quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Transnordestina projeta investir R$ 5 bi

Transnordestina projeta investir R$ 5 bi no NEEntrando na rota de grandes empreendimentos como refinaria, siderúrgica e mina de Itataia, a Transnordestina Logística S/A anunciou ontem um investimento de R$ 5 bilhões, até 2011, para as ferrovias do Nordeste.
O projeto foi apresentado pelo gerente comercial da empresa, Miguel de Andrade, durante a retomada do Agropacto (Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense), na palestra em que explanou os benefícios para o agronegócio local. A reunião é uma realização da Faec (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará) e tem coordenação de seu presidente, José Ramos Torres de Melo Filho.
Iniciado no ano de 2006, as obras de infra-estrutura das ferrovias já teve um custo de R$ 450 milhões, revelou Andrade, que garantiu ainda para este ano o valor de R$ 2.800 milhões investidos. “Para 2010, os recursos serão R$ 2.525 milhões, e ultrapassando mais de R$ 5 bilhões na soma final”, enfatizou. Ele destacou, ainda, o fato da empresa abrir mão do recursos provindos da União, e evitando a descontinuidade com a mudança de governos. “ A estratégia vem de fundos (Sudene, FDNE e Finor), parcerias junto a iniciativa privada e empréstimo de bancos federais”, pontuou.
A malha ferroviária da Transnordestina abrange sete estados (Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba) em 4.200 quilômetros de ferrovia, ligando São Paulo ao Nordeste. Suas cargas transportam , entre outros, produtos siderúrgicos, agropecuários, minerais e industriais. Durante seu discurso, Torres de Melo foi categórico no tocando aos benefícios para o meio rural. “O Brasil ficará interligado, em termos de ferrovia. O que será ótimo para o desenvolvimento como um todo” disse. Segundo ele, os portos já se projetam para tal “avanço”.
Os dois modais (portuário e ferroviário) da Transnordestina atuarão com mais velocidade na transportação de frutas, por exemplo. Estes produtos, que precisam ser conservados de forma adequada, viajarão em máquinas com poder de locomoção 11 vezes mais eficaz que as atuais. Nas projeções de Andrade, no fim de 2011 serão 2 locomotivas de vinte vagões, carregando 20 toneladas cada um.
Fonte: O Estado - 04/02/09

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