará - 03/08/09
Investir na crise foi aposta correta e obteve retornoInvestimento em plena crise econômica global. Este foi o caminho de algumas empresas cearenses, quando o mercado se retraia. A aposta trouxe resultados positivos. Alguns exemplos vêm de setores como comunicação, cosméticos, habitação, transportes, óptico e têxtil.
O estudante de publicidade e propaganda, Rodrigo Canuto, conseguiu formalizar sua empresa, a agência Kangasso, especializada em marketing de guerrilha, há cinco meses, Apesar do cenário recessivo no mercado, cujo ápice ocorreu entre setembro e outubro passados, ele saiu do “escritório em casa” para uma sala comercial.
O negócio, que era gerido por ele e outro sócio, hoje conta com seis funcionários e tem metas de expansão do espaço físico e do quadro de pessoal. “Até o fim do ano, vamos reavaliar a situação da empresa. Precisamos, pelo menos, de mais três profissionais na criação até o início de 2010”, diz Canuto.
Este desempenho, segundo ele, pegou carona no crescimento de seus clientes, mas também, na dificuldade de outros clientes que tentavam driblar a crise. “Algumas pequenas empresas estavam crescendo e queriam divulgar o serviço, enquanto outros queriam vender mais para reverter os efeitos da crise”, explica o empresário.
O grupo Santana Textiles relembra que o período de crise causou uma retração da demanda no varejo de confecção. Segundo o diretor de marketing e vendas do grupo, Delfino Neto, a produção foi ajustada para que correspondesse com a queda de demanda, obrigando a empresa a adotar fortes medidas de redução de custos operacionais a fim de atenuar o impacto deste ajuste.
Com isso, em 2009, diz ele, “a Santana Textiles consolidou a fábrica da Argentina, que está operando em sua capacidade máxima. E, ainda este ano, iniciou a produção de fios Open End em novo galpão da unidade Rondonópolis (MT), considerada a mais moderna fiação Open End do Brasil. Para 2010, será inaugurada uma planta industrial completamente nova, também em Mato Grosso, para a produção de fios convencionais de algodão destinados a malharias.
Todos estes investimentos em fiação visam a atender ao crescimento do mercado de malharia no Brasil, principalmente na substituição de importações”. A Santana produz mais de oito milhões de metros de denim por mês em suas unidades (Brasil e Argentina). Além disso, espera produzir, até o fim de 2010, mais de 1.200 toneladas mensais de fios de algodão entre Open End e convencionais para o mercado de malharia. No total, mais de 2.500 colaboradores empregarão seus esforços para a concretização destes números.
A diretora de marketing da Itamaraty, Luiziane Cavalcante, garante que do último trimestre de 2008 até o primeiro trimestre de 2009 não sentimos o impacto da crise, pelo contrário, o consumo foi crescente. A empresa investe na abertura de três novas lojas até o fim de 2009, sendo duas em Fortaleza e uma em Teresina.
“Estaremos em pontos comerciais estratégicos que nos deixarão ainda mais próximos do nosso público”, diz a executiva. São, atualmente, 18 lojas e 280 funcionários. Este pessoal deve crescer em 10% com as novas unidades.
Fonte: Diário do Nordeste - 03/08/09
Pecém terá fábrica alemã de aerogeradores
Boa notícia! A maior fabricante mundial de aerogeradores de energia eólica — a alemã Führlander — acaba de celebrar Protocolo de Intenções com o Governo do Ceará para implantar uma fábrica no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, retornou ontem da Alemanha, trazendo em sua companhia ´o sorriso do dever cumprido´. A esta coluna, Balhmann anunciou: ´Até julho do próximo ano, a fábrica da Führlander em Pecém estará produzindo aerogeradores de 2,5 MW´.
O investimento alemão, que na primeira fase do empreendimento será de R$ 25 milhões, dará emprego direto a 550 pessoas. Além da fábrica de aerogeradores, a Führlander construirá outra, na mesma área, para a produção de pás. O terreno onde se localizará o empreendimento já foi comprado pela empresa alemã — tem 22 hectares: 11 hectares para a fábrica de aerogeradores, 11 para a de pás.
Com a chegada da Fürhlander, a cearense Tecnomacq, que fabrica no Brasil as torres de aço para os aerogeradores da empresa alemã, será ampliada para atender à demanda dos futuros parques eólicos do Ceará e do Nordeste. Eis aí o progresso em cadeia.
Para o presidente da Adece, Antonio Balhmann, tudo está mesmo a indicar que o primeiro leilão de energia eólica a ser promovido pelo Governo Federal no dia 25 de novembro terá mesmo potência em torno de 3 mil MW. Na opinião de Balhmann, enquanto não sai o plano estratégico de longo prazo para todo o setor de energias alternativas, a Empresa de Planejamento Estratégico (EPE) dará, com esse leilão, potência e tempo que orientarão os atuais e os futuros investimentos.
Fonte: Diário do Nordeste (Egídio Serpa) - 03/08/09
Cid Gomes participará de 1º Fórum de ZPEs
O governador Cid Gomes participará na próxima segunda-feira, às 9 horas, no Rio de Janeiro (RJ), do 1º Fórum Brasileiro de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). Durante o evento, que será realizado na Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro (Firjan), Cid ministrará uma palestra para empresários e industriais sobre as principais características da ZPE cearense que será implantada no Pecém e quais as oportunidades de negócios que ela vai gerar para empresas, industrias e para o próprio Estado.
A solenidade contará com as presenças do presidente da Federação Mundial de Zonas Francas (Femoza), Juan Torrents, do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Vargas, e do presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação, Helson Braga.
As ZPEs foram regulamentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. O projeto do Pecém já foi entregue ao Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), que é presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e deverá ser aprovado até o final do ano, podendo operar a partir de 2010.
Assim que o CZPE aprovar o projeto do Ceará e a mesma for sancionada pelo presidente da República, o Governo do Estado constituirá em 90 dias uma empresa administradora da ZPE, que ficará responsável por implantar e administrar o empreendimento. Além disso, essa empresa formatará um plano diretor, elaborará um projeto de Alfandegamento que será submetido à Receita Federal e produzirá os estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA).
Fonte: O Povo - 03/08/09
Exportação para mais países ajuda superávit
Uma diversificação maior nos destinos das exportações brasileiras deu aos embarques um fôlego adicional que ajudou a amenizar a queda nas vendas ao exterior. Mesmo com diminuição de 22,8% no valor das exportações de janeiro a junho, na comparação com o primeiro semestre de 2008, os embarques brasileiros apresentaram variação positiva para 70 países no mesmo período, segundo levantamento do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco. A diversificação amenizou a queda de demanda dos "clientes" tradicionais e é vista por alguns setores como uma estratégia para manter o volume de vendas ao exterior no segundo semestre, compensando a perspectiva de dólar abaixo de R$ 2 ao fim do ano.
Segundo cálculo do Bradesco, excluindo a China do total de exportações do Brasil, o índice de concentração nos destinos dos embarques caiu para 0,037 em junho de 2009. Esse indicador manteve-se em 0,055 em 2007 e 2008 e alcançou no fim do primeiro semestre o menor nível pelo menos desde janeiro de 2000. Quanto menor o índice de concentração, maior a diversificação das exportações (ver gráfico ao lado).
Octavio de Barros, diretor do departamento de pesquisas do Bradesco, lembra que as exportações de commodities para a China foi o fator que mais sustentou as exportações no primeiro semestre. Um segundo fator, porém, foi a diversificação de destino das exportações.
A variação de compradores no exterior, explica o economista, teve alvo principalmente nos países emergentes. Segundo seus cálculos, excluídas as vendas para a China, os países emergentes representaram 68,6% das exportações totais do primeiro semestre. Barros lembra que, dentro dos 70 países para os quais houve crescimento dos valores exportados nos primeiros seis meses do ano, há apenas quatro - Suíça, Áustria, Islândia e Irlanda - considerados desenvolvidos. Os demais 66 países são emergentes, com destaque para Índia, Iraque, Irã, Somália e Nepal. "Acredito que essa tendência de diversificação continuará no segundo semestre, dada a recuperação, ainda que moderada, da economia internacional", diz Barros.
Para alguns setores, a diversificação das exportações é considerada parte crucial de uma estratégia para elevar ou manter um nível de embarques sem maiores quedas no segundo semestre.
Heitor Klein, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), diz que a variação nos destinos dos embarques no primeiro semestre ajudou a impedir uma queda mais forte das exportações do setor. As vendas totais ao exterior do setor calçadista, segundo dados da Abicalçados, tiveram queda de 28,5% de janeiro a junho de 2009 na comparação com o primeiro semestre do ano passado. No mesmo período, cresceu a exportação de calçados para Angola, África do Sul e Egito, com aumentos respectivos de 52,2%, 6,7% e 18,6%. Para a Arábia Saudita, as vendas tiveram aumento de 18,9%.
Segundo Klein, o setor continuará apostando em novos destinos durante o segundo semestre. Para ele, a variação dos países compradores será importante para garantir o mesmo volume de exportação e até um crescimento em relação ao início do ano, mesmo com dólar a menos de R$ 2. "Nosso caminho é a exportação porque não podemos transferir toda a produção para o mercado interno", diz.
A Bibi Calçados diz que hoje exporta para 65 países e a diversificação foi importante no primeiro semestre. A empresa não quis revelar os valores, mas, entre os novos destinos, tem tentado contratos com países como Angola e Moçambique. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), o Brasil aumentou em 30% o valor das exportações de calçados, partes e componentes ao continente africano de janeiro a junho de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008.
