Japão faz um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto de 2011
11/03/2012 - 9h44
Internacional
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Por um minuto hoje (11), o Japão parou em homenagem às vítimas do terremoto seguido por tsunami e acidentes nucleares em 11 de março de 2011. O minuto de silêncio ocorreu às 14h46 (horário de Tóquio e 2h46 de Brasília). Em Tóquio e nas principais cidades do Japão, o transporte público também parou.
Pelo menos 19 mil pessoas morreram ou desapareceram na tragédia. Para os parentes dos desaparecidos, o fundamental é localizar os restos mortais. A estimativa é que 3.200 pessoas ainda estejam desaparecidas um ano depois do terremoto.
Desde as primeiras horas da manhã, as rádios e as emissoras de televisão transmitem uma programação especial, na qual há relatos detalhados. As pessoas que perderam parentes e amigos falam de sua dor, frustração e medo.
O terremoto seguido pelo tsunami atingiu principalmente o Nordeste e o Centro do Japão. Na área de Fukushima, houve vazamentos e explosões na usina nuclear de mesmo nome. Com os acidentes radioativos, o país ficou em alerta e os moradores da região tiveram de deixar suas casas e até hoje vivem em abrigos improvisados.
No Porto de Ishinomaki, houve uma manifestação, chamada Marcha da Reconstrução, em homenagem aos mortos. Voluntários distribuíram flores aos parentes das vítimas. Em Tóquio, várias pessoas estão concentradas em frente à sede da Tokyo Electric Power Company (Tepco) – empresa que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi - para protestar contra o uso de energia nuclear.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto
Japão levará pelo menos uma década para completar reconstrução, dizem especialistas
11/03/2012 - 9h59
Internacional
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A reconstrução total das áreas atingidas pelo terremoto seguido por tsunami e acidentes nucleares no Japão deve levar pelo menos uma década, segundo especialistas do governo. No país, cerca de 350 mil pessoas esperam por uma casa. Mais de 50 mil moradias temporárias foram construídas. Pelos dados do governo, os danos são superiores a 156 bilhões de euros.
A ideia é investir 213 bilhões de euros nos próximos dez anos. Nos primeiros cinco anos, 176 bilhões serão aplicados. Foram aprovados quatro orçamentos suplementares. Em fevereiro deste ano, foi criada a Agência da Reconstrução. O objetivo é que ela funcione até 2020, com representações nas regiões de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pelo tsunami de março do ano passado.
O secretário de Estado para a Reconstrução, Kazuko Kori, disse que a dificuldade também é considerada grande quando se pensa o que fazer com “a quantidade de escombros" espalhada pelo país. A estimativa é que existam de 20 milhões a 25 milhões de toneladas.
Para o governo, outros desafios são a criação de emprego e o apoio psicológico às vítimas. No total, 163 países e 43 organizações internacionais ofereceram ajuda ao Japão até o ano passado. Um grupo de 29 países e organizações enviaram equipes de resgate após os desastres.
Apenas na região de Tohoku, no Nordeste do Japão, 342.509 pessoas foram deslocadas. Pelo menos 17 mil estão em casas de parentes e amigos, enquanto 324 mil moram em abrigos cedidos a custo zero pelo governo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto
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