sábado, 6 de dezembro de 2008

Começam as colônias de férias

Começam as colônias de férias
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Está aberta a temporada de colônia de férias em Fortaleza. É chegada a hora de se sujar muito, correr até faltar o fôlego e conhecer novos amiguinhos. André Martins Demétrio e Enya Silva Souza, ambos de cinco anos, já entraram na farra lá na sede Aldeota do BNB Clube, onde o grupo Solazer, um dos mais antigos na área, coordena as atividades há cerca de 15 anos. Mas, advertem especialistas, não adianta só deixar a criança na colônia e se despreocupar. Os pais precisam estar atentos antes, durante e depois da diversão.Foi exatamente o que fizeram os pais da dupla de novos amigos. A professora Kádia Florêncio da Silva, 37, destaca que a confiança na equipe de monitores e a experiência da instituição têm sido fundamentais para que a menina já esteja passando parte das férias pelo terceiro ano consecutivo na colônia. “A gente nota também que Enya tem se desenvolvido mais em algumas atividades. Por exemplo, ela está mais sociável, por conta do convívio com outras crianças, não tem mais tanto medo da piscina e até já aprendeu algumas noções de culinária. Isso tudo é muito bom”, observa a mãe.Pai de André, o empresário Daniel Demétrio, 37, também tem benefícios a ressaltar. Para ele, a colônia de férias é uma espécie de “válvula de escape” para o filho. “Passamos o dia trabalhando e ele, se não sai, fica sem muitas opções, já que moramos em apartamento. Na colônia, o André gasta energia num ambiente maior e interage com pessoas diferentes das que está acostumado a conviver. Faz bem para o desenvolvimento dele saber trabalhar limites, reagir a perdas e vitórias”.Pela roupa suja e o cabelo molhado de suor, dá para perceber que André e Enya não querem saber de outra vida. “Tia, é muito legal ficar aqui. A gente vê filme bacana no cinema, brinca de esconde-esconde, de vôlei, nada na piscina...”, e vão logo correr com o restante do grupo, sem ao mesmo terminarem a entrevista. Compreensível, não? A pedagoga e monitora dos meninos, Thalyta Cavalcante, observa que é importante respeitar esse tempo da criança e é exatamente por essa razão que a colônia de férias é bem-vinda.“É claro que a criança se empolga com esse mundo novo de diversão, mas entendo ser o mais importante desse processo o amadurecimento dela no que diz respeito às relações sociais. Quando propomos jogos e brincadeiras, elas passam a ver até onde podem ir, qual é o limite do coleguinha do lado, sofrem com a derrota num jogo de futebol, mas vibram muito na vitória conquistada numa corrida de saco. Ou seja, isso é crescer em sociedade”, explica Thalyta. Avaliação compartilhada pela também pedagoga Letícia Gontijo.Ela reconhece que são muitos os benefícios da colônia de férias para o desenvolvimento da criança, mas traz alguns sinais de alerta aos pais para que essa temporada de brincadeiras sem muito compromisso não vire dor de cabeça mais tarde. “É preciso ficar atento à formação e à experiência dos monitores, à estrutura física de onde a colônia está sendo realizada, às propostas de atividades e, se essas estão de acordo com a idade das crianças”.Letícia pede que os pais fiquem atentos para as condições de segurança e de higiene do local e como é o esquema de alimentação. “As colônias mais interessantes são aquelas que somam atividades física, recreativa, cultural e artística”.A especialista acrescenta, ainda, que a família deve dar preferência a instituições que apostem em atividades inovadoras, como excursões e outras que proporcionem experiências inéditas para a criança. “Vamos levar esses meninos ao teatro e não deixá-los só jogando futebol de salão”, conclui.
Ludmila WanbergnaRepórter do Diário do Nordeste

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