A fabricante de calçados Via Uno também diz que a diversificação de mercados permitiu à empresa manter os mesmos valores de exportação do ano passado. Segundo Fábio de Oliveira, gerente de exportação da Via Uno, a empresa remete ao exterior 50% do volume vendido. "Nós reduzimos o número de pares destinados ao exterior, mas conseguimos manter em faturamento." A expectativa, diz, é fechar 2009 com o mesmo valor de exportação de 2008. Para isso, a empresa tem tentado vender para mais países do Oriente Médio, Leste Europeu e Ásia. A Via Uno manteve para 2009 os planos de abrir no sistema de franquias mais de 40 lojas no exterior para ampliar seu mercado.
Também do setor de calçados, a gaúcha Bottero, de Parobé, exporta 15% da produção estimada em 4,5 milhões de pares em 2009 (20% a mais do que no ano passado) e também recorre às operações de "hedge", principalmente Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC), e à ampliação dos mercados no exterior para suavizar os impactos das variações cambiais. "A diversificação de mercados torna a administração das vendas mais complicada, mas nos permite trabalhar com uma cesta mais equilibrada de moedas", disse o gerente-administrativo-financeiro, Marco Antônio Coutinho.
De acordo com ele, 35% das exportações destinam-se à América Latina, outros 35% à Europa e os 30% restantes para Estados Unidos, América Central e África. Há cerca de dez anos os EUA absorviam 70% dos volumes. A Argentina também tinha participação relevante, mas perdeu importância nos últimos quatro anos devido às dificuldades de exportar para o país, explicou Coutinho.
A diversificação também é considerada importante por outros setores. Com 30% do faturamento originado pelas exportações, considerando-se a receita bruta consolidada de R$ 374,5 milhões no ano passado, a Kepler Weber recorre às operações com derivativos e vem procurando aumentar o volume de insumos importados para enfrentar os efeitos das bruscas oscilações do câmbio. A fabricante de silos e equipamentos para armazenagem de grãos também pretende buscar novos mercados no exterior para dar mais estabilidade às vendas ao longo do ano.
"Temos que proteger nossas margens", diz o diretor-presidente da empresa, que tem sede em Porto Alegre e unidades industriais em Panambi (RS) e Campo Grande (MS), Anastácio Fernandes Filho.
Já a diversificação de mercados externos tem como objetivo preencher os períodos de baixa sazonalidade de vendas na América Latina, região que absorve hoje até 80% das exportações da empresa, explicou o executivo. Por isso a busca é por novos clientes no hemisfério norte, sobretudo na Europa Oriental, onde o período de safra agrícola é contrário ao do hemisfério sul, disse.
Durante o primeiro semestre, os países da África e do Oriente Médio estão entre os que ganharam participação nas exportações brasileiras. Para Octavio de Barros, o desempenho com os países africanos permite esperar para 2009 um superávit para a balança comercial entre o Brasil e o continente, resultado inédito desde 1995. Ele lembra que a queda no preço do petróleo contribuiu para reduzir os valores das importações originadas do bloco africano. Porém, mesmo excluindo o petróleo no comércio bilateral com o continente, calcula Barros, há um crescimento de US$ 900 milhões no superávit do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
O Oriente Médio também apresenta situação semelhante. A participação do bloco nas exportações do Brasil cresceu de 3,75% para 4,77%, com superávit de US$ 2,05 bilhões no primeiro semestre, bem superior aos US$ 464,37 milhões de saldo do mesmo período de 2008.
Salim Taufic Schahin, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, lembra que as exportações brasileiras aos 22 países árabes cresceram 4,1% no primeiro semestre, na comparação com janeiro a junho de 2008. No mesmo período as exportações brasileiras totais tiveram uma queda de 22%. Segundo Schahin, o que tem alavancado as vendas brasileiras aos árabes tem sido a ampliação da corrente de comércio com novos países.
Também contribuiu o aumento da pauta de exportações. Cerca de 61% das vendas brasileiras aos países árabes ainda estão concentradas em produtos tradicionais como açúcar, carnes e minério de ferro. Ele destaca, porém, o maior comércio bilateral com Líbano e Egito e a venda de produtos novos como gado em pé, aeronaves e manufaturados, como calçados e roupas. Schain acredita que o ritmo de exportações para os países árabes deve continuar forte no segundo semestre.
Rabih Nasser, professor do GV Law, explica que os contratos com novos parceiros comerciais têm sido assinados pelas empresas com base em pagamento antecipado ou carta de crédito irrevogável com bancos de primeira linha. "Isso neutraliza o risco de não receber, mais alto quando se trata de uma nova relação comercial", diz. "Mas os importadores geralmente são grandes empresas que não têm tido dificuldade em conseguir as linhas de crédito junto aos bancos." Segundo Nasser, com compradores tradicionais as condições de pagamento costumam ser mais flexíveis, com recebimentos a prazo, por exemplo.
José Augusto Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), não acredita muito num movimento de diversificação de negócios em momentos de crise, em que a demanda por produtos no mercado internacional ainda está fraca. "A diversificação de mercados só é aplicada quando se fala em manufaturados", diz. Para ele, o raciocínio não se aplica às commodities. "A compra de uma commodity agrícola, por exemplo, depende exclusivamente da vontade do importador. O exportador não tem controle de preço ou da quantidade", defende. Castro acredita que haja um esforço de diversificação mas, para ele, é uma possibilidade ainda mais remota com a valorização do real.
Fonte: Valor Econômico - 03/08/09
Banco exportador será criado por MP na volta do recesso
A criação do Ex-Im Bank brasileiro - banco dedicado exclusivamente a financiar exportações e a produção ao mercado exterior, deverá acontecer via Medida Provisória já no mês de agosto. Segundo fontes ouvidas pelo DCI, o o texto já está pronto e aguarda a volta do recesso parlamentar.
No comando da iniciativa está o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que conhece o ressentimento das empresas exportadoras pela falta de uma estrutura adequada de financiamento das exportações, assemelhada a um Ex-Im Bank, e pela perda de produtividade nominal decorrente do câmbio desfavorável.
Apesar de a iniciativa ser bem vista, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalva que o Banco não deve surgir com o mesmo aparato burocrático que já existe hoje, por exemplo, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Atualmente, o exportador brasileiro precisa percorrer uma jornada para obter crédito: primeiro procurar o Banco do Brasil para conseguir financiamento do Programa de Financiamento às Exportações e em seguida, deve recorrer ao Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, formado por vários ministérios e administrado pelo Tesouro Nacional, para obter seguro.
Dentro do governo, avalia-se que o momento para bancar o projeto do Ex-Im Bank é oportuno, porque além de atacar o problema de falta de crédito para o setor exportados - um dos mais combalidos pela turbulência econômica - não mexe na arrecadação, e por isso a proposta teria apoio no Congresso.
A idéia articulada é que a exemplo do que existe nos Estados Unidos e em países como Japão, Índia e China, o Brasil conte com uma estrutura administrativa, que reúna os recursos, as avaliações de risco e as garantias às operações e que ele funcione com um braço forte do BNDES. Esta semana o Brasil pode conhecer mais de perto o funcionamento de um Ex-Im Bank. Em missão no país, o presidente e o Chairman e Export-Import Bank of the United States vieram promover financiamento para a compra de bens e serviços norte-americanos por empresas brasileiras.
Fonte: DCI - 03/08/09
A exportação e a embalagemPor Nelson Ludovico*
Vai muito longe, no tempo e no espaço, o hábito de conservar os corpos dos mortos. No Ocidente, a funcionalidade tem um peso maior – a cremação, por exemplo, é prática cada vez mais difundida. No entanto, entre as muitas necessidades que perduraram com o passar dos séculos está a de conservar a matéria, protegendo-a dos efeitos do tempo e dos deslocamentos.
Assim, pode-se dizer que, desde o Egito Antigo, a função primordial da embalagem sempre foi a de preservar, e com o passar do tempo, a importância do ato de embalar tornou-se equivalente à dos próprios atos de produzir e vender. Mais modernamente, ampliou-se o conceito de embalagem, passando a abarcar também as funções de valorização, promoção e até mesmo representação do produto. A preservação, porém, nunca deixou de ser o grande requisito. No mercado moderno, essas regras de ouro aumentam o quilate quando se fala em exportação. Nesse caso, a embalagem, assim como o produto, deixa de ser apenas a identificação de um fabricante para transmitir, ao mesmo tempo, a imagem de um país.
Distinguir entre embalagens de comércio interno e de exportação é sabedoria de que não se pode mais prescindir. É preciso ter em conta que o comércio externo demanda transportes mais longos, manuseios mais intensos e concorrência mais forte, o que obviamente acarreta novas exigências em matéria de embalagens. No caso brasileiro, é bem verdade, as distâncias de exportação nem sempre são maiores que as interestaduais, nem a manipulação de cargas tão intensas, mas o fator concorrência determina uma grande diferença.
Não basta, portanto, atender a eventuais exigências expressas do importador. Sempre que se tem assegurado um volume regular de exportação, é importante fixar a imagem do produtor naquele determinado mercado consumidor. Fato é que nem sempre o produto parte para o exterior já embalado para consumo, pois grande parte das mercadorias exportadas pelo Brasil é acondicionada para consumo no país importador. Mesmo assim, a imagem do produto está em jogo, e a embalagem de transporte é decisiva.
De acordo com estimativas feitas algum tempo atrás pelas Nações Unidas, os exportadores dos países em desenvolvimento perdem receitas de exportação devido a defeitos e insuficiências de embalagem – isso principalmente pelo fato de desconhecerem o fluxo da carga entre os portos de origem e o destino final quanto aos meios utilizados. Por vezes, design pobre, materiais precários, fabricação inadequada e vulnerabilidades diversas têm sido as principais causas de avarias no transporte.
Claro está que, com o aumento dos navios que transportam contêineres, essas perdas diminuíram consideravelmente – contribuição que também ocorreu no sistema aéreo, com aeronaves utilizando contêineres específicos.
Hoje, naturalmente, a situação não é mais tão clamorosa. A etiqueta made in Brazil já conquistou respeitabilidade em muitos mercados e setores de produção. Contudo, diversas circunstâncias estão a cobrar dinamismo e capacidade de adaptação, como, aliás, é normal acontecer em qualquer país que diversifica rapidamente sua pauta de exportação.
