terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Múmias e dinossauros em 3D

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Múmias e dinossauros em 3D

30/12/2008

Agência FAPESP – O acervo de múmias egípcias do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado na Quinta da Boa Vista, na capital fluminense, é objeto de um estudo que utiliza novas técnicas de digitalização e modelagem tridimensional de materiais arqueológicos e paleontológicos.

Resultados do trabalho podem ser conferidos no livro Paleontologia. Arqueologia. Fetologia. Tecnologias 3D, que acaba de ser lançado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) Jorge Lopes, em parceria com o médico Heron Werner Júnior, da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), que são os organizadores da obra.

Dividida em cinco partes, a publicação traz descobertas de grupos de pesquisadores do Brasil feitas a partir da aplicação das tecnologias em três dimensões para a replicação de múmias, dinossauros e fetos.

Nessas descobertas foram utilizadas técnicas de prototipagem rápida para a produção de modelos tridimensionais de dinossauros e múmias, que culminou com um estudo de modelagem de fetos a partir de imagens coletadas no útero materno.

A aplicação da prototipagem rápida permite a geração de modelos tridimensionais precisos dos fetos, a partir do tratamento das imagens coletadas em ultra-sonografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas.

O trabalho que resultou no livro integra o projeto “Geração de Imagens Digitais das Coleções do Museu Nacional: Estudo, Preservação e Recuperação”, desenvolvido pelo INT, Museu Nacional e CDPI.

Usada principalmente para a criação de moldes industriais, a técnica de prototipagem passou a ser utilizada pelos pesquisadores do INT em experiências desenvolvidas junto ao Museu Nacional. Neste projeto, a equipe do Laboratório de Modelos Tridimensionais, liderada por Lopes, viabilizou a construção em computador de modelos de dinossauros brasileiros a partir de fósseis coletados por paleontólogos.

Em seguida, aplicaram a técnica à reconstrução de múmias, que tiveram modelos elaborados mesmo lacradas em ataduras e sarcófagos. A utilização da técnica como suporte à medicina fetal surgiu como tema da tese de doutorado de Lopes desenvolvida no Royal College of Art, em Londres.

Além de Lopes e Werner, o livro tem capítulos escritos por Sérgio Alex Azevedo, Antonio Brancaglion Jr., Cláudia Rodrigues-Carvalho e Luciana Carvalho, todos do Museu Nacional, Ricardo da Cunha Fontes, do INT, Iugiro Huroki, do CDPI, e Sheila Mendonça, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).

Mais informações: www.int.gov.br

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