terça-feira, 9 de novembro de 2010

Feira de Tecnologia traz inovações na área de acessibilidade


Feira de Tecnologia traz inovações na área de acessibilidade



Da Agência Brasil



Brasília – A 1ª Feira Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social foi aberta hoje (9), em Brasília, e tem a presença de mais de 30 expositores de todo o país. Estão sendo apresentadas novidades tecnológicas na área de acessibilidade. Entre as inovações estão os pisos táteis e a linha de alfabetização em braille para deficientes visuais, o mouse ocular para deficientes físicos e a linha de sinais luminosos.



Para o presidente do Instituto Muito Especial, Marcus Scarpa, a promoção de feiras como esta é muito importante porque contribui para o aprimoramento e disseminação das tecnologias. “Se o mercado hoje tem aparelhos mais baratos, é graças à promoção de feiras e eventos como este. É nestes momentos que temos acesso a inovações. Isto é importante para o setor, mas principalmente, para as pessoas com deficiência que precisam de tecnologia a baixo custo”, disse



O assistente de informática, Edimar Amorim Barbosa, procurava, na feira, por aparelhos de fisioterapia. Ele é tetraplégico e há cinco anos não faz os exercícios de que precisa porque nos hospitais públicos faltam vagas para marcar consultas e nas clínicas particulares o preço das sessões de fisioterapia é muito alto.



“Tenho problemas estruturais por causa da minha deficiência e preciso me exercitar. Não posso ficar parado porque eu acabo regredindo no meu tratamento. Ter um aparelho em casa facilitaria muito a minha vida. Aqui encontrei aparelhos que nos ajudam e que não ocupam muito espaço”, disse.



O estudante Cleber Quadrado é um dos idealizadores dos óculos-mouse. O aparelho foi criado para ajudar pessoas tetraplégicas ou com alguma limitação nos membros superiores. O equipamento pode fazer com que essas pessoas utilizem o computador com os movimentos da cabeça.



“Quando a gente começou a pesquisar sobre esses óculos, a gente observou que os aparelhos que existiam chegavam a custar entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. A gente conseguiu desenvolver uma nova tecnologia que chegou a custar R$ 100, porque não precisa de um softaware, como nas tecnologias convencionais. Basta conectar os óculos ao computador por um fio. A nossa ideia é alcançar todas as classes sociais e ajudar realmente a quem precisa”, afirmou.



Edição: Aécio Amado

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