---* Nelson Ludovico preside o LICEX - Ludovico Instituto de Comércio Exterior; é consultor, palestrante e autor de vários livros.
Fonte: NetMarinha - 03/08/09
Estudo analisa mudanças nas alíquotas de importação
Os efeitos do retorno da aplicação de impostos de importação de alguns tipos de aço a partir de junho, de zero para 12%, só vão ser vistos, de fato, na entrada de produtos no Brasil, a partir de setembro, mas a medida tomada pelo governo brasileiro já foi objeto de muita discussão. As siderúrgicas defendiam há mais de quatro anos a retirada desses produtos da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul. A maioria dos consumidores argumentava que tinha de ser mantida. Dizia que o aço nacional seria de 30% a 60% mais caro que no resto do mundo e que a volta das alíquotas seria mais um motivo para as usinas subirem seus preços.
Na avaliação do especialista Germano Mendes de Paula, professor-doutor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o governo agiu certo agora, quando trouxe as alíquotas aos níveis do início de 2005, e naquela época, quando baixou para zero os índices de uma cesta de produtos, tornando mais viável a importação. Mendes fala com conhecimento de causa desse tema que acirrou os ânimos de fabricantes, taxando de descabida a ação do governo, e de consumidores, temerosos de falta de produto e de uma onda altista de preços. A pressão foi liderada pelas indústrias automotiva e da construção civil, que respondem por cerca da metade do aço consumido no país.
O especialista participou em 2005 dos estudos que nortearam o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio, o MDIC, a rebaixar as alíquotas, de 12% a 14%, para zero, de 15 tipos de aço. Na época, explica ele, os preços estavam elevados sim, mas não só no Brasil. Era no mundo todo e isso estimulava o comércio internacional. E havia temor no governo, com aquecimento da demanda interna, de que houvesse desabastecimento. A indústria local do aço contestou essa avaliação. Os consumidores aplaudiram.
Mendes acaba de fazer um estudo, passados quatro anos e meio das duas medidas, no qual tece considerações sobre os dois momentos e os fatos que levaram à decisão do governo. Ele aborda desde as "dificuldades envolvendo as comparações de preços e produtos siderúrgicos" até a "crise financeira global e a siderurgia" para explicar a "decisão do governo brasileiro". Segundo diz, o intuito do artigo é contribuir para o debate sobre a política comercial e produtos siderúrgicos no Brasil. Trata-se de tema sempre recheado de muita polêmica.
Para Mendes, contratado pelo MDIC ainda em 2004, os argumentos dos envolvidos - usinas e consumidores -, via de regra, não são técnicos. "Prevalecem mais o lado emocional e os interesses de cada um". Ele mostra que a comparação dos preços de aço entre diferentes países é bem mais complexa do que se imagina. Por isso, foram levantados seis problemas principais (e dez lições) que deveriam ser considerados na decisão. "Sem isso, o debate, como tem sido feito, torna-se improdutivo aos interesses do país".
A seu ver, nos dois momentos as decisões do governo foram acertadas. "Foram coerentes, pois se havia motivos lá atrás, 2004/2005, para entrada de alguns aços na lista da TEC, agora, 2009, havia motivos para saírem", afirma. Na época, por conta do boom do mercado mundial de aço, a demanda estava aquecida. Desde outubro de 2008, com a crise, o consumo mundial passou a viver forte retração.
O especialista observa que a recente decisão do governo se deu em linha com a onda atual de políticas comerciais para o setor no mundo, o que ele denomina de contágios. Tanto em 2005 como agora, o Brasil tomou as medidas após várias nações. "Caracteriza-se uma postura predominantemente defensiva e visou, como nos diversos países, mitigar problemas locais; assim, à luz do contexto internacional, não é descabida", afirma.
Mendes observa que se enfrenta ainda um alto índice de ociosidade nas usinas, principalmente Europa e EUA. Estima-se algo acima de 30% da capacidade. Além disso, há dificuldades enormes para fechar fornos em muitos locais, as "steel towns". A demanda por aço no mundo, e no Brasil, continua muito retraída, com queda de 40% no fim de junho. E uma retomada da normalidade não é vista antes de 2011. "O contexto anterior era de exuberância; agora, é de crise", ilustra.
Fonte: Valor Econômico - 03/08/09
Logística disputa o setor de calçados
Apesar do baque sofrido pelos fabricantes de calçados com a crise econômica, o setor de logística confia na recuperação da atividade nos próximos meses e prepara uma série de estratégias para incrementar o atendimento do fluxo entre a indústria e os pontos de venda, especialmente no eixo sul-nordeste do País, conforme apurou o DCI.
Empresas como o Rapidão Cometa querem dobrar a participação do segmento nos negócios de transporte e logística, enquanto a Braspress crê que este se tornará o setor mais representativo dentro da companhia, nos próximos dois anos. Já o Expresso Araçatuba, recentemente adquirido pela TNT Mercurio, acaba de dobrar a capacidade de um centro de distribuição em Goiânia (GO), para atender esse setor.
"Os calçados têm sinergias com outras cargas, como as de confecções e os cosméticos", comentou Oswaldo Castro Jr., diretor geral do Expresso Araçatuba. Ele acrescentou ainda que o atendimento ao setor calçadista também complementa as operações da holandesa TNT - atual controladora do Expresso.
O segmento de calçados representa cerca de 20% dos negócios da empresa de entregas, que nasceu na região de um dos maiores pólos calçadistas do País, o interior paulista. O Expresso também tem forte atuação no Sul brasileiro, que concentra boa parte destas indústrias de vestuário.
A companhia mantém dois hubs (centros de distribuição de cargas), que atendem o setor em São Paulo e Goiânia - este último acaba de ser duplicado para intensificar a distribuição das mercadorias por todo o País, em especial para o Norte, Centro-Oeste e Nordeste brasileiros.
"A produção de calçados cresceu também no Nordeste e, por conta deste avanço, o hub em Goiânia teve sua capacidade duplicada", disse Castro Jr. Entre os clientes do Expresso no setor estão Azaléia, Beira Rio e Grendene.
Outros sete segmentos representam 80% do volume de negócios do Expresso Araçatuba, entre informática, eletrônicos, telecomunicações, autopeças e farmacêuticos. O operador atende ainda ao comércio internacional, nos fluxos de importação e exportação de produtos acabados e insumos para a Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai e Bolívia
Prioridade
Outra companhia que prioriza a distribuição da indústria calçadista para os pontos-de-venda é o Rapidão Cometa, que se diz o maior operador do Sul para o Nordeste, no segmento. "Esse setor responde por 15% dos negócios e vejo um upgrade em relação à ele", disse Edward Montarroyos, diretor de vendas do Rapidão, ao acrescentar que a intenção é saltar para 30% a participação do setor nos negócios até 2010.
Para o diretor, o setor calçadista tem muito potencial a ser explorado, e ele deseja captar isso. Ele contou que a empresa possui uma retaguarda no Nordeste, sendo que o centro de negociação ainda está no Sul, mesmo com algumas grandes fábricas operando em território nordestino.
O Rapidão também possui forte participação tanto em Franca, como em Birigui, disse Montarroyos. "Antes captávamos no Sul e Sudeste para trazer ao Nordeste.
Porém, hoje fazemos qualquer origem qualquer destino, dentro do objetivo do Rapidão que é se consolidar nacionalmente em todas as regiões brasileiras", explicou.
No setor calçadista, a empresa tem acesso a fábricas como as da Azaléia, Grendene e Vulcabras. O portfólio de setores inclui ainda áreas como farmacêutica, de informática, autopeças, telecomunicações, cosméticos, confecções e as vendas pela internet (e-commerce).
O Rapidão Cometa atende a quatro mil localidades, em todos os estados, além de mais de 214 países no mundo por meio de acordo operacional com a FedEx. São 12 mil clientes ativos e uma frota de 2,5 mil veículos. A empresa alcançou faturamento de R$ 700 milhões no ano passado.
Braspress
Giuseppe Lumare Jr., executivo de outra gigante nacional na distribuição de encomendas, a Braspress, faz coro com os executivos do segmento ao falar do potencial da prestação de serviços ao setor de calçados. "Já é o nosso terceiro segmento, hoje em franco crescimento, e para o qual estamos nos esforçando para captar mais clientes", falou.
Lumare afirmou que a Braspress é "líder na distribuição para as confecções" e tem boa atuação na informática, mas acredita que no prazo de dois anos o setor de calçados se torne o principal segmento atendido. "Temos sinergias nas rotas onde distribuímos os outros produtos, com concentração em regiões nos pontos comerciais. Além disso, as características dos volumes são parecidas, otimizando o processo de transporte", explicou.
A Braspress mantém 88 filiais, e pretende captar clientes da indústria calçadista no entorno de pólos como o de Novo Hamburgo, no Sul e nas paulistas Franca, Birigui e Araçatuba, além de Divinópolis (MG) para levar os produtos ao resto do País. No passado, a receita da Braspress atingiu R$ 440 milhões. A empresa acaba de investir R$ 35 milhões para inaugurar um terminal no Rio de Janeiro, com potencial de aumentar 10 vezes o potencial de distribuição naquele estado.
Fonte: DCI - 03/08/09
Estados Unidos finalizam revisão anual 2008 do SGP
O governo norte-americano encerrou, no mês de julho, a revisão anual 2008 do Sistema Geral de Preferências (SGP) e manteve todos os produtos brasileiros eleitos para receber o tratamento tarifário preferencial previsto no programa.
O SGP norte-americano, a partir dessa revisão, incluiu mais dois novos códigos tarifários à lista, dentre eles, batatas e espinafre. Por outro lado, todos os pleitos para re-inclusão de itens no sistema estadunidense foram negados. Alem disso, os Estados Unidos excluíram do programa outros 12 produtos, de seis países beneficiados, por considerá-los suficientemente competitivos no mercado norte-americano.
