Paquistão receberá 5 mil casas antidesastre
Moradias serão construídas pelo PNUD na região de Sindh (sul), onde mais de 800 mil pessoas ficaram desabrigadas por causa de cheias
PNUD / Divulgação
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da PrimaPagina
Como parte dos esforços para a recuperação do Paquistão, que desde julho registra enchentes sem precedentes em várias partes de seu território, o PNUD vai construir cinco mil casas à prova de desastres em torno da área costeira na província de Sindh (sul).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 20 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações, e mais de 12,4 milhões ainda precisam de assistência humanitária urgente.
A província de Sindh, escolhida para receber as moradias, tem mais de 800 mil pessoas desabrigadas em decorrência das chuvas, com 86% delas vivendo abaixo da linha da pobreza.
“As inundações trouxeram muita dor e insegurança para as pessoas, e devemos ajudá-las a voltar a ter uma vida normal”, diz Abdul Qadir, especialista em meio ambiente do PNUD no Paquistão.
As casas serão construídas em alvenaria especial, utilizando blocos reforçados com arame, apropriados contra terremotos e ventos fortes, e o telhado terá formado de pirâmide, para permitir um melhor escoamento de água.
O modelo já foi utilizado na cidade portuária de Karachi e resistiu à pressão das recentes inundações, ao ciclone Phet, em junho, e a um terremoto de 4,5 graus na escala Richter.
Cada habitação terá um quarto, uma cozinha, um banheiro e área para animais. Custará, em média, US$ 2 mil, e todos os materiais serão fabricados localmente, proporcionando empregos e oportunidades de geração de renda para as comunidades.
O PNUD entregará os títulos de propriedade principalmente a mulheres, que foram as mais afetadas pelas enchentes e que agora se encontram em situação econômica bastante vulnerável.
“Um dos primeiros passos para reconstruir a vida das pessoas é ajudá-las a ter um teto sobre suas cabeças”, conclui Qadir.
As ajudas de emergência continuarão sendo uma prioridade em todas as províncias afetadas pelas cheias, porém, esforços de alívios e rápida recuperação visando ao retorno das vítimas às suas casas, em áreas onde as águas baixaram, também serão efetuados em paralelo.
Ainda não há números oficiais sobre pessoas que ainda não poderão voltar as suas casas mesmo após o escoamento completo das águas.
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