sábado, 1 de maio de 2010

Educar para prevenir/ANVISA

Educar para prevenir


Eles têm entre nove e 13 anos e chamam a atenção dos pais quando descumprem normas sanitárias básicas. A Patrulha Mirim de Rio do Oeste, micro-região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é formada por 648 estudantes de quarta a oitava séries. Eles receberam o “título” de fiscais sanitários mirins após treinamento realizado pela vigilância sanitária local.

Essa experiência foi relatada durante o Fórum Regional de Vigilância Sanitária da Região Sul, que terminou nesta quarta-feira (16), em Porto Alegre (RS). O programa de Rio do Oeste teve início em 2004 e tem por objetivo envolver a comunidade com a prática da vigilância sanitária.

A capacitação das crianças é feita pelos profissionais de vigilância, e inclui uma parte teórica, ministrada durante a disciplina de ciências, e experiências práticas, com inspeções sanitárias educativas. O programa pretende promover uma mudança radical de hábitos e costumes na região, a partir da cobrança das crianças.

O projeto “Caminhoneiro Informado Transportando Saúde” é outra experiência educativa que tem contribuído para ampliar a consciência sanitária da população. No posto de Fronteira Dionísio Serqueira (SC), fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desenvolvem ações de saúde pública para orientar os caminhoneiros que passam pela aduana. Verificação da pressão arterial, vacinação e palestras sobre prevenção de doenças são algumas das atividades realizadas semanalmente, sempre às terças-feiras.

“A vigilância sanitária é uma das áreas mais complexas da saúde pública. Os saberes e práticas da vigilância se situam num campo de convergência de várias disciplinas do conhecimento humano. Precisamos investir em educação para que o cidadão seja nosso parceiro e exija melhorias contínuas”, disse o representante do Ministério Público, Paulo Roberto Charqueiro.

Em Curitiba (PR), a vigilância local realiza, desde 2006, um trabalho pioneiro de acompanhamento das condições sanitárias dos serviços de hemodiálise em UTIs. A legislação nacional e internacional é restrita ao tratamento para doentes crônicos e é omissa quanto ao tratamento da insuficiência renal aguda em UTIs. Para garantir a segurança do procedimento, foi criado um roteiro de inspeção padrão.

“Passamos a acompanhar os 14 hospitais de Curitiba que realizam hemodiálise nas UTIs. Fizemos um diagnóstico sobre a qualidade da água e estabelecemos padrões, mas, apesar do acompanhamento freqüente dos serviços, temos dificuldade na execução de algumas solicitações. É muito importante que tenhamos uma legislação específica sobre o tema para respaldar os fiscais”, afirma Izabel Taraska, de Curitiba.

As melhores experiências apresentadas durante os cinco encontros regionais serão reapresentadas no fórum nacional, que será realizado em Brasília, em novembro. Os relatos também farão parte de um livro, cujo lançamento está previsto para a ocasião.



Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

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