O país concedeu, ainda, de minimis waiver para 112 produtos oriundos de 16 países. Essa resolução beneficiou 13 produtos brasileiros, como melões, salsichas, melado de cana, produtos químicos, couros e turbinas. A revisão do SGP dos Estados Unidos é realizada anualmente pelo governo norte-americano, para determinar se há produtos elegíveis, que não necessitam mais do tratamento especial, porque se tornaram suficientemente competitivos.
A avaliação do governo norte-americano analisa os pedidos de concessão de dispensa (waiver) do limite de competitividade, realiza audiências públicas e solicita comentários públicos e revisam análises preparadas pela Comissão Internacional de Comércio dos Estados Unidos (U.S. International Trade Commission). A decisão leva em consideração o impacto econômico da decisão para as indústrias domésticas e para os consumidores norte-americanos.
Para avaliar se os produtos estão aptos a usufruir dos benefícios do SGP norte-americano, a regulamentação do país determina dois limites de competitividade (competitive need limitation-CNL). O primeiro avalia o CNL de valor, quando a importação de um produto procedente de determinado país atinge US$ 135 milhões (valor estipulado para 2008) e, no segundo, é avaliado o CNL percentual, ou seja, quando a importação de um produto procedente de determinado país atinge 50% do valor total de importações desse produto.
Nos casos em que o CNL percentual é alcançado ou excedido, mas o valor das importações norte-americanas procedentes do país beneficiário em questão não excederem o valor de US$ 19 milhões (valor estipulado para 2008), será concedida, sem necessidade de apresentação de petição, uma derrogação do limite de competitividade percentual por valor mínimo (de minimis waiver), mantendo-se, assim, o benefício para dito produto.
Fonte: MDIC - 03/08/09
Ano 10 - Edição 2401
cURSO: MARKETING NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
A Rede de Centros Internacionais de Negócios junatmente com a Aduaneiras e o Centro Internacional de Negócios do Ceará realizarão no dia 27 de agosto das 8h às 18h, o curso: Marketing no Comércio Internacional.
O curso faz parte do Programa de Capacitação Empresarial 2009 da Rede CIN e será ministrado por Marilza Gama Pereira da Silva, Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, com longa experiência no comércio exterior, tendo exercido diversas funções na Cacex e na Secex/MDIC. Além disso, é co-autora do livro “Comércio Exterior Competitivo”, 3ª ed., Aduaneiras, 2007.
O curso tem investimento de R$ 150,00 para estudantes e R$250,00 para profissionais, até o dia 12 de agosto. Após esta data, R$200,00 para estudantes e R$300,00 para profissionais, podendo ainda ser parcelado em até 3x no cheque.
Maiores informações: (85) 3421.5420 / 5419 ou clicando aqui.
Estão abertas as inscrições para o curso: Marketing no Comércio Internacional que será realizado em agosto, no dia 27 (das 8:30às 17:30h), com carga horária de 8 horas.
Para maiores informações sobre este e outros cursos, clique aqui ou ligue para 3421-5420 (Marlene)/ 3421-5419 (Filipe).
Torne sua empresa global -
ConheÇa o BalcÃo de NegÓcios do CIN/CE e a Unidade de Atendimento Apex-Brasil.
Conhecer os procedimentos para uma empresa ingressar ou progredir no mercado internacional ficou mais fácil. Para isto, o Centro Internacional de Negócios da FIEC mantém o Balcão de Negócios, um espaço de atendimento exclusivo às empresas, onde são fornecidas informações estratégicas e orientação adequada para o empresário que deseja incrementar seus negócios no comércio exterior.
Como forma de complementar o serviço prestado às empresas, O CIN/CE dispõe de uma Unidade de Atendimento da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O intuito da Unidade é aproximar a Apex-Brasil das empresas cearenses, visando inseri-las em projetos já existentes buscando novas possibilidades de fomentar as exportações através dos variados produtos disponibilizados ao empresariado brasileiro.
Visite o Centro Internacional de Negócios e descubra como aumentar a competitividade de sua empresa!
Maiores informações:
Balcão de Negócios: Marlene Albuquerque - Tel: 85 3421-5420
Unidade de Atendimento Apex-Brasil: João Kertch - Tel: 85 3421-5417
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NOTÍCIAS
Trigo importado pode encarecer preço do pãoA safra de trigo brasileira deste ano está sendo projetada para cinco milhões de toneladas, o que corresponderia a mais ou menos 50% das necessidades do País. No entanto, segundo o diretor do grupo M. Dias Branco, Eugênio Pontes, cerca de 40% desse total é composto por produtos de baixa qualidade que não têm condição de aproveitamento para transformação de farinha destinada a fabricar pão, bolacha e macarrão, por exemplo. Essa deficiência gera a necessidade de importar o produto de outros países, o que poderá encarecer o preço.
Se essa safra fosse de trigo de primeira qualidade, segundo o diretor, a importação do produto este ano seria de apenas 50%. No entanto, como não é, vai ser necessário adquirir cerca de sete milhões de toneladas, ou seja, aproximadamente 70% das necessidades do País. A importação, segundo ele, tem o entrave do constante aumento nos preços.
O preço do cereal está oscilando entre uma faixa de US$ 235 a US$ 250 a tonelada. Até esse valor, segundo o diretor, não há perigo de haver aumento no preço dos derivados, como pão, bolacha e macarrão. No entanto, se for necessário investir mais, as taxas cobradas poderão ser elevadas. Conforme prevê Pontes, não há perigo de desabastecimento em todo o País.
Pontes explicou que o trigo adquirido no exterior está vindo quase todo do Canadá e dos Estados Unidos porque a Argentina, nosso principal fornecedor, registrou um grande problema de produção e não consegue mais suprir o Brasil. A desvantagem dessa substituição é porque o produto argentino era bem mais barato devido à proximidade com o Brasil.
» Qualidade. Eugênio Pontes lamentou a má qualidade do trigo brasileiro, explicando que vai servir apenas para ração. Segundo ele, a produção é fruto de uma política agrícola do Governo deficiente no auxílio ao trigo. O produto de má qualidade, segundo Eugênio Pontes, precisa ser exportado como ração. “Produção de trigo ruim não reduz a importação que o Brasil tem que fazer”, alertou.
» Subvenção. Comerciantes de cereais e indústrias moageiras de trigo das regiões Norte e Nordeste garantiram ontem o abastecimento de 100 mil toneladas de trigo provenientes do Rio Grande do Sul através de um leilão realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O valor cobrado pela quantidade do produto (R$ 15,3 milhões) foi angariado a partir da subvenção econômica governamental PEP (Prêmio para o Escoamento do Produto).
Essa foi a segunda intervenção do Governo Federal no mercado triticultor neste mês para apoiar a comercialização da safra. Em 2009, foi o nono leilão realizado para abastecer o Norte-Nordeste e aprimorar a venda da safra cultivada na região Sul do país. Na mesma rodada, a Conab também ofertou 50 mil toneladas de trigo dos estoques públicos localizados no Paraná. Foram negociadas cerca de 30 mil toneladas que também contaram com subvenção para o escoamento.
Fonte: O Estado - 31/07/09
Estado poderá gerar tecnologia de pontaAbrigar uma base para o lançamentos de foguetes, poderá colocar o Estado, ou a região onde o empreendimento venha a se localizar, no mapa da tecnologia de ponta. Isto porque, explica o engenheiro Manoel Carvalho, chefe do Centro Regional do Nordeste (CRN), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a tecnologia espacial, pelos pré-requisitos de qualidade envolvidos, gera uma série de outras tecnologias associadas que são empregadas em diversas indústrias, como eletrônica, mecânica, de precisão, de telecomunicações e controle de qualidade, trazendo, com isso, benefícios não só econômicos, como sociais, científicos e tecnológicos.
´Uma base dessa natureza vai exigir uma equipe de pesquisadores e engenheiros de alto nível, visando a execução e a manutenção do projeto. Serão especialistas de diversos ramos, trabalhando. Afinal, esta base não funcionará apenas durante o lançamento de foguetes, pois sua manutenção será contínua´, justifica.
Poder de difusão
Dessa forma, destaca o especialista, pelo poder de difusão de conhecimento e de tecnologia, os benefícios econômicos, sociais, científicos e tecnológicos são consideráveis. ´Além do investimento que proporciona na região, tem-se a geração de empregos, com a atração de indústrias que podem aproveitar as tecnologias associadas´, diz. Do mesmo modo, acrescenta Carvalho, quando em funcionamento, o empreendimento vai permitir também maior cooperação com as universidades e órgãos de pesquisa locais, representando um fator gerador de tecnologia de ponta.
Meio ambiente
A princípio, afirma o especialista, ele não enxerga pontos negativos quanto a uma determinada localidade vir a receber uma base para lançamento de foguetes. ´Por se tratar de tecnologia de ponta, a margem de segurança é muito grande. Uma base como essa exige uma área mínima de extensão para garantir a segurança do entorno, onde não poderá ter nenhuma residência num raio de alguns quilômetros. Ela também não é poluente e portanto não traz impactos ambientais´, reforça Cavalcante.
Entretanto, lembra o doutor em geografia física do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles, não só os aspectos econômicos devem ser levados em conta quando se decide implantar um empreendimento de grande porte como este. ´Não só as questões econômicas, mas também a composição geoambiental da zona costeira, onde se pretende construir a base de lançamentos, e sua relação com as comunidades que ali vivem, devem ser avaliadas, procurando excluir os campos de dunas, os manguezais, lagoas costeiras e faixa de praia´, argumenta. Além disso, continua, ´deve-se observar a direção preferencial e a velocidade dos ventos para não conduzir possíveis poluentes atmosféricos na direção de áreas urbanas e das comunidades do entorno´.
Fonte: Diário do Nordeste - 31/07/09
FHC diz que fogo da crise acabou, mas prega cautela
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao abordar o tema “Cenários Econômicos e Políticos Nacional e Internacional”, durante palestra para empresários cearenses, ontem, dentro das comemorações dos 90 anos do CIC (Centro Industrial do Ceará), afirmou que “o fogo da crise do sistema financeiro global acabou, mas a água destruiu muito”. Ele avaliou que está havendo uma retomada da economia brasileira, mas só para aqui quando parar nos Estados Unidos - coração do sistema financeiro mundial - onde a crise estourou.
FHC disse ainda que os efeitos da crise, no Brasil, atingiram em cheio o setor industrial, por conta do fluxo cambial desfavorável. Segundo ele, as exportações caíram significativamente, especialmente nos produtos manufaturados, onde nossos principais compradores, América Latina e Estados Unidos, reduziram os pedidos, provocando queda na produção.
Sobre a redução da carga fiscal promovida pelo governo para enfrentar a crise, FHC considera que é uma medida boa, mas não pode ser tendenciosa, isto é, beneficiando setores isolados.Embora recomendando prudência com relação à retomada da economia brasileira, o palestrante disse que o País tem obtido êxito no enfrentamento da crise, mesmo tendo ainda muitos problemas a resolver nessa área, como a questão da dívida pública e os investimentos em infraestrutura.
Sobre o desempenho da economia em este ano, ele prevê crescimento ao redor de zero, alertando que mesmo atuando firme no combate à crise global, o governo deve continuar de olho no que acontece nos Estados Unidos.
Com relação ao desenvolvimento sustentado do País, o ex-presidente ressaltou que o Brasil avançou muito dentro do processo da globalização, mas não estamos fazendo nada no que diz respeito a um planejamento estratégico para os próximos 20 anos. “Precisamos escolher estratégias, como a energia limpa, transformar o etanol em commodities para ser um produto mundial, infraestrutura de portos e indústria petrolífera, por exemplo, que não estão sendo discutidos e apresentados ao País. As PPPs também devem ser vistas como um forte instrumento para garantir a sustentabilidade, pois está provado que o capital privado deve servir ao interesse público”, justificou.
Cardoso defendeu também outras questões, como os movimentos tecnológicos e científicos, além de uma revolução interna no sistema educacional do País, mudando a “cabeça” dos professores e mais tempo da criança na escola. “A acumulação de desvios inviabiliza uma sociedade decente. Temos que reagir, nos indignar, para preservar os valores essenciais da sociedade”, completou.
Fonte: O Estado - 31/07/09
Pequenas e médias empresas podem ampliar balança comercial
Cerca de 350 empresas brasileiras e 120 de capital alemão confirmaram presença no Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que vai se realizar em Vitória, no Espírito Santo, de 30 de agosto a 1° de setembro. O interesse de empresários na agenda bi-lateral aumenta a expectativa em torno da realização de bons negócios.
A idéia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), promotora do evento com a congênere na Alemanha, a Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI) é ampliar a balança comercial entre os dois países, que fechou 2008 com resultado de US$ 20,87 bilhões de dólares. As exportações brasileiras responderem por US$ 8, 85 bilhões. A Alemanha vendeu US$ 12 bi para o Brasil. A CNI aposta na participação de pequenas e médias empresas para alavancar estes números.
“O encontro terá agendas sobre a internacionalização de pequenas e médias empresas. Além disso, rodadas de negócios ganharão destaque na programação”, garante José Frederico Álvares, Gerente Executivo de Comércio Exterior da CNI. O EEBA irá focar ainda duas questões relacionadas a participação de micro e pequenas empresas: inteligência comercial e responsabilidade social corporativa.
Álvares confirma ainda a participação de Karl-Theodor zu Guttenberg, Ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha. Aos 37 anos, o mais jovem ministro da pasta desde 1949 ganhou a confiança de Angela Merkel sobretudo no campo das relações exteriores, como especialista em questões de política externa.
Do lado brasileiro está confirmada a presença do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Guido Mantega, da Fazenda, também são esperados. Serão dois eventos simultâneos em Vitória: o 27º Encontro Empresarial e a 36ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, de cunho governamental.
A Copa do Mundo de 2014 também estará na pauta, com relatos sobre a experiência alemã na organização do torneio e os investimentos em infraestrutura associados ao evento. “Nossa expectativa é transmitir informações e conceitos para as autoridades governamentais e empresas prestadoras de serviço nessa área”, explica Álvares.
Fonte: Net Marinha - 31/07/09
Brasil ficará em 3º no ranking de emergentes
Segundo os cálculos do FMI, o Brasil entrou e sairá da crise global com um dos maiores níveis de endividamento entre os emergentes.
O Fundo projeta relação dívida bruta/PIB de 70% para o Brasil ao fim de 2009. Embora ela tenda ao patamar de 62% em 2014, o país só estará melhor que a Índia (77,4%) e a Hungria (67%) entre 19 emergentes.
Na média desses 19 países, o endividamento bruto deve fechar 2009 em 38,8% do PIB, ante os 70% do Brasil. Entre todos, o Chile é o menos endividado, com relação dívida/PIB de apenas 5,1%.
Enquanto o FMI considera que os países avançados precisam manter uma relação dívida pública bruta/PIB de 60%, ela seria de apenas 40% no caso dos emergentes. Mesmo quando atingem esse patamar, os emergentes tendem a pagar mais a investidores para financiar débitos.
Nos EUA, o Departamento do Tesouro paga hoje aos investidores menos de 3% ao ano. No Brasil, apesar de o país ter uma dívida proporcionalmente menor do que a americana, o BC precisa remunerar seus papéis a um custo quase três vezes maior para atrair investidores.
O alerta que o FMI faz é que essa situação de financiamento barato da dívida dos países ricos tende a mudar. À medida que a economia global se recupere, os aplicadores terão outras.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Paraguai pode ser maior fornecedor a mercado de energia livre no Brasil
O Paraguai tem potencial para atender a 44,4% do consumo de energia no mercado livre brasileiro, que reúne os grandes consumidores de energia elétrica, segundo cálculos de Adriano Pires, consultor do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Hoje, a parcela de energia excedente do Paraguai produzida em Itaipu é vendida compulsoriamente a distribuidoras da região Sudeste do Brasil.No mercado brasileiro de energia livre, foram consumidos 7,5 TWh (terawatt-hora, um milhão de MWh) apenas no mês passado.
A possibilidade de venda no mercado livre deve mexer com os preços tanto para os consumidores grandes quanto para os pequenos, afirma Pires.De acordo com o consultor, a tendência é de redução de preços no mercado livre, consequência do aumento da oferta de energia. Para os consumidores cativos, a seu ver, o efeito deverá ser o contrário: de aumento nas tarifas de energia.
"As distribuidoras precisarão buscar alternativas à energia de Itaipu em leilões. As últimas disputas pela venda de energia foram vencidas por termelétricas a óleo, que fornecem energia mais cara e poluente", afirma Pires.
Segundo ele, a modificação da oferta de energia no mercado livre brasileiro pode também trazer problemas políticos, semelhantes aos enfrentados pelo país devido à dependência do gás natural boliviano, por exemplo.
"É perigoso transformar o Paraguai no maior fornecedor de energia para o mercado livre brasileiro. Isso cria condições para que o governo paraguaio dite os preços no Brasil.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Exportações elevam preços de soja e milho em ChicagoRelatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que sinalizou forte demanda externa por soja e milho produzido no país impulsionou as cotações das duas commodities na quinta-feira na bolsa de Chicago.
Para a China, o USDA apontou que os exportadores americanos venderam 1,92 milhão de toneladas de soja para a China, sendo 1,8 milhão para embarques no an comercial que começa em 1º de setembro. Em outro informe, o USDA apontou que as exportações do país aumentaram 36%, para 954,5 mil toneladas, na semana encerrada em 23 de julho.
Em Chicago, os contratos do grão para entrega em novembro (pós-colheita da safra 2009/10 nos EUA) encerraram o dia a US$ 9,71 por bushel, em alta de 55 centavos.
No mercado de milho, onde o USDA identificou um crescimento de embarques de 55% nas quatro últimas semanas em relação a igual intervalo de 2008, os papéis para entrega em dezembro subiram 14,25 centavos de dólar, para US$ 3,4225 por bushel.
Fonte: Valor Econômico - 31/07/09
Investimentos do Brasil no Chile são uma 'vergüenza', diz Lula
Em seminário com empresários brasileiros e chilenos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a importância de focar os negócios em países com "processo de desenvolvimento similar", classificando, em tom bem humorado, como uma "vergüenza" o baixo volume de investimentos do Brasil no Chile. Lula lembrou que, mesmo com um Produto Interno Bruto (PIB) bem menor que o brasileiro e com uma população de menos de 20 milhões de habitantes, o Chile investe US$ 4 aqui para cada US$ 1 que "nós investimos lá". Realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o evento contou com uma delegação de quase 900 empresários chilenos, numa missão chefiada pela presidente do Chile, Michelle Bachelet.
"Eu compreendo que durante muito tempo nós não olhamos com bons olhos para os nossos irmãos da América do Sul. Eu espero que percebamos que a diversificação dos investimentos, do comércio, dos produtos e dos parceiros é uma grande garantia contra a crise", afirmou Lula, que defendeu enfaticamente a integração com países emergentes. Segundo o presidente, "o que nós precisamos, neste momento, é ousar, ser desaforados, para fortalecer, enquanto país, enquanto Mercosul, enquanto Unasul, enquanto parcerias estratégicas que nós temos, alianças com outros blocos que precisam comprar de nós".
Não adianta tentar vender máquinas agrícolas para a França ou para a Alemanha, disse Lula. "Onde é que nós poderemos vender? Junto a nossos parceiros da América Latina, junto à África, junto aos países que estão em processo de desenvolvimento similar, um pouco mais ou um pouco menos do que nós." Bachelet destacou que a crise abre grande oportunidade para que os países emergentes tenham de fato mais voz na arquitetura global, elogiando o papel do Brasil nas discussões do G-20 (grupo que reúne as economias mais industrializadas do mundo).
Nesse cenário, Lula destacou a importância das relações entre o Chile e o Brasil e o esforço dos dois países pela integração da América do Sul, exortando os empresários brasileiros a investir mais no Chile. Segundo números do comunicado conjunto assinado pelos dois governos, o estoque de investimentos diretos chilenos no Brasil totaliza US$ 7,4 bilhões, enquanto as empresas brasileiras já investiram "mais de US$ 2 bilhões" por lá.
Bachelet e o ministro da Economia do Chile, Hugo Lavados Montes, destacaram várias vezes que o Chile tem 20 acordos com 56 países, que representam 85% do PIB global. Segundo eles, isso oferece a oportunidade para que as empresas brasileiras usem o país como plataforma de exportação para chegar a mercados da América do Norte, Europa e Ásia. Para fazer isso, porém, é necessário um percentual mínimo de agregação de valor local, que varia de acordo com a país e o bem a ser exportado.
Presente no evento, o diretor de Exportação dos Laticínios Tirolez, Paulo Hegg, disse que gostaria de investir no Chile para usar o país como plataforma para vender para outros países, procurando alguma indústria chilena para uma parceria. O seu principal objetivo seria acessar o mercado mexicano, um dos países que têm acordo comercial com os chilenos.
Os empresários brasileiros aproveitaram para pleitear que o Chile passe a adicionar 5% de etanol à gasolina, o que abriria o mercado chileno para o produto brasileiro. Segundo o diretor de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, o país já conta com aprovação legislativa para isso, mas a medida não foi implementada porque faltam a infraestrutura e uma rede de distribuição para que o produto seja incorporado ao dia-a-dia dos chilenos. Segundo ele, há disposição de elevar a permissão de adição para 10%.
Brasil e Chile firmaram ontem vários compromissos. Lula ressaltou os entendimentos "na área da Previdência, que beneficiarão brasileiros que residem e trabalham no Chile, e os chilenos que vivem e trabalham no Brasil.". Também foi assinado um instrumento para criar um programa de exportações por remessas postais no Chile, que deve dinamizar o comércio de micro, pequenas e médias empresas, segundo Lula. O presidente destacou o fato de Bachelet ter aberto espaço para que a carne brasileira possa entrar no Chile, depois de seis anos de pedidos dos empresários brasileiros. Outro ponto importante, disse Lula, foi o memorando de entendimento entre a Receita Federal brasileira e o Serviço Federal de Aduanas chileno, um "importante passo para a simplificação dos trâmites fronteiriços".
Além disso, o presidente enfatizou que "a entrada em vigor de instrumentos que negociamos nos últimos dois anos, relativos às zonas francas e ao comércio de tecidos, oferecerá oportunidade para diversificar e incrementar o comércio".
Fonte: Valor Econômico - 31/07/09
Investimentos das estatais crescem 47,8%
Os investimentos das estatais cresceram 47,8% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo números divulgados ontem (30) pelo Ministério do Planejamento, as estatais investiram R$ 29,7 bilhões de janeiro a junho, contra R$ 20,1 bilhões registrados nos seis primeiros meses de 2008.
Elaborado pelo Departamento de Coordenação e Controle das Estatais (Dest) do ministério, o demonstrativo foi publicado no Diário Oficial da União. O levantamento mostrou que boa parte do aumento ocorreu por causa do incremento nas operações de crédito para habitação concedidos pelas agências de fomento, que saltaram de R$ 4,9 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 10,2 bilhões neste ano.
Segundo o ministério, a alta nos financiamentos habitacionais deve-se principalmente aos empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o programa Minha Casa, Minha Vida, que pretende construir 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda.
Na comparação com o orçamento anual para os investimentos das estatais, a execução também melhorou. Os recursos gastos no primeiro semestre representam 37,4% da dotação de R$ 79,4 bilhões para 2009. Na mesma época do ano passado, a execução estava em 32%. Em 2008,o orçamento para essa finalidade era de R$ 62,9 bilhões.
De acordo com o Ministério do Planejamento, R$ 23,5 bilhões dos investimentos das estatais em 2009 foram financiados com recursos das próprias empresas. A quantia equivale a 78,9% do total investido neste ano. Somente 1,8% do volume gasto foi investido com recursos do Tesouro Nacional.
Segundo o próprio ministério, existem atualmente 68 empresas estatais federais. Desse total, 59 são do setor produtivo e nove pertencem ao setor financeiro. O orçamento deste ano contempla investimentos em 307 projetos e 270 atividades.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - 31/07/09
Dívida vai superar PIB de país rico, diz FMI
As medidas de combate à maior crise desde os anos 1930 devem levar a um aumento no endividamento bruto dos países ricos de 40 pontos percentuais, o maior desde a Segunda Guerra. Entre os emergentes, o efeito negativo será bem menor, de 4 pontos.
Como proporção do PIB (Produto Interno Bruto), a dívida pública bruta dos países mais avançados deve crescer de 74,8% para 119,7% até 2014. No caso dos EUA, epicentro da crise, o aumento será de 63,4% para cerca de 112% (neste ano já atingirá 89%).
As projeções foram apresentadas ontem pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que alertou para a necessidade de os países que estão enfrentando a crise com mais gastos públicos começarem a apresentar uma "estratégia de enxugamento" da dívida.
O risco, diz o Fundo, é a dívida crescer descontroladamente e arruinar a percepção entre investidores de que os países podem se manter solventes.Nesse caso, exigiriam juros maiores para financiar os débitos dos governos, que seriam obrigados a elevar a remuneração de suas dívidas.
Além de juros maiores contribuírem para um aumento ainda mais rápido do endividamento, eles tendem a deprimir a atividade econômica, fazendo exatamente o contrário do que os pacotes de gastos estão tentando realizar.
O FMI calcula que, na média, o déficit público dos 41 países analisados no trabalho subirá em 2009 e 2010.
Dois pontos percentuais de aumento equivalem somente a medidas fiscais tomadas para tentar amortecer os efeitos da atual crise.
O endividamento e o déficit de um país são calculados como proporção de seu PIB porque o tamanho e o crescimento geral de sua economia geram as receitas para que os governos possam assumir gastos e controlar dívidas.
O FMI considera como seguro um endividamento bruto na casa de 60% do PIB. Ou seja: os países ricos estão na direção de atingir o dobro disso daqui a cinco anos. No caso dos emergentes, a média ficaria bem abaixo, em 36,4% -62,2% no Brasil (leia texto ao lado).
O FMI também calculou quanto cada um dos países integrantes do G20 teria de poupar nas próximas duas décadas por meio de superávits primários (economia para abater dívidas) para baixar seu nível de endividamento para cerca de 60% do PIB.
No caso dos EUA, a recomendação é de uma economia equivalente a 4,3% do PIB, aproximadamente a que o Brasil vinha fazendo nos últimos anos.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Ano 10 - Edição 2400
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Trigo importado pode encarecer preço do pãoA safra de trigo brasileira deste ano está sendo projetada para cinco milhões de toneladas, o que corresponderia a mais ou menos 50% das necessidades do País. No entanto, segundo o diretor do grupo M. Dias Branco, Eugênio Pontes, cerca de 40% desse total é composto por produtos de baixa qualidade que não têm condição de aproveitamento para transformação de farinha destinada a fabricar pão, bolacha e macarrão, por exemplo. Essa deficiência gera a necessidade de importar o produto de outros países, o que poderá encarecer o preço.
Se essa safra fosse de trigo de primeira qualidade, segundo o diretor, a importação do produto este ano seria de apenas 50%. No entanto, como não é, vai ser necessário adquirir cerca de sete milhões de toneladas, ou seja, aproximadamente 70% das necessidades do País. A importação, segundo ele, tem o entrave do constante aumento nos preços.
O preço do cereal está oscilando entre uma faixa de US$ 235 a US$ 250 a tonelada. Até esse valor, segundo o diretor, não há perigo de haver aumento no preço dos derivados, como pão, bolacha e macarrão. No entanto, se for necessário investir mais, as taxas cobradas poderão ser elevadas. Conforme prevê Pontes, não há perigo de desabastecimento em todo o País.
Pontes explicou que o trigo adquirido no exterior está vindo quase todo do Canadá e dos Estados Unidos porque a Argentina, nosso principal fornecedor, registrou um grande problema de produção e não consegue mais suprir o Brasil. A desvantagem dessa substituição é porque o produto argentino era bem mais barato devido à proximidade com o Brasil.
» Qualidade. Eugênio Pontes lamentou a má qualidade do trigo brasileiro, explicando que vai servir apenas para ração. Segundo ele, a produção é fruto de uma política agrícola do Governo deficiente no auxílio ao trigo. O produto de má qualidade, segundo Eugênio Pontes, precisa ser exportado como ração. “Produção de trigo ruim não reduz a importação que o Brasil tem que fazer”, alertou.
» Subvenção. Comerciantes de cereais e indústrias moageiras de trigo das regiões Norte e Nordeste garantiram ontem o abastecimento de 100 mil toneladas de trigo provenientes do Rio Grande do Sul através de um leilão realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O valor cobrado pela quantidade do produto (R$ 15,3 milhões) foi angariado a partir da subvenção econômica governamental PEP (Prêmio para o Escoamento do Produto).
Essa foi a segunda intervenção do Governo Federal no mercado triticultor neste mês para apoiar a comercialização da safra. Em 2009, foi o nono leilão realizado para abastecer o Norte-Nordeste e aprimorar a venda da safra cultivada na região Sul do país. Na mesma rodada, a Conab também ofertou 50 mil toneladas de trigo dos estoques públicos localizados no Paraná. Foram negociadas cerca de 30 mil toneladas que também contaram com subvenção para o escoamento.
Fonte: O Estado - 31/07/09
Estado poderá gerar tecnologia de pontaAbrigar uma base para o lançamentos de foguetes, poderá colocar o Estado, ou a região onde o empreendimento venha a se localizar, no mapa da tecnologia de ponta. Isto porque, explica o engenheiro Manoel Carvalho, chefe do Centro Regional do Nordeste (CRN), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a tecnologia espacial, pelos pré-requisitos de qualidade envolvidos, gera uma série de outras tecnologias associadas que são empregadas em diversas indústrias, como eletrônica, mecânica, de precisão, de telecomunicações e controle de qualidade, trazendo, com isso, benefícios não só econômicos, como sociais, científicos e tecnológicos.
´Uma base dessa natureza vai exigir uma equipe de pesquisadores e engenheiros de alto nível, visando a execução e a manutenção do projeto. Serão especialistas de diversos ramos, trabalhando. Afinal, esta base não funcionará apenas durante o lançamento de foguetes, pois sua manutenção será contínua´, justifica.
Poder de difusão
Dessa forma, destaca o especialista, pelo poder de difusão de conhecimento e de tecnologia, os benefícios econômicos, sociais, científicos e tecnológicos são consideráveis. ´Além do investimento que proporciona na região, tem-se a geração de empregos, com a atração de indústrias que podem aproveitar as tecnologias associadas´, diz. Do mesmo modo, acrescenta Carvalho, quando em funcionamento, o empreendimento vai permitir também maior cooperação com as universidades e órgãos de pesquisa locais, representando um fator gerador de tecnologia de ponta.
Meio ambiente
A princípio, afirma o especialista, ele não enxerga pontos negativos quanto a uma determinada localidade vir a receber uma base para lançamento de foguetes. ´Por se tratar de tecnologia de ponta, a margem de segurança é muito grande. Uma base como essa exige uma área mínima de extensão para garantir a segurança do entorno, onde não poderá ter nenhuma residência num raio de alguns quilômetros. Ela também não é poluente e portanto não traz impactos ambientais´, reforça Cavalcante.
Entretanto, lembra o doutor em geografia física do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles, não só os aspectos econômicos devem ser levados em conta quando se decide implantar um empreendimento de grande porte como este. ´Não só as questões econômicas, mas também a composição geoambiental da zona costeira, onde se pretende construir a base de lançamentos, e sua relação com as comunidades que ali vivem, devem ser avaliadas, procurando excluir os campos de dunas, os manguezais, lagoas costeiras e faixa de praia´, argumenta. Além disso, continua, ´deve-se observar a direção preferencial e a velocidade dos ventos para não conduzir possíveis poluentes atmosféricos na direção de áreas urbanas e das comunidades do entorno´.
Fonte: Diário do Nordeste - 31/07/09
FHC diz que fogo da crise acabou, mas prega cautela
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao abordar o tema “Cenários Econômicos e Políticos Nacional e Internacional”, durante palestra para empresários cearenses, ontem, dentro das comemorações dos 90 anos do CIC (Centro Industrial do Ceará), afirmou que “o fogo da crise do sistema financeiro global acabou, mas a água destruiu muito”. Ele avaliou que está havendo uma retomada da economia brasileira, mas só para aqui quando parar nos Estados Unidos - coração do sistema financeiro mundial - onde a crise estourou.
FHC disse ainda que os efeitos da crise, no Brasil, atingiram em cheio o setor industrial, por conta do fluxo cambial desfavorável. Segundo ele, as exportações caíram significativamente, especialmente nos produtos manufaturados, onde nossos principais compradores, América Latina e Estados Unidos, reduziram os pedidos, provocando queda na produção.
Sobre a redução da carga fiscal promovida pelo governo para enfrentar a crise, FHC considera que é uma medida boa, mas não pode ser tendenciosa, isto é, beneficiando setores isolados.Embora recomendando prudência com relação à retomada da economia brasileira, o palestrante disse que o País tem obtido êxito no enfrentamento da crise, mesmo tendo ainda muitos problemas a resolver nessa área, como a questão da dívida pública e os investimentos em infraestrutura.
Sobre o desempenho da economia em este ano, ele prevê crescimento ao redor de zero, alertando que mesmo atuando firme no combate à crise global, o governo deve continuar de olho no que acontece nos Estados Unidos.
Com relação ao desenvolvimento sustentado do País, o ex-presidente ressaltou que o Brasil avançou muito dentro do processo da globalização, mas não estamos fazendo nada no que diz respeito a um planejamento estratégico para os próximos 20 anos. “Precisamos escolher estratégias, como a energia limpa, transformar o etanol em commodities para ser um produto mundial, infraestrutura de portos e indústria petrolífera, por exemplo, que não estão sendo discutidos e apresentados ao País. As PPPs também devem ser vistas como um forte instrumento para garantir a sustentabilidade, pois está provado que o capital privado deve servir ao interesse público”, justificou.
Cardoso defendeu também outras questões, como os movimentos tecnológicos e científicos, além de uma revolução interna no sistema educacional do País, mudando a “cabeça” dos professores e mais tempo da criança na escola. “A acumulação de desvios inviabiliza uma sociedade decente. Temos que reagir, nos indignar, para preservar os valores essenciais da sociedade”, completou.
Fonte: O Estado - 31/07/09
Pequenas e médias empresas podem ampliar balança comercial
Cerca de 350 empresas brasileiras e 120 de capital alemão confirmaram presença no Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que vai se realizar em Vitória, no Espírito Santo, de 30 de agosto a 1° de setembro. O interesse de empresários na agenda bi-lateral aumenta a expectativa em torno da realização de bons negócios.
A idéia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), promotora do evento com a congênere na Alemanha, a Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI) é ampliar a balança comercial entre os dois países, que fechou 2008 com resultado de US$ 20,87 bilhões de dólares. As exportações brasileiras responderem por US$ 8, 85 bilhões. A Alemanha vendeu US$ 12 bi para o Brasil. A CNI aposta na participação de pequenas e médias empresas para alavancar estes números.
“O encontro terá agendas sobre a internacionalização de pequenas e médias empresas. Além disso, rodadas de negócios ganharão destaque na programação”, garante José Frederico Álvares, Gerente Executivo de Comércio Exterior da CNI. O EEBA irá focar ainda duas questões relacionadas a participação de micro e pequenas empresas: inteligência comercial e responsabilidade social corporativa.
Álvares confirma ainda a participação de Karl-Theodor zu Guttenberg, Ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha. Aos 37 anos, o mais jovem ministro da pasta desde 1949 ganhou a confiança de Angela Merkel sobretudo no campo das relações exteriores, como especialista em questões de política externa.
Do lado brasileiro está confirmada a presença do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Guido Mantega, da Fazenda, também são esperados. Serão dois eventos simultâneos em Vitória: o 27º Encontro Empresarial e a 36ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, de cunho governamental.
A Copa do Mundo de 2014 também estará na pauta, com relatos sobre a experiência alemã na organização do torneio e os investimentos em infraestrutura associados ao evento. “Nossa expectativa é transmitir informações e conceitos para as autoridades governamentais e empresas prestadoras de serviço nessa área”, explica Álvares.
Fonte: Net Marinha - 31/07/09
Brasil ficará em 3º no ranking de emergentes
Segundo os cálculos do FMI, o Brasil entrou e sairá da crise global com um dos maiores níveis de endividamento entre os emergentes.
O Fundo projeta relação dívida bruta/PIB de 70% para o Brasil ao fim de 2009. Embora ela tenda ao patamar de 62% em 2014, o país só estará melhor que a Índia (77,4%) e a Hungria (67%) entre 19 emergentes.
Na média desses 19 países, o endividamento bruto deve fechar 2009 em 38,8% do PIB, ante os 70% do Brasil. Entre todos, o Chile é o menos endividado, com relação dívida/PIB de apenas 5,1%.
Enquanto o FMI considera que os países avançados precisam manter uma relação dívida pública bruta/PIB de 60%, ela seria de apenas 40% no caso dos emergentes. Mesmo quando atingem esse patamar, os emergentes tendem a pagar mais a investidores para financiar débitos.
Nos EUA, o Departamento do Tesouro paga hoje aos investidores menos de 3% ao ano. No Brasil, apesar de o país ter uma dívida proporcionalmente menor do que a americana, o BC precisa remunerar seus papéis a um custo quase três vezes maior para atrair investidores.
O alerta que o FMI faz é que essa situação de financiamento barato da dívida dos países ricos tende a mudar. À medida que a economia global se recupere, os aplicadores terão outras.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Paraguai pode ser maior fornecedor a mercado de energia livre no Brasil
O Paraguai tem potencial para atender a 44,4% do consumo de energia no mercado livre brasileiro, que reúne os grandes consumidores de energia elétrica, segundo cálculos de Adriano Pires, consultor do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Hoje, a parcela de energia excedente do Paraguai produzida em Itaipu é vendida compulsoriamente a distribuidoras da região Sudeste do Brasil.No mercado brasileiro de energia livre, foram consumidos 7,5 TWh (terawatt-hora, um milhão de MWh) apenas no mês passado.
A possibilidade de venda no mercado livre deve mexer com os preços tanto para os consumidores grandes quanto para os pequenos, afirma Pires.De acordo com o consultor, a tendência é de redução de preços no mercado livre, consequência do aumento da oferta de energia. Para os consumidores cativos, a seu ver, o efeito deverá ser o contrário: de aumento nas tarifas de energia.
"As distribuidoras precisarão buscar alternativas à energia de Itaipu em leilões. As últimas disputas pela venda de energia foram vencidas por termelétricas a óleo, que fornecem energia mais cara e poluente", afirma Pires.
Segundo ele, a modificação da oferta de energia no mercado livre brasileiro pode também trazer problemas políticos, semelhantes aos enfrentados pelo país devido à dependência do gás natural boliviano, por exemplo.
"É perigoso transformar o Paraguai no maior fornecedor de energia para o mercado livre brasileiro. Isso cria condições para que o governo paraguaio dite os preços no Brasil.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Exportações elevam preços de soja e milho em ChicagoRelatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que sinalizou forte demanda externa por soja e milho produzido no país impulsionou as cotações das duas commodities na quinta-feira na bolsa de Chicago.
Para a China, o USDA apontou que os exportadores americanos venderam 1,92 milhão de toneladas de soja para a China, sendo 1,8 milhão para embarques no an comercial que começa em 1º de setembro. Em outro informe, o USDA apontou que as exportações do país aumentaram 36%, para 954,5 mil toneladas, na semana encerrada em 23 de julho.
Em Chicago, os contratos do grão para entrega em novembro (pós-colheita da safra 2009/10 nos EUA) encerraram o dia a US$ 9,71 por bushel, em alta de 55 centavos.
No mercado de milho, onde o USDA identificou um crescimento de embarques de 55% nas quatro últimas semanas em relação a igual intervalo de 2008, os papéis para entrega em dezembro subiram 14,25 centavos de dólar, para US$ 3,4225 por bushel.
Fonte: Valor Econômico - 31/07/09
Investimentos do Brasil no Chile são uma 'vergüenza', diz Lula
Em seminário com empresários brasileiros e chilenos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a importância de focar os negócios em países com "processo de desenvolvimento similar", classificando, em tom bem humorado, como uma "vergüenza" o baixo volume de investimentos do Brasil no Chile. Lula lembrou que, mesmo com um Produto Interno Bruto (PIB) bem menor que o brasileiro e com uma população de menos de 20 milhões de habitantes, o Chile investe US$ 4 aqui para cada US$ 1 que "nós investimos lá". Realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o evento contou com uma delegação de quase 900 empresários chilenos, numa missão chefiada pela presidente do Chile, Michelle Bachelet.
"Eu compreendo que durante muito tempo nós não olhamos com bons olhos para os nossos irmãos da América do Sul. Eu espero que percebamos que a diversificação dos investimentos, do comércio, dos produtos e dos parceiros é uma grande garantia contra a crise", afirmou Lula, que defendeu enfaticamente a integração com países emergentes. Segundo o presidente, "o que nós precisamos, neste momento, é ousar, ser desaforados, para fortalecer, enquanto país, enquanto Mercosul, enquanto Unasul, enquanto parcerias estratégicas que nós temos, alianças com outros blocos que precisam comprar de nós".
Não adianta tentar vender máquinas agrícolas para a França ou para a Alemanha, disse Lula. "Onde é que nós poderemos vender? Junto a nossos parceiros da América Latina, junto à África, junto aos países que estão em processo de desenvolvimento similar, um pouco mais ou um pouco menos do que nós." Bachelet destacou que a crise abre grande oportunidade para que os países emergentes tenham de fato mais voz na arquitetura global, elogiando o papel do Brasil nas discussões do G-20 (grupo que reúne as economias mais industrializadas do mundo).
Nesse cenário, Lula destacou a importância das relações entre o Chile e o Brasil e o esforço dos dois países pela integração da América do Sul, exortando os empresários brasileiros a investir mais no Chile. Segundo números do comunicado conjunto assinado pelos dois governos, o estoque de investimentos diretos chilenos no Brasil totaliza US$ 7,4 bilhões, enquanto as empresas brasileiras já investiram "mais de US$ 2 bilhões" por lá.
Bachelet e o ministro da Economia do Chile, Hugo Lavados Montes, destacaram várias vezes que o Chile tem 20 acordos com 56 países, que representam 85% do PIB global. Segundo eles, isso oferece a oportunidade para que as empresas brasileiras usem o país como plataforma de exportação para chegar a mercados da América do Norte, Europa e Ásia. Para fazer isso, porém, é necessário um percentual mínimo de agregação de valor local, que varia de acordo com a país e o bem a ser exportado.
Presente no evento, o diretor de Exportação dos Laticínios Tirolez, Paulo Hegg, disse que gostaria de investir no Chile para usar o país como plataforma para vender para outros países, procurando alguma indústria chilena para uma parceria. O seu principal objetivo seria acessar o mercado mexicano, um dos países que têm acordo comercial com os chilenos.
Os empresários brasileiros aproveitaram para pleitear que o Chile passe a adicionar 5% de etanol à gasolina, o que abriria o mercado chileno para o produto brasileiro. Segundo o diretor de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, o país já conta com aprovação legislativa para isso, mas a medida não foi implementada porque faltam a infraestrutura e uma rede de distribuição para que o produto seja incorporado ao dia-a-dia dos chilenos. Segundo ele, há disposição de elevar a permissão de adição para 10%.
Brasil e Chile firmaram ontem vários compromissos. Lula ressaltou os entendimentos "na área da Previdência, que beneficiarão brasileiros que residem e trabalham no Chile, e os chilenos que vivem e trabalham no Brasil.". Também foi assinado um instrumento para criar um programa de exportações por remessas postais no Chile, que deve dinamizar o comércio de micro, pequenas e médias empresas, segundo Lula. O presidente destacou o fato de Bachelet ter aberto espaço para que a carne brasileira possa entrar no Chile, depois de seis anos de pedidos dos empresários brasileiros. Outro ponto importante, disse Lula, foi o memorando de entendimento entre a Receita Federal brasileira e o Serviço Federal de Aduanas chileno, um "importante passo para a simplificação dos trâmites fronteiriços".
Além disso, o presidente enfatizou que "a entrada em vigor de instrumentos que negociamos nos últimos dois anos, relativos às zonas francas e ao comércio de tecidos, oferecerá oportunidade para diversificar e incrementar o comércio".
Fonte: Valor Econômico - 31/07/09
Investimentos das estatais crescem 47,8%
Os investimentos das estatais cresceram 47,8% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo números divulgados ontem (30) pelo Ministério do Planejamento, as estatais investiram R$ 29,7 bilhões de janeiro a junho, contra R$ 20,1 bilhões registrados nos seis primeiros meses de 2008.
Elaborado pelo Departamento de Coordenação e Controle das Estatais (Dest) do ministério, o demonstrativo foi publicado no Diário Oficial da União. O levantamento mostrou que boa parte do aumento ocorreu por causa do incremento nas operações de crédito para habitação concedidos pelas agências de fomento, que saltaram de R$ 4,9 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 10,2 bilhões neste ano.
Segundo o ministério, a alta nos financiamentos habitacionais deve-se principalmente aos empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o programa Minha Casa, Minha Vida, que pretende construir 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda.
Na comparação com o orçamento anual para os investimentos das estatais, a execução também melhorou. Os recursos gastos no primeiro semestre representam 37,4% da dotação de R$ 79,4 bilhões para 2009. Na mesma época do ano passado, a execução estava em 32%. Em 2008,o orçamento para essa finalidade era de R$ 62,9 bilhões.
De acordo com o Ministério do Planejamento, R$ 23,5 bilhões dos investimentos das estatais em 2009 foram financiados com recursos das próprias empresas. A quantia equivale a 78,9% do total investido neste ano. Somente 1,8% do volume gasto foi investido com recursos do Tesouro Nacional.
Segundo o próprio ministério, existem atualmente 68 empresas estatais federais. Desse total, 59 são do setor produtivo e nove pertencem ao setor financeiro. O orçamento deste ano contempla investimentos em 307 projetos e 270 atividades.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - 31/07/09
Dívida vai superar PIB de país rico, diz FMI
As medidas de combate à maior crise desde os anos 1930 devem levar a um aumento no endividamento bruto dos países ricos de 40 pontos percentuais, o maior desde a Segunda Guerra. Entre os emergentes, o efeito negativo será bem menor, de 4 pontos.
Como proporção do PIB (Produto Interno Bruto), a dívida pública bruta dos países mais avançados deve crescer de 74,8% para 119,7% até 2014. No caso dos EUA, epicentro da crise, o aumento será de 63,4% para cerca de 112% (neste ano já atingirá 89%).
As projeções foram apresentadas ontem pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que alertou para a necessidade de os países que estão enfrentando a crise com mais gastos públicos começarem a apresentar uma "estratégia de enxugamento" da dívida.
O risco, diz o Fundo, é a dívida crescer descontroladamente e arruinar a percepção entre investidores de que os países podem se manter solventes.Nesse caso, exigiriam juros maiores para financiar os débitos dos governos, que seriam obrigados a elevar a remuneração de suas dívidas.
Além de juros maiores contribuírem para um aumento ainda mais rápido do endividamento, eles tendem a deprimir a atividade econômica, fazendo exatamente o contrário do que os pacotes de gastos estão tentando realizar.
O FMI calcula que, na média, o déficit público dos 41 países analisados no trabalho subirá em 2009 e 2010.
Dois pontos percentuais de aumento equivalem somente a medidas fiscais tomadas para tentar amortecer os efeitos da atual crise.
O endividamento e o déficit de um país são calculados como proporção de seu PIB porque o tamanho e o crescimento geral de sua economia geram as receitas para que os governos possam assumir gastos e controlar dívidas.
O FMI considera como seguro um endividamento bruto na casa de 60% do PIB. Ou seja: os países ricos estão na direção de atingir o dobro disso daqui a cinco anos. No caso dos emergentes, a média ficaria bem abaixo, em 36,4% -62,2% no Brasil (leia texto ao lado).
O FMI também calculou quanto cada um dos países integrantes do G20 teria de poupar nas próximas duas décadas por meio de superávits primários (economia para abater dívidas) para baixar seu nível de endividamento para cerca de 60% do PIB.
No caso dos EUA, a recomendação é de uma economia equivalente a 4,3% do PIB, aproximadamente a que o Brasil vinha fazendo nos últimos anos.
Fonte: Folha de S. Paulo - 31/07/09
Ano 10 - Edição 2400
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